Aureus escrita por Dindih, Anns Krasy


Capítulo 14
Phasmatus Incendia


Notas iniciais do capítulo

Bom para começar, o feitiço Phasmatus Incendia e outras coisas que acontecem no capitulo de hoje, não é de minha autoria e sim da divona Julie Plec (a autora de Tvd pra quem não sabe). Algumas coisas foram alteradas das magias da Julie então aos fãs de TVD que acompanha a fic por favor não me xinguem, pois eu avisei que alterei coisas aqui nas notas



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– Enzo! Que porcaria olha para mim seu moleque mimado! - Ele gritava. Não sei quanto tempo estava ali, em seu escritório, ouvindo seus xingamentos e sendo seu saco de pancadas. Mas de uma coisa eu sabia: eu não iria e me recusava a ceder. Não queria fazer nada contra ela. Machuca-la era a ultima coisa que eu queria. E por isso eu iria resistir.

– Eu não vou fazer isso. Eu a amo, tá legal?! A AMO E NÃO VOU CEDER! - Gritei. Agora sabia de quem havia herdado tanta persistência. Eu queria pelo menos entender o que meu pai queria com o medalhão de Amara, mas com ele segurando meu rosto e tentando fazer-me o olhar nos olhos, eram claros sinais de que ele não iria me contar.

– Garoto estúpido! - Suas mãos grandes e pesadas desceram sobre meu rosto. Mas eu tinha que lutar não importava como. Eu não conseguiria lhe lançar um feitiço. Não com minhas mãos amarradas daquele modo. Fora isso, ele era muito mais forte e experiente. A única coisa que me restou é bloquear a minha mente. Bem, pelo menos tentar bloqueá-la.

– Enzo! Olhe para mim. Você vai lá e vai... Que porcaria, Enzo! Eu posso ficar aqui ate você cansar dessa brincadeira estúpida de bloquear a sua mente! Eu tenho muito tempo, e você irá ceder! - Ele iria me bater novamente, eu sabia disso. Outra coisa sobre ele era que meu pai não era conhecido por ser a pessoa mais paciente do mundo. Não sabia se adiantaria muito, mas o chutei.

– Querido, deixe nosso filho em paz, por favor! - Minha mãe, sempre tão doce, adentrou em seu escritório. Ela parecia alarmada. Eu não conseguia entender como ela acabou casada com esse mostro.

– Não - Ele levantou a voz para minha mãe e minha fúria aumentou. - Eu quero, eu consigo!

– Tudo bem. - Sua voz ficou serena, mas séria e dura. Minha mãe simplesmente o fitou e assoprou em sua cara. Era um feitiço, eu sabia. Meu pai simplesmente caiu para trás, inconsciente. - Querido, você esta bem? - Perguntou ela, agachando-se perto de mim e me desamarrando.

Massageei meus pulsos, dando um sorriso amarelo, mas aliviado, para ela.

– Estou eu só... Não sei como você se casou com ele. - Disse, brincando.

Ela riu afagando meus cabelos e erguendo meu rosto. - Querido, olhe para mim, sim?

A fitei. - O que foi?

– Você irá até Amara Rubeo e trará ela e o medalhão aqui, tudo bem querido? - Sua voz estava diferente. Eu podia sentir essência de magia em suas palavras. Só fui descobrir o que ela havia feito tarde demais. Minha mente ficou enevoada, confusa. Eu não conseguia controlar meu próprio corpo e isso era assustador.

– Eu irei até Amara Rubeo e a trarei aqui com o medalhão. - Por que eu havia falado isso? Eu não queria falar isso, nem faze-lo. Por que? Por que eu cai no papo dela?
.

POV Amara Rubeo

Ótimo. Todas as malditas tardes eu estou fadada a ir a casa da minha avó. Não que eu não gostasse de lá, mas eu ainda não estava cem por cento de acordo com o fato de eu ter que aprender feitiços mágicos. E com James! Que droga, por que não poderia ser apenas pensar no que eu quero e fazer acontecer? E quantos mil feitiços eu terei que aprender? Fora as formas de produzi-lo e mantê-lo... Por que não criaram uma escola para bruxos, tipo Hogwarts?

Entrei na casa da minha avó com um suspiro.

– Okay, Amara - James estava encostado na mesinha da sala girando o vaso de minha vó para lá e para cá. Dessa vez, porém, eu não tive um mini-infarto. Se ele quebrasse o vaso, ele teria que conserta-lo. - Vamos aprender umas coisinhas antes de treinarmos o feitiço... De novo- Ele deixou essa ultima palavra bem clara.

Ergui uma sobrancelha para ele.

– O que mais eu preciso aprender? Existem palavras chaves para os feitiços, não podemos apenas juntar palavras em outras línguas e esperar que se torne um! Existe um grimório, onde contém vários feitiços! Os grimórios na maioria das vezes são passados de geração em geração no meio da mesma família! O que mais tem? Não podemos usar magia descalço? - Eu estava irritada com essas aulas. Sim, decorei aquilo. E não, aquilo não fora James quem havia me ensinado, fora a minha avó. Não acho que James tinha tanta paciência como eu para ouvir e gravar na mente. Massageei as têmporas. Eu teria que lembrar de tudo isso, além das palavras dos feitiços que tenho que aprender. Isso cansa e não, não é nem um pouco divertido.

Ele por sua vez deu uma risada abafada. - Não você pode fazer magia até sem roupa se quiser. - Ele parou, pensativo. Um sorriso malicioso se formou em seus lábios.

– Cale a boca e me ensine logo! - Explodi antes que ele falasse o que quer que ele estivesse pensando.

– Tudo bem. - Ele suspirou. - Um feitiço não pode se sustentar sozinho, ou seja, não apenas com a magia de um bruxo. Eles precisam de uma fonte de magia... Grimórios, elementos da natureza, linhagem de bruxas, joias, e até o seu medalhão... Principalmente o seu medalhão. Como pode ver, a lista é grande. Se você quer que o seu feitiço dure uma semana, ou mais, você precisa de uma dessas coisas, pois se não você não terá outra opção a não ser ficar completamente concentrada e usar até o último pingo da sua magia, levando a sua morte. E isso é muito, muito ruim.

– Como assim a minha morte? - Por que feitiços eram tão perigosos? Esses fatos não estavam me animando para aprender.

– Amara, você teria que esforçar ao máximo... E começara a sangrar pelo nariz. Se isso chegar a ocorrer, pare, e não continue, pois se você começar a se esforçar ainda mais, você terá fortes dores de cabeça, o que é outro sinal, e o sangramento vai ser por todo o corpo. E então isso irá te matar, é muito poder para um só bruxo. - Ele parou e me olhou, seu olhar claramente perguntando se eu tinha entendido. Afirmei com a cabeça. - Ótimo, agora pegue a vela.

–Por que isso acontece? - Perguntei, me referindo a toda a parte "animada" da história. Ou seja, a parte de "cuidado, você vai morrer a qualquer instante". Caminho até a cozinha.

–Eu acho que são os ancestrais cuidando de nós, ou da magia. - Ele se apoiou no balcão, dando de ombros.

– Já aconteceu com você?

–Vamos voltar para a aula? - Ele me puxou, sua mão segurando a minha cintura, e o sorriso novamente em seu rosto. - Você é uma péssima aluna!

– E você um péssimo professor! Estamos quites, então! - Me soltei de seus braços e coloquei a vela em cima da mesinha. Comprimi os lábios, olhando para James.

– Se lembra das palavras? - Revirei os olhos para ele, o que só fez seu sorriso de divertimento aumentar.

Respirei fundo. - Phasmatus Incendia!– Abri os olhos, fitando a vela. Mas ela continuava apagada. - Phasmatus Incendia! – Nem um estalo de fogo. - Phasmatus Incendia!

Perdi a conta de quantas vezes recitei o feitiço. Eu queria quebrar a vela ao meio ou joga-la na parede e estilhaça-la, mas me forcei a ficar calma. Sabia que meu rosto estava vermelho de fúria, e sabia que James estaria sorrindo e se divertindo com a minha situação.

Phasmatus Incendia!– Tudo bem, talvez tivessem bruxos que não eram bons com feitiços. E talvez eu fosse como eles. Fitei James, já entre a fúria e a tristeza. - Olha só eu desisto! Eu não sou boa com feitiços. A droga da vela nem acende! - Resmunguei, virando a cara e cruzando os braços sobre o peito.

– Tem certeza? - Ergui as sobrancelhas, voltando a fita-lo. Ele continuava sorrindo para mim. Eu procurei por toda parte da sala, até que eu vi. Todas as velas do lustre e os candelabros da vovó. Acesas. Ofeguei.

–James! - Gritei, pulando em seu colo e o abraçando. - Eu consegui!

– É! Agora já é uma bruxa que sabe um feitiço, olha que legal! - Me separei dele o encarando feio.- O que é legal!

– Idiota! - O celular dele toca. Ele se ergueu e foi atender sem nem falar “com licença, vou ali atender um telefonema e já volto”. Bufei. Não, falar isso seria demais para ele!

A única coisa que ele fez foi sair e não voltar mais. Não sei quanto tempo eu fiquei tentando fazer a única vela ali no cômodo acender, mas por mais incrível que pareça ela era a única vela que eu não conseguia por fogo. O resto do tempo eu passei me perguntando como alguém sai as nove da manha e não da as caras ate as duas da tarde?

–Cade James querida? - Minha avó entrou, com seu sorriso sereno.

–Saiu pra atender o telefone e sumiu!

–Você aprendeu o feitiço? - Ela perguntou e murmurei um “sim” distraidamente, olhando intrigada para a vela apagada. - Venha, vou lhe ensinar outro...-

–Não precisa, tô de boa...

–Venha Amara Rubeo, agora!

Resmunguei. Me levantei, seguindo minha vó. Parei abruptamente, arregalando os olhos de surpresa. Enzo estava parado no vão da porta.

– Enzo! E- eu, não sabia que você vinha aqui hoje! - Falei surpresa. Ele estava na porta da sala e, graças a Deus, dessa vez eu não estava beijando James ou agarrada com ele.

– Eu fui na sua casa, mas você não estava. Sua mãe me avisou que você estaria aqui. Eu... Posso falar com você? - Ah, aquele sorriso, eu não aguento aquele sorriso. Corei.

– C- claro. Vamos. - Fui em sua direção. Ele me guiou para o imenso quintal de minha avó, aonde fomos caminhando entre a grama até pararmos de frente a uma grande arvore. Era uma árvore bastante antiga, eu tinha lembranças dela de quando era pequena. Olhei nos olhos de Enzo, curiosa sobre o que ele queria me falar. E algo estava errado.

Deslizei minha mão da sua, confusa. Por um segundo, eu tinha visto lampejo de emoções em seu olhar que eu não havia notado antes. Desespero. Parecia alguém desesperado para suportar algo, ou vencer algo. Ele se curvou, ofegando. E acho que foi nessa parte que eu me desesperei.

– Enzo?! Você está bem?

– Amara... E- eu... Eu juro que tentei, mas... - Aquilo estava estranho. Algo em mim dizia para correr, correr para longe de Enzo. Mas outra falava que ele precisava de ajuda, que ele era meu amigo e que eu não podia abandona-lo. Eu só queria saber no que ele precisava de ajuda. - Me desculpa... Ela...

Sua voz morreu, me deixando quase na beira do pânico. As emoções em mim floresceram, meus instintos me mandavam fugir enquanto outros mandavam-me ficar. Eu estava paralisada. E então Enzo se endireitou.

– Enzo?

Seu rosto estava sério, inexpressivo. Fitei seus olhos verdes, mas estavam sem vida, sem brilho nenhum. Um arrepio percorreu minha coluna. Vi lampejos em seus olhos novamente: culpa, junta com o desespero.

–Enzo, o que você fez? - Eu sabia que algo havia acontecido.

De algum modo eu sabia que meus instintos eram ligados a magia e havia ali um grande encantamento ou feitiço envolvido. Eu ainda não sabia a diferença entre ambos, ou se havia alguma, mas eu sabia que era ruim. Ele finalmente levantou a cabeça e seus olhos estavam cheios de lágrimas.

Ele simplesmente fez um gesto com a cabeça, apontando para algo atrás de si. Por cima de seu ombro, podia ver uma mulher. Arregalei os olhos pasma quando a mãe de Enzo jogou uma luz forte na minha direção. Era como um raio. Ele acertou em cheio. Me senti ser lançada. Não cai no chão com tudo porque Enzo fora mais rápido e me segurou. Minha mente estava ficando escura. Senti água cair em meu rosto e fitei o rosto de Enzo. Suas lágrimas ainda caiam. E isso doeu em meu peito. Mas de algum modo seu rosto continuava inexpressivo.

Olhei para a casa. Podia ver minha avó correndo pelo quintal e a mãe de Enzo pronta para enfrenta-la. E depois, não vi mais nada, somente escuridão.

...

– O que vocês vão fazer comigo? - Perguntei e senti vontade de revirar os olhos. Por que minha voz saiu tão assustada? EU já deveria ter me acostumado com atentados variados contra minha vida. Mas talvez o fato de minha memória estar tão fragmentada pelo susto, possa ser a culpada por meu medo. Eu me lemrbava de Enzo. E então a sua mãe me atacando e atacando a minha avó. E a escuridão. Mas eu ainda via escuridão. Somente havia uma fresta de luz adentrando no quarto escuro pela abertura da porta. E não tinha ninguém comigo.

Por que Enzo havia me atacado? Ele era meu amigo, certo? Por que ele faria algo assim comigo? Notei passos, e finalmente percebi que havia sim uma pessoa comigo naquele quarto. E isso fez um arrepio percorrer minha coluna.

– Calma querida, só queremos o medalhão. - Era a mãe de Enzo, com certeza eu conheço essa voz doce. Docemente falsa. Ela havia planejado tudo isso? Ela também havia mandado aqueles monstros atrás de mim?

– P- pra que

– Se você nós der de bom grado, nós prometemos que nada acontecerá a você. -Ela estava chegando perto do fecho.

– Não! - Gritei. As lembranças das "aulas" que James havia me dado no decorrer da semana veio a minha mente. Respirei fundo, e me concentrei. Fogo. Minha mãos estavam amarradas, estão eu teria que recitar algum feitiço. A mãe de Enzo parecia muito poderosa por ter atacado tão descaradamente na casa da minha avó. Mas um ataque surpresa teria que funcionar.

Fixei meus olhos em sua sombra. Ela estava envolta na escuridão do quarto. - Phasmatus incendia! - As chamas apareceram no ar, se lançando contra ela. O local se iluminou e minha esperança cresceu. E ela se estinguiu como as minhas chamas. Ela as apagou com um simples mover de mão!

– Agora, ao colar. - Me encolhi no sofá quando ela tocou no fecho. Pensei que seria o fim. O colar que eu tanto deveria proteger agora estava nas mãos dos "malvados" que por acaso eram os pais do meu melhor amigo. Ouvi um estrondo agudo e vi a mãe de Enzo ser lançada para o outro lado da sala. Ela se ergueu, rilhando. - Feitiço de proteção! Aquela bruxa! - Ela gritou, e então veio até mim. Eu recitei novamente: "Phasmatus Incendia" e me concentrei, não poderia deixa-la pega-lo tão fácil!
...

A porta se abriu novamente. Eu estava vermelha de raiva, e estava grata por sentir esse sentimento, caso contrário eu já estaria controlada pelo medo que estava sendo reprimido em meu interior. Eu gritei novamente o feitiço, mas novamente uma simples mão o apagou. Seria a mãe de Enzo novamente? Quando as luzes acenderam, era o próprio Enzo que estava na minha frente.

– Calma, pequena! - Disse ele, se sentando perto de mim e acariciando meu rosto. Respirei fundo, antes de virar o rosto o impedindo de me tocar.- Olha, me desculpa e-eu n...

– Não quero suas desculpas! - Rosnei. - Agora, o que você quer?

– Amara, não era a minha intenção. Eu não queria. Me hipnotizaram! Eu juro pra você que eu tentei resistir, por você! Eu lutei contra aquilo! Mas eles são mais fortes e mais espertos, então se você não quiser apanhar ate morrer... - Ele gritava, mas não a ultima frase. Sua voz foi baixando, até não passar de um sussurro. - Eu sugiro que dê a eles o maldito medalhão.

– Me desamarra.

– Amara, eu não posso!

– Enzo! - Me inclinei para ele. E toquei meus lábios nos dele. Não era feroz como James. Não, eles eram totalmente diferentes e não era somente na aparência. O beijo de Enzo era calmo e delicado. Era diferente, porém bom. Senti sua mão em meu rosto, até mesmo quando nos separamos. Olhei em seus olhos, mas agora eles estavam vivos novamente. - Me desamarra.

Ele não reagiu de primeira.

–Amara... Me desculpe. Eu não posso. - Ele estava se levantando para sair, ele não me ajudaria. Eu sei que me arrependerei do que irei fazer mais precisa ser feito. Eu procurei algo pesado na sala, o mais pesado que eu encontrasse. Não achei nada, apenas o banquinho em que ele estava sentado. Respirei fundo, o levitando e arremessei-o em suas costa. O banquinho se quebrou. Enzo cambaleou, se virando logo em seguida. usei meu corpo para empurra-lo com força, o jogando na parede. Senti que uma carga de energia havia caído sobre ele. E então corri para a porta, mas... Tinha... Uma barreira, invisível! Praguejei alto. Não importava o quanto eu empurrasse, ela não cedia!

–É uma barreira. Ela colocou aqui. - Falou Enzo, se levantando. Ele gemeu de dor, apertando o lado do corpo, mas não me importei. No momento, estava sendo totalmente controlada por minha fúria.

–Você e sua família é toda igual! Mentirosos! Eu acreditei em você toda a minha vida, Enzo! Eu acreditei! - Gritei, secando com as costas da mão as lagrimas que ameaçavam cair. Enzo somente fitou o chão.

–A culpa não é dele querida, eu coloquei a barreira e só eu posso tira-la, com essa pedrinha – Me virei, fitando a direção em que a voz veio. A mãe de Enzo sorria descaradamente, segurando na palma da mão uma pedrinha roxa. - Mas apenas se me der o medalhão.

A mãe de Enzo fechou a palma da mão, escondendo a pedra roxa e, consequentemente, a chave pra tirar aquela barreira.

–E o que vai fazer se eu não der? - Perguntei. Não estava disposta a ceder. Enzo tocou os meus braços por trás, porém o empurrei.

– Ah, dessa parte eu não gosto nem um pouco, mas é necessário... Desculpe-nos, querido. - O pai de Enzo adentrou no cômodo. Eu nou o tinha percebido antes. Ele ergueu o punho, socando Enzo na minha frente. Enzo caiu no chão e eu fiquei em choque. O pai de Enzo não hesitava em bater nele e eu já sabia o que aconteceria se eu não desse o medalhão. Ele não iria parar de bater no próprio filho, até que fosse detido ou que Enzo morresse. Como ela pode? Como eles puderam? Era o próprio filho deles!

Incendiei a camisa do pai de Enzo. Foi a primeira coisa que pensei. Ele facilmente a apagou, me fitando com ódio. me senti sendo arremessada na parede, minhas costas arderam com a pancada e cai no chão. Senti também sua mão forte no meu rosto. Cruzei os braços na frente dele para tentar me proteger, porém em força física o pai de Enzo era obviamente mais forte que eu. Senti o gosto do sangue na minha boca.

– Sai de cima dela! - Enzo gritou, atacando seu pai. Eu não pude ver o resto. Infelizmente Enzo o atacou depois que ele chutou meu rosto, me fazendo desmaiar novamente.

...

– Por que você não se afastou dele quando eu te pedi Amara?! Que Droga! - Gritei chutando o armário de Larrie. Minhas mãos tremiam e eu estava tentado a incinerar algo. Mas sabia que não podia colocar prejuízo em algo ou alguém inocente. Não, eu não podia.

– Querido, está tudo bem, calma. Ela não teve culpa! A gente só pre... - Fechei os olhos. Que droga Larrie, não tente me acalmar! Minhas mãos cerraram em dois punhos.

– A culpa é dela! - Explodi. - A culpa é dela, por eu ter me apaixonado por ela! A culpa é dela eu estar preocupado com ela agora! - Gritei, virando-me para Larrie. Não notei que meus olhos estavam marejados até que as lágrimas embaçaram a minha visão. - E será culpa dela quando eu matar aquele que ela chama de amigo!

Sai batendo a porta enquanto Larrie gritava para que eu fizesse o contrário. Ouvi ela gritando sobre o "amigo" de Amara estar hipnotizado, mas não me importei. Amara estava lá, e sabe-se lá o que estavam fazendo com ela, e tudo isso era, sim, culpa dele. Por que o "amigo" dela foi fraco demais. Muito fraco por não ter conseguido bloquear a porcaria da própria mente, e por isso Amara estava em perigo. E isso era algo que eu não perdoaria.

– Desculpe-me Larrie. - Suspirei. Com um simples aceno de mão coloquei uma barreira ao redor de toda a casa. Larrie não iria me impedir ou me atrapalhar. Fora isso, ela precisava descansar. Pelo o que ela havia me contado ela fora nocauteada por uma bruxa, uma muito poderosa. Apesar de Larrie também ser tão poderosa quanto, ela não levou a melhor dessa vez

Eu me preocuparia com isso depois, agora eu tinha que achar Amara.

...

– Garoto estúpido! - Saí pela casa a procura de um grimório. Eu tinha de achar um. Algum que tivesse um feitiço útil, um que quebrasse a barreira. E até eu acabar com seu encantamento protetor, eu só poderia esperar que James não tivesse matado ninguém, ainda.


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Notas finais do capítulo

Nos perdoe a demora e se houver muitos erros :)
E lembrando!Todas as coisas de magia foram baseadas na serie/livro de Julie Plec, com pequenas alterações



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