Let it be escrita por Algodão doce


Capítulo 30
Dia divertido com meu NAMORADO!


Notas iniciais do capítulo

Oie! Estão nervosinhas, pessoas? Eu sinto muuuuuuuuuuito por não ter postado sábado passado, de verdade. E também não poderei postar amanhã, mas não fiquem com raiva. Depois do domingo estarei de férias! Ebaa! Vou postar com mais frequência, ta, bebês (meu geoprofessor que chama a gente assim, ele é um fofo! Haha)? Obrigada pela paciência. Boa leitura!



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Sim, eu fiquei encharcada. Meu cabelo se transformou em um caos total, e meu delineador – que não era a prova d’água – se espalhou por todo o meu rosto. Mas quem se importava? Foi o momento mais fofura de toda a minha vida. Contando com o dia em que ganhei um urso de pelúcia gigante no meu aniversário de três anos. É. O beijo venceu, e não por pouco.

– Isso foi tão teatral! – o Pierre exclamou. Eu havia até esquecido que tínhamos plateia. – Lindo, maravilhoso, mágico! Podem fazer novamente?

– Há-há – ri – Não somos atores.

– Mas são modelos – ele contestou – E esse foi o beijo mais real que já fotografei.

– Porque foi real. – falei, revirando os olhos.

– Eu sei, bobinha! – o Pierre disse – Só queria que você admitisse isso. Pensei que o bofe escândalo fosse só seu amigo.

– Cof cof – o Jake fingiu tossir. Ele estava com as bochechas num tom bem cor de rosa. Eu também deveria estar, mas sou branquela, faz tipo parte do meu cotidiano.

– Podemos voltar ao trabalho? – perguntei, ansiosa para mudarmos de assunto.

E voltamos ao trabalho.

* * *

No dia seguinte, visitamos a Estátua da Liberdade (ela é bem bonitinha de perto), o Empire State e o Metropolitan Museum. E acho que seria adequado admitir que eu estou gostando de ser namorada do Jake, porque ele está muito mais fofo e atencioso. Sério. Pode parecer meloso, e eu nunca imaginei que seria do tipo que chama o namorado por apelidos carinhosos, mas estamos fazendo isso. É. Tipo, “amorzinho” “queridinho” “xuxuzinho”. Eu sei, é brega. Mas não da para resistir.

– Você quer sorvete, doçurinha? – o Jake perguntou, quando paramos na entrada do hotel.

– Acho que não podemos tomar sorvete agora – falei – é hora do descanso.

– Ah, certo. Prefere descansar.

– Prefiro sorvete, mas estou cansada – eu disse. Ele riu. Faz parte de um relacionamento rir de coisas que não são engraçadas para agradar o parceiro. Podem anotar.

– Bem, então eu vou subir para o meu quarto – ele falou – Espero sonhar com você.

– E eu espero sonhar com você, – completei – fofucho.

E então nos abraçamos (acho que no primeiro dia de namoro apenas um beijo é suficiente, depois que as coisas esquentam). O quarto do Jake fica no térreo, só eu que tenho que subir pelo elevador. A Cass metida está com o rabo bem preso agora, e eu é que não me importo. Ser oferecida da nisso ò, quebrou a cara. As gêmeas continuam legais, porém a Cassidy meio que as impede de serem simpáticas e receptivas comigo. De qualquer forma, ainda tenho a Mel, que me manda mensagens a cada dois minutos.

“É mesmo tão incrível você estar com o Jake!” ela enviou para mim. A frase veio seguida de emoticons felizes e corações.

“Não é tão incrível.” Cortei “Sério, ele é fofo, adorável, romântico, etc, mas não é tudo isso”.

“Defina ‘tudo isso’. Por favor, né!”

“Ai, Mel. Tudo isso inclui ser rico e vlogger! Dãã!

Pois é. O Jake ainda não é “tudo isso”. Mas sei que até o dia do nosso casamento da para melhorar. Por falar nisso, já pensei em todos os detalhes. Tem que ser em uma igreja grande, e eu faço questão de que ela esteja completamente decorada, com flores maravilhosas e tudo o mais. O Jake terá que usar um terno preto impecável, e meu vestido têm que ser com uma saia volumosa e todo bordado. Meu véu não precisa ser muito grande, mas abaixo dos quadris. E a daminha de honra deve usar uma coroa de flores e um vestido meio de camponesa, porém estiloso, é claro. Mal posso esperar!

Enquanto eu sonhava acordada, a Melissa continuava a mandar mensagens sobre como estava feliz por eu e o Jake estarmos juntos. Não pude deixar de sorrir. No dia em que eu conheci o dragão ocidental sequer passou pela minha cabeça virarmos amigos. E agora ele é muito mais que isso. Como o mundo da voltas.

* * *

Uma semana com certeza não é tempo suficiente para conhecer Nova York, o que meio que deixou o Jake abalado. Eu também estava emocionalmente frágil, por isso nosso último dia na cidade foi deprê. Visitamos o Brooklyn, que tem um parque muito legal (o Bridge Park), e comemos rosquinhas. E, sim, é verdade que policiais amam rosquinhas. Eu vi centenas deles na loja de rosquinhas em que fomos.

Quando almoçamos a Cassidy fez questão de se gabar pelo fato de que é vegetariana. Ah, por favor, né. Mas confesso que eu meio que fiquei com ciúmes quando ela e o Jake começaram a conversar sobre os animais e como é tão cruel o que fazemos com eles, e tipo, dãã, o Jake nem é vegetariano. A Valentina tinhas essas frescuras também, e sei muito bem que o dragão ocidental era afim dela. Então resolvi interromper tudo.

– Se vegetarianos amam tanto assim os animais, por que eles comem toda comida dos pobrezinhos? – perguntei.

– O que? – a Cass indagou, me olhando como se eu fosse uma idiota. Uma grande idiota. – Nós não comemos a comida dos animais, Alice. Não comemos mato. E você por acaso conhece algum animal que come salada?

Fiquei calada e continuei a comer meu grande pedaço de bife. “Nós não comemos mato, mi mi mi”.

– Sabe – a Anne falou, cortando um pouco o clima estranho. - Eu acho que seria legal se fizéssemos algo hoje à noite, antes de irmos ao aeroporto.

– É! – a Marie concordou – Não sei, uma despedida?

– Tipo isso – a Anne disse, entusiasmada. Entrei no clima.

– Pode ser divertido! – falei – Poderíamos falar sobre o que mais gostamos na viagem, o que não gostamos, recadinhos do coração.

– Isso! – a Anne e a Marie falaram ao mesmo tempo, fazendo que “sim” com a cabeça e sorrindo. Gêmeas sincronizadas. Meus duendes, isso da medo.

– Podemos nos encontrar no salão principal do hotel – o Jake sugeriu. Todos concordaram.

Eu aproveitei o resto do dia para comprar lembrancinhas para todos de casa, a mamãe, o papai e a Vic. Comprei algo para o Jake também, para fazer uma surpresa à noite e porque ele já havia me dado um presente sem motivo, o que me deixava na dívida. A tarde até que demorou para passar. Quando eu estava passando todas as minhas compras no caixa (muitas roupas para a mamãe e a Victoria e artigos esportivos para o papai e a surpresa para o Jake) recebi uma mensagem do dragão ocidental. Era curta, dizia apenas “Coloque uma roupa quente e vá até o Rockefeller Center”. Era fofa e rimava, mas não tinha sentido. Eu sabia onde ficava esse lugar, mas porque iríamos até lá? De qualquer forma, voltei ao hotel e vesti a roupa mais quente que havia levado, incluindo botas, encharpe, gorro e tudo o mais. Amo roupas de frio.

Táxis são fáceis em Nova York, eles estão por todo lugar. Em pouco tempo cheguei ao Rockefeller Center, e só aí parei para pensar tipo ai meus duendes e se foi um sequestrador que enviou aquela mensagem? Oh, droga. Mas, como o universo me ama (às vezes) logo encontrei o Jake.

– E aí? – ele disse. Sorri.

– E aí. – respondi, com a resposta generalizada dos “e aí”.

– Você sabe patinar, certo? – ele perguntou. Era obvio que eu não sabia, heloo. Alice não tem coordenação para essas coisas, né.

– Não! – respondi, rapidamente – Sou péssima com esportes e tudo relacionado a eles.

– É, eu também. Mas tente não se esborrachar no chão.

– Vamos patinar? ! – meio que perguntei meio que gritei.

– E tomar chocolate quente – ele acrescentou – Mas só depois.

– Jake, você não entende. Eu vou cair no chão e as pessoas vão pisar em mim. Nada legal. – falei – Mas aceito o chocolate quente.

– Ah, qualé – ele disse – Vai ser divertido.

Então o dragãozinho doidão segurou minha mão e me arrastou até a pista de patinação (hehe, rima com “ão” é legalzão).

– Vou morrer – murmurei – Ainda sou tão jovem. Nem conheci o Ross Lynch pessoalmente ainda. Você acha que o cabelo dele é loiro natural? Acho que é, porque os irmãos dele são loiros... Ai, tem uma música do R5 que eu não consigo parar de ouvir: Pass me by. É tipo... Ual!

– Interessante – o Jake falou.

– É – suspirei.

Colocamos os patins, e, bem, certamente era mais fácil do que eu imaginava. Não tínhamos um instrutor ou nada assim, então eu cai tipo umas dez vezes antes de conseguir andar como um ser humano normal. Fiquei dando círculos pela pista de patinação até ficar tonta, enquanto o Jake aprendia a patinar sem se dar mal. Foi divertido.

Nosso tempo acabou rápido, e fomos tomar o chocolate quente. Humm. Ai, como eu amo Nova York.


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Notas finais do capítulo

A Alice e o Jake namorando não é adorável? Haha! Eu achei *-*
Então, gostaram do capítulo? Comentem! Beijos :)