Gotta Be Brave escrita por Batsu


Capítulo 4
Shima-shi


Notas iniciais do capítulo

Recebi tanto comentário nos meus LuNas que fiquei até com medo essa semana ahauhau
Faz um tempinho que não att aqui, aí senti falta dos meus leitores e de escrever, então corri terminar de escrever ontem ♥
Só um recadinho ao povo que tem Tumblr e shippa LuNa, criei um blog lá onde vou estar disponibilizando doujinshis, fanarts, edições, gifs e muito mais! Pra quem quiser seguir, eis o link: http://strawloveberrie.tumblr.com/
Mas fiz uma pequena burrada e criei ele como blog secundário, então não tem como seguir de volta, mas qualquer coisa lá tem o link do meu multi fandom, então vocês me seguem e mandam um ask avisando que é daqui que eu sigo de volta XD
Okay, libero vocês agora HUE



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A tripulação acordou aos berros do capitão que havia ficado de vigia, Zoro arrependeu-se de ter trocado de lugar com ele no instante em que Luffy adentrou o dormitório masculino.

— Ilha! Ilha! — chacoalhou as camas penduradas e jogava os cobertores para cima na maior algazarra. — Ilha! Ilha! Ilha! Ilha!

— Luffy! — o narigudo entre eles tomou o posto. — Já entendemos seu idiota, vai baixar as velas então... — Usopp virou-se para voltar a dormir, mas o susto foi maior. — Meu Deus, baixar velas, a Nami vai acordar! — pulou de sua cama puxando Chopper pelo braço, a rena não estava nem acordada ainda.

Chegou ao convés desesperado e estapeando o pobre companheiro, uma forma de despertá-lo depressa. Ainda pensando em como a navegadora ficaria assustadora sabendo que viram a ilha e não fizeram nada, pediu que Chopper tomasse sua forma humana e o ajudasse a puxar as cordas para então baixar as velas.

— Oi Usopp... — o médico suspirou em sua forma fofa após terminarem. — Você é um gênio! — recostou-se ao amigo no chão do deque. — A Nami nem acordou ainda, não vamos precisar tomar bronca... — riu aliviado.

— Heh — encheu o peito convencido. — Se não fosse pelo Grande Usopp, estaríamos todos fritos agora! — apontou para si mesmo, vangloriando-se.

Zoro continha Luffy em um canto do deque superior, segurava o capitão feito um cachorrinho sem coleira. A saliva dele era evidente, provavelmente imaginava as comidas típicas que aquela ilha teria. Depois de cada homem se conformar com um Luffy ansioso por aventura, decidiram levantar sem ter muito com o que discutir, haviam sido acordados mesmo.

— Luffy! — o espadachim segurava-o pela gola da camisa. — Não temos ordem da bruxa ainda, mesmo você querendo não sabemos se é seguro aportar! — socou-o trazendo a realidade.

— A Nami não é uma bruxa... — fez beicinho sendo jogado no chão.

— Que seja. — resmungou arregaçando as mangas do sobretudo. — Você me atrapalhou hoje, eu perdi uma noite que poderia ter treinado! — deu as costas, pronto para subir ao ninho da gávea.

— Zoro, — Luffy chamou-o. — acho que esqueci o tabuleiro de xadrez lá, depois você guarda pra mim? — ergueu-se do chão ajeitando o chapéu.

— Você ficou jogando sozinho a noite toda? — questionou encarando o companheiro.

— Não. — sorriu. — A Nami jogou comigo!

Minutos mais tarde Robin saiu do quarto com alguns livros em mão, iria os devolver a biblioteca do navio. Pouco depois a navegadora saiu bocejando, vestia um short qualquer e a parte de cima de seu biquíni verde costumeiro. Carregava com ela alguns utensílios como óculos, protetor solar e toalha. Sanji a farejou antes mesmo de pisar no deque.

— Nami-swaaaaaaaaaaan! — ajoelhou-se para beijar a mão de sua dama. — Deseja algo para essa manhã? — perguntou sedutoramente.

— Hm — levou um dedo aos lábios pensativa. — Pode me responder por que as velas estão abaixadas? — reparava olhando para cima.

— Uso... — fora interrompido.

— Oi Nami! — Luffy gritou da cabeça do Sunny. — Chegamos numa ilha! Em uma ilha Nami, a gente vai poder ancorar, né?! — pedia desesperadamente.

— Como eu dizia, — Sanji pronunciou limpando a garganta. — Usopp e Chopper abaixaram as velas, o vento está forte aqui, só as dianteiras aguentam o trabalho. — levantou-se. — A propósito, chegamos a uma ilha! — sorriu galanteador.

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Robin conhecia pouco desse novo pedaço de terra, apenas sabia dizer que era um lugar exótico e pouco comum entre pessoas de baixa renda. A navegadora checou inúmeras vezes os Log Poses estranhando o fato deles não estarem girando loucamente, isso fazia surgir uma ideia não muito viável levando em conta que estavam no mar do Novo Mundo; aquela ilha não teria perigos.

Os únicos que discutiam sérios no hall do aquário eram Nami, Robin e Franky. Tirando Zoro que dormia, os outros estavam empolgados demais para prestar atenção em qualquer advertência agora. Usopp acabara de voltar do ninho da gávea com uma luneta, provavelmente sua curiosidade falou mais alto levando-o a olhar as coisas mais de perto. Não tinha uma cara muito animada.

— O-oi Nami! — chacoalhou a ruiva pelos ombros de costa. — Eu não sei dizer do que é aquela ilha!

— Como assim?! — virou-se abraçando o companheiro e compartilhando juntos o medo. — Lá tem guardas? Ou quem sabe um porto de armas apontadas para nós? — tremia só de pensar.

— Yohohoho, Nami-san! — Brook levantou-se do sofá com seu violino.

— Shh — a navegadora calou-o antes que pudesse continuar. — Usopp, o que você viu? — indagou receosa.

Usopp engoliu em seco, suando mais que o normal. Seus orbes quase saltavam fora de seus devidos lugares no rosto. Seja lá o que ele tivera visto, mal conseguia pronunciar.

— A ilha... — começou. — É b-branca. Eu não sei dizer como, mas ela é feita de um material que não conheço! – ainda estava assustado.

— Usopp! — Nami o repreendeu. — Pensei que fosse algo mais sério! Idiota! — empurrou-o para longe, acertando sua cabeça. — Não sou medrosa ao ponto de se assustar com uma cor. — dizia orgulhosa.

— Claro que não. — Franky afirmou com uma gota na cabeça.

Chopper acordou Zoro para que ele ajudasse em algumas decisões também, apesar de estarem bons minutos de distância do porto dali. O esverdeado resmungou com aquilo, mas tinham que decidir quem iria ficar e quem iria ir. Sanji segurava os palitinhos de sempre, deixando que cada um sorteasse o seu. Os resultados não foram muito agradáveis para ambos os lados.

— Se eu ficar, quem vai controlar esse idiota? — Zoro reclamou referindo-se a Luffy.

— Temee — Sanji tragou seu cigarro lançando a fumaça ao ar. — VOCÊ VAI FICAR COM A NAMI-SAN E A ROBIN-CHAN, NÃO RECLAME! — tinha uma crise de choro.

— Huh, nós SUPER damos conta do Luffy! — deu uma piscadela baixando os óculos. — Aliás, qualquer coisa Sanji está conosco.

Usopp chorava lamentando abraçado ao Chopper em um canto do convés enquanto Brook tentava os consolar, nem sempre a sorte está ao seu favor. Luffy amarrou uma bandana embaixo do chapéu para absorver seu suor, conforme se aproximavam da ilha isso só piorava.

A navegadora estranhou essa circunstância da temperatura estar se elevando, indo conferir com alguns livros de navegação no deque superior. Levou a luneta de Usopp emprestada, e passou a arrumar o grau de aproximação dela com suas mãos. Podia jurar estar ficando louca, mas realmente enxergou uma ilha de papel.

— Nami! — era o capitão. — Tem um cara no mar querendo falar com o navegador!

— Já vou! — fez sinal para ele deixá-la em paz, continuava observando a então ilha com a luneta.

— Mas ele tá num barco de papel que não afunda! — continuava gritando, como se isso dependesse de suas vidas.

— Barco de... — cochichou consigo mesma. — Papel?!

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Haviam ancorado num porto afastado da entrada principal, afinal eram piratas. A ruiva ainda custava a absorver todas as informações passadas a ela, parecia ser uma lenda. Ela acabara de subir de volta ao deque, um morador da praia veio simpaticamente explicar todas as circunstâncias da ilha que acabaram de aportar, a Shima-shi.

— Ilha de papel? — Usopp fazia cara de poucos amigos. — Sério, que falta de criatividade a deles¹.

— Isso não é tudo, parece que estamos falando de uma ilha super desenvolvida, quem sabe até um dos países mais ricos de toda a Grand Line. — a ruiva mudava o tom de voz. — Eu vou ir, Usopp, você fica! — seus olhos tornaram-se grandes cifrões.

— Estava demorando. — Zoro comentou cruzando os braços.

— Interessante, eles parecem ter uma história fabulosa! Gostaria de aprofundar meu conhecimento aqui. — a arqueóloga empolgava-se com aquela ilha. — Chopper, se puder traga alguns livros sobre a ilha para mim. — pediu meigamente.

— É claro! — assentiu.

— Quando a gente vai poder ir?! Quero aventura! — emburrou-se ansioso. — Vocês enrolam muito...

— Luffy-san, ainda não resolvemos o necessário. — o esqueleto mantinha a calma. — Aliás, Usopp-san, vai mesmo ter que ficar?

— Sim. — suspirou. — A ganância da Nami vence tudo.

A ruiva lançou um olhar mortal para o companheiro, mas pouco importava, era uma ilha próspera, e isso significava ter muito que achar por lá, e ele estava correto mesmo.

O grupo carregou seus pertences e descendo animados no cais de papel. Aquilo era realmente curioso, temiam pisar e afundar ou algo do gênero, mas na verdade aquilo aparentava ser tão resistente quanto madeira. O capitão se empolgou a ponto de agachar-se e sentir com as próprias mãos a textura das folhas envoltas. Franky o arrastou para que andasse logo.

Caminharam um pouco até chegar num lugar mais movimentado, encontrando nada mais que prédios de papeis e pessoas elegantemente vestidas. Comércios, bicicletas e inclusive uma fonte na praça eram feitos de papel. Não tudo, mas haviam coisas trabalhadas em materiais comuns por ali, um exemplo eram roupas e jóias que apareciam em todo pescoço feminino. Quem caminhasse por perto da tripulação os encarava feio, baixando os olhos pela extensão do corpo deles e em seguida empinando o nariz de um jeito ridículo e esnobe. Aquilo incomodou profundamente Nami.

Algumas moças incrivelmente bonitas passavam ao lado de Sanji cochichando e distribuindo sorrisos afetuosos, aquilo o deixou louco. Fazia todo sentido ser o único bem recebido pela população local, o loiro nunca deixou sua aparência a desejar assim como agora.

Ainda que fosse um ambiente completamente exótico e incomum devido sua maior mão de obra ser o papel, algo não cheirava bem ali, literalmente. A navegadora tinha sentido isso desde que se aproximavam da ilha, e agora que estavam lá notou o ar local ser pesado e denso, não era puro como em um lugar aberto e propício a ser chamado de ilha.

— Nami-san, porque está tão séria? — o músico questionou curioso. — Não deveria deixar se levar por essas pessoas mal encaradas, yohoho — aconselhou gentilmente.

— Não é isso. — bufou irritada. — Talvez isso me incomode um pouco, mas têm algo de errado com a densidade do ar aqui.

— Nami-swan!! — Sanji ajoelhou-se com corações nos olhos. — Ainda que esse país contenha as mais formosas damas, prometo nunca esquecer o nosso verdadeiro amor! — declarava.

— Hm, Sanji? — era a vez do ciborgue falar. — Tem algumas mulheres te chamando ali. — apontou para trás sem dar a mínima.

De fato havia cerca de cinco lindas mulheres com trajes rigorosos apontando e acenando para o cozinheiro. Ao contrário das outras moças que passaram pela tripulação, essas usavam vestidos mais curtos e suas jóias eram desproporcionalmente maiores. Nami revirou os olhos vendo o companheiro correr de encontro as suas novas damas, não que isso a incomodasse, mas aquilo era tão típico dele que chegava a irritar.

— Certo, acho que vou comprar os livros que a Robin me pediu! — Chopper anunciou. — Alguém vem comigo?

— Eu gostaria de checar alguns monumentos e procurar cordas para minha guitarra, então acho que seria contramão para mim. — Brook dizia educadamente. — Perdão Chopper-san.

— Eu vou Chopper, eu vou! — o capitão saltou de um lado para outro entusiasmado. — Depois vamos procurar um restaurante, certo? — sugeriu.

O médico sorriu em resposta, saindo os dois para um lado da praça em que estavam. Brook foi em seguida assustando algumas pessoas e perguntando onde teria uma loja musical. Nami suspirou encarando Franky, ele foi o único que sobrara, pelo menos era grande para segurar todas suas futuras compras.

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— Oi Chopper — Luffy resmungava de voz arrastada. — Tá muito calor, quando vamos procurar comida? — torceu a bandana que estava usando, a mesma escorreu uma boa quantidade de suor.

— Não reclama, ainda não achamos mais que um livro! — caminhavam pelas ruas de papel, qualquer um que passasse desviava deles como se fossem lixo. — Você me fez parar numa loja de produção de origami, a culpa é toda sua!

— Os origamis estavam voando na entrada! — falou com brilho nos olhos. — E você viu esse daqui? — tirou um papel amarrotado do bolso. — É um vivre card em forma de passarinho! — colocou o papel na mão e logo ele passou a se mexer.

— Eu vi, você queria comprar o estoque inteiro disso. — revirou os olhos. — Ouvi algumas conversas alheias, e parece que piratas não são bem-vindos aqui pelo fato de serem pobres. — comentou baixo.

— Não me importo. — Luffy guardou o origami de volta no bolso, passando os braços em volta a cabeça, numa pose despojada. — E nós não somos pobres, não com a Nami administrando nosso tesouro shishishi

Alguns passos à frente, a rena de nariz azul encontrou uma livraria aberta. Foi diretamente perguntar ao vendedor se ali continha algum livro sobre a história da ilha, mapas geográficos e qualquer coisa que os informassem mais sobre aquele país curioso. O homem não gostou da ideia, vendeu pouca coisa por muito, e quase os expulsou do comércio por Luffy ter derrubado uma fileira de livros.

Seguiam de volta ao Sunny, tinham combinado que passariam a noite normalmente no navio ancorado. Ao chegarem, Usopp vestia um terno de gala assim como Zoro. O espadachim não se agradou da ideia de ter uma gravata lhe enforcando os poucos, ah se não fosse por Robin o arrumando.

— Não preciso da sua ajuda. — virou o rosto emburrado.

— Só tem mais dois botões, seja forte. — brincou abotoando o final do casaco.

— Luffy e Chopper chegaram! — Usopp avisou. — Mas por que tão cedo? — indagou apoiando-se na borda do navio.

— Já conseguimos tudo que precisávamos! — o médico disse contentemente.

— Diga por você... — Luffy suspirou largando as poucas sacolas no assoalho do convés. — Nem passamos em um restaurante!

Chopper correu desembrulhar alguns livros e entregou para Robin que agradeceu prontamente. Logo reparou a morena lindamente vestida com um tomara-que-caia roxo cintilante delineando ainda mais seu corpo.

— E porque vocês estão vestidos assim? — perguntou passando suas patas pelo tecido da mulher.

— Franky mandou um bilhete através de um menino de entrega. — o narigudo explicava. — Estamos sendo procurados.


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Notas finais do capítulo

Ilha de Papel¹: segundo o translate, Shima-shi é literalmente ilha de papel, por isso o Usopp disse que eles não têm criatividade, devido darem o nome de uma ilha do que ela é feita. Tipo o Brasil, ganhou o nome da árvore que mais tinha aqui. cof cof

Gostaria de agradecer especialmente a todos os leitores que tem favoritado e comentado a história, vocês não fazem ideia do quanto isso ajuda e me faz feliz XD
Acho que vai ter gente reclamando que não teve momentos cute nesse capítulo... Mas é a vida, já cansei de dizer isso, por enquanto não temos um amor, temos apenas um sentimento normal entre companheiros, vocês não fazem ideia do que está por vir MUAHAHA
A ideia da ilha ser de papel é meio louca, confesso. Tive esse devaneio doido enquanto escrevia o segundo capítulo senão me engano, depois de assistir um vídeo de como fazer um origami kkkkk enfim, já tenho tudo organizado em mente, então não vai ser só uma loucura sem fundamento ^^
Aliás, tenho uma questão pra saber a opinião dos leitores. O que vocês preferem, que eu mescle as ilhas e os arcos da série original (Punk Hazard, Dressrosa) ou que eu crie uma própria cronologia pra historia?! Isso é importante, por favor respondam :D
Bom, ainda estou de férias, talvez saia mais alguma coisa semana que vem. Ou não. Vai depender muito da minha dona criatividade.
Até mais XD