Anna chorava encostada no tronco do grande carvalho que havia no jardim do castelo. A ruiva ouviu risadas animadas de criancinhas brincando e a mesma se levantou com curiosidade.

Alisou o vestido e seguiu as risadas chegando a muralha que separava o castelo da aldeia.

Anna tentou trepar a muralha, com muita dificuldade. Assim que chegou lá em cima cansada, arregalou os olhos:

Montes de crianças animadas correndo, brincando e algumas até lutando. Era a muito engraçado.

Assim que se colocou sentada no muro, saltou lá para baixo. Correu até os meninos e disse animada:

–Olá a todos! Sou a Anna, posso brincar com vocês? –Os meninos nada responderam, continuaram oque faziam.

–Olá! Sou a Anna, posso brincar com vocês? –Perguntou ela novamente.

–Respondam! Sim ou não?! –Nada.

Anna foi tristonha até um lago que havia ali perto onde outros meninos também nadavam.

–Olá! Sou a Melissa, quem és tu? –Anna virou-se assustada.

Encontrou uma menina da idade dela, com cabelos castanhos-escuros até o meio das costas completamente lisos, olhos vermelhos, e bochechinhas rosadas. Usava uma camisa branca, uma saia vermelha, umas meias até o joelho pretas e uns sapatos brancos.

–Olá! Sou a Anna, queres brincar comigo? –Perguntou Anna se levantando a correr.

–Claro, porque não.

E assim Anna e a sua nova amiga correram pelas ruas da aldeia de Arendelle.

Elsa estava a ter uma “conversa bastante animada” com o Jack sobre o porquê de não poder sair do quarto:

–Então, mas tu queres brincar com ela? –Perguntou ele.

–Claro que quero!

–Então sai do quarto.

–Não posso! Se eu sair do quarto vou acabar a congelar alguém! –Disse ela cruzando os braços.

–Não vais nada!

–Vais continuar?! –Perguntou ela fazendo cara feia.

–Vou mesmo!

Elsa atirou uma bola de neve gigante no Jack, e o mesmo retribuiu com uma ainda maior e assim começou uma guerra de bolas de neve.

Anna e Melissa corriam por ai até passarem por uma casa.

–Espera ai Anna!

Melissa entrou dentro da casa e Anna ficou ca fora, passado uns minutos Melissa voltou com uma menina que parecia ser só um ano mais velha.

Chamava-se Barbara, era irmã da Melissa, tinha cabelos lisos loiros até os ombros, olhos azuis-escuros com um olhar profundo e tinha um vestido verde-escuro com alguns detalhes de branco.

–Olá, o meu nome é Barbara. –Barbara tinha um ligeiro sotaque francês mas não era muito.

–Sou a Anna. –Anna se apresentou, estendeu a mão mas logo a baixou assim que viu o olhar de Barbara.

–Vamos brincar! –Gritou Melissa puxando Anna e Barbara consigo.

Chegaram a uns campos cheios de margaridas e violetas, e começaram a apanhar.

Anna fez uma coroa de margaridas onde as pedras preciosas eram as violetas, Melissa fez um colar com a combinação de 3 margaridas e 2 violetas, Barbara fez só uma pequena pulseira com uma margarida e uma violeta.

Anna e Melissa riram com aquilo, Barbara olhou para o céu e viu a lua.

–Melissa, vamos para casa. –Disse ela se levantando.

–Porquê?! –Melissa também se levantou mas afastou-se alguns passos.

–A lua já está no céu, vamos para casa. –Barbara pegou o pulso de Melissa a mesma se debateu mas foi um pouco em vão.

–Eu não quero ir! –Disse a menina de olhos vermelhos.

–Não quero saber! Melissa vamos imediatamente para casa! –Dito isso Barbara puxou Melissa até casa.

Anna olhou também o céu onde viu também a lua e depois um pensamento veio a sua mente:

“Os meus pais devem tar a pirar por minha causa!” –Pensando isso Anna correu até o castelo onde voltou a saltar o muro para não ser vista.

Correu até lá dentro onde todos já estavam a sua espera.

–Anna, onde estiveste? –Perguntou a mãe.

–Tive a brincar.

–Onde?! –Perguntou o pai se levantando.

–Na…hamm…hum…sótão! –Disse ela.

–Muito bem. Vai mudar de roupa fofa. –Disse a mãe.

Anna subiu as escadas suspirando de alívio.

Tomou banho e trocou de roupa para o seu pijama, deixou os cabelos ruivos soltos e reparou na mecha branca.

“ Eu nunca intendi o porquê de isto estar aqui…”

Anna desceu e comeu tudo, reparou que Angella preparava uma bandeja com o jantar, a ruiva por curiosidade foi ter com ela.

–Angella, oque é isto?

–É o jantar da sua irmã, Princesa.

–Posso o levar?

–Claro!

Anna pegou a bandeja e seguiu para o quarto da loira.

Bateu na porta.

–Quem é? –Foi possível se ouvir.

Anna imitou a voz de Angella que era uma vez feminina e italiana.

–Jantar!

A porta se abriu um pouco e Anna pôs metade do seu corpo dentro sendo possível ver a sua irmã.

–Anna! Saia já daqui! –Gritou Elsa tentando esconder o quarto.

–Mas Elsa, porquê? Porque te afastaste de mim? Eu sinto a tua falta! –Disse Anna.

–Não parecia ter a minha falta enquanto desobedecia as ordens do pai! –Anna ficou boquiaberta com isso.

–Como sabes?

–Acorda, inteligência! Tenho janela! Agora sai daqui! –Gritou Elsa.

–Porquê?!

–Porque se ficar contigo magoou-te!

–Mas magoa muito mais assim!

–Mas não é tão doloroso… -Suspirou Elsa.

Elsa pegou na bandeja e a pôs na cama depois fechou a porta deixando Anna lá fora. Elsa rodou a chave e se trancou no quarto.

Do lado de fora foi possível ouvir um suspiro, 3 soluços e passos lentos se afastando da porta.

Anna cantarolava a música que cantava para a sua irmã todos os dias.

Se deitou na cama e adormeceu.

Elsa ficou parada olhando para a porta, passado um tempo encostou a testa na porta, virou-se e deslizou pela porta até ficar sentada no chão. Abraçou as próprias pernas e enterrou a cabeça nas mesma chorando “baba e ranho”. Um ato que já era costume de Elsa fazer quando a vida corria mal, e era muitas vezes.

Passado muitas horas Elsa já tivera comido e se encontrava deitada na cama olhando o teto.