The One - Fic Interativa escrita por MareaWho


Capítulo 3
Sobre orgulho e preconceito


Notas iniciais do capítulo

Oi amores da minha vida minhas privadas entupidas!
Eu seeeei que prometi postar na quinta. Mas ocorreram imprevistos (aka eu viajei) e não deu pra escrever. Espero que gostem!
Hum... Gostaram da nova capa? A antiga era horrorosa, essa é bem melhor. Sou péssima pra fazer capas, então isso foi o melhor que consegui.
O próximo capítulo vai ser o último de apresentações, e depois as coisas vão começar a acontecer meeesmo.

Beijocas xx
PS.: Leiam as notas finais!!



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Elisabeth Grace ficou surpresa quando descobriu que tinha sido chamada pelo príncipe. Sonhava com aquele momento dês de que tinha colocado seus pés no palácio, mas achava que ia ser a última. Era bonita, mas naquela sala havia garotas que pareciam modelos.

Lizzie era de uma casta alta, mas mesmo assim o ambiente do castelo era estranho para ela. Tudo muito brilhante, muito chique, muito formal. A garota sentia falta de seu pai, de seus alunos e principalmente de Leonard. Seu irmão era seu melhor amigo, seu confidente. Elisabeth daria tudo para poder contar tudo que estava acontecendo com ela para Leo.

Quem sabe o príncipe não a autorizasse a mandar uma carta.

Jackson bateu na porta do quarto da menina que iria levar para o passeio. Estava ficando sem ideias, como poderia ter doze encontros diferentes? Não podia levar todas para um piquenique.

– Senhorita Elisabeth – ele disse, sorrindo educadamente.

Lizzie corou. Ele era realmente como o príncipe encantado que existia nos contos de fadas que ela lia e sempre havia sonhado com quando o seu ia aparecer! Lindo, gentil e educado. A morena poderia se apaixonar por ele num piscar de olhos.

– Alteza – ela fez uma reverência sutil, porém educada.

Ele sorriu e pegou a mão dela, fato que surpreendeu Elisabeth. Ele mal a conhecia e já estava pegando sua mão!

Caminharam pelos diversos corredores do castelo, até que a garota não fizesse à mínima ideia de onde estavam. Então entraram em uma sala que mais parecia uma varanda. Tinham várias flores e uma mesa no centro, arrumada com um belo café da manhã para dois.

Jackson sorriu para ela, em um misto de nervosismo e esperança.

– Você gostou?

Ela se permitiu sorrir também, igualmente tímida.

– Adorei, Vossa Alteza.

O príncipe fez uma careta ao ouvir o título pelo qual as pessoas costumavam lhe chamar pela segunda vez ao dia. Era avesso a esse tipo de formalidade quando não era estritamente necessário.

– Jackson, por favor.

– Como quiser, Vossa- Jackson!

Ele riu.

– Sente-se, Vossa Lizzie.

Elisabeth sorriu, um sorriso sincero e alegre. Na mesa a sua frente estavam panquecas, pães, bolos, omelete... Tudo que se poderia consumir num café da manhã.

– Isso é... Muita comida.

– Não se preocupe, os servos ficam com o que sobra.

Não era tão bom assim, mas pelo menos evitava o desperdício.

– Me desculpe se não é exatamente um encontro lá muito original, mas eu tenho muitos para planejar e... Não sou exatamente o expert em relacionamentos. – ele falou, um pouco amargamente.

– Eu te entendo, deve ser difícil fazer isso para você. – Lizzie realmente entendia. Ter que escolher alguém no final... Deveria ser muita pressão – Estar aqui com a pressão de ter que se apaixonar, de ter que se casar com alguém... Deve ser horrível.

– É horrível! Sem ofensas, é claro – ele sorriu – Vocês são todas lindas e gentis, mas ter que se apaixonar é muita pressão. E se eu não gostar de nenhuma? E se nenhuma de vocês se apaixonarem por mim?

Elisabeth olhou nos olhos dele, aquele garoto educado e supostamente perfeito. Era um adolescente como qualquer outro, afinal. Também tinha suas inseguranças e seus medos, mesmo sendo o futuro rei. A garota colocou a mão sobre a mão dele que estava sobre a mesa.

– Tenho certeza de que alguma vai te amar. E como saber se nenhuma vai te agradar antes mesmo de nos conhecer? Isso é um preconceito – disse delicadamente. Lizzie era uma boa ouvinte e gostava de consolar as pessoas, mesmo quando não conhecia muito bem a pessoa – por que você não disse aos seus pais que não estava pronto? Tenho certeza que o Rei Maxon e a Rainha America iriam entender.

– Eles se apaixonaram na seleção, então acham que comigo vai acontecer o mesmo. Além disso, eles insistem dizendo que é uma das minhas responsabilidades como futuro rei.

– Está tudo bem, Jackson. Você vai se apaixonar. Agora vamos falar de um assunto mais importante: quer panquecas ou bolo de cenoura?

Ele riu, e assim toda a tensão se dissipou.

–---

Já tinha passado do meio dia quando Jackson foi encontrar a próxima selecionada na biblioteca. Bem, ele estava procurando ela, mas parecia que a garota não queria ser encontrada. Achou a loura no canto mais afastado da grande biblioteca, deitada em um divã de couro perto da janela.

O príncipe ficou observando a garota por quase dez minutos, esperando ser notado, mas parecia que ela estava absorta demais em seu livro.

Ele fingiu tossir, para chamar atenção.

– Será que dá para fazer silêncio?! Isso é uma biblioteca! – Ellie falou irritada, sem tirar os olhos do livro. Era uma bibliotecária, amava seus livros e seu silêncio.

Jackson fingiu tossir novamente.

A loira finalmente olhou para ele, o fulminando com os olhos por um segundo antes de perceber com quem havia sido grossa.

– Vossa Graça! Me- Me perdoe! Não tinha percebido com quem estava falando! – ela se levantou rapidamente e fez uma reverência desajeitada e apressada. Já não era a melhor nas cortesias quando estava calma, nervosa desse jeito só conseguiria ser muito tonta.

Ele ia rir dela, mas se conteve ao ver o quanto a pobre menina tinha ficado nervosa. Tocou de leve o braço dela, para acalmá-la. Ellie ficou mais vermelha ainda com o toque.

– Está tudo bem. Pela primeira vez nessa semana alguém me tratou como uma pessoa normal. Além disso, sinto muito por interromper sua leitura. – pegou o livro, que havia caído no chão em meio a aquela confusão – Orgulho e Preconceito? Bem, tenho uma pretendente que gosta de livros de menininha.

Um sorriso brincalhão se abriu na face dele.

– Não é um livro de menininha! – ela ficou indignada com o comentário do príncipe.

– É romance.

– Tem o romance, mas também contêm uma crítica social forte!

– Aposto que você está toda apaixonadinha pelo Mr. Darcy... – Jackson provocou.

Ela corou novamente, pois a afirmação não deixava de ser verdade. Bem, Darcy era realmente um personagem apaixonante. Não era culpa dela.

– Aposto que você nunca leu o livro!

Jackson deu de ombros, como se não se importasse.

– Não tenho tempo para ler livros de menininha – ele sorriu novamente – agora, o que acha de dar uma volta nos jardins? Aposto que passou todos esses dias enfurnada nessa biblioteca empoeirada.

– Passei mesmo! E pretendo passar o dia de hoje também, se não se impor- Ei!

Ele já estava arrastando ela até o lado de fora do castelo. Chegaram num jardim aberto e bonito.

– Ó, o Sol, ele queima meus olhos! Vou começar a brilhar se Vossa Alteza não me levar para dentro agora – Ellie brincou.

– Quieta, Edwarda. Aprecie o som da natureza e dos passarinhos cantando.

– Não tem nenhum passarinho cantando – e não tinha mesmo.

Ele olhou para ela como se mandasse a garota ficar quieta.

– Ainda não nos apresentamos apropriadamente. Sou Jackson. – ele falou, como se ela não soubesse.

– Eu sei quem você é. Meu nome é Ellie. Casta três.

Ele se abaixou, pegando um lírio na grama e oferecendo a ela.

– Senhorita.

Ellie pegou a flor, colocando em seu cabelo.

Ambos passaram alguns minutos em silêncio. Não porque o assunto havia acabado, ou porque não haviam gostado da companhia um do outro, mas sim porque estavam ouvindo o som da natureza. Ironicamente, um passarinho estava cantando.

De repente, grossos pingos de chuva começaram a cair, encharcando os dois.

Correram para dentro, chegando novamente na porta da biblioteca que Ellie tanto amava.

– Vou deixar você voltar para seus livros agora.

– Obrigada pelo passeio, Jack – o príncipe sorriu ao ouvir seu apelido.

– Sabe, é meio chato ter que terminar nosso encontro aqui...

– Por quê?

Você me enfeitiçou, meu corpo e minha alma. – ele citou o livro que ela estava lendo, com um sorriso torto na cara.

– Você leu o livro!

Jackson sorriu sarcásticamente, deu de ombros e saiu andando.

–---

Regina tentava se acostumar a ter servas tagarelando ao seu redor. Era irritante, mas um pouco reconfortante. As três eram jovens e simpáticas, e uma delas até lhe lembrava Cora. Ao pensar em Cora seus olhos ardem, mas a garota não chora. Não adiantava chorar por fantasmas, mesmo sendo sua melhor amiga. Sua irmã.

O palácio era inacreditável. Estava vestindo a melhor roupa que já tinha tocado e nos últimos dias tinha comido mais do que comeria em um mês em sua casa. Na verdade, naquele exato momento estava comendo um bolo que tinha pedido para Ruby, uma das servas.

Um guarda bateu na porta e entregou um bilhete para a serva. Ela imediatamente fez uma cara animada e explicou o conteúdo do bilhete:

– Senhora, o príncipe deseja te ver!

Regina esticou a mão, pedindo o papel. Leu ela própria o bilhete, todo formal e escrito à mão em uma letra cursiva bonita.

– Quer, é? – falou de boca cheia – Vou ver ele então.

Ela andou até o lugar que estava sendo indicado no papel e viu lá o príncipe sentado debaixo de uma árvore frutífera. Ele se levantou assim que a viu, pegando sua mão direita e dando um beijo de leve.

– Senhorita Regina.

– Príncipe Jackson – disse, em um tom um pouco desafiador. Não fez reverência, pois não se importava com aquele tipo de coisa.

Ele a conduziu até o lugar onde estava sentado antes, indicando um lugar para que ela se sentasse também. Já havia parado de chover, mas a grama ainda estava um pouco molhada.

– Espero que não se importe de sentar no chão... – ele falou curioso para saber mais sobre ela. Já podia perceber que não era das castas mais altas, pois suas mãos eram musculosas e ásperas, diferentemente das mãos dele próprio. Mãos de rico eram macias e lisas, pois faziam muito pouco esforço.

– De que casta é? – Jackson disse, brincando com uma flor que estava ali perto.

Regina o encarou, procurando saber o que ele queria dizer com aquilo. Por fim, falou:

– Oito.

Foi a vez de Jackson a encarar. Ficou chocado, mas conseguiu esconder bem a emoção. Nunca havia conhecido ninguém da casta oito, até os servos do palácio eram superiores. Imaginou como ela deveria se sentir, vendo todo aquele luxo e toda aquela ostentação.

– Eu...

– Não precisa ficar com pena, Vossa Alteza. Não tenho vergonha de ser quem eu sou. – a voz dela era cortante, assim como seu olhar.

Jackson suspirou.

– Você é orgulhosa.

– Como posso não ser? Orgulho é a única coisa que tenho.

– Sinto muito.

– Não precisa sentir. Não é sua culpa, mas você pode consertar isso.

– Consertar? – ele sabia do que ela estava falando, é claro. Tirar o sistema de castas. Igualar a sociedade. Mas Jackson sabia que era mais complicado do que isso, já tinha escutado seus pais discutirem por esse motivo inúmeras vezes. Não era apenas destruir as castas, era destruir toda uma sociedade, era recomeçar Illéa do zero.

– As castas. Você sabe do que eu to falando. – Gina falou.

– Sei. Não é tão simples, Regina.

– Nada é simples com vocês...

Ela se permitiu sorrir, pegando a flor da mão dele.

– Você deve achar tudo isso aqui ridículo, não é?

– Tudo isso aqui?

– A comida, as roupas, as festas.

Ela pensou um pouco antes de responder. Não era ridículo, era impressionante. Claro que as pessoas eram um pouco fúteis, mas ela também seria fútil se tivesse vivido sua vida toda num palácio.

– Nem tudo. Você, por exemplo, não é tão ridículo assim – disse sarcástica.

– Não sou tão ridículo? – ele riu – Agora sim eu fiquei ofendido.

Eles passaram um longo tempo assim, trocando brincadeiras e respostas sarcásticas. Até que Regina gritou, sua face pálida como se ela tivesse visto um fantasma.

– O que aconteceu?! – Jackson perguntou, se levantando assustado.

A garota já estava a dois metros de distância.

– Uma aranha! – o rosto dela era tão assustado que fez o príncipe gargalhar alto.

– Você... – ele falou, entre risadas – Tem medo de aranhas?

– Não ri! Mata ela!

– Quem é ridículo agora, hein? ­– e continuou a gargalhar.

–---

Já era noite quando Jackson chamou Luna para passear. Caminhavam no jardim, que ficava com uma atmosfera bonita de noite. Naquela noite, particularmente, as estrelas brilhavam mais do que o príncipe jamais havia as visto brilhar. Era a noite perfeita para um passeio ao ar livre.

– A noite está muito bela, não? – já estavam conversando a algum tempo, e ele ainda tentava decifrar a morena.

– Sim, está belíssima – a voz da garota era fria e monótona, não deixava transpassar nenhuma emoção. Mas seus olhos eram como um livro aberto, mostravam tudo que se passava na cabeça dela. Brilhavam a cada vez que Luna achava algo engraçado ou divertido.

Ambos deitaram na grama, para observar o céu. Ao seu lado se abriam damas da noite, aquelas flores que apenas desabrocham quando já escureceu e voltam a se fechar durante o dia.

– Seu nome é diferente... – Jackson falou. Achava que era um nome bonito e soava bem. Além disso, combinava com aquela noite.

– Me- Meu nome? – a voz dela pareceu surpresa se tornou um pouco mais fina e infantil. Era difícil para Luna se controlar perto de Jackson, ele lhe lembrava muito de Lorenzo. Perto deles, ela sentia que poderia ser quem realmente era, sentia que não ia precisar esconder nada de ninguém. Mas Lorenzo havia ido embora, e nada mais daquilo importava. Conseguiu se controlar antes de falar – minha mãe me deu esse nome porque no dia que eu nasci a Lua brilhava linda no céu e meus olhos lhe lembravam a própria Lua.

Jackson estranhou a rápida mudança de comportamento dela, mas não comentou nada.

– Seus olhos são mesmo lindos – ele falou, olhando para o rosto dela. E eram mesmo lindos, como duas estrelas brilhando no rosto dela. Tinham um brilho hipnotizante, que combinava com aquela noite estrelada – Embora eu ache que eles combinam bem mais com estrelas.

– O-obrigada, Jackson! – ela se descontrolou de novo – Você é muito gentil.

Ele riu do nervosismo súbito dela que surgia de vez em quando. O príncipe pegou uma das flores que crescia e deu para ela.

– Toma, elas combinam com você, baixinha. Uma dama da noite para minha dama da lua.


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Notas finais do capítulo

Daqui a uns quatro capítulos vou ter que começar a eliminar pessoas (eu seei, também não quero) e gostaria de saber o que vocês acham melhor: eu escolher ou vocês votarem em quem vai ser eliminada?
Só uma pessoa não comentou no capítulo passado, e se essa pessoa continuar não comentando vai ser a primeira eliminada, mas eu queria saber pras próximas.

Elisabeth: https://24.media.tumblr.com/40368941eed8ed334a50e96046311190/tumblr_n4es0wRQGA1r6dglvo1_500.jpg
Ellie: http://www.bharatnow.net/wp-content/uploads/2014/01/beautiful_ashley_benson.jpg
Regina: http://talksupeblog.files.wordpress.com/2011/11/jennifer_morrison_9-1024.jpg
Luna: http://tinypic.com/view.php?pic=dc8vty&s=8#.U2bHCNxdVDw

Bjs!