Autocontrole escrita por PseudologiaFantastica


Capítulo 5
Capítulo 4: Controle afinal




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Acordei 06:00 horas, 2 horas antes do combinado. Lucca vem me buscar para "conversar". Sara entrou no quarto numa hora quase exata e se sentou na ponta da cama, disse que queria falar comigo.
– Bom dia.
–Oi. Acordou cedo.-olhei para o relógio para confirmar a hora. Estava correta.
–Algum problema?
–Nenhum, tomara. É... Eu percebo que algo em você mudou.
–Desculpa. Eu só estou tentando conhecer a cidade e talvez você esteja ocupada.
–Não seja tola.
Me levantei e peguei uma blusa preta simples com dois botões do lado direito sobre o bolso, coloquei por cima do pijama e me virei , do espelho para Sara.
–E ai?
–Gostei. Com essa jaqueta aqui.-Sara pegou a peça pendurada no armário.
Me virei de volta para o espelho.
–Posso saber aonde vai, Maggie?
–Ele vem me buscar aqui em casa às 08:00. Eu tenho que fazer algumas coisas hoje por isso acordei cedo.
–Espera... Ele?
–Lucca.-sorri discaradamente.
–Desde quando você sai com ele ?
–Eu me esbarrei com ele no supermercado.
–Estou sabendo. Tudo acontece naquela bendita loja.
Expressei-me com uma cara de desintendida.-Fazer oque, não é mesmo?
–Eu prometo que quando voltar, que estarei livre para ver quantos filmes e comer quantos chocolates poissível.-abrecei num gesto de desculpa. Fui para o banheiro. E não sai de lá tão cedo. Calcei a bota , coloquei o prefume e enxuguei o cabelo com a toalha.
–See ya.
Lá embaixo cumprimentei Lucca e entrei no carro.
–Eu tenho que esclarecer algumas outras coisas.
–Poxa. São muitas coisas, para ser franca.
–Você vai viver para aprender o que você é.-estabeleceu-se um silêncio até a casa dele .
Os portões se abriram e fomos pelo fundo de novo.
–Dê-me a jaqueta.-assim o fiz.
–Obrigado.-pendurou na parede. E abriu a porta de um dos quartos que eu jamais havia visto, óbvio que era um cômodo escondido. Me deu o arco e flecha. Olhei para todas as outras armas na parede cinza e perfurada.
–Tão previsível. Eu não quero isso.-peguei duas facas de porte médio com duas elevações pontiagudas nas laterais.
–Você quem manda. Eu só imaginei que...ah esquece.
–Eu só quero ver se você vai se dar bem com isto. Pegou a faca e jogou na parede, detalhe na parede à vários metros de distância praticamente no alvo.
–Droga.
–Pegou o arco porque é melhor em demostrá-lo?-desafiei-o. E fiz o mesmo. Errei.
–Como você..?
–Não faço a mínima idéia.-olhei para as mãos.-Alguma dúvida que esse é o meu instrumento ideal?
–Tá. Isso é fácil. Dor, você aguenta?- Apoiou uma outra faca diferente no chão e pisou. Não consegui olhar demais. Tirou a faca do pá esquerdo e me deu.
Dispensei com as mãos e depois com palavras:
–Passo, obrigada.
Tentei pegar um copo d'água em cima do banco. Quando Lucca me deu um golpe certeiro por trás pela perna e cai em cima da outra perna.
–Feliz?
–Muito. Tudo o que me mantinha acordado, o que eu sonhava e não sabia ao certo está acontecendo. É bom ter explicações.
–É, eu sei.-sorri como mais ninguém consegue. Ele estendeu a mão e eu levantei, sem ter por que se limpar pois o chão era um carpete áspero. Antes dele me apresentar a sala real de treinamento. Eu na verdade estava numa saleta de armas. Abriu o portão.
–Nossa... Isso é imenso.-eu parecia um americano nativo que nunca tinha visto europeus.
–Pois é. É difícil dizer o tamanho disso aqui, eu chamo de fazenda.
–Por quê?
–Antes mesmo de te conhecer eu vinha aqui para relaxar, me lembra os campos da minha infância. Quando os meus pais eram vivos.
–Lamento.
Ele ignorou e prosseguiu:
–Já viu essa grama? É incrível.
–Sim, sim.
Lucca estava muito animado com tudo isso. Quer dizer , ele não saltitava de alegria, mas a cada frase, ele sorria como se estivesse num transe mais que profundo de felicidade. Foi ótimo para mim vê-lo assim.
–Eu tenho planos para hoje.-estava muito próxima dele.
–Fale-sussurrei.
–Eu vou te ensinar um golpe definitivo. Um não, O golpe definitivo.
Segurou um boneco e demonstrou. Com a faca da direita, perfurou o local onde estariam as primeiras vértebras humanas. E com a esquerda fincou no lado esquerdo do coração.
–O que significa isso para você?
–Você mutilou um ser sem vida.
–Oops. Não. Machuco as vértebras para imobilizar o escolhido, e o coração para matar rapidamente.
–Escolhido ou vítima?
–Escolhido soa melhor. Então, o ESCOLHIDO não sofre tanto com dores.
Contnuei observando-o. Caminhava ansiosamente de um lado para o outro.
Com o mesmo boneco, pegou as facas, e simultaniamente fincou "nos rins" do boneco.
–E agora? Doloroso e lento. Esse é o golpe mais pessoal, você usará poucas vezes na vida.-assenti com a cabeça.
Lucca olhou para o relógio gigante pendurado no alto da parede. 11:30.
–Você vai tomar banho aqui.
–O que?
–Tenho que repitir?
–Está bem. Eu não tenho roupas.
–Tenho certeza que Ana não se importa.
–Tem certeza?
–Absoluta. O que você viu da Ana não condiz com ela de verdade. Foi só uma crise, quando um quadro não fica perfeito, ela surta.
Ele me entregou as roupas que a Ana nunca mais voltou a ver.
–Vista isso. É, perfeito.-avaliou as roupas no meu corpo mentalmente.
Eram um par de calças, uma bota de cano longo marrom discreta, a blusa estampada com flores minúsculas, tomara-que-caia.
–Só tem uma coisa a mais para você fazer hoje. Vá assistir os filmes com a Sara e você vai saber quando deve sair de casa e para onde ir. Tenha cuidado.
Lucca me deixou em casa depois do almoço na casa dele. Comecei a me sentir dependente do carro dele, mas eu não vejo muita nescessidade de comprar um carro agora.
Chegamos em casa ele não desceu, quando estava indo embora, ele sentado amaciou meu cabelo por baixo e me beijou na bochecha quando voltou a me ver apertou os dedos no meu couro cabeludo e ardeu,muito. Bati com a cabeça no teto, me senti muito constrangida, mas ele parecia ter feito de propósito porque sorriu como aqueles velhos pais que sabem da verdade sobre algo que o filho discorda. Entrei em casa e quando voltei a olhar, o carro não estava mais pela vizinhança. Me deparo com Sara ouvindo música na frente do computador de pijama, devagarzinho:
–Ei!
–Ai! Quer me matar.-sua cara de terror logo se foi com uma risada alta.
–Emtão decidiu voltar!
–Ando fazendo caridade.
–Idiota!-me impurrou de leve.-Pesquisei alguns filmes se por acaso você viesse.
–Que tal o filme Her?
–Ótimo, eu queria ver esse mesmo.-fizemos pipoca que rendeu até o próximo filme: Anjos e Demônios.

Os dois filmes foram fantásticos. Mas às 11:00 horas não conversávamos mais sobre os filmes.
–Aonde você vai?
Gelei:
–É... Nada, eu só queria...-Poxa, eu tinha que vestir a jaqueta agora. Na mesma hora pensei em convivá-la já que não tinha outra forma de não magoá-la por excluí-la. Sentei em sua cama:
–Eu estava pensando se nós não podíamos sair. E aí?
–Sério? Eu pensei em te convidar mas pensei que não aceitaria.
–Está louca?! É claro que iria.
Sara não demorou muito para se arrumar, entramos no carro e nós já sabíamos que hoje seria diferente, hoje estaríamos realmente vivas.
Cantando o verso da música Hey ya nostálgica, seguida de outras músicas antigas, bem alto.
–--
Estava escrito: C´mon ,e em letras menores : Moe calls.
Estávamos na fila, dois rapazes se aproximaram:
–Olá, posso entrar na sua frente? Quando o segurança chamar nós colocamos vocês antes.-disse o garoto mais alto de blusa vermelha e cabelo encaracolado.
–Claro entra aí.-tomou outro gole da garrafa de cerveja e os comprimentou.-Prazer, Sara.-deu-lhes a mão direita para aquele homem.
Ele retribuiu com um beijo:
–Carl. Obrigada, estão acompanhadas?
–Não.
É claro que detestei tudo isso. Eu nem queria que Sara viesse, agora tudo se tornou muito perigoso. Entramos pelo salão principal, era espaçoso. Sara converava com aqueles rapazes de uma forma tão vulgar, era lógico o interesse deles. Carl se virava para mim, me olhava e percebia o desinteresse:
–Com lincença.-sai com a pequena bolsa semi-aberta. Fui ao banheiro, no caminho me deparei com o guitarrista da banda que tocava na casa de show. Ele estava mascarado, olhou para mim. Entrei no banheiro. Eu me sentia péssima agora, todo aquele turbilhão de sentimento que eu sentia com Sara há pouco menos de uma hora e meia, se passou, quase num piscar de olhos ou gotejar da primeira de chuva. Respirei fundo, abri a porta.
O guitarrista mascarado parecia me perseguir com os olhos. Ignorei, até que ele realmente começou a me seguir. Andei mais depressa, assim ele o fez. Tentei despistá-lo, afinal ser perseguida não é da minha "vibe". Me escondi na parede dos fundos. Segura. Espera, ele agarrou minha mandíbula e conseguiu calar meus gritos:
–Shiu! Silêncio!-susurrava.-Calma.
Me levou entre as árvores até que saímos do terreno. E chegamos a uma fazendinha, onde tinha um troco deitado e vacas dormindo. Me sentei ali aguniada. O telefone dele tocou:
–E ai, Dallas?-levou alguns segundos e falou de novo:
–Pode ir, eu consigo uma carona, não sei. Fique calmo, eu chego na sua casa ainda de manhã.-levantou a máscara para falar nitidamente.
Eu conheço aquele piercing na língua e aquela sarda também! Desligou o telefone, virou-se e riu para mim.
–Oi Chloe.
–Enzo? Enzo!-eu ri de mim mesma por quase chorar de medo por causa desse mané.-Você enlouqueceu ? Poderia ter gritado!
–Mas não gritou. Eu estava te controlando.
–Me controlando? Não creio que ouvi isso!-eu ria mais ainda.-E então? Você precisa voltar para a casa do seu namorado vocalista?
–Meu Deus. Deixe eu explicar: nós viajaremos para Gold ville amanhã cedo. Se der certo talvez possamos sair em turnê nessa área dos Estados Unidos.
–Nossa! Eu nem sabia dessa banda. Devia ter me contado sobre isso.
–Ah! Nem vem com essa. Você saiu da minha casa sem mais nem menos, se eu fosse mulher, aida estaria comendo chocolate deseperdamente tentando te ligar.
–Tão machista!-dei tapinhas de leve no seu ombro forte. Passamos minutos calados. O silêncio prevaleceu.
De repente uma vaca deu sinal de vida e eu soltei um grito agudo. Novamente Enzo pegou a minha boca. Sorri assim, com a boca apertada. Fechei os olhos. Enzo meu beijou, começando pelo cantinho da boca. Ajeitei o cabelo e ele desceu até o peito e subiu até o pescoço, terminou com curtos beijos. E encostei-me no seu peito até me sentir relaxada. Quarenta minutos se passaram e Enzo massagiava meu cabelo, ninguém dizia nada. Estava perfeito. Foi quando eu senti uma dor. Aquela dor , atrás da cabeça novamente.
–Tenho que ir.-apaguei evidências que indicassem que eu estive no mato.
Beijei-o uma última vez na bochecha e andei depressa, minha vontade estava aumentando e aumentando.
Voltei ao bar. Sara não estava lá só aquele tal de Carl.
–Onde eles estão?
–O que você acha?- O que eu acho? Eu acho que Sara está dando uma de safada. Não compreendo isso.
–Ah.- levatei a sobrancelha indicando que eu já havia entendido.-Me desculpa a demora eu encontrei uma amiga minha.
–Ah sei.-Carl parecia muito chateado. Vou fazê-lo se sentir melhor. Sorri para ele. Ele retribuiu.
–Você quer andar logo com isso?-Fomos para outro canto da floresta onde nós beijamos por minutos. Puxei a primeira faca e cravei no pescoço. Tentei algo diferente do que Lucca havia me ensinado, entendi o quão perigoso isso pode ser.
–Que nojo.-Enxuguei minha boca como expressão de profundo nojo. Joguei o corpo entre arbustos, esperei até o corpo desaparecer, mas não aconteceu. Senti minha cabeça arder. Meu Deus parecia eterno. Não queria parar, toquei meu cabelo de novo e sangrava até a nuca. Fui caminhando até em casa. Com a jaqueta na ora no ombro, ora na cintura. Eu ia andando se aquilo era mesmo andar.
Pronto, aqui está a resposta para minha pergunta: Eu não sou mais a Chloe Margaret Halla de antes sou um zumbi.


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