The Day After Tomorrow escrita por Julia Tonks, Joyce Lovegood


Capítulo 19
Beijo Roubado


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora pra postar, mas a desculpa pra isso ainda é a mesma: falta de tempo, espero que gostem.
Boa leitura



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P.O.V Scorpius

Depois das histórias constrangedoras contadas na enfermaria, todos ficaram em um silêncio absoluto, sem acreditar que tudo aquilo tinha acontecido. A porta da enfermaria abriu agora dando entrada a Harry Potter,Ronald,Gui e Percy Weasley, eu e os meninos recebemos vários olhares bravos, principalmente eu que achei que o olhar do Sr.Weasley ia me matar.

―Garotos, precisamos falar com as meninas a sós, assim que terminar eu os chamo, porque ai temos que apurar suas versões, já que foram vocês que as trouxeram. ―Disse Sr.Potter, dei um olhar para Rose para ela confirmar a mesma coisa que tinha contando para a mãe dela e ela retribuiu com um olhar cúmplice.

Saímos da sala e ficamos do lado de fora, o silêncio ainda permanecia, talvez porque ninguém tinha nada a dizer ou estava muito constrangido para dizer alguma coisa, até que:

―Isaac, eu estou de olho em você! ―Disse James.

―Por quê?

―Não é só porque eu autorizei você sair com a minha irmã que vou deixar ficar se agarrando por aí, digo o mesmo para você Malfoy. ―Revirei os olhos.

―Se você não sabe Potter, a Rose não quer nada comigo. ―Argumentei mal humorado, assim que ele ia responder a porta se abriu dando entrada somente de Harry Potter e Percy Weasley.

―Bom, então vocês vão nos contar tudo agora o que aconteceu. Como as encontraram? Quero tudo detalhado, começando por você filho. ―Disse Sr.Potter olhando para Alvo.

―Bem, tinha acabado de jantar e fui para o salão principal e então de repente eu vi Susanna Parkinson gritar para toda escolas seus sentimentos por mim, só que eu vi um olhar estranho, algo que nunca tinha visto em seu olhar, quando ela me puxou fomos ao corredor e lá vi seu nariz sangrar, então ela desmaiou nos meus braços, ai eu a trouxe para cá, quando eu fui procurar pelo senhor para contar o que houve, vi Malfoy e Zabine com Rose e Megan no colo, então ajudei eles a trazerem elas aqui e foi isso. ―Disse Alvo, fiquei extremamente agradecido por ele ter me acobertado junto com o Enzo, ele definitivamente era um amigo e tanto, seria difícil retribuir a altura. Enquanto ele falava uma pena de repetição anotava tudo, enquanto Percy Weasley fazia suas próprias anotações.

―Você confirma Malfoy a versão de Alvo? ―Sr.Potter se voltou para mim.

―Confirmo, eu tinha acabado de sair com o Enzo para o jantar no salão principal,quando encontrei Weasley e Clarck no corredor,as duas tinha um olhar estranho e também diziam coisas estranhas, então vimos seus narizes sangrar, e elas desmaiaram nos nossos braços e depois vi Alvo passar e ele nos ajudou a trazer-las para cá e foi isso. ―Eu disse tentando parecer o mais convincente, Enzo confirmou a mesma versão que eu, e o resto de nós contou o que realmente tinha acontecido, é claro que James e Isaac não contaram a parte da pegação.

―Tudo bem então garotos, estão liberados, por hora, talvez precisaremos de outro depoimento de vocês caso o culpado seja pego. ―Ele disse, assentimos concordando e depois saímos de lá, eu não ia me arriscar a ir visitar Rose na ala hospitalar sabendo que o pai dela estava por lá rondando, então subi para o meu dormitório. Passando algum tempo, eu já estava agoniado, queria saber noticias da Rose, estava quase adormecendo até que Alvo entrou com uma cara bem estranha:

―Scorpius, meu tio quer falar com você, esta do lado de fora esperando.―Arregalei os olhos, será que ele tinha descoberto o que realmente aconteceu? Meu Merlin, eu ia morrer, engoli em seco e sai das masmorras e estava ele esperando por mim com uma cara para lá de Bellatrix Lanstrange.

―O Senhor queria falar comigo? ―Perguntei com receio.

―Sim Malfoy, me acompanhe. ―Suei frio, sentia estava indo para forca, para minha sentencia de morte, tentei me concentrar para ficar mais calmo, notei que o caminho levava a ala hospitalar, bom, pelo menos ele não ia me matar e esconder meu corpo na floresta. Assustei-me com essa ideia, chegamos lá e eu nem tinha percebido, parecia que eu era guiado somente pelo corpo, porque minha mente estava ocupada pelo medo.

―Pai? Malfoy? ―Perguntou Rose um pouco assustada.

―Bom quero saber o que realmente aconteceu, não acredito que você a tenha encontrado por acaso Malfoy, você por caso esta envolvido nisso? ―Fiquei em silêncio tentando analisar que ele estava me acusando.

―Pai o senhor esta exagerando e muito, se você quer saber, foi verdade tudo que ele disse, ele só não de mencionou que fui EU que corri atrás dele, porque estava ENVENENADA e disso eu me lembro muito bem, ele só quis proteger a minha imagem para ninguém achar que eu pareço uma vadia, devia agradecê-lo por isso, ele podia ter se aproveitado da minha invulnerabilidade, mas não o fez e em vez disso tentou me ajudar. Devia deixar de ser menos preconceituoso pai, não é porque ele é um Malfoy ou da Sonserina que ele vai se tornar o próximo Lord Voldermort. ―Rose acabara de salvar a minha pele, e ainda por cima tinha me defendido do pai dela, sorri em agradecimento.

―Como você pode ter tanta certeza que não foi ele Rose, você estava confusa como mesmo disse envenenada, ele pode ter provocado isso. ―Ela revirou os olhos e logo em seguida a porta se abre entrando Hermione Weasley e Hanna Longbottom .

―Estão liberadas meninas. ―Assim que ela disse, elas se levantaram deixando apenas eu, Rose, Sr e Sra Weasley.

―Ronald, deixa o menino, não acredito que você o tirou de lá para ameaçá-lo.

―Mione, eu só queria saber a verdade, não posso permitir que um psicopata filho de doninha Jr com a minha Rosinha e se foi ele que fez isso com ela?

―Você não tem provas, deixe-os em paz, tanto Rose que precisar descansar quanto Malfoy, que aposto que tem coisas a fazer. ―Rose sorriu em agradecimento a mãe, Sr.Weasley fechou a cara e deixou a ala hospitalar e logo depois nós também.

Depois que quase morri, voltei ao meu dormitório pensando no ocorrido, foi um sinal a Rose ter me defendido, por que realmente esta começando a querer ficar comigo de novo ou será só para salvar a pele dela? Será que seria tão egoísta a esse ponto? Adormeci pensando nisso.

Acordei no outro dia, as aulas correram bem, lembrei que a Rose iria me ajudar com poções, fiquei feliz em pensar nisso, talvez eu devesse perguntar para ela sobre aquilo que aconteceu, estava a caminho da Biblioteca quando a vejo conversando animadamente com Lincon Finnigan, aquele garoto com cara de mongol, ele ria igual um animal e ela estava incrivelmente linda sorrindo, mas desapareceu assim que eu cheguei.

―Interrompo? ―Pergunto fechando a cara, Finnigan fez a mesma coisa, me encarando e eu também.

―Claro que não Malfoy, fique a vontade. Até o passeio de Hogsmead Rose. ―Ele saiu depositando um beijo no rosto dela, me deixando roxo de ciúmes e saiu com um sorriso de vitória na boca, assim que ele saiu dei um esbarrão de propósito nele.

―Affs, você vai para Hogsmead com esse idiota? ―Perguntei bravo.

―Vou, qual o problema? ―Qual o problema? Ela só podia estar de brincadeira comigo.

―O que? Você nem gosta desse garoto, ele é estranho, sem contar que tem a cara de um hipogrifo com dor de barriga é mais bonito que ele. ―Argumentei.

―Só vou com ele como amigo, embora não devo satisfação para você Malfoy, e beleza, gloria e fama não é tudo. Bom, vamos ao que interessa: estudos. ―Tentei prestar atenção no que ela dizia, mas não conseguia tirar aquela maldita cena da minha cabeça. ―Malfoy esta ouvindo o que estou dizendo?-ouvi sua voz no fundo.

―Não Rose, estou sem cabeça para estudar, quer saber? Que se dane, pode ir com seu amiguinho já que deve ser um sacrifício estudar comigo, alias só o fez porque foi obrigada né? ―Ela me olhou abismada.

―Claro que não, estou aqui de livre e espontânea vontade, eu podia ter recusado sim ao seu pedido e do professor, mas não fiz, não percebe o quanto esta sendo ridículo e cego por esse seu ciúmes besta.

―Desculpe, mas esse cara me tira do sério, essas suas atitudes me tiram do sério Rose, é tão teimosa e não consegue admitir o que sente por mim, cadê a coragem? Você não é da Grifinória? Mostre como tal. ―Levantei da mesa bruscamente, e dando as costas para ela, mas me lembrei que não seria covarde, não dessa vez, girei os calcanhares dando meia volta, e puxei seu rosto, encostei nossos lábios, ela resistiu no começo, mas depois se entregou, até que me lembrei que não estávamos sozinhos e sim em uma biblioteca.

―Ruiva teimosa. ―Disse, virei as costas e deixei ela para atrás perplexa, confusa e brava.

P.O.V Rose

Aquele moleque da crise de ciúme, me beija e me deixa na biblioteca com todo mundo olhando pra mim? Perplexa e com raiva não são palavras que descrevem o que eu senti naquele momento, era algo bem mais bravo. Juntei os pergaminhos, livros, tinteiros e penas e levantei com raiva, eu tinha que ir atrás daquele retardado e tirar satisfações. Porém, ao sair da biblioteca não vi nem rastros de doninha albina, mas eu não ia deixar aquele beijo ficar por aquilo mesmo, porém não ia sair que nem uma louca pela escola a fora só pra questionar um beijo. Então resolvi ir pra sala comunal da Grifinória, as meninas deveriam estar lá, ou no dormitório. Estava andando tranquilamente, mas muito pensativa, o veneno de ontem mais o beijo de hoje estavam mexendo com a minha cabeça, eu estava com a cabeça em outro mundo, mas isso não impediu de ver uma cena um tanto estranha no corredor deserto: Hugo conversando bem próximo com um loiro que eu cresci perto.

Eles estavam bem próximos um do outro, Lysander sorria feito bobo e Hugo, encostado na parede, sorria com certa timidez, aquilo ali tinha uma química diferente, não era dois amigos rindo no corredor, eram dois garotos, colados um no outro com um olhar meio perdido, tipo de quando você está afim de alguém e olha nos olhos da pessoa? Tudo bem que o Hugo não era de ficar com muitas meninas, mas jamais ia pensar que ele curtia meninos. Lysander é outro caso, ele ficava com meninas, com meninos, Luna, mãe dele, achava isso um máximo já que pra ela, era bom um jovem explorar suas opções.

Inicialmente fiquei apenas parada os observando, logo eles se abraçaram e eu vi que ia rolar beijo, hora da vingança.

―Boa tarde galera. O que dois jovens bonitos como vocês dois estão fazendo em um corredor em um castelo com um dia alegre como este? E eu pensei que você tinha umas N.O.M’s pra dedicar Hugo. ― Falei com a expressão de sínica, na hora, os dois pularam de sustos, é claro que o que os dois tivessem era mais do que escondido.

―Não era pra você estar bancando a estudiosa na biblioteca? O que ta fazendo aqui?― Perguntou Lysander com a cara fechada, Hugo estava vermelho.

―Que eu saiba, esse corredor é um atalho da biblioteca até a entrada para o salão comunal da Grifinória e era pra lá que eu estava indo e nem todo mundo gosta de passar por aqui, por ser muito escuro mesmo quando é dia. Agora quem fez a pergunta primeiro foi eu, podem responder e não adianta enrolar.

―Que eu saiba , não sou obrigada a responder nada pra você só por ser uma Weasley, vai cuidar da sua vida menina. ―Lysander falou com a cara fechada, mas antes de eu responder, Hugo finalmente deu a graça de falar.

―Lysander ela é minha irmã, e não é nenhuma fofoqueira, eu acho. Olha Rose, eu to tentando viver a minha vida e fazer minhas próprias escolhas, mas eu meio que tenho receio. Eu não sou que nem o Lysander que faz as coisas e nem liga pro que os outros vão pensar, então tem como você guardar segredo? Juro que não te atormento mais com o Malfoy.

―Olha só, vocês dois, eu não vou atrapalhar o romance de vocês, cada um faz o quer na vida, só que se não é pra ninguém descobrir não fiquem dando sopa no castelo, principalmente com a mãe e o tio Harry aqui. ― eles olharam pra mim ainda desconfiados. ―Eu não vou contar pra ninguém, principalmente pro meu pai que iria pirar, mas a partir de agora Hugo você nunca mais vai se intrometer nos meus romances, sem mais crises de ciúmes. E olha Lysander, engula seu orgulho para falar comigo, eu desejo o melhor pro meu irmão, mas agora quem vai bancar a ciumenta sou eu, se você magoá-lo, não importa se eu amo a sua mãe, mas você vai sofrer o dobro. Boa sorte com o “lance” de vocês, eu sempre vou ficar do seu lado Hugo, acho que temos muito de aprender juntos. ―Falei e deixei os dois sozinhos me olhando estranhamente, eu precisava dar uma dura nos dois, mas eu nunca contaria aquilo pra ninguém, até porque o Hugo é grandinho o suficiente para saber quem ele deve ou não beijar, mas ele enfrentaria um problema: Rony Weasley, mas parecia estar disposto a continuar com o Lysander. Acho que hoje, eu não vou brigar mais com Scorpius, vou terminar o dia sendo mais Hugo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não esqueçam de comentar... Até quarta Beeeijos