The New Heroes of Olympus — O Filho Solar escrita por Jr Whatson


Capítulo 12
Capítulo 12 - O batizado de alguém alado


Notas iniciais do capítulo

' Ohayo, raio. ' — WHATSON, Hon.



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Meu amigo estava um pouco enrolado. Literalmente. A primeira flecha atingiu em cheio a garganta do monstro.

Preocupado com a cena, nem me mexi para ajudar, mas felizmente, eu tinha uma nova parceira. Ela atirou a flecha com tremenda precisão na boca do meio. Isso fez com que o monstro desistisse de soltar a baforada de fogo, começando a tossir. As outras oito cabeças rugiram ao mesmo tempo, como que com raiva.

Lynn era muito rápida, com mais oito flechas, já tinha acertado um olho de cada cabeça do bicho. Finalmente percebendo que teria que fazer algo, corri até onde Marty estava pendurado e, com a espada em mãos, dei um pulo e cortei o cipó.

— Valeu, amigo. — Ele agradeceu, caindo de cara no chão, mas sem se machucar. Rapidamente pegou a própria espada e fazia cortes nas patas da Hidra.

— Estava te devendo uma. — Falo, lembrando do acidente com os ciclopes.

De longe, Lynn atirava mais flechas para distrair a presa, enquanto nós atacávamos por baixo, fazendo o monstro não poder sair do lugar.

Com o tempo, cortamos tanto sua pele, que a Hidra desmaiou de tantos ferimentos, nos dando a chance de pensar em algo.

— Precisamos de uma grande pedra. — Explicou Lynn, chegando perto. — Foi assim que Hércules a derrotou.

— Pedra? — Apontei para a primeira das grandes que vi. — Bem ali. Me ajuda, Marty.

O menino assentiu e foi até ela, junto com Lynn que se propôs a ajudar a levantar. Devagar, posicionamos as cabeças de modo que ficassem bem unidas, para cobri-las com mais facilidades. Então, derrotamos, finalmente, o monstro.

Marty chegou perto do meu ouvido e sussurrou:

— Quem é a gata?

Revirei os olhos. Lynn parecia ter ouvido a pergunta.

— Sou Lynn Connel, semideus. Prazer em conhecê-lo. — Disse, esboçando um sorriso.

Tudo bem. Ela com certeza ouviu.

— Não tem problemas se ela vier conosco para o acampamento, certo? — Perguntei para meu parceiro de viagem, que estava observando a menina.

— Não. — Ele respondeu. — Obviamente não.

Lynn deu um pequeno sorriso e andou até o pégaso. Seguimos seu exemplo. Quando chegamos perto, pedi para que eles parassem qualquer coisa que estivessem fazendo.

— Vocês dois. Principalmente você. — Olhei para Lynn. — Achei o nome que você pensou para o pégaso muito legal.

O cavalo relinchou.

— Parece que ele concorda. Ykuz é um nome muito maneiro. — Marty entendeu o que estava acontecendo bem depois de Lynn. — Então, hoje, decidimos que esse será seu nome. — Fiz cafuné na cabeça do pégaso. — Amigão, seu nome agora é Ykuz.

Os três semideuses presentes sorriram, satisfeitos com a nomeação.

Agora, estávamos olhando para o horizonte, à espera de que algum de nós tivesse a iniciativa de levantar e ir embora.

Demoramos alguns segundos para perceber o senhor logo atrás da gente. Ele tinha aparentemente 30 anos, seu boné verde escuro cobria seus cabelos loiros médios. Usava uma camisa azul com bolinhas brancas e um short de banho verde. Em seu braço, segurava uma prancha laranja.

Como o rapaz estava usando óculos escuros, não pude perceber sua expressão, mas ele parecia feliz com a vida, enquanto escutava alguma música em seus fones de ouvidos. Talvez estivesse um pouco confuso por estar vendo três adolescentes junto com um cavalo, talvez, em uma praia que deveria estar deserta.

Não havia, de fato, como saber o que o senhor estava exatamente vendo à sua frente. De algum modo, eu sabia sobre a magia. Havia a Nevoa, um tipo de ilusão que faz com que os mortais não vejam algo que não possam acreditar. Então, o senhor provavelmente estaria vendo um trio de jovens com roupas rasgadas e tacos de golfe em mãos. Uma cena que não faria nenhum sentido naquele lugar.

Nós três olhamos para o homem, que começou a rir.

— Jovens... — Olhou para o céu, depois para nós novamente. — O que os trouxeram até essa cidade?

— Estamos apenas de passagem. — Respondi antes de lembrar o motivo de termos pousado na praia. — O senhor sabe onde podemos comprar comida?

— Amo turistas. — O homem disse, sorrindo. — Sigam a praia para direita até o próximo quiosque.

— Tudo bem. Obrigado.

— Eu espero vocês aqui em 15 minutos. — Disse Lynn. — Pode ser?

Lembrei que ela morava ali. Então ela teria bastante comida pra viagem. Confirmei com a cabeça.

Passaram alguns minutos. Eu e Marty chegamos primeiro no ponto de encontro.

— Por que mulheres sempre se atrasam? — Perguntei para Marty, enquanto comia uma das maçãs achadas em macieiras no meio do caminho. Dei outra para Ykuz. O senhor surfista havia desaparecido.

— Maquiagem. — Ele respondeu. — Mentira. Deve ter se enrolado com alguma coisa.

A menina brotou de algum lugar atrás de nós e deu um soco nas costas de Marty. Ela era violenta mesmo.

— Por que? — Marty perguntou e não obteve resposta.

Lynn tinha trocado de roupa. Agora usava uma camisa folgada que parecia ser maior que o tamanho dela, apesar de ela ser alta. Usava também uma calça preta e o mesmo all star de antes. Em suas costas, trazia uma mochila que parecia lotada de apetrechos, comida e outras coisas.

— Vamos então? — Perguntei. Os dois afirmaram, então dei um assobio. Sinal que eu tinha combinado com o pégaso. Ele veio voando até nós, pousando em nossa frente.

Nós três subimos, eu na frente, Lynn no meio e Marty atrás sendo espremido pela enorme mochila, ele não pareceu se importar tanto. Levantamos voo.

Eu já estava acostumando com a ideia de voar. No início, achava surpreendente como era a sensação de estar no céu, livre para ir em qualquer direção. Aparentemente, a menina Lynn teve o mesmo sentimento que eu. Ela parecia surpresa com os momentos no ar, falando como era legal estar sob a terra durante a viagem, pena que começou a chover.

A chuva não foi motivo o suficiente para desanimar a semideusa, porém Ykuz ficou inquieto, fazia manobras para os lados, subindo, descendo, por puro instinto. Talvez estivesse com medo de algo viesse em sua direção.

Tipo os raios.

Quando os raios começaram a vir atrás da gente, foi quando o pégaso ficou louco. Ele se mexia de um modo muito agitado, travando ou aumentando a velocidade em todo momento. Lynn contornou os braços na minha cintura para não cair do cavalo.

Me senti bem com o gesto, entrelacei os meus no pescoço do cavalo. Marty deveria estar se segurando na mochila? Não sei. Em algum lugar.

Me lembrei de um dia, na minha infância, havia pouco tempo que eu ganhara a minha primeira guitarra da minha mãe. Eu a levava todo dia no quintal junto com o amplificador e ficava tocando para a vizinhança. Ninguém nunca foi reclamar do barulho, mas teve um dia, em que uma chuva forte chegou do nada. Então, um raio ultra-carregado atingiu a caixa de som, explodindo meu amplificador. Eu soltei a guitarra imediatamente para não levar nenhum choque. Por sorte, o único dano que ficou nela foi um pedaço do corpo chamuscado, meio queimado. Desde aquele dia, eu nunca gostei de raios. Fizeram com que eu parasse meus shows matinais.

A viagem tava indo bem. Até um dos lampejos malditos de eletricidade acertar meu amigo.


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Notas finais do capítulo

Nunca entendi direito porque mulheres atrasam :116 (28/11/2014)



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