O Segredo dos Mortos - Dark Mystery escrita por Cristina Abreu


Capítulo 5
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY!
Hm... Então... Eu tô até com vergonha de postar só agora o próximo capítulo...
Ai, gente, me perdoem! Estou com um bloqueio terrível. Nem sei quando foi a última vez que escrevi uma linha. Tô com bloqueio até para ler! Isso já aconteceu com vocês? Comigo já aconteceu uma outra vez, mas bem... Fiquei um ano sem tocar no Word. Não quero que isso repita. Alguma dica, então?
Além dessa bosta de bloqueio ainda tenho a minha escola. Segundo ano é um saco!!! Não aguento mais e ainda falta meses para acabar! Será que eu podia voltar a ser do maternal? Alguém aí com uma máquina do tempo?
Bom, amores... Enfim... Espero que vocês gostem do capítulo! Até lá embaixo!



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Capítulo 3

Mundo dos Mortos.

Dias Atuais.

Lauren.

O “convite” veio uma semana depois.

Death, ainda bem, não voltou mais a minha casa. Ela mandara Brooke me avisar e me buscar. Não vou nem comentar quanto é desagradável ir para o Mundo Sombrio. Envolve muitas sombras e muitas náuseas. Tinha certeza que ainda estava um pouco verde por causa da viagem.

Mas agora, aqui estava eu. Sentada bem desconfortavelmente em uma cadeira de metal, enquanto a Toda Poderosa sentava-se em seu trono de veludo. Igualdade? Claro que não. Nem mesmo na morte se tem isso.

— Lauren! – Death chamou minha atenção. – No que diabos está pensando?

Engoli em seco e balancei a cabeça. Não podia falhar. Death me dissera que podia me treinar, e que assim eu chegaria a Derek. Pelo bem dele – céus, pelo meu bem! – eu devia aprender, e logo.

— Será que você consegue se concentrar?! – gritou. Encolhi-me na cadeira. Paciência, Lauren.

— Hm... Sim, foi mal. – falei. – Ok... Vamos de novo.

Death suspirou, com raiva, e fez um gesto com a mão, para que eu seguisse em frente. Fechei meus olhos e respirei fundo, tentando encontrar... Qualquer coisa.

Ela me disse que, como Morrigan tinha residido em mim por dezesseis anos, ela deixara uma marca no meu corpo, na minha alma. Saber daquilo havia sido um choque, pois significava que eu era um pouco dela, o que me deixava enojada e amedrontada.

Mas seria exatamente aquela marca, aquele pedaço, que nos faria encontrá-la.

Sondei minha mente, querendo captar qualquer coisa que Morrigan pudesse ter deixado lá. Claro, não saber o que isso era complicava e muito minha situação porque eu não tinha ideia do que procurar. E já estava ficando cansada. Há quanto tempo já estava naquela mesma posição ridícula? Duas, três horas?

Abri meus olhos, irritada. Nada. Death fez um ruído de exasperação.

— Não dá. – falei. – Não estou achando nada que ela pode ter deixado dentro de mim. Talvez você esteja errada.

— Não estou errada, menina insolente. – ela não gritou. Acho que estava tão brava que nem conseguiu elevar a voz. Tudo bem, porque o sussurro dela dava tanto medo quanto.

— Você não acha que, se eu tivesse alguma coisa da Morrigan dentro de mim, saberia? – questionei. Com certeza, minha essência não era parecida com a dela. Em nada.

Por exemplo, eu não era uma vadia, nem uma assassina lívida por vingança, o que definia basicamente a personalidade legal de Morrigan. Não. Não mesmo. Death devia estar errada ou mentindo. Afinal de contas, ela adoraria me ver com uma dor de cabeça enorme, não é?

— E como você afirma que não tem nada dentro de você que seja dela?

— Porque eu não sou como ela. – respondi. Meu lábio tremeu de raiva. – Eu me...

— Você se conhece? – Death ergue-se do trono e arqueou uma sobrancelha. – Por favor, Lauren, ninguém se conhece de verdade. Você pode ser totalmente contra o modo com o qual Morrigan age, mas no fundo, você tem algo dela. Todo mundo tem algo de todos. Você, querida, tem algo de um assassino, e um assassino tem algo de você.

“Cada parte de você é uma mistura, Lauren. Você, Derek, Megan... Não importa quem, são todos uma mistura do restante do mundo. De mais sete bilhões de pessoas. A Vida faz esse conjunto, e a Morte a ajuda. Então, não. Você não se conhece.”

Suspirei. Não estava ali para ganhar aqueles discursos filosóficos. O que eu queria era aprender como viajar pelos mundos. Apenas isso.

— Ok, se você está certa, então... Como eu vou saber qual dessas milhões de partes pertence a Morrigan? – minha voz saiu um pouco mais agressiva do que eu esperava. Sabia que tinha que ser mais maleável. Death não gostava de ser atacada de volta. – Tem algum jeito?

O sorriso cínico na cara dela denunciou que eu não iria querer saber.

— Claro que tem. – respondeu e deu um suspiro dramático, querendo aumentar a tensão e minha expectativa. Bem, se ela soubesse que meu estado já estava crítico, não faria tanto esforço desse jeito.

— Como? – perguntei, já que ela não falou mais nada.

— O jeito mais fácil seria se você tivesse alguma sensibilidade. Já vi humanos com esse... senso incomum. Muito útil, acredite. Mas parece que você não tem esse dom. – ela bufou, gozando de mim. - Então, vamos ter que ir pelo modo mais complicado. Você vai ter que conhecer Morrigan. – e lá estava o sorrisinho maldito.

Arqueei minhas sobrancelhas e tentei encará-la nos olhos, ignorando a sensação ruim que fazer isso me proporcionava. Só assim eu poderia saber se ela estava tirando uma com a minha cara, o que era realmente o que parecia.

— Conhecer Morrigan? – repeti, lentamente. – Isso vai ser possível? Você não está fazendo tudo isso para que a achemos?! Como eu vou conseguir conhecer essa... Mulher estando de longe?!

— Lauren... Você não teve mais nenhuma notícia mesmo de Life e Morrigan? – Death franziu o canto dos seus olhos e isso foi o bastante. Já estava encarando-a por tempo demais, o que me abalava.

— Claro que não! Foi como se tivessem sumido, não foi? Digo, elas não deveriam estar pondo em prática o plano que arquitetaram para acabar com o mundo?! – joguei meus braços para cima, em exaspero.

— Não acho que elas tenham um plano. Life não é exatamente pragmática. Uma característica da Vida. Para ela, tudo deve acontecer naturalmente e por base no destino. Morrigan também não pode ter pensado em muita coisa, já que estava tão focada em voltar a viva. Ela nem sabia que daria certo, de fato. – Death fez uma cara azeda, e depois pareceu pensar em algo a mais. – Hm... E quanto aquele homem que estava dentro de Cameron?

Ignorei a pontada de dor quando ela falou o nome dele.

— Aquele imbecil? – grunhi. – Ah, sim, dele eu tenho notícias. Muitas notícias. Ele fica me mandando poemas um tanto... Mórbidos.

Death pareceu surpresa, mas contente.

— Ok, então podemos começar com ele. – falou. – Foi ele o responsável pela primeira morte de Morrigan, não foi? E depois ficou procurando-a por milênios. Enfim, ele deve conhecê-la.

— Tá, mas no que isso muda? – não entendia aonde ela queria chegar. – Ele a conhece, eu não. E eu definitivamente não o conheço, e nem quero.

— Mas você vai. – sua voz foi quase gentil. – Tem que conhecer esse homem para conseguir conhecer Morrigan. Vai ter que dar passinhos de bebê já que não consegue andar como uma adolescente normal.

— Mas ele quer ME MATAR! – gritei. – Como eu posso me aproximar dele?! Ele vai cortar minha garganta!

— Ele não faria isso. São apenas ameaças, acredite em mim. – alguma coisa em sua expressão me dizia que ela sabia exatamente do que estava falando. – Não agora, pelo menos.

— Ótimo. Todos estão retardando o plano de “matar a Lauren”. Perfeito. – respondi com ironia. – Mas isso não muda nada. Eu ainda não quero ver aquele cara. Só vou voltar a fazer isso quando estiver matando o desgraçado!

Levantei-me tão depressa da cadeira que essa tombou no chão, fazendo um barulho enorme. Os portões que guardavam a sala do trono de Death se abriram, e guardas entraram. Controlei-me para não gritar quando as caveiras pararam na minha frente, olhando diretamente para a Morte.

Lembrava-me muito bem do primeiro dia em que as vira. Eu tinha acabado de morrer em um acidente de carro e vindo para o Mundo dos Mortos, onde um julgamento me aguardava. E claro, quem guardava o julgamento dos mortos não podia ser mais nada além que outros mortos.

Mortos muito mortos. Aquelas caveiras pareciam ser bem velhas.

— Soberana da Escuridão, está tudo bem? – controlei-me para não rir do modo como eles a chamaram. O que diabos era aquilo?!

— Sim. Podem voltar a seus postos. – Death ordenou, e então olhou para mim, cheia de raiva. – Mas antes, por favor, coloquem aquela cadeira de pé, e a senhorita Lauren sentada nela.

Encolhi-me quando os dedos feito apenas por ossos me tocaram e me fizeram voltar a sentar. Nem lutei, querendo que eles me largassem o mais rápido possível. Aquelas mãos eram horríveis e geladas.

— Agora, Lauren, fique sentada. – Death também voltou a se recostar no assento. – E você vai ter que ver aquele homem. Aliás, como é o nome dele?

— Você não sabe?! Ele trabalhou para você! Como pode não saber? – acusei. – É tão difícil assim decorar nomes quando vai chegando a idade?

Eu sei. Eu sei, eu não deveria ter dito aquilo. Mas ela deveria realmente me considerar uma adolescente patética, pois nem ligou para o que eu tinha acabado de dizer. Ótimo, porque ela quase me bateu uma vez, e eu não queria receber jamais aquele tapa.

— Ele nunca me falou o seu nome. Além do mais, nomes não são importantes para alguém que já possui a sua alma.

Gelei e desviei o olhar. Death tinha uma figura imponente, o que deveria causar receio em todos que a vissem. Porém, em mim, não era apenas receio. Era uma completa aversão.

— Não quero vê-lo, Death. Por favor. – implorei.

— Lauren, é a única maneira. Não adianta nada pesquisar sobre Morrigan nos livros ou na internet. Não vai adiantar, porque tudo o que vai encontrar será mitos sobre sua vida e sua morte. Não precisamos mais de mitos, não acha? Está na hora de encontrarmos a verdade. De você encontrar a verdade.

— Ele matou Cameron, Death. Não acho que vá conseguir encará-lo.

— Derek matou seus pais, não foi? – inspirei com dificuldade. Sempre que alguém falava sobre meus pais, eu recebia um soco bem na boca do estômago. – E no entanto, você o perdoou.

Nunca parei para pensar naquilo, embora todos me dissessem. Claro que eu o culpei por aquele acidente, que o odiei um pouco. Mas no final, o perdão me veio naturalmente, junto do amor. Derek era minha alma gêmea, muito diferente daquele guerreiro maldito que vinha me perseguindo.

— É diferente. – argumentei. – Derek estava a seu mando, além que...

— Ele é o amor da sua vida e blá blá blá?! Bobagem. Agora pare com isso.

— Não tem outro jeito? Talvez eu pudesse tentar mais desse modo... Sensitivo. Quem sabe, se eu não me esforçar mais, não ache alguma coisa? – estava desesperada para não ter que encarar o assassino de Cameron.

— O problema, Lauren, é que não temos tempo. Então, não. Desculpe, mas vai ter que ser do jeito difícil.

Quase chorei. Sério. Não estava pronta para encarar aquele homem novamente. Eu só devia fazer isso quando soubesse como matá-lo. Queria minha vingança, e para executá-la, era necessário mais tempo. Mas agora...

Bem, agora eu teria que vê-lo. Precisava fazer isso para poder chegar até Derek e implorar que me desculpasse. Só agora eu via como precisava dele comigo.

— Tudo bem. – respondi, derrotada. – Eu aceito. Só me diga onde posso encontrá-lo.

— Não se preocupe quanto a isso. Eu vou marcar o encontro, e se você se sentir melhor, pode até levar Brooke. – franzi meu nariz e aquilo mostrou que eu não queria minha guardiã por perto.

Death suspirou.

— Se você não a quer... Não é meu problema. – olhou para mim, fisgando meu olhar, que eu logo tratei de desviar. – Você sabe que ela não foi a culpada, mas ainda assim a condena.

— E?

— E nada. – deu de ombros. – Só é muito engraçado o modo como os humanos veem as coisas. Ou não veem. Não sei qual é o pior.

— Death – já estava exausta daquilo tudo. -, prometo que vou me encontrar com esse homem e descobrir a chave para chegar até Morrigan. Agora, posso, por favor, voltar para minha casa? Eu não aguento mais!

— Sim, você pode voltar para a sua casa. Vou voltar a chamá-la quando já tiver arranjado tudo. Até lá, mantenha-se viva.

— Não é como se tivesse sobrado alguém para me matar. Pelo menos, não alguém imediato.

Death não respondeu e eu imitei o seu gesto de minutos antes. Dei de ombros e peguei minha mochila do chão, pondo-a no ombro. Se o tempo passava de forma igual entre o Mundo dos Mortos e a Realidade, então eu estava bem atrasada para a escola. Aliás, nem daria mais tempo de sequer pensar em ir.

— Vou indo. – dei as costas e caminhei em direção a uma saída lateral, onde daria para uma antessala. Brooke me esperava lá para me transportar novamente.

— Lauren. – Death me chamou. Virei-me, apenas um pouco para poder ser seu manto negro se movendo enquanto ela andava. – Sentiu alguma coisa estranha?

— Nada, por quê? – fala sério. Agora ela me faria aquela pergunta sempre que me visse?

— Vá, então. – voltei a caminhar, querendo ir para longe dali, quando ela voltou a me chamar:

— Ah, Lauren... Aqui vai a lição número um: se quer derrotar alguém, você vai ter que conhecê-lo primeiro. Isso serve tanto para Morrigan quando para o assassino do seu namorado.

— Tanto faz. – só queria ir embora.

Quando me virei para seguir meu caminho até Brooke, Death não me impediu. Logo, eu poderia me deitar na minha cama e fingir que toda aquela esquisitice não havia acontecido.

Chegando em casa, encontrei um papel dobrado metodicamente em cima do meu travesseiro. Não o li. Peguei-o e joguei para o lado. Já sabia o conteúdo das mensagens idiotas.

Eu desejava que Death estivesse certa. Que, se eu o conhecesse, poderia acabar com ele. Porque meu sangue fervia para isso.


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Notas finais do capítulo

E aí?! O que acharam? Gostaram?!! *-*
Eu sei que eu não estou respondendo os reviews e, cara, tô com mais vergonha ainda por isso! Mas vocês sabem que eu leio todos, não sabem? Não estou respondendo porque conseguir algum tempo no computador anda difícil. Estudar e dormir virou minha vida. Mas juro que vou responder, ok? Vocês me perdoam? Digam que sim!
E comentem, por favor! Não me abandonem! Sério, imploro!!! A opinião de vocês é muito válida para mim.
Quanto ao próximo capítulo... Não sei quando vai sair. Sei que vai demorar um tempinho. Tudo vai depender do tempo desse bloqueio do inferno! (E claro, da merda das minhas provas) Espero que realmente dure pouco tempo!
Então, amores, vou indo! Tomara que vocês comentem! Beijinhos!!



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