Aureus escrita por Dindih, Anns Krasy


Capítulo 3
Capítulo 2 - Safiras


Notas iniciais do capítulo

YO! Oi pra quem já me conhece e Oi pra quem ainda não me conhece!
Pra quem pensou que o nome "Anns Krasy" Ali em cima era só de enfeite, surpresa!
Estou postando esse cap O.K? Vejo vocês nas notas finais!



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Não sei o que deu em minha cabeça. Eu não conseguia parar de fitar aqueles olhos safiras. Seus cabelos desgrenhados caiam levemente por cima dos olhos e minha mão coçava com a vontade de ajeitar-los. O sorriso dele entortou para o lado, tornando-se rebelde. E meu coração dava polichinelos em meu peito. Não sei o que me deu, uma parte de meu cérebro queria ficar em seus braços protetores, outra queria se afastar dele. Ele me fitava de forma serena e confiante, e meu coração quase saiu pela boca com o que ele fez.

Quem em sã consciência beija alguém que nem ao menos sabe o nome?! - Fiquei corada, vermelha e tremula. Se ele não tivesse me segurado, eu teria caído novamente no chão. Era um beijo suave e caloroso, e eu simplesmente deixei que ele me beijasse. Não correspondi, não o empurrei. Estava entre o meio termo. Ele não havia pedido minha permissão, não havia nem mesmo dado uma pista de que iria fazer aquilo. Simplesmente havia fechados os olhos e pronto. Eu não fechei os meus olhos, contudo. Eu fiquei encarando-o por um bom tempo, até que ele me soltou devagar.

Se eu deveria ter afastado-o de mim?! Quem iria querer que um rapaz daquele se afastasse de você?! Eu ainda poderia me considerar uma garota. E confesso que nenhuma garota iria querer se afastar dele.

– Você é Amara, certo?

Ok. Talvez ele soubesse meu nome. Espere, como ele sabia meu nome?!

– Quem é você?! - Perguntei, depois de ter separado o beijo forçado. Mas não sei o que me deu. Ele me olhou tanto que senti-me intimidada. Não esperei pela resposta dele. Eu ainda estava em choque.

Ele tinha uma aura segura e de encrenca. O tipo que faria com que qualquer um ficasse com uma mão em cima de sua carteira. Por outro lado, sua aura era sombria e imprevisível. Dava-me medo. Isso deveria ter sido a motivação que fez com que minhas pernas tenham corrido para fora do labirinto. Não perguntei nada, nem falei uma palavra para ele. A não ser que "Oh" possa ser considerado uma palavra.

Cheguei a festa aos tropeços, meus lábios ainda estavam trêmulos. Ele era esquisito, maluco, bonito, encrenqueiro e... Eu tinha pensado em "bonito"? - Deus, o que estava acontecendo comigo?! Ele tinha mexido com minha cabeça de um modo que eu não conseguia raciocinar direito! Olhei meu vestido, que estava um trapo. Minha mãe me fitou, e ao ver meu vestido ergueu as sobrancelhas de modo questionador. Não tinha como contar nada a ela agora. Agradeci quando ela chamou a atenção de todos para o palco, dando-me tempo de subir e trocar de roupa.

Tive que tomar outro banho, claro, e secar os cabelos. Peguei um vestido bege decorado com flores rosadas, e peguei algumas presilhas em formas também de flores para por no meu cabelo. Fiz alguns cachos fáceis que não demorassem tanto, e coloquei, dessa vez, sandálias confortáveis, douradas e não tão altas. E então desci as escadas novamente, e tive que aproveitar o resto da festa.

Tentei não pensar tanto naquele rapaz, mas parecia que meus pensamentos estavam de volta ao beijo do labirinto. Aquele sentimento que senti na hora, tinha a sensação que nunca iria esquecer dele.

*

Acordei com o sol no meu rosto. Cobri meus olhos com meu braço, imitando a escuridão da noite. O calor em minha pele me deixava mais preguiçosa ainda, impedindo-me de sair da cama. Devo ter ficado ainda boa parte do tempo tentando adormecer, mas lembrar daqueles olhos safiras me fizeram erguer da cama em um pulo. O labirinto depois da festa, aquele rapaz de cabelos negros... Meu próprio coração acelerado... Como pude dormir tão fácil depois daquela noite? - Eu não queria descobrir. Cocei meus olhos e bocejei involuntariamente. Olhei para o espelho encima de minha cômoda, vendo-me a mim mesma em baixo de vários cachos amassados e desalinhados. Eu não estava nem um pouco com vontade de tentar domar essa juba...

Foi-me até o banheiro para fazer minha higiene, aproveitando para tomar logo um banho completo e tentar ver se desembaralhava boa parte de meus poucos cachos. Depois de secar com a toalha, dei uma penteada e fiz duas pequenas tranças laterais, uma de cada lado de meu cabelo. Por fim as uni em uma trança grossa, usando todo meu cabelo, e a deixando cair pelo meu ombro. Minha mãe havia me ensinado esse penteado uma vez, quando tinha seis anos. E agora eu tinha bastante prática, conseguindo fazê-lo em menos de trinta minutos. Olhei para a janela. O dia havia amanhecido frio, apesar do sol. Várias nuvens quase o estavam cobrindo e com certeza choveria no fim da tarde.

E eu ainda tinha que ir na casa de minha avó, como normalmente fazia nos fins de semana. Provavelmente dormiria lá até o domingo, onde voltaria para casa para me preparar para a escola. Não que eu não tivesse escolha, na verdade. Por mim eu ficaria em casa, e deixaria a escola de lado. Sinceramente, ainda irá nascer um ser humano que goste de estudar.

Peguei uma mochila com roupas limpas e minha escova de dentes reserva, então coloquei uma camisa de um azul opaco, calças jeans e uma jaqueta cinza por cima. Não perdi muito tempo, e coloquei meus tênis. Desci as escadas e encontrei a sala quase toda arrumada. Minha mãe estaria na cozinha fazendo minha comida, como todos os dias. Meu pai havia ido trabalhar, mesmo sendo um final de semana.

Sentei-me a mesa e esperei pela comida. Coloquei a mochila no chão antes de receber um beijo na testa de minha mãe. Talvez ela também fosse trabalhar, mas seria somente depois do almoço. Ela colocou um prato de Waffles que me deu água na boca. Comi semd eixar nenhuma sobras, eu amava os waffles dela. Quem não gosta da comida da própria mãe?

Me ergui assim que tomei um copo de leite e coloquei a alça da mochila nos ombros.

– Bem, estou indo mãe. - Avisei.

– Se cuide! - Ela gritou da cozinha.

Acenei, mostrando que havia ouvido e então sai de minha casa. A casa de minha avó era um pouco afastada... O.K, era bastante afastada. Tive que pegar dois ônibus e ainda um pouco do caminho tive que andar. Minha avó se chama Larrie e ela mora um pouco fora da cidade, numa casa azulada e razoável, como qualquer casa de avó. Havia um quintal também, com grama e as roseiras que ela cuidava estavam floridas e as flores rosadas estavam abertas. As pétalas macias como qualquer rosa. Eu amava aquele lugar. O quintal dela era cercado por uma cerca branca e eu tive que empurrar a portilha para entrar. Entre as roseiras brancas, estava um balanço de madeira. Que consistia em uma espécie de banco de madeira com almofadas douradas. Eu costumava brincar ali quando criança, e no pé de goiaba dos fundos. Dormir na sombra daquela árvore enorme era bom, e a grama era macia como um colchão. Sim, era isso que eu fazia nos fins de semana.

– Vovó? Cheguei. - Avisei, abrindo a porta.

Não esperava mais surpresas, mas se meu coração pudesse ele teria criado asas e saído pela minha boca aberta. Minha avó estava sentada em uma cadeira de balanço, com um sorriso pequeno no rosto conversando com alguém.

E esse alguém era o dono dos cabelos negros e dos olhos azuis que eu havia me encontrado ontem a noite.


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO, AVISO IMPORTANTE:
— 9 a cada 10 manicures afirmam que escrever um comentário não faz cair os dedos e nem estragar as unhas.
Paçoca: Anns-chan está certa. Escrever um "Oi, não sou um fantasma e estou lendo sua fic" - Não demora nem mesmo 10 minutos! Wow, pra quem não me conhece, sou a consciência malvada da Anns-chan (e super amiga de Dindih) Então é um prazer!