Diários de um Vampiro...Brasileiro escrita por Leo Bernardo


Capítulo 3
Capítulo 3 – Festa de Halloween - parte 2




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A festa continua, Helena está muito chateada com Jeremias e resolver ir falar com ele:

Jeremias: “Quem é que joga fumaça pro alto?” (canta Jeremias, mas na festa está tocando Tonico e Tinoco).

Helena: – Escuta aqui seu moleque, já estou cansada dessas suas atitudes infantis, você se drogar até que vai, mas traficar já é demais. Sabe o que você está merecendo? Uma boa surra de cinta! Pra ver se cresce!

Jeremias: – Ah, é? E quem vai me bater? Você? Para de tentar bancar a minha mãe!

Helena: – Eu não quero bancar a nossa mãe, mas é que não aguento mais ver você se destruindo dessa maneira. Eu e tia Gina também somos afetadas por essa sua falta de maturidade, e tá foda aturar o “aroma” de marijuana e de cana da roça lá em casa, além do mais não suporto mais aquele reggae tocando o dia todo, eu fico brisada só de ouvir! Por favor, Jeremias, você tem que superar a morte deles, já faz mais de cinco meses.

Jeremias: – Tudo bem chatinha, eu posso até evitar fumar os beck lá em casa, mas a música eu não tiro não! Além do mais, você diz que eu tenho que superar, mas todo dia vai ao cemitério. Fica sentada na frente da lápide deles escrevendo no seu diário. Acho que você também não superou irmãzinha!

Helena: – Como você sabe disso?

Jeremias: – O coveiro me contou, quando eu vendi uns viagras para ele.

Helena: – O quê! Você deu viagra pro coveiro, mesmo depois dele dizer que eu fico no cemitério sozinha, você é louco? E se ele for um maníaco! Você não pensa seu retardado? (Helena dá uns tapas no ombro de Jeremias)

Jeremias: – Calma, Helena! Ainda não fiquei doidão nesse nível, nunca te colocaria em risco. Escuta, o remédio não era para uso do coveiro (não diretamente), mas sim para o boy magia dele, que não conseguia mais “arma a barraca”, andavam tão pra baixo, que nem catuaba com ovo de ganso africano estava dando jeito na malemolência do indivíduo, hahaha.

Helena: – Chega, Jeremias! Estou cansado de você e dos seus papos. Vou voltar para os meus amigos. (Helena retorna para a companhia de Bruna e Carolina e Mateus).

Mateus: – E aí, o que disse a ele?

Helena: – Tentei dar uma bronca nele, mas acho que não adiantou muito, parece que ele tem fumaça no cérebro...

Tadeu (Tyler) se aproxima do grupo, ele está trajando roupas de gosto duvidosas: um par de tênis Nike shox, bermuda branca, camisa da hollister, cordão de ouro fake, óculos e boné de aba reta.

Tadeu: – E aê, galera! Qual é a boa? Gostaram da minha fantasia?

Bruna: – Que porra de fantasia é essa? Você veio de funkeiro?

Tadeu: – Que funkeiro o que, bruxinha do Acre ! Eu de rolezeiro ostentador!

Mateus: – Rolazeiro aguenta dor! Hum, gostei, não sabia que você era do babado...

Tadeu: – Ô Mateus, não te entendendo, tu anda muito estranho, entendeu tudo errado do que eu falei, mas vou relevar por que tu é meu brother.

Helena: – Horrível essa sua “fantasia” (diz ironicamente).

Bruna: – Também achei, que mal gosto você tem, Tadeu.

Tadeu: – Vocês não entendem nada, essa é uma técnica pra pegar geral nessa festa.

Caroline: – Pegar geral? Quem ficaria com um cara vestido de rolezeiro?

Tadeu: – Espere e verá...

Tadeu olha em volta, está tocando algum funk “romântico” do Mr. Catra, ele vê Vicki dançando até o chão (completamente bêbada), e segue em direção a ela, até tenta dançar de modo sensual para a garota, mas fica parecendo um bambu no terremoto e desisti diante das gargalhadas das pessoas em volta.

Tadeu: – E aí gata, vamo fechar!

Vicki: – Já é!

Os dois começam a se pegar no meio da festa. Jeremias que estava olhando para Vicki com cara de babuíno apaixonado parece não acreditar no que vê, alguns minutos antes ele havia dado a Vicki um buquê de flores, uma caixa de bombons, um anel de diamante, recitado uns poemas do Drummond e declarado todo o seu amor por ela e pelos animais, no entanto, a garota disse que achava melhor que eles fossem apenas amigos, pois ele era muito novo, e ela preferia homens mais maduros e com mais conteúdo.

Jeremias: – Só pode ser sacanagem! Ela me esnoba por que me acha sem conteúdo, mas fica com uma cara que chega dizendo “Vamo fechar?” Desisto de entender essa maluca, vou procurar as esferas do dragão que é o melhor que eu faço, mas primeiro vou tomar mais uns goles dessa caninha doze anos...

Mateus: – Esse Tadeu é meu ídolo, prometeu e cumpriu!

Carolina: – Porra Mateus, ele tá pegando a sua irmã, seu mané!

Mateus: – E dái? Ela é maior de idade, independente, é linda, tem um corpão, cabelão, bocão, olhão... (desmunhecando)

Helena: ”Esse dá macha ré no trem” (pensa Helena)

Bruna: ”Esse malha os glúteos” (pensa Bruna)

Carolina: –Já entendemos Mateus, agora para de dar pinta!

O clima (a pegação) na pista começa a ficar quente demais entre Tadeu e Vick, Tonhão das Cabritas, que é o dono do clube, vê os dois no maior beija, sarra e roça, e resolve apagar o fogo da dupla. Ele pega uma balde com gelo e joga sobre a cabeça dos "safadenhos".

Vicki: – Quê palhaçada é essa!

Tadeu: – PQP, Seu Tonhão! Por que o senhor fez isso? Acho que molhou o meu V3 (celular velho pra caralh@).

Tonhão das Cabritas: – Isso é pra ocês dois pararem com essa poca vergonha na frente de todo mundo, querem fazer sacanagem vão lá pro mato, não estão vendo os moleques filmando com o celular, depois vão pôr na internet, não quero que dê puliça aqui no meu clube, aqui não é motel não seus lazarentos! Vão pra fora!

Todos na festa caem na gargalhada com a situação, principalmente Jeremias. Tadeu e Vicki saem da festa, e seguindo o “conselho” do Tonhão, vão para trás de algumas árvores continuar as “potarias”.

Tadeu: – Vamos continuar de onde paramos. (diz enquanto beija e aperta Vicki contra seu corpo)

Vicki: – Não, chega Tadeu, não tenho mais clima depois do que aconteceu!

Tadeu: – Como assim não tem mais clima, você tá molhadinha!

Vicki: – Estou molhada por causa da água, seu idiota! (empurra Tadeu)

Tadeu: – Então beleza! Fica aí sozinha! (vai embora deixando Vicki sozinha no meio do mato)

Vicki: – Como eu sou burra de ficar com um cara desses, tenho que parar de beber! (diz para si mesma)

Vicki resolve sair daquele lugar, mas escuta alguns passos e se assusta.

Vicki: – Tadeu é você? Sabe que não gosto desse tipo de brincadeira!

Damon sai da escuridão, morde Vicki no pescoço, ele é muito rápido, ela não tem tempo nem gritar e desmaia após dois segundos. Damon a deixa no chão, ela ainda está viva. Ele olha para o alto do clube, vê que a luz de uma das janelas do segundo andar está acesa, ele resolve ir até lá para continuar o banquete, mas tropeça no caipira avulso que dorme entre galhos, abraçado com uma garrafa de quinze litro da cachaça cura chifre. Damon até pensa em sugar o sangue do bebum, mas desiste ao sentir o forte cheiro de etanol que exala dos poros do pinguço.

Damon: – Não deve nem correr sangue nas veias desse infeliz! Esse deve ser movido a álcool! (diz Damon completamente enojado)

(Continua...)


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