The One - Fic Interativa escrita por MareaWho


Capítulo 4
Sobre os ataques


Notas iniciais do capítulo

Yayyyyyyy, capítulo novo! Eu sei que fui uma péssima autora e demorei séculos pra atualizar, mas minha vida ta uma bagunça... Foi super difícil escrever esse capítulo e ele ficou bem fraquinho (e curto), mas foi o melhor que consegui fazer. E meu computador ta todo estranho, então desculpa se tiver alguma coisa muito esquisita no capítulo.
Boa leitura!!



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Ainda era bem cedo quando Isabelle decidiu dar uma caminhada. A rotina de exercícios militares acostumou a garota a acordar cedo. Um soldado nunca se atrasa, mas diferentemente das rainhas, que nunca estavam atrasadas porque todo mundo estava apenas adiantado, os militares realmente eram pontuais.

A garota já havia visto o príncipe algumas vezes pelo castelo, mas nunca tinha dirigido nenhuma palavra a ele. Jackson era bonito, mas Belle nunca tinha se interessado por participar da Seleção. Estava ali por causa de uma maldita aposta.

– Senhorita Isabelle! – uma voz a chamou – o que faz acordada tão cedo?

Ela se virou, ficando um pouco atônita por encontrá-lo ali tão cedo.

– Vossa Alteza – disse, fazendo uma pequena reverência – eu poderia fazer a mesma pergunta para você.

Jackson fez uma careta ao ouvir “Vossa Alteza” mais uma vez. Aquelas garotas insistiam em achar que ele era algum tipo de riquinho orgulhoso e mimado.

– Não consegui dormir. Tinha muito em minha mente – o príncipe possuía olheiras e seus olhos estavam cansados e sombrios, sem o brilho habitual.

– O que aconteceu? – falou a Isabelle, sabendo que era algo ligada a política. Trabalhando no castelo, percebia o quanto a família real ficava abatida com certos acontecimentos. Principalmente quando estes acontecimentos tinham relação com os rebeldes.

– Nada para se preocupar, senhorita. Vocês estão seguras – Jackson abaixou a cabeça, como se nem mesmo ele acreditasse naquelas palavras.

– Com todo o respeito, senhor, eu trabalho no castelo. Sei que algo está acontecendo.

– Não posso te contar, Isabelle, sinto muito. É confidencial – ele sorriu – venha, vamos fazer alguma coisa divertida enquanto está todo mundo dormindo.

– O que vamos fazer?

– Nós podemos tomar café, para começar o dia – ele sorriu.

Belle reconhecia a tentativa do príncipe de mudar de assunto, mas não deixaria o assunto passar tão facilmente.

– Tem a ver com os rebeldes, não tem?

Uma sombra passou pelo rosto do príncipe. Os rebeldes eram sim uma preocupação, mesmo que ninguém dentro da família real fosse admitir. A cada dia os sulistas avançavam mais e faziam tentativas mais ousadas para tentar amedrontar a população. Na Carolina do Sul, o terror havia se espalhado após um atentado rebelde em que vinte e quatro pessoas haviam morrido.

– Isabelle, você precisa me escutar – Jackson parecia preocupado e irritado – fique fora disso. Eu sei que é uma militar, eu sei que pensa que pode se proteger, mas não pode. Essas pessoas não têm medo, são assassinos impiedosos, todos eles. Você está acostumada a proteger as pessoas, mas nesse momento você é um alvo.

– Desculpe-me, Jackson. Eu sei que é perigoso. Mas eu realmente sei como me defender, cresci fazendo isso. Sou uma soldada, não uma dama.

Ele sorriu ao escutar essas palavras. Entendia como a garota se sentia, muitas vezes já havia se sentido assim também. Ser tratado como um ser indefeso e que precisa ser protegido era irritante e sufocante, ainda mais quando uma ameaça como aquela pairava sobre suas cabeças.

–--

Tudo o que Jackson conseguia escutar era aquela música. Um som doce, delicado e hipnotizante, vindo de alguma parte do castelo que ele não conseguia identificar. A música era tão doce que lhe distraía completamente de seus problemas, eles quais fossem. A voz de uma sereia, puxando ele para o fundo do mar. Bem, não necessariamente até o fundo do mar, mas sim até a sala de música do castelo.

Ao chegar lá não encontrou uma sereia, mas encontrou uma garota baixinha tocando piano. O príncipe a reconhecia do dia em que as selecionadas lhe foram apresentadas. Não se lembrava de ter conversado nenhuma vez com a garota.

A menina tocava lindamente uma melodia conhecida e melancólica.

– É uma bela música – Ele falou, alto o suficiente para que a morena levasse um susto – um pouco triste, mas a maioria das coisas belas é assim, não é?

– Discordo, Vossa Alteza. Acho que as coisas felizes possuem muito mais beleza... Você, por exemplo, é lindo e consideravelmente feliz! – ela sorriu matreira.

Ele olhou para baixo envergonhado ao ouvir aquelas palavras.

– E o seu nome é...?

– Marley Marien Witchclook! – ela falou, de uma vez só. Tinha os cabelos negros e os olhos verdes, como uma verdadeira boneca de porcelana.

– Bem, Marley, meu nome é Jackson.

– Dãar, eu sem quem você é. Vou me casar com você, afinal de contas.

Ele riu ao ouvir essas palavras saindo da boca da garota. Como uma coisinha daquela altura poderia ser tão segura de si mesma e confiante?

– Bem, você ainda tem doze concorrentes, não se esqueça disso.

– Não vou me esquecer – ela piscou para ele. Marley andou até uma vitrola, onde colocou um disco para tocar. Era uma música de bailes, possivelmente uma valsa – Gosta de dançar, Príncipe Jackson?

– Não exatamente.

– Por que não? É bom para o corpo e para a alma. Muito revigorante.

– Sou um péssimo dançarino, acredite.

Não era realmente um péssimo dançarino, mas nunca tinha realmente tentado. Quando pequeno, sempre fugira das aulas de dança e etiqueta.

– Não acredito que vossa alteza possa ser péssimo em nada, nem mesmo que tente – ela ofereceu a mão a ele, como um cavalheiro oferece a uma dama na hora da dança – te desafio a dançar comigo e não pisar em meu pé nenhuma vez.

Eles se encararam sérios por alguns segundos, antes de cair na gargalhada.

– Desafio aceito, Srta. Witchclook.

Jackson colocou a mão na cintura de Marley, que colocou a mão em seu ombro.

Eles dançaram, e Jackson só pisou no pé dela duas vezes.

–--

Aysla estava entediada. O palácio era incrivelmente chato. E aqueles jardins eram mais chatos ainda.

– Bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer, mal-me-quer...

– Tenho certeza que, quem quer que for, bem te quer.

A garota se levantou de prontidão ao reconhecer a voz do príncipe.

– Vossa Alteza, é um prazer vê-lo.

Ele beijou a mão da loira.

– O prazer é todo meu, senhorita. É Aysla Detts, não é?

Ela assentiu com a cabeça.

– Como você sabe?

– Bem, a sua família não é exatamente desconhecida. Sua irmã Yanca, principalmente, costuma aparecer bastante nas notícias de fofoca. E eu já vi teu rosto algumas vezes na televisão.

O rosto dela se contorceu em uma máscara de indiferença.

– Minha irmã, é claro. Desculpe-me, Vossa Alteza, acabei de lembrar que tenho de fazer alguma coisa em meu quarto.

– O que? Espere!

A garota saiu andando, fingindo que não havia escutado o chamado do príncipe. Não acreditava que nem mesmo ali, no palácio, conseguiria fugir da sombra de sua irmã!

– Meu deus, a pestinha irritante está em todos os lugares – murmurou.

Subitamente sentiu alguma coisa agarrar seu braço e se virou.

– Aysla! Por que saiu correndo daquele jeito?

– Eu não saí correndo, apenas me lembrei de uma coisa importante!

Jackson sorriu.

– Se quer mentir, vai ter que arrumar desculpas melhores.

A garota corou fortemente ao ouvir aquelas palavras.

– Não estou mentindo – falou baixinho.

– Ah, não? E o que pretendia fazer no quarto? Será que podemos ir pro quarto juntos?

– O que?!

Ambos ficaram ainda mias vermelhos quando perceberam o duplo sentido das palavras do garoto.

– Eu... Eu... Me desculpe. Não deveria ter saído daquele jeito – falou a menina.

– Hum – Jackson não sabia muito bem o que dizer. Talvez fosse melhor apenas ficar calado, já que parecia que cada vez que ele falava alguma coisa tudo dava errado.

– É que eu não sou muito fã da minha irmã, se é que me entende. Temos uma relação complicada.

Ele deu um sorriso compreensivo.

– Te entendo, sim. Também tenho brigas com meus irmãos. Principalmente com Valentina e Diana, elas são duas pestes.

– Tenho pena delas, por terem de agüentar você – Aysla brincou.

– Ah, é assim?

– É sim, algum problema?

Ele olhou para a garota loira de forma ameaçadora e depois começou a persegui-la pelos corredores. Ambos corriam como duas crianças de sete anos, até que o príncipe a alcançou e os dois caíram estatelados no chão.

Eles caíram na gargalhada, rindo da coisa ridícula que tinham feito.

–--

Beatrice estava no jardim, desenhando a paisagem que via. O dia estava extremamente calmo, o sol brilhava forte e apenas algumas poucas nuvens pairavam no céu. Era um dia perfeito.

A menina ouvia uma movimentação em algum ponto distante no palácio, gritos e ordens sendo dirigidos aos guardas. Eram distantes demais para que a morena escutasse, então preferiu ignorar e continuar seu desenho. Estava com saudades de casa, e desenhar era a atividade que mais lhe lembrava o lar. Sentia falta da irmã mais nova e de sua mãe. Seus olhos ardiam e ameaçaram soltar lágrimas ao pensar em sua mãe, mas logo Beatrice limpou as lágrimas e se recompôs. A mãe não ia querer que ela chorasse. Precisava vencer a Seleção para honrar sua memória, ainda que isto significasse fazer algumas inimigas.

A confusão ia se tornando mais próxima e os gritos, mais claros. Algo dizia para ela sair dali rapidamente.

– Garota! – falou o príncipe, tirando Bia de seus devaneios – O que faz aqui?

Antes que ela tivesse tempo para responder, ele puxou sua mão e correu para dentro do palácio, onde os gritos não podiam ser mais ouvidos.

– O que estava fazendo lá? Não escutou os avisos? – Jackson parecia preocupado e estressado.

– Eu... Meu nome é Beatrice, caso queira saber. E não, não escutei nenhum aviso.

Ele balançou a cabeça em um sinal de desaprovação.

– Bem, não temos tempo para isso. Siga-me.

Ambos andaram por um emaranhado de corredores e escadas, até que chegaram a uma sala onde várias pessoas estavam. Dentre estas pessoas, Beatrice conseguiu reconhecer as meninas que estavam na Seleção com ela e a Rainha America, além do restante da família real.

Viu Natalya e Regina conversando, e Luna consolando uma Arya cheia de lágrimas nos olhos. A Rainha parecia distante e preocupada, conversando em um canto com suas filhas mais novas. A maior parte das pessoas parecia tão confusa quanto a própria Bia, sem saber o que estava acontecendo. Tudo o que se ouviam eram tiros e explosões.

– Onde estão o Rei Maxon e o Príncipe? – Bia ouviu uma mulher dizer.

– Os rebeldes estão atacando de novo? – perguntou outra.

America se levantou pronta para cumprir seu papel de rainha e acalmar as pessoas na sala.

– Não se preocupem, está tudo bem. Maxon pede desculpas por não estar aqui nesse momento difícil, mas pede para que tenhamos forças. Os guardas já estão resolvendo esta situação.


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Notas finais do capítulo

No capítulo cinco já tem eliminação, então me mandem uma MP dizendo quem vocês gostariam que fosse eliminada! A foto da Isabelle é a mesma atriz da Marley, mas é só coincidência, nenhuma delas é uma gêmea perdida da outra.
Isabelle: http://www.thefancarpet.com/uploaded_assets/images/gallery/5717/Sorority_Wars_65325_Medium.jpg
Marley: b0ede376f21a55c66ffdae4de19d0561
Aysla: http://www.polyvore.com/cgi/img-thing?.out=jpg&size=l&tid=606904
Beatrice: http://wallpaperpassion.com/upload1/38820/emily-rudd-2013-image.jpg

Beijinhos!