O Mundo de Amanda escrita por trina_cullen
2º Capitulo
Eu não conseguia acreditar que tinha finalmente chegado o dia do maldito casamento. Ainda parece que foi ontem que eu estava com a minha melhor amiga Sam na praia a planearmos o regresso ás aulas.
-Amanda a tua mãe disse-me para te avisar para te pores a postos. Estás bem?
-Estou. Não te preocupes Sam.
-É claro que me preocupo, tu vais-te embora, vais viver com uma pessoa que mal conheces e com uma família que nunca viste e ainda dizes para não me preocupar. Quando vais?
-Hoje.
-Hoje tão depressa?
-Sim. Eu não quero perder o primeiro dia de aulas.
Como se isso fosse verdade eu não queria era ter que me despedir de toda a gente.
-Ficas para a festa?
-Não. Mal acabe a cerimonia o meu motorista vai levar-me.
-Nós nem vamos ter tempo para nos despedirmos. E não te vais despedir do Ryan?
-Primeiro isto não é uma despedida, isto é um até já, e não, não vou despedir-me do Ryan nós discutimos.
-Porquê?
-Porque ele pensava que como eu me ia embora tina que fazer tudo o que ele queria, se é que me estás a entender?
-Que idiota. O teu pai vai-te buscar ao aeroporto?
-Não, como o meu carro vai, quando chegarmos lá o meu motorista leva-me.
-O teu motorista também vai?
-Sim, mas volta ainda hoje.
-Telefonas-me?
-Não. Estava a brincar.
-Parva!
-Se não conseguir telefonar-te mando-te um Mail.
Abraçamo-nos, parecia estar a demorar séculos.
-Toma.
-O que é?
-São uns comprimidos que tirei à minha mãe, toma-os quando fores entrar para o avião, vai-te fazer relaxar, eu sei que tens medo de andar de avião.
-Obrigada és a melhor amiga de sempre.
O casamento parecia nunca mais ter fim, toda a gente a sorrir que até me dava vómitos, que seca nunca mais chega o fim. Mal o padre disse «
-Amanda! Amanda!
Virei-me era a minha mãe.
-Diz?
-Amanda filha fica pelo menos para a festa.
-Não. Felicidades e boa sorte.
-Telefona-me mal chegares.
Entrei no carro e mandei o motorista arrancar, eu só queria sair o mais depressa dali. Eu ainda não conseguia acreditar que ela me tinha feito aquilo, ele tinha preferido ficar com um idiota que só queria o dinheiro dela do que ficar com a própria filha.
-Menina! Menina!
Eu nem dera por termos chegado. Eu me lembrava de ter saído do avião e entrar no carro, os comprimidos que a Sam me deu são muito bons. Coando sai do carro, ficai a observar aquela casa, era enorme e muito bonita a único defeito era ser no meio da serra.
-Amanda!
Há anos que não ouvia aquela voz tão perto de mim.
-Pai! Ele não mudara nada desde a última vez que o tinha visto, não tinha nem uma única ruga, a minha mãe também não mas ela era das operações plásticas. Corri para abraça-lo, era tão confortável e seguro estar ali com ele, eu não esperava sentir aquilo.
-Olha para ti tão crescida, já és uma mulher como o tempo passa depressa, parece que foi ontem que tu não paravas de me chatear para te levar ao parque. Senti tanto a tua falta.
-Eu também. As tuas mãos estão geladas.
Ele parecia sentir-se incomodado com o meu reparo.
-Aqui é difícil teres as mãos quentes.
-É eu sei que aqui faz muito frio e também chove muito.
-E isso não te incomoda?
-Não, antes a chuva do que estar na mesma casa que aquele idiota.
-Não gostas mesmo nada dele.
-Se o conhecesses também não ias gostar.
-Bom vamos entrar?
-Vamos.
A casa era enorme cheia de janelas de vidro, nunca tinha visto nada assim. Subimos umas escadas, no segundo andar era a cozinha e a sala, subimos mais escadas no segundo andar eram quartos e um escritório que servia também de biblioteca, no terceiro andar eram mais quartos e um sótão. O meu quarto ficava no terceiro andar. O meu quarto era enorme cheio de flores, uma cama enorme com uma colcha vermelha, uma secretaria com um computador novinho em folha, até tinha uma cama e brinquedos para a Star.
-Foste tu que decoraste?
Ele riu, como se eu tivesse dito o maior disparate do mundo.
-Não, só se quisesses viver numa lixeira. Foi a Esme e a Alice.
-Alice?
-A filha adoptiva de Esme.
-Quantos anos têm?
-18 anos.
-18? Mas a Esme não é muito nova para ter adoptado uma rapariga de dezoito anos.
-A Esme quando os adoptou eles já eram adolescentes. Eles viviam numa instituição.
-E onde eles estão?
-Eles saíram mas devem estar quase a chegar. E se tu fosses tomar um banho e descansavas um pouco enquanto eu preparo o jantar.
-Tu sabes cozinhar?
-É um dos meus segredos.
-E tu tens muitos segredos?
-Tu nem imaginas, mas vais ter tempo para descobri-los todos. Há já me ia esquecendo tens que utilizar a casa-de-banho que fica no fundo do corredor, é que eu ofereci-me para arranjar a tua e tive um acidente.
-Que tipo de acidente?
-A única coisa que precisas saber é que ainda bem que optei pela medicina e não pela canalização. Vá vai lá tomar o teu banho.
Já sozinha peguei nas minhas coisas e fui tomar banho, a água estava a ferver, sabia tão bem tinha sido um dia tão preenchido que só aquela agua me fazia acalmar. Tentei demorar o mais que pude. Tenho que sair se não o meu pai ainda pensa que me afoguei, pus uma toalha em volta do quarto e outra no cabelo, calcei os meus chinelos dos coelhos e sai. Sai tão rápido que fui contra alguém, e cai no meio do chão.
-Desculpa pai.
-Eu não sou o teu pai.
Quando eu olhei para cima, eu não podia acreditar era o rapaz mais bonito que eu já vira na minha vida. Ele esticou a sua mão para me ajudar a levantar, quando eu lhe dei a minha mão parecia que tinha dado choque, ele sorrio e levantou-me.
-Eu sou o Edward, e tu deves ser a Amanda?
-Sim sou.
-Muito prazer.
-Igualmente.
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