Aureus escrita por Dindih, Anns Krasy


Capítulo 13
Capítulo 13 - E você irá dizer sim.


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM PELA DEMORA E NÃO ME MATEM PELO CAPIIH! I'M INOCENTE E ELE FOI FEITO COM IDEIAS MINHAS E DA DINDIH, E NÃO SOMOS PERVERTIDAS, NÓS DUAS SOMOS INOCENTES E NÃO TEM NADA DE PERVERTIDO AQUI ALIAIS. - Tá, respira... Respira... Foi mal, estou nervosa *.* Fiquei assim também depois de editar e revisar o capiih >.



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Acordei com uma grande dor de cabeça. Estava claro. Me sentia deitada em um colchão desconhecido por meu corpo. Agarrei os lençóis finos, finalmente observando o quarto. Estava exausta, minha cabeça doía e eu estava um pouco desorientada. E então as lembranças da noite anterior voltaram. Arregalei os olhos, arfando em pânico. Fitei cada cantinho do quarto, finalmente encontrando James.

Ele estava sentado na poltrona do quarto, a cabeça pendendo no peito de sono. Bom, pelo menos ele era decente o suficiente para não ter deitado ao meu lado, caso contrário eu o teria chutado assim que acordasse e o meu bom dia para ele seria o seu encontro de cara com o chão. Bocejei, se levantando. Meus pais logo acordariam e...

Logo acordariam! Se me vissem aqui pirariam e arremessariam James no meio da rua, fora que provavelmente me deixariam de castigo até que eu tivesse quarenta anos! Isso definitivamente não podia acontecer!

– Mais que droga. - Resmunguei, caminhando para o banheiro do quarto e me olhando no espelho. Tudo parecia em ordem, a não se que eu estava mais pálida. Mas nada do que um bom momento ao sol não resolvesse. Penteei meus cabelos, fazendo uma trança lateral. Ouvi um resmungo e espiei o quarto.

James suspirou, se remexendo até seu olhar sair da cama vazia e desarrumada e vagar pelo quarto, até se cravarem em mim e ele dar um sorriso torto. James estava bem mais pálido que eu, mais exausto também, mas parecia bem melhor. O que era bom. Sorri para ele, finalmente, saindo do banheiro.

Ergui uma sobrancelha para ele.

– Vamos tomar café da manhã?

.

– E então, o que gostaria de comer?

James deu um sorriso torto. Aquele sorriso que só ele consegue fazer. Senti os pelos da minha nuca se arrepiarem.

– O que quiser. - Ele falou devagar, como se para cravar todas as palavras que havia dito. James se inclinou na bancada, os cotovelos apoiando seu corpo. Seus cabelos negros caiam por seus olhos azuis e eu me virei de costas para a pia, batendo meus dedos na mesma, nervosa.

Mas porque eu estava assim? O que tinha de errado comigo?

Meus pais ainda estavam dormindo, o sol mal tinha saído. Meus cabelos caiam soltos pelas costas. James havia dormido com as roupas dele, mas não pareceu incomodado com isso. Respirei fundo, virando-me e dando de cara com James a centímetros de mim. Prendi a respiração. Ele me olhava calmamente, esperando alguma reação. Como não veio nenhuma da minha parte, ele fez o primeiro movimento. Conseguia sentir sua respiração perto da minha, hálito de menta.

Sua mão deslizou pelo meu braço descoberto. James me prensou de leve na bancada. Podia sentir que sua respiração não estava normal. Sua mão subiu até meu ombro, e dele até meu rosto. Não sabia o que estava fazendo, mas me inclinei para ele, meus braços em sua nuca. Ele deu um de seus sorrisos convencidos antes de respirar fundo novamente. Me juntou a si, puxando-me com uma mão pela cintura.

E então seus lábios encontraram os meus.

No começo era calmo, sereno. Até ele intensificar. Sua mão, antes na minha cintura, subiu até minhas costas enquanto eu agarrava firme sua camisa. Minha mente já não era mais minha, era de minhas emoções. O que eu reprimia agora me controlava. Eu não era mais quem dominava meus atos, era os sentimentos que James havia despertado dentro de mim. Ele voltou a me prensar na bancada. Quando dei por mim - quando nos separamos para recuperar o fôlego - eu estava sentada na bancada, ainda com as mãos em sua nuca e ele com uma mão em minha cintura.

Ele sorriu.

– Pensei que iria me dar um tapa.

– Eu deveria. - Respondi com o fôlego que encontrei.

– Você vai? - Ele alargou um pouco o sorriso.

– Já te disseram que você é um idiota? - Repliquei, o fuzilando com os olhos.

Ele mostrou seus dentes brancos no seu sorriso e perdi o mundo novamente. Ele roçou a mão em meu rosto, calmo. Seus olhos nos meus, até que algo o chamou a atenção. Seus olhos fitaram por cima do meu ombro. Não entendi de primeira. E minha segunda reação foi que meus pais estavam atrás de mim, o que significava minha morte e, consequentemente, a de James também. Me arrepiei só de pensar que eles poderiam ter visto tudo. Eu estava de costas para a entrada da cozinha, com a mesma roupa de ontem e com James na linha entre a decência e a indecência. Eu pensei que morreria em uma luta contra um monstro. Eu estava errada. Morreria nas mãos das mesmas pessoas que me colocaram no mundo.

O olhar de James endureceu. Sua mão me soltou de leve. Sua boca se tornou uma linha reta, sem nenhuma expressão. Virei-me, encarando olhos que não se decidiam por um castanho claro ou verde. Seus cabelos louros estavam bagunçados, na mão um casaco que eu recordava de ser de minha mãe. Engoli em seco.

Não eram meus pai. Fora Enzo quem tinha visto. E pela sua expressão, provavelmente tudo.

Deus.

Afastei James. Ele continuava fitando Enzo com seus olhos gélidos. Enzo estava meio rubro, talvez com vergonha por ter sido flagrado visto a cena. Eu deveria estar pior.

– Acho que... Atrapalhei algo.

– Sim, atrapalhou. - James concordou sem humor nenhum ao direcionar a palavra a Enzo.

– O que? Não! Não estava acontecendo nada! - Arfei, descendo da bancada. Meu Deus, o que eu iria fazer?

Enzo olhou para mim. Seus olhos demostravam tristeza e dor. Ele gesticulou para o casaco.

– Eu só... - Ele lutou para recuperar a voz. - Só vim entregar isso. Sua mãe o esqueceu ontem. Já estou de saída.

James ficou calado. Por dentro ele deveria estar concordando com a saída dele, mesmo que não demonstrasse.

– Enzo! - Chamei. Ele parou de caminhar para a porta da frente. - Não aconteceu nada! Eu juro!

Se ele me ouviu ou prestou atenção não ouviu, pois não se virou para me fitar. Até que ele pronunciou algo.

– Eu vi Amara. Você... - Ele respirou fundo. - Deveria escolher.

– Escolher?

– Sim. - Ele se virou, seus olhos levemente marejados. - Eu... Eu gosto de você, Amara! Eu amo você! Estou com você a vida toda, desde pequenos! Então, por favor, escolha logo quem quer do seu lado! Dói ver cenas assim, sabe?! Se escolher ele, por favor fale! Eu não quero mais ver a garota que gosto com outro! Se não gosta de mim, então diga, não fique calada! Eu tenho esperanças aqui dentro, mas elas morrem todos os dias, pouco a pouco! - Ele respirou fundo novamente, finalmente notando o que havia dito. Ele virou-se para sair.

Ouvi a tranca da porta se fechar sozinha. Enzo se virou surpreso, me fitando. E eu olhei para James que continuava sem expressão. Ele caminhou alguns passos, pondo uma mão reconfortante em meu ombro.

– Não se preocupe, Amara.

– O que vai fazer? - Perguntei. - James, não...

– Ele não vai se lembrar de nada. Nada dessa cena. - James me interrompeu. Os olhos de Enzo arregalaram-se.

– Você não vai...

– Oh, eu vou. - Enzo foi interrompido. Enzo tentou desferir um soco nele, mas James segurou seu pulso e o puxou, fazendo-o se aproximar a força. Assisti tudo chocada. Enzo se debatia, até que paralisou quando James colocou a mão em sua testa. Os olhos do meu melhor amigo reviraram e ele caiu desacordado. James não se moveu.

– O que você...

– Apaguei as memórias dele. - James completou o que eu não consegui.

James!

Ele me fitou, seus olhos não estavam mais gélidos. Parecia que eles nunca ficavam gélidos para mim.

– Você queria que ele se lembrasse?

Paralisei.

Eu não consegui mentir. - Não. - Respondi. - Mas como você conseguiu? Com minha mãe...

– Sua mãe era mais difícil. Eram memórias profundas, enterradas dentro dela. De tempos atrás, então se espera mais esforço. Já sobre ele... - James gesticulou com a cabeça para Enzo, desacordado no sofá, com pouco interesse. - Era uma cena recente. É fácil ser apagada. Foi fácil também naquele dia, na sua escola.

– Você...

James assentiu, um sorriso brincou em seus lábios.

– Sim. Apaguei as memórias dele. Não porque ele se declarou para você, apegar de isso também ter influenciado em minha decisão. - Ele torceu o nariz, como se não gostasse da lembrança. - Mas porque também você falou bastante sobre magia. Ele não pode saber.

– Mas a família dele...

– Pode ser um clã inimigo.

Fiquei calada, pasma, em choque. Meu melhor amigo havia se declarado - pela segunda vez - para mim. E novamente se esqueceu de que tinha feito isso. James tirou suas lembranças. Como o Sr. Jones fez em meu pai e nós fizemos em minha mãe. Arfei sem chão, até que James me segurou com delicadeza pela cintura. Ele se inclinou para perto de mim.

– Além disso, eu quero ser o primeiro a me declarar. - Falou em um sussurro.

Me arrepiei. Minha mente estava nublada com as emoções que me faziam corar. Falei a primeira coisa que veio na minha mente. - M- mas... Enzo já o fez. Duas vezes.

James deu de ombros. - Ele não se lembra, portanto não vale. - Ele se inclinou até meu ouvido. - Eu serei o primeiro, logo, se ele o fizer novamente não terei outra opção a não ser fazê-lo esquecer, e talvez você também. - Ele sorriu malicioso.

– Nem invente! Chega de brincar com a mente dos outros!

– Então me prometa. Eu serei o primeiro. - Ele me sorriu.

– Que seja!

– E você irá dizer sim. - Ele completou inocentemente.

– O que?!

– Ótimo. É uma promessa. - Ele se afastou, me deixando perplexa e se sentou, voltando a se apoiar na bancada. - E então? Qual vai ser o café da manhã?"


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Notas finais do capítulo

RECOMENDEM, FAVORITEM, COMENTEM! FAZ TEMPO QUE NINGUÉM COMENTA E A PESSOA FICA DESMOTIVADA A CONTINUAR; DÁ A ENTENDER QUE NINGUÉM TÁ DANDO ATENÇÃO :'( NÃO CUSTA NADA COMENTAR, TAMBÉM!
— Amu vcs. Comentem povo, pfv! Queremos participação, eu e Dindih! Queremos saber o que vocês acham dos capiihs, dos personagens, das situações e tals!! Então, pfv... FALEM COM AGENTE! NÃO MORDEMOS! :



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