Segunda Chance escrita por Sophie Valdez


Capítulo 12
Conélio Cabeça de Abóbora Fudge


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas!

Demorei a vida, eu sei, mas posso explicar.
Eu pensei muito nesse capitulo e não quis que os Potter fossem revelados ao mundo agora, então tive que pensar muito para escrever tudo.
A audiencia é muito legal no livro, então não mudei muitas falas, apenas alguns fatos por conta do nosso casal Potter.

Não respondi os últimos cometários, ME DESCULPEM! Eu prometo responder os desse episódio. Só queria dizer que li todos e sempre fico muito feliz com todo comentário.

Boa leitura!



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Lily sentia um gosto amargo na boca que só piorava conforme o ministro falava. Ela se concentrou no inicio em acalmar James, mas a situação piorava cada vez mais, e a própria Lily já queria atacar o ministro da Magia, que na visão dela era um imbecil arrogante e medroso que se sentia o máximo por poder julgar um simples menino inocente.

— O senhor recebeu um aviso oficial do Ministério por ter feito uso ilegal de magia há três anos, não foi?
— Sim, senhor, mas...
— E ainda assim conjurou um Patrono na noite do dia dois de agosto? — perguntou Fudge.
— Sim, senhor, mas...
— Sabendo que não tem permissão para usar magia fora da escola enquanto for menor de dezessete anos de idade?
— Sim, senhor, mas...
— Sabendo que se encontrava em uma área povoada por trouxas?
— Sim, senhor, mas...

James apertou a varinha sentindo a raiva no seu ser aumentar junto com a vontade de transformar a cabeça do ministro em uma abobora.
— Inteiramente consciente de que estava muito próximo de um trouxa naquele momento?
— Sim, senhor, mas só usei magia porque estávamos...
A bruxa de monóculo interrompeu-o com uma voz trovejante e James se perguntou qual era o problema daquela gente que não deixava Harry terminar as frases.
— Você produziu um Patrono inteiramente desenvolvido?
— Sim, senhora, porque...
— Um Patrono corpóreo? – ela perguntou com um tom surpreso que fez um sorriso orgulhoso brotar inconscientemente no rosto de Lily.
— Um... o quê? — perguntou Harry.
— O seu Patrono tinha uma forma claramente definida? Quero dizer, era mais do que vapor ou fumaça?
— Sim, senhora. É um veado, sempre foi um veado. – desta vez James que desviou sua atenção para o filho. Ele adorava saber que Harry e ele tinham o mesmo patrono, pois isso signifava uma forte conexão entre os dois.
— Sempre? — a mulher diz e Lily franze o cenho tentando se lembrar de quem era aquela mulher, já que seu rosto não lhe era estranho. — Você já havia produzido um Patrono antes?
— Sim, senhora. Venho fazendo isso há um ano.
— E o senhor tem quinze anos de idade?
— Sim, senhora, e...
— O senhor aprendeu isso na escola?
— Sim, senhora, o Prof. Lupin me ensinou a produzir um Patrono no terceiro ano, por causa do...
— Impressionante — disse a mulher. Lily estava meio indgnada com o fato de todos parecem gostar de interromper Harry, mas o tom da mulher não era arrogante como o de Fudge. —, um Patrono verdadeiro na sua idade... realmente impressionante.
_ Remo Lupin senhoras e senhores. – James resmunga. – Ótimo professor, antes de despedirem ele.

_ Não despediram Remo... – Lily comenta.

_ Tanto faz Lily!
— A questão não é até que ponto a mágica é impressionante — lembrou Fudge num tom rabugento. James empunhou novamente a varinha, pronto para calar a boca daquele ministro de merda. — De fato, quanto mais impressionante for, pior é, penso eu, uma vez que o rapaz realizou o Patrono bem à vista de um trouxa!

_ Porque ele estava sendo atacado seu imbecil! – James exclama entre dentes, com a varinha apontada para a cabeça do ministro, e prevendo o ataque Lily segura novamente o marido.

_ James, não podemos...

_ Harry precisa de nós Lily.

_ Se fizer algo só vai piorar a situação! – Lily diz nervosa.

_ Eu não vou aguentar ficar aqui vendo eles tratarem Harry dessa forma! – James rebate. – Nem pensar! Eu tenho q...

— Fiz isso por causa dos dementadores! — a exclamação de Harry ecoou pelo tribunal calando todos, inclusive seus pais.
— Dementadores? — exclamou a mesma mulher de antes, passado um momento, suas espessas sobrancelhas se erguendo. — Que quer dizer com isso, garoto?
— Quero dizer que havia dois dementadores na travessa, e que eles atacaram a mim e ao meu primo!
— Ah — disse Fudge mais uma vez, olhando os membros da corte a toda volta com um sorriso antipático, Lily desta vez tentava se controlar junto de James ao ver a expressão de deboche do ministro. — Sim. Sei. Pensei ter ouvido alguma coisa assim.
— Dementadores em Little Whinging?Não estou entendendo... – a mulher continuou.
— Não está, Amélia? — respondeu Fudge, ainda sorrindo. Lily reservou um segundo para se lembrar que a mulher era Amélia Bones, ex monitora da Lufa-Lufa quando ele estava no primeiro ano em Hogwarts. — Deixe-me explicar. O garoto andou pensando e decidiu que dementadores dariam realmente uma bela reportagem de capa. Trouxas não podem ver dementadores, não é mesmo garoto? Muito conveniente, muito conveniente... então é apenas a sua palavra...
— Eu não estou mentindo — disse Harry em voz alta. — Havia dois, vindos de lados opostos da travessa, tudo ficou escuro e frio, e meu primo sentiu a presença deles e procurou fugir...
— Basta, basta! — disse Fudge, com uma expressão de grande superioridade no rosto. — Lamento interromper o que certamente seria uma história muito bem ensaiada...

_ Confundus. – James diz assustando Lily. O ministro para sua frase e olha para a frente com a boca entreaberta fazendo todos o encararem.

_ Ministro? O senhor está bem? – uma mulher ao lado de Fudge diz com uma voz fina e enjoativa. Lily se pergunta como não havia reparado nela antes já que usava um terninho rosa muito chamativo em meio a tanto preto.

_ Eu... e-eu... – Fudge gagueja balançando a cabeça. – Estou... Sou....

James sorria vendo aquilo, por mais que quisesse fazer pior. Lily riria se a situação não fosse tão séria, ela correu os olhos até Harry que observava tudo confuso e ainda visivelmente nervoso. Dumbledore se mantinha em silencio com os lábios levemente tortos em um discreto sorriso, e quando seu olhar cruzou com o de Lily, mesmo esta estando sob a capa, o diretor mandou uma piscadela.

_ E-eu... De-dementadores... Potter... – Fudge disse ainda com uma expressão patética.

_ É percebível que deve ser aberto um inquérito para investigar porque os dementadores estavam no subúrbio trouxa. – Dumbledore diz calmamente, como se nada de estranho estivesse acontecendo. – E quem os mandou até lá no dia do ataque.

A bruxa de rosa ao lado do ministro se empertigou na cadeira dando um leve pigarreio. James, que só agora olhou para ela se surpreendeu, já que para ele a bruxa parecia um sapo, com o rosto redondo, os olhos saltados e a boca larga. Até mesmo o laço preto na cabeça lembrava o maroto de uma mosca prestes a ser comida por uma língua enorme e pegajosa.

— Tenho certeza de que devo ter compreendido mal o que o senhor disse, Prof. Dumbledore — começou ela com um sorriso sinistro e James despertou de breves devaneios sobre sapas rosas. — Que tolice a minha. Mas me pareceu por um átimo que o senhor estava sugerindo que o ministro da Magia tivesse ordenado o ataque contra esse garoto!

Lily contorceu o rosto em uma careta. O tom da mulher era um dos piores na visão da ruiva. Aquele tom falsamente educado e gentil que na verdade é carregado de maldade. A mulher parecia indefesa com seu terninho rosa, mas o instinto de Lily dizia para ela ficar em modo de defesa contra a mulher.

— Se for verdade que os dementadores estão recebendo ordens somente do ministro da Magia, e igualmente verdade que dois dementadores atacaram Harry e seu primo há uma semana, então seria lógico concluir que alguém no Ministério pode ter ordenado os ataques — disse Dumbledore polidamente. — É claro que esses dementadores em particular poderiam estar fora do controle do Ministério, Dolores Umbridge.
— Não há dementadores fora do controle do Ministério! — retrucou Fudge rispidamente, assustando todos. O feitiço de confusão parecia estar passando.
— Então o ministro certamente irá mandar instaurar uma investigação para determinar por que dois dementadores estavam tão longe de Azkaban e por que atacaram sem autorização.
— Não cabe a você decidir o que o Ministério da Magia faz ou deixa de fazer, Dumbledore! — retrucou Fudge.

_ Mas ele é um bruxo dez vezes melhor que você! – James exclama em voz alta assustando todos. Os bruxos olharam assustados para os lados procurando quem disse tal coisa enquanto o ministro adquiria um tom vermelho incrível.

_ Quem. Disse. Isso? – Fudge pergunta pausadamente se levantando da cadeira. James abre a boca mas Lily o impede de responder a pergunta, fazendo o tribunal ficar em silencio.


— Eu gostaria de lembrar a todos que o comportamento desses dementadores, se não foram realmente imaginados por este garoto, não são o tema desta audiência! — disse Fudge encarando todos com os olhos esbugalhados e os lábios tremulos. — Estamos reunidos aqui para examinar as violações ao Decreto de Restrição à Prática de Magia por Menores cometidas por Harry Potter!
— Naturalmente que estamos — disse Dumbledore —, mas a presença de dementadores naquela travessa é muito relevante. A Cláusula Sete do decreto prevê que a magia pode ser usada diante de trouxas em circunstâncias excepcionais, e, na medida em que essas circunstâncias excepcionais incluem situações que ameaçam a vida dos próprios bruxos ou de quaisquer outros bruxos ou trouxas presentes na ocasião em que...
— Conhecemos a Cláusula Sete, muito obrigado! — vociferou Fudge.
— Naturalmente que conhece — disse Dumbledore cortesmente. — Então concordamos que o fato de Harry ter usado o Feitiço do Patrono se enquadra precisamente nas circunstâncias especiais que a cláusula descreve?

_Você algum dia se deu ao trabalho de contar o número de histórias fantasiosas que esse garoto inventa, Dumbledore, quando tenta encobrir seu flagrante mau uso da magia fora da escola? – Fudge diz mudando totalmente de assunto. - Suponho que tenha esquecido o Feitiço da Levitação que ele usou há três anos...
— Não fui eu, foi um elfo doméstico! — disse Harry.
— ESTA VENDO? — rugiu Fudge, fazendo um gesto largo em direção a Harry. — Um elfo doméstico! Numa casa de trouxas! Francamente. E nem ao menos comecei a falar do que ele apronta na escola...

— Mas como o Ministério não tem autoridade para punir os alunos de Hogwarts por faltas cometidas na escola, o comportamento de Harry naquela instituição não é relevante para esta audiência — disse Dumbledore, educadamente como sempre, mas agora com um toque de frieza em suas palavras. James segurou uma risada desdenhosa ao ver a cara de Fudge.
— Oh-ho!Não é de nossa competência o que ele faz na escola, é? É o que você pensa. – o ministro diz.
— O Ministério não tem o poder de expulsar alunos de Hogwarts, Cornélio. Tampouco tem o direito de confiscar varinhas até que as acusações tenham sido comprovadas; tal como lembrei a você na mesma noite. Na sua admirável pressa de garantir o respeito à lei, você parece, inadvertidamente tenho certeza, ter esquecido algumas leis.
— As leis podem ser mudadas — respondeu Fudge com ferocidade.

_ Assim como o cargo de ministro, como ele virou isso? – Lily indaga balançando a cabeça.
— Claro que podem — disse Dumbledore, inclinando a cabeça. — E, sem dúvida, parece que você está fazendo muitas mudanças, Cornélio. Porque, nas poucas semanas desde que fui convidado a deixar a Suprema Corte dos Bruxos, já se tornou normal promover um julgamento criminal para tratar de um simples caso de magia praticada por menor!

James, desde que voltou a vida, estava com muitas dúvidas e queixas sobre Dumbledore, mas ele não podia negar que aquele cara sabia falar frases de efeito. Toda a discusão gerou mais uma leva de murmúrios da parte dos bruxos, Fudge ainda encarava Dumbledore com uma expressão rabugenta enquanto Harry permanecia em silencio, apertando a cadeira ou mexendo no cabelo.

Ver o filho ali do meio nervoso fez a barreira racional de Lily chegar ao fim. Ela queria acabar com isso, tirar Harry dali.

_ Imperio. – a ruiva diz apontando a varinha para Fudge. James olha para sua esposa assustado com o ato. Tanto ele quanto Lily já tinham usado maldições imperdoáveis, mas no calor da batalha.

Ele sabia que ela só estava fazendo isso por Harry, mas James também sabia que Lily sentiria culpa por controlar o ministro da magia depois que se acalmasse. Mas acima de tudo, James sentiu uma enorme vontade de agarrar a esposa, porque ela sempre ficava linda com aquela expressão feroz e ao mesmo tempo confiante.

Foi por aquela doce e gentil garota, que consegue nocautear alguém sem esforço, que ele se apaixonou.

_ O réu Harry James Potter... – Fudge começou a dizer de uma maneira mais calma. - ... está inocente de todas as acusações.

Outra vez o grupo de bruxos trocou murmúrios, até que uma voz fina sobrepôs ao barulho.

_ Ministro, o senhor não pod...

_ Cale a boca sapa rosa. – James diz apontando a varinha para Dolores Umbridge, que imediatamente coloca a mão no pescoço quase inexistente e abre a boca sem emitir um ruído sequer.

_ A maioria é a favor de inocentar o réu? – Amélia Bones pergunta olhando incerta para o ministro. Grande parte das pessoas levantam a mão em concordância, a maioria parecendo querer acabar logo com tudo aquilo. – Muito bem, inocente das acusações.

Fudge bate o martelo encerrando a sessão.

— Excelente — disse Dumbledore com energia, pondo-se de pé.— Bom, tenho de ir andando. Bom-dia para todos. – ele sai do meio do tribunal sem olhar para trás e parar um instante onde James e Lily estão escondidos. – Quero conversar com vocês. – murmura, e vai embora como se nada grave tivesse acontecido.

Lily e James se entreolham depois disso e o homem dá de ombros, afinal, Dumbledore é para James um assunto muito complexo.

_ Vem. – Lily diz puxando o marido na multidão que saia apressada do lugar. Harry permanecia sentado ali no meio, parecendo não acreditar que tudo tinha dado certo.

_ Harry? – Lily sussurra fazendo o menino pular e olhar para os lados. – Estamos invisíveis querido, nos encontre na sala de Arthur, ok? – o menino afirma com a cabeça e sai em seguida. A ruiva já seguia o marido quando este olhou para Fudge que começava a ficar consciente.

_ Idiota. – James diz puxando a varinha rapidamente e Lily só consegue ver isso antes de Fudge soltar um gemido. A cabeça do ministro começou a inchar para os lados de uma maneira medonha, a nariz a achatar-se e a pele começou a adquirir uma coloração laranjada.

Em poucos segundos o ministro tinha uma bela cabeça de abóbora.

_ QUEM FEZ ISSO? – a abobora berra segurando a cabeça com as mãos. Lily segura o riso, afinal tudo aquilo era cômico, e puxa o marido para a porta, de onde Harry observa a cena boquiaberto.

_ Corra filho. – James diz chegando perto de Harry e puxando o menino para fora dali.

_ Você é impossível James! – Lily exclama. Os três conseguem entrar em um elevador vazio e a ruiva aproveita para sair da capa e abraçar o filho que ria junto com eles.

_ Isso é pouco, deixe aquele imbecil mexer com um de nós novamente. – James diz bagunçando os cabelos de Harry e suspira relaxando. - Cornélio Fudge, o incrível ministro cabeça de abóbora.


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Notas finais do capítulo

Sei que ficou meio maçante, mas gostaram?

Tirei a Senhora Figg, e isso não foi legal, mas teve marotices de James! E Lily usando um Imperius - isso será comentado no proximo episodio.

COMENTEM!

Até o proximo!