The New Heroes of Olympus — O Filho Solar escrita por Jr Whatson


Capítulo 11
Capítulo 11 - Meu pégaso fica amarradão


Notas iniciais do capítulo

' Mamãe, virei um peixe. ' — WHATSON, Hon.



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— Ai. — Doeu. Eu demonstrei que tinha doído no exato momento em que a dor chegou. Após isso, meu corpo já estava inteiro submerso em algo. Com o passar dos segundos, fui identificando que era simplesmente água.

Desde quando eu era muito pequeno, eu sempre tive o dom de poder abrir os olhos debaixo d'água sem sofrer danos ou incomodações, o que me ajudou a identificar o lugar onde estava.

Logo depois de subir do meu pescoço para cima para fora da água, pude perceber que estava em um esconderijo subterrâneo não muito grande. Um corredor largo se estendia à frente do aquário em que eu estava. Algumas pequenas lâmpadas iluminavam fracamente o local, podendo me habilitar a ver o único ponto bom do lugar onde estava.

Meu amigo verde-azulado estava dormindo, preso em uma gaiola muito maior que seu tamanho ao meu lado.

Em meus momentos de dispersão, nem percebi que o aquário em que estava havia ganhado uma tampa. Ótimo.

Do corredor, uma menina apareceu. Ela tinha cabelos longos, lisos e escuros, com mechas de cor castanha clara. Seus olhos eram amendoados e pretos. Era bem alta e usava um arco amarelo no topo de sua cabeça. Estava vestida com uma camisa branca e um pequeno short jeans, junto com seu all star azul em seu pé.

— Eae. — Dei um aceno e bati no vidro.

Ela me ignorou e começou a gesticular com a boca. Não deu pra ouvir nada. Então por causa do vidro, talvez, ela não teria me escutado.

A menina sorriu ao me ver e por um momento não fez nada. Então pegou um pequeno microfone de seu bolso e assim sua voz soou dentro do aquário como se viesse de baixo.

— Olá, semideus. — Sua voz era fina e doce, mas soava meio distorcida por causa da água. — Meu nome é Lynn Connel.

Eu não contive um sorriso. Jamais ouvira aquele nome antes, mas era bonito, e parecia combinar com ela.

— Obviamente você deve estar se perguntando porquê está aqui. — Ela continuou. — Simples. Eu gosto de assaltar pessoas. Seu cavalo voador é meu.

Lynn olhou para o pégaso e passou o peso de seu corpo para a perna direita.

— Vou chamá-lo de Ykuz. — Ela decidiu. Eu tentei protestar dizendo coisas como "Não! Ele é meu!", mas ela não ouvia por causa do vidro. — Parece que você tem coisas boas com você.
Eu não tinha percebido, mas o meu arco e minha espada saíram das minhas costas e estavam vagando pela água. Eu fui pegar as minhas armas, mas a tampa do aquário saiu e um gancho entrou, pegando as minhas coisas. Eu fui tentar sair de lá dentro, mas a tampa esmagou meus dedos, então os puxei de volta.

— Obrigada. — Ela disse. Pegou minhas armas no gancho e as deixou em cima de uma mesa próxima ao corredor. Logo em seguida, saiu por ele.

Eu agora pensava em um plano para escapar. Se eu continuasse preso ali, logo, iria inspirar todo o ar que lá havia, então acabaria por morrer tentando respirar em um tanque de água. Eu tentava bater no vidro com minhas mãos, mas não surtia efeito. Meus chutes eram ainda mais fracos, pois a água diminuía a velocidade dos meus golpes, assim reduzindo sua força.

Olhei para o lado e vi o pégaso. Eu havia gostado do nome que a menina maluca deu a ele. Se nós conseguíssemos sair daquele espaço subterrâneo, mostrar o novo nome do pégaso para Marty seria a primeira coisa que faria.

Isso se encontrasse Marty ao sair.

Isso se conseguisse sair.

Eu gritava. Enlouquecidamente, mesmo que meu animal de estimação não ouvisse, eu tentava me comunicar com ele. Eu tinha minhas dúvidas se minhas batidas fortes no vidro eram perceptíveis do lado de fora.

Depois de poucos minutos tentando, o cavalo acordou. Olhou para mim, olhou ao redor, olhou para mim de novo... E finalmente se deu conta do que estava acontecendo.

Então eu comecei a pensar. A primeira parte do plano que ainda não havia planejado já estava completa. Verifiquei se o futuro Ykuz estava prestando atenção em mim. Ele estava. Então comecei a dar impactos "fortes" com o corpo na parede do vidro.

Olhei para ele. Ele captou bem a mensagem, começou a bater com o corpo na parede da cela para ela andar para o lado. O plano estava funcionando. Apontei para a direção que ele deveria seguir. O pégaso estava quase chegando às armas.

Quando a gaiola bateu na mesa, o meu arco caiu em seu chão, próximo às patas do cavalo.

Chamei a atenção novamente e indiquei que ele poderia vir na minha direção. A cada minuto, minha escapada estava mais perto. O animal, agora mais empolgado, vinhas mais rápido. Quando tocou no lateral do aquário, ele me surpreendeu: Com suas patas, ajeitou o arco para que uma flecha estivesse sendo mirada para o aquário. E atirou.

Estava respirando muito fraco por falta de ar quando a notícia boa chegou. A flecha que o cavalo havia atirado fez uma rachadura quase no fundo do aquário que permitiu que a água começasse a escapar.

Com quase toda a água fora, comecei a dar chutes fortes novamente no vidro, só que dessa vez sem a água atrapalhando e com a ajuda de uma rachadura. Deu certo.

O vidro se espatifou como em um efeito dominó: A cada segundo ele rachava cerca de dez centímetros até que ele inteiro se quebrou. Esperava que Lynn não houvesse ouvido o barulho, o que era muito improvável.

Estava livre, então rapidamente, peguei a minha espada e cortei a grade da jaula para liberar meu amigo. Ele relinchou de felicidade e esperou que eu o montasse. Peguei o arco e a flecha no chão e subi. Fomos na direção do teto como se não houvesse nada ali.

Me acalmei e pus as mãos sobre a cabeça.

— O que você quer? — Perguntei suavemente.

— O seu gado e armas. — Ela respondeu. Peguei meu arco em minhas costas.

— Pega. — Apontei uma flecha para ela. Lynn ficou surpresa e mirou no pégaso, lançando.

Vi a trajetória que ela perseguiria e mandei outra flecha na rede que prendia meu amigo. Como estava mais perto, no segundo que se passou, minha flecha chegou primeiro, fincou na corda da rede, e quando a de prata chegou, ela bateu na minha e ricocheteou para o lado, acertando outro ponto.

Com a ajuda do furo, o cavalo apenas se mexeu devagar e conseguiu rasgar o resto.

— Desiste. — Falei para a menina. — Agora... O que realmente você quer?

Ela estava com uma expressão raivosa no rosto, um pouco desapontada. Abaixou o arco e respondeu.

— Carona.

— Para onde? — Fiquei interessado em ajudar aquela menina maluca e bonita.

— Long Island.

— Acampamento Meio-Sangue? — Adivinhei. — Interessante. Eu e meu amigo também estamos indo pra lá. Será que você aguenta, companheiro?

O futuro Ykuz relinchou em resposta, demonstrando que aguenta. Eu e Lynn soltamos o resto de sua rede e o montamos.

Lynn apertou algum botão para abrir a passagem no teto e saímos pelo mesmo local que entrei: A moita.

A cena que vimos ao chegar na superfície não era legal. Marty estava pendurado de cabeça pra baixo pela canela em algum tipo de cipó. Um monstro de nove cabeças estava à sua frente prestes a abocanhá-lo com a boca do meio. Sua espada estava no chão, abaixo de sua cabeça. Ele não tinha salvação.


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Notas finais do capítulo

De volta à visão de Hon Whatson! Não quis mostrar ainda o que aconteceu com Marty. HOHOHO :111 (18/11/2014)



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