O tempo passou e agora Elsa tinha 11 anos e Anna 9.

Como sempre pela manhã, Anna, acordara com alegria! Com a luz a brilhar pela sua janela, os passarinhos cantando lá fora e as flores a desabrocharem. Era Primavera!

Anna chutou os lençóis para um canto do quarto e tomou um banho, fez duas trancinhas e pôs um vestido verde-claro e sapatilhas brancas. Saiu saltitante do seu quarto e foi até o quarto dos seus pais, abriu um pouquinho da porta e viu que eles ainda dormiam, devagar entrou no quarto e saltou na cama pregando um susto nos pais.

–Ai, Anna! Que susto! –Disse a mãe assustada.

–Desculpa! Bom dia flores do dia! Olhem só como o dia está lindo lá fora, posso ir brincar com os outros meninos? –Pediu Anna.

–Anna… tu já sabes a resposta… -Disse o pai sendo interrompido.

–Mas porquê? Não faz sentido, eu quero brincar com os outros meninos, não tenho infância! Vala! –Implorou Anna fazendo olhinhos de cachorrinho.

–Está bem, nós logo vemos. –Respondeu a mãe.

–Boa!! –Gritou ela dando um beijo na bochecha dos pais.

Saiu do quarto deles fechando a porta e foi até a cozinha, Angella fazia bolinhos de canela.

Angella era a cozinheira, tinhas longos cabelos pretos sempre presos numa rede (para não deixar cabelos por ai), tinha olhos verdes relva bem brilhantes e era muito simpática.

Angella tirou os bolinhos do forno e os colocou em cima da mesa para arrefecerem, Anna chega lá e tira 4 bolinhos sem ela ver. Faz uma dobra no vestido e mete lá os bolinhos logo vai tirando mais.

A ruivinha ouve a cozinheira a chegar e corre para a sala de jantar gargalhando alto enquanto comia os bolinhos. Acabando de come-los corre até o quarto da sua irmã.

“Tu queres brincar na neve?

Um boneco queres fazer

Tu podias-me ouvir

E a porta abrir

Eu quero só te ver!

Nós eramos amigas, de coração

Mas isso acabou também!

Tu queres brincar na neve?

Não tem de ser com um boneco!” –Cantou Anna.

A mesma canção que a ruiva sempre cantou para a sua irmã dar algum sinal que estivesse ali. Mas claro 3 anos fazendo aquilo foi em vão pois nunca resultou. Ás vezes a loira nem respondia, outra vezes só respondia “Vai embora, Anna!” oque era raro.

–Vai embora, Anna! –Foi possível se ouvir do quarto.

–Tudo, bem… -Suspirou Anna.

Anna saiu em passos lentos até ao salão de entrada.

Olhou pelas grandes janelas e viu as flores lindas e floridas, as crianças brincando e logo se alegrou. Correu até a sala do trono e viu os seus pais sentados neles assinando papeis e conversando com o Concelheiro Real.

–Mamã, papá! Então posso ir brincar com os outros meninos? –Perguntou Anna fazendo uma carinha tão fofinha.

–Não, Anna. –Disse a mãe.

–Porquê?!

–Porque não, Anna! Temos coisas para fazer! –Gritou o pai.

Anna logo ficou com lagrimas nos olhos e saiu correndo até o jardim. Deixou as lagrimas molharem o seu rosto rosado, olhou as flores enquanto chorava e viu os pássaros voar livres.

–Pelo menos vocês são livres e voam para onde quiserem. –Murmurou ela enquanto chorava.

–_-_-_-_-

Elsa olhava a janela enquanto chorava, observava a sua irmã chorosa ao longe.

–Oque se passa? –Perguntou Jack aparecendo na janela de cabeça para baixo.

A loira assustou-se e caiu.

–Ahhh! Meu deus, Jack! –Disse ela.

–Desculpa. Então oque se passa? –Perguntou o albino entrando.

–Anna me tortura todos os dias com aquela maldita canção. TODOS os dias até no verão que não há neve! Ela canta todos os dias a canção para eu sair do quarto. Agora ela está lá fora a chorar eu acho que a magoei… -Disse Elsa.

Elsa estava com uma trança que caia sobre as suas costas deixando a franja solta cair na testa, usava um lacinho preto, um vestido azul-escuro e umas sapatilhas pretas. Jack como sempre estava igual.