Survivor escrita por Gabhi, Bravery


Capítulo 28
A Magia de New Orleans


Notas iniciais do capítulo

Oi gente ^.^
Desculpe a demora. '-' de novo. '-' Enfim.
Eu to espirrando que nem condenada. ¬¬' EU VOU TER QUE FAZER CIRURGIA NA MANDÍBULA.
VELHO, QUE ÓÓÓÓDIO. ¬¬ tinha que puxar justo meu pai nisso ¬¬' Oh, God. ¬¬'
Dói :( Minha prima fez e sobre demais. E não para, ela tem que ir fazendo porque é pra fazer meio que a mandíbula crescer, sabe? ç.ç
Bom, '-' eu não vou enrolar demais com minhas coisas. '---------'
Boa Leitura :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/498999/chapter/28

Bonnie bufou impaciente a espera de Isabella, então a viu chegar em uma Ferrari vermelha.

– Quanta extravagância. – Disse a âncora enquanto entrava no carro. - Nem Damon tem um tão bonito assim.

– Ele não tem um bom gosto. – Bella piscou e deu um sorriso.

– Por favor, diga-me que Caroline não está sofrendo tanto. Eu me sinto tão inútil.

– Bom... – Pensou um pouco antes de responder. – Ela ficará bem. Jane sabe que Klaus tem uma queda pela loura.

A viagem se seguiu silenciosa pelos primeiros minutos, até que Bonnie não se continha mais e precisava falar, sabia que Isabella percebeu sua inquietação, mas gostou de ser respeitada em seu silêncio.

– Bella... Eu conversei com uma bruxa ontem, uma morta. – Bonnie tentou ser casual, falar controladamente. – E ela me disse umas coisas.

– Já te envenenaram contra mim? Não é uma surpresa.

– Ela me contou um pouco sobre você e sobre Mariam...

Bella estremeceu ao ouvir aquele nome, era como se as cicatrizes sangrassem em seu peito.

– E o que ela disse sobre Mariam? Traíra?

– Não. – Bonnie soltou um suspiro e se encostou na porta. – Ela me contou sobre quando você conheceu Mariam, e da traição dela com as bruxas, das duas crianças... E do poder que passou para você.

– Contou também que a morte dela foi causada por bruxas vingativas e idiotas? Acham que um coração partido é a tragédia principal...

– Bella.

– Duas, crianças! Duas crianças sem a mãe, cresceram obrigadas a viver em becos e casas mal arrumadas ate que pudessem estar a salvo, cresceram com uma vampira que não sabia ser mãe, por sorte Kol e os Cullens me ajudaram.

– Jane e Alec, os piores dos Volturi. Ela me contou sobre eles também. Mas eu queria ouvir de você.

– Quem era a bruxa?

Nesse momento, Bonnie prendeu a respiração. Não sabia se era bom falar enquanto Isabella dirigia, mas tinha medo de que sofresse algum “acidente” se não contasse.

– Não era uma bruxa, era Kol.

Isabella quase perdeu o controle do carro ao ouvir aquele nome, sentia o vazio em seu peito aumentar, como se tivesse acabado de receber a notícia da morte dele. Nesse momento, sentiu vontade de voltar o carro e continuar torturando Elena e Jeremy até que eles virassem mil pedaços de carne em sua frente.

– E como ele está? – tentou se recompor e se concentrar na estrada, Bonnie se sentiu tocada pela reação dela; real e sofredora.

– Diga que estou com raiva, ela transou com Damon. Duas vezes. – Kol disse para Bonnie com um sorriso brincalhão no rosto.

– Ele está aqui, no carro. – Bonnie foi cautelosa com suas palavras. – E... bem, disse que está com raiva por ter transado com Damon, duas vezes.

– Oh. – Bella quase corou, mas sorriu de forma divertida. – Me surpreendo que você não tenha contado para Elena sobre isso ainda.

– Na verdade, eu contei para o Jeremy. Sobre tudo que Kol me contou de você.

– Pelo visto, Caroline não é a única fofoqueira do Grupo das Guerreiras.

– Grupo das... enfim. – Balançou a mão no ar e tentou ignorar a presença de Kol, o deixando irritado. – Sei que as bruxas a caçaram de forma errada, mas tem que entender nosso lado... Quero dizer, queriam matar Mariam e as crianças, era algo pessoal, mas quando você quebrou as regras da natureza de nenhum vampiro ter magia isso já atingiu um nível mais fundo, e quando resolveu usá-lo e matar as bruxas.

Bella respirou fundo e reviveu toda a cena do massacre. Lembrava-se de entregar as duas crianças para Klaus e Elijah e então, passou semanas fora, deixando sua família irritada com os novos membros. Essas semanas forma dolorosas, ficou em luto, matou quase uma aldeia inteira inocente com sua fúria e treinando seus poderes, então matou todas as bruxas que estavam envolvidas nesse assassinato e vingança barata a traição de Joshua e Mariam. Foram 12 bruxas, ao total. Nunca tinha se sentido tão feliz como quando as matou, lenta e dolorosamente, uma por uma.

Seu erro foi deixar as crianças crescerem, afinal, pegaram ódio de quem lhe tirou a família. Foi não ter preparado melhor, agiu de forma impulsiva. Culpava-se por esse erro até hoje.

– Foi necessário.

– Foi vingança. – a âncora soltou um forte suspiro. – De qualquer forma, Kol não sabe me explicar a história dos Volturi e eu quero entender para poder saber com o que Caroline está sofrendo e se há algo que eu possa fazer.

– Então você ligará para seu namorado e contará tudo, desculpe Bonnie, mas isso eu controlo. Quando voltarmos talvez eu os deixe com um pouco de cultura mística.

Com um sorriso falso, Isabella encerrou toda a conversa pelo resto do caminho.

...

– Ela não costuma ser tão malvada assim. Bella é... complicada. – Jacob se apoiou nos joelhos e observou Elena de forma detalhada, com um sorriso simples no rosto.

– Ela é boa com torturas. – faz uma careta e calçou os sapatos. Jacob havia deixado Elena tomar banho e pegar uma roupa de Isabella emprestada. Estava visivelmente melhor, mas mentalmente cansada. – Ela disse sobre Caroline e Bonnie, estou confusa sobre tudo isso. Quem é Isabella?

Jacob praguejou baixo e ficou de pé. Sumiu por alguns instantes e logo voltou com um pacote de salgadinho nas mãos.

– Eu já tive que contar tudo isso pra Damon hoje, toda a biografia de minha irmã, estou sinceramente cansado.

– Damon esteve aqui? – Elena perguntou confusa. Não via Damon com muita frequência, embora achasse que isso fosse algo positivo. Não queria lidar com Damon e sua confusão sentimental, toda a magia de estarem juntos parecia se ruir a cada segundo e ela não sabia se deveria consertar isso ou deixar ir embora.

– Er... bem, enfim. Já está curada?

Um tanto desconfiada, Elena se levantou e assentiu. Agradeceu rapidamente pela ajuda de Jacob e teve que ir andando até a casa dos Salvatore. Não era tão longe quanto pensava e teve tempo o suficiente para resolver a questão sobre Damon. Precisava dar um basta em tudo isso, em toda essa farsa de amor eterno. Não era assim com eles, não funcionavam. Se amavam, mas ficar juntos não parecia certo, apesar de tudo que julgou ser.

Ela precisava acabar com isso, mas não sabia como terminar sem magoar a ambos.

...

– Chegamos. – Bella anunciou com um falso sorriso ao estacionar na frente da enorme mansão Mikaelson.

– Não esperava menos. – Bonnie sussurrou e sentiu Kol perto de si.

– Eu teria acrescentado uma piscina e tobogã. Talvez um escorregador e alguns balanços. - ele disse observando a casa seriamente, fazendo uma careta. Bonnie sorriu levemente e se concentrou em Isabella.

– Kol está com você, não? – Perguntou ela, um tanto agoniada. Não sabia como agir, preferia que Kol tivesse em algum paraíso.

– Abrace ela. – Kol pediu a Bonnie. Após uma troca de olhares confusa, Bonnie decidiu fazer o que ele disse, passou o braço pelo ombro de Isabella e lhe mandou um sorriso reconfortante. – Diga que quero vê-la feliz, e que eu a amo e sempre amarei.

– Ele disse...

– Se for declaração de amor, não quero ouvir. Por favor, ficar sem ele já é ruim o suficiente, não preciso saber que ele me vê e eu não posso fazer o mesmo.

Respeitando seu desejo, Bonnie se calou. Ainda abraçadas, caminharam até a entrada dos Mikaelson.

Isabella faria a grande entrada, abriria as portas com uma ventania e assustaria os Originals que já se agrupavam na sala de estar, desejando saber quem era. Porém sua mente estava cansada, exigia por um sono agradável, uma calmaria.

Ao abrir a porta, duas gotas de sangue escorreram de seu nariz. Olhando assustada para Klaus, Isabella desmaiou aos pés da Âncora.

...

Stefan soltou um suspiro enquanto se jogava no sofá, Damon continuava com o olhar vago e Katherine tentava digerir tudo que lhe foi dito.

– Jacob disse que ela vai matá-lo. – Damon terminou de beber seu uísque.

Ele havia revelado tudo que Jacob lhe contou; Sobre a infância conturbada de Isabella, o relacionamento dela com os Mikaelson, disse com pesar sobre os lobisomens e o pai morto em um ato irresponsável deles, em como sofreu com a maldição e como Bella se sentiu culpada, em como ficou magoada com o encontro de Katherine que não acabou bem e, por fim, sobre Mariam.

Stefan se sentiu ainda mais admirado por Isabella; ela havia cuidado de uma amiga bruxa e cuidou de duas crianças como se fossem suas, fez o máximo que pode para que as crianças, com poucos poderes herdados da mãe, não sofresse tanto por serem caçadas. Saber que Isabella aceitou os poderes e ainda se vingou, carregando o fardo de ser caçada desde que se transformou, era como observar uma heroína.

– Ela tem maldade e bondade. – Katherine fez uma careta e coçou a cabeça, agoniada com os cabelos sujos.

– Parabéns, Katherine, foi superada pela própria filha. – Damon sorriu irônico. Antes que Katherine falasse algo, Elena abriu a porta da pensão e entrou devagar, sob olhares curiosos.

– Ei. – disse baixo, demorando seu olhar em Damon.

– ótimo, e a cópia chegou para a diversão. – Katherine disse ácida então deitou a cabeça na perna de Stefan. Elena achou a cena estranha, mas preferia não comentar.

– Tudo bem? – Damon perguntou um tanto inquieto a cada passo que Elena dava. Sentia-se mal por esconder que a traía, mas não sabia como contar.

– Não exatamente... Estive na casa de Bella.

Ela descobriu. Foi o que Damon pensou, mas ficou aliviado ao constatar que estava enganado.

– Ela me torturou abrindo minha pele e mexendo em meus órgãos, mas estou bem agora.

– Estou começando a gostar de minha filha.

Katherine foi ignorada, o que a deixou irritada. Stefan se levantou e se aproximou devagar de Elena.

– Por que ela te torturou?

– Eu matei Kol. Ela o amava.

– Deveria terminar o trabalho, uma vingança nunca é completa se o alvo continua vivo.

– Ela não é igual a você, Katherine. – Elena respondeu raivosa, cerrando os punhos. – Ao menos, não inteiramente.

– A garota te tortura e você a defende, interessante o limite de sua bondade. Como diz o bonequinho de Toy Story, “Ao infinito e Além”.

Damon tentou imaginar Katherine assistindo desenho de criança, mas não parecia imaginável, então decidiu, novamente, ignorá-la.

– Ela... te machucou muito?

Damon a tocou no braço, preocupado. Antes que Elena respondesse, a porta foi aberta com violência e o Gilbert caçula entrou apresado. Katherine murmurou algo como “Falta de educação”, mas novamente, ignorada.

– Se afaste de minha irmã, Damon. – ele disse, raivoso.

– Jeremy! – Elena ralhou confusa, se soltando de Damon para se aproximar do irmão. Jeremy, porém, continuava com o olhar firme em Damon. – O que houve?

– Um passarinho azul me contou que ele transou com Isabella. Duas vezes.

Damon fez uma careta e soube que agora não teria escapatória, contaria a Elena o que houve. Ele querendo ou não.

[...]

Aos poucos, Isabella voltava a sua consciência. Podia sentir a mão de Elijah em seu rosto, uma carícia de leve. Demorou alguns segundos até perceber que estava em uma cama macia e que só havia um original no quarto, além da Âncora que estava sentada em uma cadeira, impaciente.

– Ei. – Elijah disse baixo, ajudando Isabella a se sentar. – Está melhor?

Melhor? Sinto que levei um tiro no cérebro e que tem uma mão em meu estômago.

– Sim, estou. Droga...

– Carlisle tinha dito que havia melhorado. Pensei que... estivesse melhor.

– Também pensei. – Bella disse com uma careta enquanto se espreguiçava. Sentia-se mole e não tinha certeza do controle de seu corpo. Embora a sede fosse sufocante, sentia que se tomasse qualquer coisa, seria questão de segundos até vomitá-la. Sua mente se recusava a pensar de forma rápida e lógica, tudo parecia extremamente doente em Isabella.

– Klaus foi buscar algumas bruxas para examiná-las, disse que, se for algo relacionado a elas, todas morrerão até que estejam extintas.

Bella sorriu diante o senso protetor de Niklaus. Sabia bem que ninguém podia tocar na preciosa dele, as consequências eram graves.

Se levantou devagar e demorou para ter firmeza em seus pés. Observando Bonnie atentamente, soube que Kol estava a atormentando do outro lado.

– Eu estou bem. – Assegurou para o nada, então se virou para Elijah e sorriu. – Senti sua falta.

Elijah sorriu carinhosamente e assentiu. Sem se conter, apertou Isabella em um abraço. Não tinha boas lembranças de seu ultimo encontro; ela estava devastada pela morte de Kol. Vê-la agora, um pouco mais sóbria, mesmo que fragilizada, era um alívio em seu peito.

Bonnie ficou impressionada com a intimidade dos dois. Sabia que Elijah tinha seu charme nobre, honrado e respeitável, sabia da longa história dos Mikaelson, briga em família, traições e a estranha lealdade. Ainda estava surpresa por ter visto Klaus carregando Isabella carinhosamente e a repousando na cama, Rebeckah limpando o sangue de seu rosto e a deixando mais confortável, saindo os dois atrás de uma cura improvável e respostas. Era estranho ver Klaus, o híbrido sanguinário e egoísta, se importar com alguém daquela forma.

Ela foi criada por ele. É filha dele... Pensou, sorrindo.

Kol havia lhe dado uma folga quando Elijah levou Isabella para conhecer a casa e conversar. Deixada de lado, Bonnie se encostou perto da janela e observou a pequena cidade movimentada. Estava aproveitando o silêncio quando sentiu alguém atrás de si.

– Incrível o amor deles pela garota, não acha? – Perguntou uma voz feminina, a assustando.

Bonnie se virou e encarou a loura alta e de olhos cinzentos.

– Como entrou aqui? – Bonnie olhou ao redor, esperando o momento em que Elijah e Isabella invadiriam o local e pegariam aquela desconhecida.

– Ora querida. – a loura soltou uma risada irônica. – Ainda não aprendeu a diferenciar os mortos dos vivos? Bem, deixe-me apresentar. Você já ouviu falar de mim como a bruxa má que foi traída.

Bonnie sentiu uma inquietação no peito, algo a alertava de perigo. Deu alguns passos para o lado e continuou encarando a loura, desconfiada.

– Não consigo me lembrar.

– Sou Marissa, ex-noiva de Joshua. Como posso dizer... Mandei a cabeça do meu noivo como presente para a melhor amiga de Isabella, Mariam. Consegue se lembrar?

Lembrando de tudo que soube sobre o passado de Bella, Bonnie arregalou os olhos e sentiu seu sangue gelar. Não estava preparada para encarar um dos problemas de Isabella justo agora, mas parecia o momento ideal para descobrir sobre o lado oposto dessa guerra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu vou descer a serra a pé *0* Meus pais ainda não autorizaram e eu ainda to sem grana, mas nada impede u.u
Eu to feliz *0*
Então, comentem. Por favor, falem sobre o capítulo gente, o que gostaram. Sério, não desanimem não. :S
Eu tento atualizar essa semana ainda, mas to cheia de médico pra ir - aproveitando as férias da mãe - e mal fico no computador. Sem contar que as aulas voltaram e to cheia de lição e trabalho. e.e
Beijos!