7º Capitulo

Até parecia que estavam a falar de um doente. Todos saíram menos Edward. Sentou-se no sofá que ficava ao pé da janela, virou para ficar de frente para a minha cama e apagou a luz. Nunca me senti tão segura, mas não conseguia dormir, só de pensar que podia voltar a sonhar com aquilo. Senti Edward a levantar-se e abrir a porta, ele sussurrava qualquer coisa a Jasper, logo a seguir fechou a porta e voltou a sentar-se. De repente o quarto ficou tão quente e confortável, apesar de não querer voltei a adormecer.

Quando acordei Edward ainda estava no sofá a olhar para mim.

-Não precisavas de ficar ai a noite toda.

-Sim precisava.

-Deves estar cheio de dores nas costas?

-Não.

-O meu sonho foi horrível.

-Não precisas de contar.

-Tu estavas morto.

Ele fechou os olhos como se alguém lhe tivesse batido no estômago.

-Ver-te ali deitado sem respirar foi insuportável para mim, por isso é que eu estava a gritar.

-Foi só um sonho.                                                                                                                            

-Não sei como vou conseguir olhar para o Jacob. No meu sonho foi ele que te matou.

Ele levantou-se e sentou-se ao meu lado, pegou numa mecha do meu cabelo e colocou-o atrás da minha orelha.

-Como eu disse foi só um sonho, porque na vida real nunca na vida o Jacob me ia vencer.

-Só tu para me fazer rir.

-Ficas linda quando sorris.

-Há uma parte do sonho que não me importava que fosse real.

-A sério? Conta-me.

-Tenho vergonha.

-Então mostra-me.

Parecia que ele já sabia do que se tratava. Aproximou o seu rosto do meu quando estávamos quase a beijarmo-nos…

-Bom dia. Dormiste bem?

-Alice!

-Edward ainda estás aqui?

Mal ela viu a nossa aproximação sorriu como se aquilo fosse normal.

-Bom eu vou indo, não quero interromper nada.

-Não interrompes nada. Fica aqui com a Amanda eu tenho que falar com o Jaz.

Edward saiu. Eu não percebo nada primeiro está tudo bem e depois fica sério e sai praticamente a correr.

-Então Amanda dormiste bem?

-Nem por isso.

Alice encostou a sua mão na minha cara.

-Amanda tu estás a ferver. Carliste vem cá depressa.

-O que foi?

-Sente a testa dela.                                                                                                                           

O meu pai pôs a sua mão ao de leve na minha testa.

-Estás a ferver Amanda. Esme trás me o termómetro.

Esme entrou no meu quarto com o termómetro, a cara dela transmitia preocupação.

-Estás com quase 39 de febre, hoje não vais ás aulas.

-Eu fico contigo.

-Esme não é preciso, eu posso ficar sozinha.

-Mas tu estás doente!

-Não era a primeira vez.

-Eu fico e está decidido, vou-te fazer um chá.

-Esme obrigada.

-De nada querida.

EDWARD

-Esme posso falar contigo?

-Claro querido, passa-me essas saquetas de chá por favor.

-Toma. O que se passa?

-A Amanda está doente.

-Está doente como? Ela está bem?

Esme olhou para mim com um olhar compreensivo, como se soubesse dos meu sentimentos por Amanda.

-Ela vai ficar bem não te preocupes o que me querias falar.

-Esme eu vou ter que me afastar durante uns tempos.

Ela pôs a agua a ferver, sentou-se e fez-me sinal para me sentar também. Obedeci, ela pôs a sua mão em cima da minha e sorriu.

-Por quanto tempo?

-Não sei.

-Edward, tu podes querer fugir dos teus problemas mas não consegues fazer com que eles desapareçam. Sabes disso não sabes?

-Sei. Mas posso fazer com que eles diminuam.

-Se é isso que queres, tens o meu apoio e espero que os teus problemas diminuam.

-Obrigada.

-Quando vais?

-Hoje. Logo depois das aulas. Eu não quero despedidas.

-Pelo menos deixa-lhe um bilhete.

-A quem?

-Ao teu problema claro.

Ela pôs o chá num tabuleiro e sorriu. Beijou-me a face.

-Boa viagem e volta depressa, não quero que percas muitas aulas.

-Não te preocupes.

Ela subiu as escadas.

-Tens a certeza do que vais fazer?

Jasper estava a ouvir a conversa da sala.

-E tu não sabes que escutar conversas alheias é falta de educação?

-Não me respondeste.

-Tenho a certeza. O que aconteceu ontem não pode voltar a acontecer.

-O quê, ela sonhar? Edward os humanos sonham, sabias disso não sabias?

-Tu não estás a entender, quando eu vi o sonho dela, eu senti as suas mãos a tocar me, eu senti o seu coração a bater contra o meu peito eu até senti senti o Jacob a morder-me.

-Isso é impossível. Nunca aconteceu, quando lês mentes não sentes o que estão a pensar.

-Com ela sinto. Eu senti as lágrimas dela a cair sobre mim. Por isso tenho que me afastar, eu não quero ver ela a sofrer, nunca mais quero vela a chorar.

-Vou sentir saudades tuas mano.

-Também eu. Jaz posso pedir-te um favor?                                                                                                                                                                                                                            -Não precisas pedir eu tomo conta dela.    

-Então afinal quem é que anda a ler mentes?

-Eu não preciso saber ler mentes para saber o que se passa na tua cabeça.

AMANDA

Já eram quase 9 horas da noite e Edward nem tinha vindo perguntar como eu estava. Nem me apetecia comer posei a minha sopa, pus o roupão e fui até ao quarto de Edward. Bati três vezes.

-Ele não está.

-Rose?

-E tu não devias estar aqui ainda por cima descalça.

Ela pegou no meu braço e levou-me de novo para a cama.

-Onde ela está?

-Foi viajar. Ele deixou-te um bilhete, toma.

As minhas mãos tremiam, peguei no bilhete e abri-o

-Preferes que saia?

-Não, podes ficar.

«Amanda desculpa mas não dá»

Não consegui conter as lágrimas. Rose aproximou-se de mim e abraçou-me.

-Não chores, vais ver ele vai voltar.

Ele podia até voltar mas não queria nada comigo. Tinha que por na cabeça Edward tinha ido embora para não ter que olhar para mim. Tenho que esquece-lo.

                                               Celine Dion- Oh by myself 

(http://www.youtube.com/watch?v=naPgrhX6rIk)