Autocontrole escrita por PseudologiaFantastica


Capítulo 6
Capítulo 5: Aquele do banco no Park Mackenzie.




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–Chloe! Chloe! Ai meu Deus, é você mesmo!- eu não posso dizer muito da situação, eu tinha acabado de acordar, e estava no meio do asfalto, me recordo do Luke descendo do carro mais branco que papel, deixou a porta do carro aberta e me levantou. Acho que foi a cachaça mesmo. Estava grog.
–Vamos, guria. Você está mal.-percebi algo errado, algo faltando, olhei para meus pés, sim, eu estava sem bota. Procurei, não achei. Ah, que se dane.
Apoiei a cabeça sobre a janela do carro, vi a chuva formar linhas verticais no carro, quase não podia sentir a ressaca com aquela sensação gostosa ressoando nos meus ouvidos e alimentando meus olhos de beleza, mas QUASE. Lucca não parou de falar :
–Eu não sei se rio ou se choro de preocupação. Eu tenho que te manter viva garota, no mínimo viva!
–Fica calmo.
–Calmo!?-fato, ele sorria e expressava terror simultaneamente.
–Quando eu me lembrar do que aconteceu, juro, te conto absolutamente tudo.
–Quando lembrar?!-Lucca parecia a ponto de explodir.
–Eu quis dizer... Quando chegarmos onde você quer ir.-acalmo-o.
–Nós vamos para minha casa.
–Certo. Tenho que avisar Sara.
–Foi ela quem me avisou do seu sumiço.
A velha Sara não mudou. Prosseguimos com um silêncio, minha cabeça latejando e ainda encostada na janela. Até que:
–Para o carro!-gritei com um olhar de horror na face.
Lucca manobrou o carro, fez tanto barulho que a velha que voltava da feira matinal até então surda, escutou. Novamente, parou o carro irregularmente, dessa vez pior. Sai do carro, como se tivesse jogado(sem querer) uma criança da janela do carro.
Voltei segundos depois com a outra bota na mão.
–Não creio nisso.-disse Lucca pondo a mão na testa.
–Sorry Lucca.-respondi com uma das palavras que mais carrego sotaque, soava como : Sôre Lucá.

Finalmente, chegamos na casa dele. O portão principal se abriu. E Ana estava sentada na mesinha da varanda, creio que nos esperando, com uma bandeja com o café da manhã. Agora estava mais arrumada, sem tinta no cabelo que agora estava solto, usava gorro e roupas para o frio. Percebi, agora o quanto sentia frio também. Encolhi-me e fechei mais a jaqueta.
–Oi Maggie.
–Oi. Ana?
–Sim, não estranhe a intimidade.-disse com um sorriso gentil.
–Tudo bem.-retribui.
Ela levou a comida até a mesa na cozinha. Lucca subiu até o 3º andar. Ana permaneceu em pé, apoiada à pia.
–Então vai contar o que aconteceu?
Olhei desajeitada.
–Tudo bem, confia em mim, eu nunca senti que podia conversar com alguém assim. Juro, pode confiar em mim também.
Contei toda a história de ontem a noite. Foi difícil aceitar que ela tamém sabia da terrível maldição. Eu nem sabia que ela sabia.
–Entendi. Eu tenho que confessar que você foi muito forte. Eu não conseguiria me controlar a ponto de "escolher" outra vítima.
Compreendi o que ela queria passar, mas aquele pão estava muito gostoso para desviar a atenção.
–Você pode me imprestar algum telefone?-perguntei. Ana deu-me e voltou a seu posto no canto.
Disquei o número de Sara:
–Alô? Já que você não pode atender, eu só quero que saiba que eu estou bem. Não existe motivo algum para se preocupar. Estou na casa do...-fui imterrompida pelo beep. Bom, ela sabe que estou bem.
Ana me deu uma calça/pijama e uma blusa, recusei a blusa e peguei apenas o top em cima. Assim, subi até andar onde Lucca estava. Achei seu quarto, olhei de relance, parei e voltei. Ali ele estava lendo em posição borboleta sem camisa virado para a janela que batia para uma árvore imensa, linda. Ou seja, não me percebeu. Mas, o que eu realmente vi foram pequeninas marcas pretas vindo da parte inferior às costas.
–HUH-gemi de estranhesa. Ele se virou.
–Chloe?!
–Oi , desculpa o encômodo.
–Não, tudo bem. Almas sígmias são bem vindas aqui.- eu ri baixinho.
–Só queria saber onde posso ficar, ou tomar banho pelo menos.
–Pode FICAR mesmo, aqui tem 7 banheiros. E no segundo andar.
–São muitos banheiros.-disse num tom de espanto.-Obrigada, Lucá.
Entrei no chuveiro. Gemi de dor de novo. E tomei banho com água quente. Peguei a toalha e sai do box. Estava escrito no meu celular:
NOVA MENSAGEM: Número desconhecido.
Ignorei por um segundo, e olhei para a cabeça, o máximo que pude ver foram marcas que por um segundo pareciam ter brilhado. Isso é estranho para Casset*.
De toalha, desbloquiei meu telefone e vi a mensagem:
" Olá, Maggie. Encontre no Park Mackenzie. No banco perto do lago.
–Você tem idéia de quem seja esta mensagem."
Fiquei excitada, ou era Sara, ou o Enzo. Troquei de roupa, e avisei a Ana que sairia. Fui a pé para o parque. Avistei de longe o banco, mas era um homem de meia idade. Mas...


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Notas finais do capítulo

Olá, já posto faz um tempinho. Se tiver alguma sugestão, gostaria que opnasse sobre, ou talvez que dissesse o que achou do capítulo. Bom, qualquer coisa.



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