Aureus escrita por Dindih, Anns Krasy


Capítulo 9
Capítulo 8 - Quase Natal


Notas iniciais do capítulo

Oiii *u* Sentiram saudades? Tem um capítulo beeeem grandão. e.e - Eu e Dindih tentamos nos segurar, mas acabamos nos empolgando dmais. Pq Jamara é Jamara.
Ah... Alguém gosta de Candy Canes? (bengalas doce, bengalas de natal?) São tão bons *¬*



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Uma semana depois do convite do pai de Enzo, eu finalmente entrei de férias. Meu esforço valeu a pena quando vi o boletim escolar, e mostrava que eu não tinha reprovado em nenhuma matéria. Bom, Enzo havia reprovado em história e por isso fez a recuperação. Mas logo passou também. Eu estava realmente aliviada por poder fica em casa o dia todo, e não trancada em uma sala de aula o tempo inteiro ou enterrada em livros escolares. Meus ombros também agradeciam pelo alívio de não ter que carregar a mochila por um tempo.

Bom, minha casa estava tão agitada quando o recreio escolar. Minha mãe ainda estava doida atrás de uma arvore de natal para decorar e colocar no centro da sala perto da lareira. Era aonde ela clocava todo fim de ano, e meu pai também concordava que lá era um bom lugar. Desci as escadas lentamente e com os cobertores por cima dos ombros. Adoava as noites de inverno justamente porque podia abusar de chocolate-quente e lençóis quentinhos. Eu estava completamente enrolada no edredom, enquanto observava as empregadas correndo com uma caixa cheia de enfeites natalinos atrás de minha mãe. Sentei no sexto degrau da escada e fiquei observando Harold que, ora gargalhava no chão e ora babava em seu ursinho de pelúcia.

– Mãe para que a decoração se nós vamos passar a noite de natal na casa de Enzo? - Perguntei, ainda sentada na escada, totalmente coberta.

– Minha querida, nós iremos jantar lá e sim, terá alguns presentes, mas nada se compara a chegar em casa com neve no cabelo e sentar na frente da lareira. E finalmente abrir os seus presentes e abraçar os seus pais por ter adorado cada coisa que ganhou. - Falou minha mãe, me encarando com cara de séria enquanto descansava por alguns segundos.

E, pelas palavras que tanto me tocaram, vejo que vou ganhar um novo celular.

Sorri, ainda observando minha mãe e finalmente sentindo alguma coragem para levantar e fazer algo.

– Quer ajuda? - Perguntei, finalmente deixando as cobertas na escada e me levantando. Quando ela se virou seus olhos brilhavam. Sim fazia tempo que não tínhamos um momento mãe e filha, mas vê-la daquele jeito parecia que eu nunca tinha me aproximado dela e dito um “Eu te Amo".

– C-claro minha linda! - Ela respondeu, gaguejando um pouco.

Peguei um enfeite que estava em cima da lareira, aonde, em dias normais, era enfeitado com alguns porta-retratos e um pequeno vaso com lírios. O enfeite era de uma bailarina de vidro. Era delicada, e parecia que havia sido esculpida como se a bailarina estivesse realizando a"quarta posição" Eu havia aprendido balé quando era pequena, e ainda lembrava de algumas coisas. Um dos braços da bailarina estava esticado por cima da cabeça, em forma oval; enquanto o outro braço estava esticado para o lado. O enfeite era minúsculo, e eu não sabia se notariam na árvore. Mas uma coisa eu tinha certeza: Ele era encantador, em um tom de dourado real. Mas não sabia como minha mãe tem coragem de colocar aquilo numa arvore.

– Oh! Sim... Não era para isso estar ai. - Minha mãe falou. - James a trouxe mais cedo e pediu para entrega-la a você.

– James...?- Sussurrei calmamente me encantando mais a cada letra que eu pronunciava. Eu deveria estar corada. - Vou procurar uma corrente digna para o pingente.

– Claro! Vá procurar uma corrente. Ache uma perfeita. - Ela aprovou a ideia, enquanto pendurava uma bola vermelha. Minha mãe me deu um sorriso gentil antes de vasculhar a caixa em busca de outro enfeite.

Levantei-me calmamente e andei ate a escada, mas antes de subir dei um pequeno sorriso para minha mãe. Quando cheguei no quarto,nenhuma corrente parecia combinar com o pingente de bailarina. Alguns por motivos de tamanho, de modo que ou o pingente ficava frouxo de mais, ou não cabia. Outro motivo era a cor desbotada, ou então eu simplesmente não gostava do estilo.

– Tudo bem. - Respirei fundo e pensei em uma corrente da mesma cor dourada, que me permitiria pendurar o pingente. Em minha mente, era da largura certa e do mesmo jeito que eu queria quando botei os olhos naquela pequena bailarina. Quando finalmente abri meus olhos, fitei uma pequena fumaça dourada pairando no ar e logo depois aparecer uma pequena corrente dourada. Ela ficou flutuando na minha frente até eu estender a mão e pega-la.

– Eu vi isso. - Fui assustada por uma voz um pouco rouca. Olhei para trás e fitei James entrando pela janela do meu quarto e sentando do meu lado na cama. Por um momento fiquei surpresa e indignada. Ele simplesmente entra na casa das pessoas pela janela? E, além do mais, meu quarto ficava no primeiro andar, como ele conseguiu subir até aqui?

Mas isso não pareceu empata-lo de pegar a corrente de minhas mãos. minha pele se arrepiou quando ele colocou meus cabelos para o lado, podendo mostrar assim minha nuca. Ele prendeu a corrente e então soltou meus cachos castanhos. - Você não resistiu não é?

Eu o fitei.

– Sobre colocar o pingente ou o fato de usar a magia?

–Ambos.-Ele sorriu fracamente.

– Bem, o pingente é lindo! Mas eu não tinha uma corrente adequada então... Eucriei uma.-Respondi, observando o forro da minha cama até ter coragem para fita-lo novamente.Ele estava com um casaco cinza de zíper por cima de uma camisa preta e usava uma touca. Uma calça preta se estendia até seus tênis. - Cabelo bagunçado - Eu ri, tirando a toca de sua cabeça e bagunçando um pouco mais o seu cabelo.

Seu sorriso se alargou enquanto fitava meus olhos.

Ficamos alguns minutos em silêncio, ele olhando para o chão e eu vez ou outra dava olhares furtivos para seus olhos azuis. E por um momento, me lembrei de algo. Franzi as sobrancelhas, finalmente tendo coragem de perguntar a ele.

– Você ainda está na casa de minha vó?

James sorriu, o que foi o oposto do que eu esperava. Pensei que ele fosse se irritar e perguntar se eu estava chateada sobre ele ainda estar lá. Mas não estava, era somente curiosidade. Outra coisa que não esperei foi ele se debruçar na cama, olhando para a janela que tinha atrás. Sua cabeça estava deitada no colchão quando ele via a neve caindo. Alguns flocos caiam em seu cabelo e alguns em seu rosto, mas ele não parecia incomodado. Ele limpou-os com as luvas pretas que estava usando - as que eu só tinha prestado atenção agora. Elas deixavam seus dedos nus.

– Talvez. - Ele finalmente respondeu, me olhando de realce. Ele tinha um sorriso oculto no rosto. E eu fiquei vermelha, mas não pelo fato de ele me olhar nos olhos com aquelas íris com tom de safira.

– Quer, por favor, me dar uma resposta completa? - Cruzei os braços.

Ele riu. E então fez algo que não esperava. Ele passou as costas da mão, coberta pelas luvas de lã, por meu rosto. Desceu até meu queixo, ajeito minha mecha cuta atrás da orelha e então se sentou novamente na cama.

– Você está vermelha. - Ele finalmente falou.

– Não, não estou. - Repliquei.

– Sim, está.

Senti meu rosto queimar, eu realmente estava vermelha de raiva, mas eu sempre fui teimosa. Não era agora que iria mudar, certo? O fitei com as sobrancelhas franzidas e cara fechada. Mas ele não parecia se incomodar.

– E fica fofa assim.

Se eu não tivesse prendido a respiração, eu teria engasgado com a mesma. Ele se ergueu, contornando a cama e fitando a janela.

– Te vejo logo.

E então pulou-a.

Não fiquei preocupada. Algo me dizia que ele era como um gato. - E não, não era pelo fato de ele ser encantador. Mas pelo fato de ser ágil o suficiente para cair de pé no chão, como um felino. Ela finalmente fechou a janela. O quarto estava ficando frio de mais. E se James voltasse, certamente poderia abri-la de novo.

– Filha, achou uma corrente? - Perguntou uma voz do outro lado da porta.

– Ah, sim! - Respondi. Sai do quarto e segui minha mãe de volta para a sala da lareira. Ela tinha colocado mais alguns enfeites na árvore, e agora segurava uma guirlanda. Normalmente mamãe colocaria ela mais a cima da lareira, aonde todos os anos colocava. Mas o problema era que o lugar era alto de mais para nós. E meu pai estava trabalhando. Simplesmente perfeito.

Alguém tocou a porta, e minha mãe se voluntariou para atender. Aproveitei para pegar chocolate-quente. Sim, eu era viciada nessa bebida. E normalmente minha mãe e eu tomávamos uns três. Por isso trouxe vários copos na bandeja. Mas quase derrubei-a ao ver quem estava na porta. James cumprimentou minha mãe e então entrou. Minha mãe sorriu por suas costas e apontou várias vezes para ele, como se eutivesse miopia.

– Que bom que pode se juntar a nós, James. Amara fala muito sobre você. - Ela falou. O que não era mentira, mas ele não precisava saber que eu falava sobre ele todo segundo. Ele simplesmente sorriu para minha mãe e colocou as mãos nos bolsos. Pela primeira vez, ele parecia um pouco tímido.

– Quer ajuda? - Oh, ele não deveria ter falado isso. Agora ela o faria de ajudante até todas as decorações de natal estarem em seu devido lugar.

– Claro querido! Você é alto, poderia colocar a guirlanda ali em cima? Mesmo com a cadeira não conseguimos alcançar.

Coloquei a bandeja na mesinha para não ocorrer nenhum acidente. Ele a colocou sem dificuldade, e então minha mãe fez a proposta que me fez corar. Ela falou algo sobre ajeitar a sala de jantar e pediu para que nós decorássemos o resto da árvore de natal. Atualmente, a planta só tinha no máximo seis enfeites.

Peguei a caixa de natal e coloquei perto de nós. Começamos em silêncio, até que não aguentei.

– Então... Você vai mesmo amanhã para o jantar do Enzo?

Ele sorriu. - Isso é uma mudança de planos? Ou eles não me querem lá?

– A- ah! Não é isso! Eu não falei com eles, e não mudei plano nenhum. - Fiquei vermelha. Gemi pela minhas resposta patética, colocando um papai noel de plástico para enfeitar uma parte da árvore.

Senti o olhar dele em mim por um tempo, mas não o olhei de volta. Minha mãe pareceu ver o clima, pois trouxe um pote de vidro cheio de minhas fraquezas. Candy Canes. Enquanto as de enfeite tem somente o cheio de hortelã-apimentado, as comestíveis, dependendo da receita, pode ter vários sabores. As minhas favoritas eram as de morango. Minha mãe colocou-o perto da bandeja de chocolate-quente e pegou uma xícara.

– Sirvam-se.

E então voltou para a sala de jantar.

– Bengalas doce? - Ele perguntou, um pouco surpreso.

– O que? Ah. Os Cany Canes? - Tirei um dos doces do pote.

James deu um sorriso falhado. - Minha mãe costumava comprar para mim. Ela comprava os de baunilha.

– Os de baunilha são bons também. - Falei. E realmente eram bons, mas não tanto quanto os de morango. E então lembrei de algo. Eu não sabia nada, absolutamente nada sobre a família de James. Não que eu fosse uma perseguidora maluca, mas era frustante não saber de nada quando parece que a tal pessoa sabe bastante sobre você. - Você ainda mora com seus pais?

Ele pareceu surpreso pela pergunta. Não sei se era o efeito de eu estar "dopada" pelos doces, mas não tinha percebido a pergunta tola até que ele me fitou. Ele colocou a xícara em que tomava o chocolate na mesa, observando-a.

– Fico lá por alguns dias. - Ele falou.

Argh, porque ele tinha que ser tão misterioso?! Peguei mais alguns dos doces para tentar esquecer a frustração. E estava quase dando certo.

– Você é dessa cidade mesmo? - perguntei, pensando se pelo menos dessa vez ele ia responder sem rodeios.

Ele pareceu me ignorar, passava o polegar pelo contorno da xícara. - Já vivi em vários lugares. - E então riu. -Talvez lhe conte mais um dia.

As horas passaram com rapidez. Não me lembro de ter dormido. Me lembrava de ter voltado a decorar a árvore. Eu e James estávamos colocando a tão esperada estrela no topo da árvore, e então eu tive a sensação de estar nos braços de alguém. minha cabeça aconchegada em seu peito. Era uma sensação familiar. Eu sentia a respiração daquela pessoa, e me sentia aquecida por estar ali. Sabia que não era meu pai - apesar de ele talvez já ter chegado em casa naquela hora. Era James. E então eu estava finalmente adormecida em cima da minha cama.


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Notas finais do capítulo

Letras juntas? Foi mal. Mas quando publicamos algumas se juntam msms. Não sei pq :/ Dei uma revisada, mas se acharem qualquer problema podem falar =^^=



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