Aureus escrita por Dindih, Anns Krasy


Capítulo 4
Por que!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/497323/chapter/4

Já estava cansado de ficar naquela pista de dança. Eu já havia lançado vários olhares pela porta de onde Amara havia saído e até agora, nada de vê-la. Parei de dançar e tentei sair empurrando as pessoas que estavam se divertindo na minha frente. Sim, isso não é muito educado, mas eu estava com pressa. Quando finalmente cheguei na entrada do quintal eu já estava suado e cansadode ficar usando aquela gravata irritante. Eu simplesmente arranquei ela de meu pescoço, jogando-a em uma moita qualquer. E então comecei a andar pela trilha de pedras que levava a entrada do labirinto. Eu não tinha presa, então andei calmamente por lá. Não tinha ideia de que ela estaria ali, mas de qualquer modo era bom tentar. Eu entrei sem querer em um beco sem saída - Sim, estava demorando para isso acontecer - e lá tinha uma casal se beijando. O que me deixou sem graça e vermelho. Não era a minha intenção ver uma cena daquelas.

De qualquer modo; o rapaz brincava com o cabelo da garota que se remexia. Ele desmanchava lentamente a trança lateral feita com aqueles cabelos castanhos claros e sedosos que de algum modo me era familiar. Mas no mundo existiam várias garotas de cabelos castanhos, certo? A garota parecia até mesmo incomodada com o beijo apaixonado. E entãoo rapaz segurou em sua cintura com intenção de tentar aquieta-la. Deu certo, ela ficou mais calma e se deixou levar, apesar de ainda estar meio indignada. Com certeza o rapaz havia roubado um beijo dela. Quando eu estava pronto para sair e deixar aquele casal em paz com sua vida amorosa, reconheço o vestido e os cabelos daquela garota.

Amara!

Mas como e porque ela estaria beijando alguém escondida no labirinto? - Isso eu não conseguia entender. Sai dali as pressas com raiva, magoa e duvida. Não sabia porque sentia aquilo, mas o que eu sabia era que eram esses sentimentos que brigavam em meu interior. Peguei rapidamente minha gravatajogada na moita e acenei carinhosamente para mãe de Amara que parecia querer vir para o quintal a qualquer momento. Eu acelerei o passo deixando-a para trás, pois sabia que ela odiava andar de salto naquelas pedras e ainda mais correndo! Quando finalmente sai daquela casa eu vi Amara correndo para dentro, trêmula e com o vestido aos trapos, e ainda parecia indignada. Ela estava tão corada que até mesmo eu pude ver daquela distancia. Mas não voltei, eu fui para minha casa e nem falei com minha mãe oucom meu irmão. Além disso, eu não me interessava aonde meu pai estava, poisele não tem a bondadenem para se sentar conosco para o almoço; imagina para perguntar se o seu filho esta bem. Revirei os olhos e entrei em meu quarto,fechando a porta com força.

–Que droga, Enzo! Quantas vezes tenho que pedir para que não bata a porta? - gritou meu pai de seu escritório. Simplesmente chutei a porta como resposta, depois a tranquei para ter certezade que meu pai não viria a noite e me enforcaria.

Tirei meus sapatos e os joguei longe, então me deixei cair na cama e tentei imaginar se Amara conhecia aquele rapaz a muito tempo. Ela nunca havia me falado sobre ele, e isso me deixava mais chateado ainda. Mesmo assim eu tentei dormir, mas só me veio a cena de Amara beijando aquele cara.

*

Acordei com os olhos um pouco vermelhos, mas não liguei. Eu fui fazer minha higiene matinal, lavei meus olhos fortemente para que aquela vermelhidão saísse, escovei os dentes e ainda pensei em tocar na escova de cabelos; mas sabia que não ajudaria em nada. Desci as escadas pegando apenas um pedaço de bolo nas mãos. Não havia ninguém na mesa, então penso que devia ter acordado muito tarde, pois já sentia o cheiro do almoço sendo feito na cozinha. Enquanto comia aquele bolo pensei em nunca mais olhar na cara de Amara, mas eu não aguentaria ficar muito tempo sem ver seus olhos. E isso até mesmo me deixava frustrado. Então decidi que quando ela voltasse da casa de sua avó, eu iria perguntaria o que ela e aquele rapaz tinham entre si. O porque de eu esperar até ela voltar da casa da avô? Porque teríamos mais privacidade e ela me contaria tudo; e também quando estou na casa da avó dela eu não resisto... Como tanto que volto uma bola de lá. E outra: eu iria suborna-la com sorvete. Conhecendo-a do jeito que eu conheço, ela nunca resiste a sorvete.Principalmente o de morango.

Até lá, eu teria que me entreter com alguma coisa. Ou em chatear o meu irmão, ou em assistir alguns filmes de tarde.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem....O que acharam?Bem sim sei que nao é o que esperavam mais ....Tomaram que vocês gostem...E comentem por favor neh!Ate hoje so recebemos um comentario!E digamos que os comentarios são tipo uma gasolina infinita para os escritores de fanfics ,ja os escritores de livros gostam apenas de mostrar o seu trabalho pronto e ver o sorriso na cara da pessoa ,mais digamos que eu e Anns não podemos ver os sorrisos de vcs por detrás da tela