Gotta Be Brave escrita por Batsu


Capítulo 5
Procurados


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, quero agradecer a coisa goxtosa da Compulsive, que deixou nossa primeira recomendação! Eu tive uma crise quando vi aquilo fiquei toda tipo GOD UMA RECOMENDAÇÃO NÃO TÔ PRONTA SEM OR ME LEVA -q
Esse capítulo é pra você, Compulseland ♥
Bem, acho que não demorei mas enfim /apanha
Só queria avisar que até o próximo capítulo, GBB vai estar de cara nova! Vou trocar a capa e as capas de capítulo, pq tô achando essas muito sem graça... Talvez eu faça outro logo também, mas não se preocupem, isso não vai alterar em nada na história ahuahua é só que tenho outras fanarts e ideias melhores *u*
O rótulo é o que faz o produto vender né cof cof
No more, até as notas finais ~



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— HEH? — Chopper desesperou-se. — Mas mal aportamos aqui! Procurados? Como assim?! — levou suas patas à cabeça, apertando o chapéu em afoito momentâneo.

— Acalme-se Chopper. — Robin deslocou-se de perto do espadachim, passando a caminhar delicadamente até os companheiros que haviam chegado há pouco tempo. — Ficaremos bem. — acariciou a pequena rena de nariz azul.

— Eu não me importo nem um pouco! — o moreno de cabelos espetados sorriu largamente com seu comentário. – Estou até mais empolgado com essa ilha agora! — pendurou-se no mastro, balançando-se em direção a cozinha.

— Luffy, seu idiota! — Zoro gritou chamando sua atenção. — Não podemos ficar no navio, vão desconfiar facilmente. — revirou os olhos. — E a Nami acrescentou no bilhete que é melhor nos misturarmos com o povo daqui, por isso temos que nos vestir bem antes de sair.

— Nos vestir... bem? — perguntou deixando sua cabeça pender ao lado. — Não entendi.

— Vai pro quarto, separamos tudo pra você. — Usopp mandou-o sem muita paciência.

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Faziam o mesmo caminho terroso e silencioso pelo qual passaram de manhã. Robin andava elegantemente com seu tomara-que-caia roxo, e a única coisa que parecia cair eram os olhos do espadachim sobre ela, acompanhavam-na friamente em cada movimento, por menor que fosse. Ela trazia consigo uma bolsa simples com os livros que ganhara de Chopper mais cedo. Um estava em sua mão, aproveitando o silêncio predominante para ler e atualizar seus conhecimentos sobre essa curiosa ilha de papel.

Usopp andava de uma forma engraçada, Chopper o imitava como se aquilo fosse o mais fino a se fazer num momento como esse. O narigudo notou Luffy ao seu lado, e algo não estava certo nele, trajava apenas uma camisa social azul com gravata, calças pretas e seu costumeiro chinelo de dedo, mas o que mais lhe chamou atenção foi o como o garoto não se importou em deixar a gola da camisa e a gravata mal arrumadas.

— Robin, — chamou a companheira que estava mais a frente. — Acho melhor você arrumar a gola do Luffy, ele não ajeitou certo. — bufou, seu capitão era mesmo um imprestável.

— Isso é trabalho de outra mulher. — disse simplesmente, voltando a atenção para as páginas de seu livro.

Os homens que a seguia, inclusive Chopper encararam-na sem muito entender.

Seguiram juntos até a mesma praça aonde vieram mais cedo, a arqueóloga estava maravilhada com tantos prédios e casas feitos de papel. Apesar de bem arquitetada, a cidade tinha um aspecto quadrado, que mesmo aparentando serem resistentes, todos os comércios e outros lugares que tinham um lado interior, não passavam de cubos montados congruentes. O espadachim notou alguns cartazes colados em um muro próximo, dizendo melhor, seus cartazes colados em um muro próximo.

Shh — Zoro uniu os companheiros em um canto, apontando discretamente os papeis com seus rostos ali perto. — Acho melhor nos separarmos, aquele cozinheiro de merda deve ter aprontado feio. — cochichava.

O grupo assentiu, apesar de Usopp não curtir a ideia de andar sozinho, entendia que era o melhor a ser feito numa situação como essa. Separaram-se e combinaram de dormir na própria ilha, devia existir algum hotel ou pensão em que pudessem passar uma noite tranquila.

Robin recebia olhares atenciosos de todos os tipos de homens que passavam por si. Era ótimo seus cartazes não terem fotos atualizadas depois dos dois anos, seu rosto não se parecia tanto mais com o antigo, e sua atual vestimenta ajudava no disfarce de cidadã comum. Sentou-se em um banco afastado da aglomeração de pessoas, e observou seus companheiros agirem sutilmente como se fossem da própria ilha. Aquela praça estava movimentada demais, se perguntava se hoje não era dia de algum festival comum local.

Seus olhos moveram-se ao livro aberto em seu colo, voltando a ler sobre a ilha. Segundo o que estava escrito, Shima-shi era uma ilha pequena e limpa antigamente. As raras árvores que tinham, eram famosas por suas fibras resistentes. Com o tempo, uma rica família do South Blue instalou-se na ilha pela calmaria do local, mas logo descobriram que aquelas árvores podiam enriquecer ainda mais seus negócios, e assim começaram uma fábrica manual de produção de papel e Vivre Cards. Os quase extintos moradores da ilha recusaram-se a trabalhar e cortar as árvores deles, então a família foi obrigada a exportar mão-de-obra dos quatro mares e da própria Grand Line. Os trabalhadores chegavam com suas esposas e filhos, e se instalavam na ilha mesmo sem um lugar fixo para moradia. Acabou que com as sobras dos papeis que produziam diariamente, ergueram uma vila e aos poucos aperfeiçoaram a habilidade de construção com o papel.

Com o passar de tantos anos, a ilha evoluiu e cresce cada vez mais expandindo até seu território sobre o oceano, criaram técnicas que impedem o papel de se molhar e derreter, sendo também anti-inflamável¹. Robin se fascinava com cada palavra lida, era um passado interessante, e obviamente isso lhe causou vontade de conhecer tudo pessoalmente. Apesar de estar concentrada, ouviu um barulho de alguém se aproximar pelas suas costas. Virou-se imediatamente com os braços cruzados, pronta para um ataque repentino. Era Sanji.

— Oh Robin-chan, — derreteu-se vendo o quanto sua companheira era linda nessa posição. — não faça mais esse rostinho de assustada, não sei se aguento vê-lo duas vezes! — custava se recompor.

— Sanji. — suspirou aliviada ao ver que era apenas o cozinheiro tarado.

— Porque você está aqui, Robin-chwan? Deveria estar no navio com Usopp e aquele marimo. — sentou-se ao lado da morena, aproveitou para acender um cigarro.

— Recebemos um bilhete do Franky, dizendo que estamos sendo procurados. Não podíamos ser vistos no Sunny, seria suspeito demais. — contou sem muita empolgação.

— Aquele ciborgue idiota avisou vocês?! — falou surpreso. — Eu percebi que estávamos em encrenca quando um vendedor zombou da minha sobrancelha, dizendo ter visto ela em algum lugar. — sentia-se ofendido.

Robin encarou-o devolvendo a mesma feição de surpresa. Então ele também não fazia ideia do que estavam envolvidos. Ao contrário do que a tripulação veio discutindo no caminho até a parte movimentada da ilha, Sanji não era o culpado pela atual situação dos Chapéus de Palha. Isso era mais confuso do que imaginava ser.

— Acho que o pessoal da ilha está animado demais. — Robin comentou cortando o assunto. — Vamos nos misturar, e procurar um lugar para ficar. — terminou se levantando e fazendo um convite com o olhar para o loiro.

— ROBIN-CHWAN! — animou-se instantaneamente.

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Luffy entrara em uma competição de comida, e estava ganhando até o momento. Não que isso fosse alguma novidade, comer para ele não era sequer um desafio, mas a população estava certamente chocada com tamanho apetite. Chopper o observava de longe, seu capitão realmente não entendia o sentido de ser discreto e não chamar atenção. Contando que ninguém o reconhecesse, tudo estaria bem.

A rena havia se estabelecido em uma possível moradia abandonada, não entendia direito o tipo de engenharia daquele lugar, então não sabia diferenciar um lugar vazio de um lugar em construção, pelo menos ali não tinha ninguém para incomodá-lo. O segundo andar era alto e tinha uma janela de frente para a praça, e mesmo sendo um prédio mais afastado, conseguia acompanhar com o olhar o que seus companheiros aprontavam por lá. Era incrível como aquelas paredes revestidas por várias camadas de papel eram impenetráveis, nem sequer uma ventania fazia o lugar estremecer. Preparava para se acomodar, ficaria por ali mesmo se não tivesse sentido um cheiro tão conhecido de óleo e cola. Colocou-se de pé imediatamente assumindo sua forma animal por completa. Desceu as escadas em longas passadas, saindo de novo em meio a multidão. Empacou lembrando que não podia sair daquela forma em público ali, Chopper escondeu-se e voltou a ser híbrido. Ainda assim atraia muitos olhares por ser diferente.

— Franky! — via as largas costas do companheiro, seu cabelo tinha um penteado diferente do último que o tinha visto usando. — Franky! — gritou mais alto, o ciborgue parecia não o tê-lo escutado.

Em uma fração de segundo, o ciborgue virou agarrando bruscamente a rena o mais o rápido que pôde. Não demorou também para que a população os notasse.

— Não é aquele ciborgue dessa manhã? — um homem questionou assustado.

— Um pirata! — a mulher ao seu lado escandalizava. — Onde estão os oficiais?!

Franky por outro lado ignorava tudo ao seu redor, ainda corria com Chopper no colo, e se dirigia ao concurso de comida. Luffy ainda estava lá.

Entrou na barraca empurrando todos que observavam, o capitão estava numa mesa próxima devorando o que encontrava. Os grandes braços do companheiro robotizado envolveram Luffy pela barriga, fazendo-o cuspir um resto de comida.

— O-oi Franky! — reclamou esticando o braço para agarrar um último pedaço de carne. — Porque fez isso? — parecia meio afetado, não gostava que o apertassem enquanto comia.

— Franky! — Chopper ainda estava assustado com tudo. — Porque estamos fugindo agora? Antes você estava normal!

— Só fiquem quietos. — finalmente os respondeu. — Estamos indo pro hotel, lá explico tudo!

Esgueiraram-se entre os grandes prédios de papel, saindo de vista do pessoal da praça. O ciborgue os devolveu ao chão, e guiou os companheiros até onde estava hospedado. Explicou que na verdade, tinha ido pegar somente Luffy, mas Chopper ficou o chamando no meio de todos, e isso acabou atrapalhando um pouco seu plano de ser sigiloso.

— A Nami não tinha ficado com você hoje? — o capitão perguntou descontraído com seus braços atrás da cabeça.

— Ela está no hotel. — respondeu suspirando. — Aquela mulher é SUPER problemática, estamos sendo procurados por causa dela.

— Heh? — a rena surpreendeu-se. — Não acredito! Todos estavam culpando o Sanji. — comentou ainda confuso.

— Então a Nami quem aprontou dessa vez?! Shi shi shi — apertou o passo, ajeitando o chapéu na cabeça.

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— Franky, carrega direito! — a ruiva gritava assustadoramente. — Não quase me matei para conseguir um SUPER desconto, pra depois você não cuidar das minhas roupas! — imitou-o.

— Desconto?! — ironizava fazendo careta. — Você pagou apenas as sacolas, o vendedor só aceitou sua oferta pra poder te mandar embora logo! — revirou os olhos.

— Ah, não enche. — balançou a mão no ar, sem se importar muito.

Haviam se separado do grupo há poucos minutos, e o que o ciborgue mais temia aconteceu, Nami decidira fazer compras. Apesar do egoísmo fora dos limites, ela ainda pensava em Robin, trazendo poucas peças para a amiga.

Os dois chamavam atenção, não só por se parecerem uma dupla de comediantes em um show ao vivo, mas sim por serem incrivelmente barulhentos.

— Nee-chan, você já comprou muita coisa! — reclamou vendo-a correr para mais uma vitrine. — Vamos levar essas coisas pro navio, preciso procurar algumas ferramentas novas para o meu estoque.

A garota deparou-se com algo em seu caminho, parando de caminhar com o olhar atraído, Franky que vinha logo atrás bateu nela derrubando algumas sacolas.

— Nami, no que está pensando? — questionou nervoso com a reação da companheira. — Huh?! — estalou os dedos, despertando-a. — Vamos!

— Franky, vamos fazer uma última parada naquela loja... — apontou para uma joalheria luxuosa.

— Duvido que vamos conseguir desconto ali. — brincou recolhendo as sacolas caídas.

— Não vamos pedir desconto. — sorriu convicta.

Largaram as compras numa moita próxima, e Nami passou as instruções do que pretendia ao ciborgue. Um colar com pingente de safira havia prendido todos os sentidos da gananciosa navegadora, e a dura realidade era que não estava disposta a gastar nele. Para todas as situações, envolveria Franky junto.

— Acabou que a loja tinha segurança interna, e ficamos presos lá. — Franky terminou.

— Um idiota me agarrou, eu tentei fugir e acabei com o ombro deslocado. — a ruiva explicou também, Chopper finalizava os preparativos para o endireitamento da clavícula dela.

— E esse é o motivo de estarmos sendo procurados. Nos reconheceram enquanto fugíamos. — o ciborgue encarou o chão, aquele fora seu primeiro roubo frustrado.

Os dois companheiros tinham um olhar de culpa, entendiam que o que haviam feito prejudicara toda a tripulação, não era certo agir por conta própria quando o seu ato pode afetar mais gente. Nami sentia-se péssima também, ainda mais com o olhar diferente que Luffy lhe lançava.

— Tudo bem. — o capitão comentou somente, se retirando do quarto, foi em direção a varanda do hotel.

Apesar de ser um quarto típico de hotel, o ambiente tinha seus charmes. Paredes como toda construção naquela ilha, de papel, mas seus móveis e decorações variadas eram feitos de materiais normais, isso significava que apesar do país ser um grande exportador de papel, também trabalhavam com outros meios comuns de produção ali.

Luffy encostou-se ao para-peito da varanda visivelmente irritado. Ouviu Nami gritar com Chopper voltando seu ombro no lugar, virando assustado, não imaginava ser algo tão doloroso assim. Franky ofereceu um copo de água, ela o aceitou e logo se colocou de pé fazendo movimentos circulares com o ombro antes machucado, estava o testando talvez, parecia melhor agora. A navegadora enxergou o capitão emburrado do lado de fora, riu sabendo que algo o incomodava.

— O que foi? — aproximou-se calma. — Quer que eu peça desculpas pela minha ganância?

— Não. — falou de imediato. — Eu não ligo do nosso bando estar sendo procurado agora. — sorriu fraco. — É só que... não gostei de você ter planejado roubar a loja. — abaixou o chapéu escondendo seu rosto. — Você não é mais uma ladra, você é uma pirata.

— Piratas não roubam, Luffy? — questionou séria.

— Só não faça mais coisas loucas assim, me preocupo com você! — encarou Nami de cenho franzido. — Não me perdoaria se algo pior tivesse acontecido a você, e eu não estivesse lá para impedir. Estamos certos? — esperou uma afirmação da ruiva e voltou ao quarto como se não tivessem conversado.

Aquilo fez Nami aliviar sua consciência pesada. Não era nenhuma novidade que seu capitão fosse um cabeça de vento desmiolado, inconsequentemente atrapalhado e infantil nas horas mais importunas. Mas era admirável o sentimento que nutria por cada companheiro, ele agiria da mesma forma com todos. Ou pelo menos era isso que ela pensava.

— Nami, vamos jogar alguma coisa? — Chopper sugeriu sentado numa das camas.

— É claro! — sorriu em resposta, seguiu até o lado de dentro, sentando-se ao lado do capitão. Ela deu uma cotovelada no moreno, o mesmo olhou-a confuso, mas logo percebeu que não passava de uma brincadeira, sendo assim devolveu o movimento acertando sua cintura.

— Vou pedir alguma coisa no serviço de quarto! — Franky procurou o den den mushi do quarto.

Foi uma noite divertida, mas a confusão começou quando faltaram camas. Ninguém estava disposto a dividir seu colchão com o capitão.


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Notas finais do capítulo

anti-inflamável¹: basicamente, me inspirei na própria produção do Vivre Card, que pra quem não sabe é produzido no Novo Mundo e têm todas essas características do papel resistente da ilha. Mas pra um Vivre Card ser um Vivre Card (apontar pro papel maior e tal), ele precisa ter um pedaço da unha da pessoa quando for ser feito. Caso ainda tenham dúvidas, podem consultar o Piece Wiki que lá tem mais informações.

Momentinho anws no final ♥
Er então... Apesar de eu ter dado mais explicações sobre a Shima-shi nesse capítulo, ainda vou explorar mais essa saga ooc, então podem ter certeza que vão ler muito sobre a história dela, estou sendo bem introdutória ainda!
Gostaria de agradecer à todos meus leitores no geral, sério pessoal, vocês são o máximo!! Tem gente que aparece de vez em quando, gente que bate cartão todo capítulo (♥) e tem gente ao qual nunca vi cara aqui, mas são por vocês que eu continuo escrevendo, e esses que me apoiam, obrigada mesmo :)
Eu tinha alguma coisa importante pra avisar, mas esqueci, se eu lembrar falo na resposta dos reviews :'D
Até a próxima atualização, bai o/