Dramione: Learning To Love - 2º Temporada. escrita por Clary


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, só hoje consegui escrever algo apresentável para vocês. Obrigada pelos reviews, que eu vou responder. Bjs e boa leitura, suas lindas!



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Por Hermione Granger:

Fazia uma semana que tínhamos partido, as coisas estão esquentando, ou melhor, esfriando. Nessa semana, nada demais aconteceu, acho que está tudo muito parado nessa coisa.

Nos dividimos em cinco grupos, mandamos cada um deles para uma parte do norte, se algo acontecesse mandaríamos um patrono. Draco, Harry, Gina, Luna, Simas, Theo e Blás pertenciam ao meu grupo. Já era de se imaginar. Eu estava montando guarda agora, e minha mente vagava para os acontecimentos da noite em que partimos.

Já era noite, e todos estavam reunidos na sala. Resolvi começar a ditar as regras.
– Bem, pessoal, vamos usar uma chave de portal e começar isso de uma vez por todas. – Eu disse e um silencio triste pairava no ar, engoli a seco e continuei. – A chave de portal vai nos deixar em alguma região ao norte, pois estamos a procura de um lugar frio.

Simas se pronunciou.
– Mas vocês não estiveram nesse lugar? – ele direcionou a pergunta para os três Sonserinos. – não tiveram oportunidade de descobrir onde fica?

Draco respondeu por eles.
– Bem, fomos trancafiados em um quarto protegido por magia por todo esse tempo. – ele deu de ombros.

– As poucas vezes que saímos foi com escolta. – Theo disse. – Eles estão desconfiando de todos.

Harry tomou a dianteira.
– Enfim, lembrem-se que Trevor quer ser descoberto, teremos que nos preocupar mesmo em acabar com ele, os comensais e fim.

Cho franziu o cenho.
– Falando desse jeito parece fácil.

– Uma coisa eu vou adiantar – Gina começou – Quem estiver contando com conforto e coisas do tipo, esqueçam. Podem ficar por aqui se estiverem acumulando expectativas. Está longe de ser fácil.

Eu esperava por isso, burburinhos e gente desistindo. Aos poucos, vi a realidade dar uma bofetada em muitos deles e um por um adquirir um olhar vago. Podia ouvir as perguntas se embaralhando na cabeça deles.

Vou aguentar?

Vale a pena?

E se eu morrer?

E a minha família?

Passaram-se minutos que pareceram horas, até que Harry arriscou perguntar.
– Quem está conosco?

Minha boca se abriu em um perfeito “O” enquanto escutava pedidos de desculpa e sinais negativos com a cabeça, fomos reduzidos à metade.

Um garoto Corvino se aproximou de mim.
– Desculpe, mas se precisar de algo... – ele começou.

Fechei os olhos e respirei fundo, tentando não explodir.
– Tudo bem. – eu disse.

Quando todos foram embora, percebi que era melhor assim. Gente que soubesse nosso paradeiro nos denunciaria.

Minha mãe, que estava sentada em um canto afastado, franziu os lábios e começou:
– Está na hora de ir. – ela disse – Se vocês não quiserem ser pegos, não esperem até amanha.

Draco pegou a minha mão e me amaldiçoei por ter agarrado a dele. A chave de portal estava há alguns quilômetros da minha casa. Agarrei minha bolsinha enquanto minha mãe abria a porta e algumas pessoas saiam. Gina e Harry foram e ficamos apenas Draco, minha mãe e eu.

Minha mãe colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
– Vou sentir sua falta.

Franzi o cenho.
– Estaremos juntas 24 horas. – sorri.

Minha mãe engoliu a seco, meu sorriso se desfez aos poucos e finalmente previ o que ela ia dizer. Ela tinha uma vida, e eu tinha que aprender a lutar minhas próprias batalhas.
– Hermione, eu não posso ir com vocês. Tenho alunas em Beauxbatons e uma vida bruxa para tocar. Quando você chegar, alguém tem que estar aqui, seja lá qual for nosso destino.

Senti como se ela tivesse me dado um tapa na cara.
– Você não vai?

Já estávamos do lado de fora, então ela me abraçou. Abracei-a de volta imediatamente.
– Eu te amo, filha. E acima de tudo eu confio em você. – ela disse.

Fechei os olhos e enfiei meu rosto no cabelo dela.
– Eu também te amo, mãe.

Aos poucos, nos separamos. Ela entrou em casa e senti Draco me puxando, dizendo coisas como “Tudo vai dar certo.”

Mas a única coisa que eu conseguia pensar era em uma maneira de terminar com tudo isso, minha mente estava a mil e não prometia dar uma trégua. Não tínhamos tempo, não esperaríamos as coisas ficarem feias.

E acima de tudo, não faríamos como da ultima vez.

Olhei para as montanhas ao longe, era inverno, ao longe eu percebia que estava muito mais frio. Fechei os olhos e pensei na única coisa que me atormentava.

Estávamos sendo perseguidos pelo Ministério.

Aquilo me revoltava, estávamos praticamente prestando serviços a eles, e estavam nos procurando para jogar-nos numa cela imunda de Azkaban! Um ruído acabara de despertar minha linha de raciocínio.

Abri os olhos imediatamente, alerta. Os ruídos cessaram por um ou dois minutos, mas podia sentir uma presença ali. Então ouvi o barulho de algo quebrando.

Definitivamente, tinha alguém ali.

Desci a trilha cautelosamente e entrei na floresta, me escondendo atras das arvores. Era incrível como eu não fazia barulho. Na metade do trajeto, ouvi outro barulho, desta vez mais perto. Parei bruscamente e vesti a capa da invisibilidade. Continuei meu caminho, até chegar a um riacho congelado.

O gelo estava quebrado, mas não havia ninguém ali. Eu estava começando a achar que estava louca, larguei meu posto para vir aqui e não encontrar nada? Foi quando ouvi um grito agudo e travei no lugar, me sentindo arrepiar por inteiro.

Olhei para o lago novamente e vi uma pequena garotinha, os cabelos muito negros sumiam na escuridão noturna e contrastavam com sua pele extremamente pálida. Ela estava parada há cerca de dois metros do leito do riacho, e o gelo rachando sob seus pês.

Ao olhar para aquela menina, me vi anos atrás na mesma situação.

Meus pais tinham vindo buscar lenha na floresta, e eu, teimosa, tinha vindo atrás. Mas o gelo me fascinava tanto, eu tinha que ver aquele riacho novamente.

Eu estava parada no meio do riacho congelado, o gelo começou a quebrar e meu colar metade-de-coração estava caído longe. Então, minha mãe apareceu gritando para eu não me mexer e me tirou de lá de um jeito que não sei como.

A garota estava olhando para os lados, desesperada. Foi quando ela olhou na minha direção, e senti que se não estivesse invisível, com aqueles olhos conhecidos ela desvendaria toda uma vida. Ela olhou para frente e deu um passo, o gelo quebrou mais desta vez e ela gritou.

Então eu vi.

Uma coisinha brilhando na escuridão, ela caminhava na direção daquilo. Meu coração disparou, eu estava vivendo a mesma situação de desespero que vivera anos atras.

Olhei em volta, esperando que aquilo não fosse uma armadilha. Não era. Não podia ser.

Respirei fundo, despi a capa, e corri até a garotinha. Anos depois eu não me arrependeria de tê-lo feito.

Minha respiração estava acelerada. Andei rapidamente e cautelosamente no rio e agarrei a menina pela cintura, pegando-a no colo. Ela gritou e apontou para algo, provavelmente para o objeto no rio. Não me importei, em um salto tirei-a de lá no exato momento em que o gelo quebrou.

– Quem é você? – ela perguntou, assustada e brava.

Eu não podia falar quem eu era.
– Isso não vem ao caso agora. É louca? Se o gelo tivesse quebrado, levaria você junto e morreria de hipotermia! – ralhei.

– Eu precisava pegar meu colar! – ela exclamou, chorosa.

Olhei-a e engoli a seco. Exatamente o que eu tinha dito a minha mãe quando justifiquei o motivo de quase ter morrido.
– Onde ele está? – suavizei a voz.

Ela apontou para aquele ponto do riacho, levantei-me.
– Me espere aqui.

Com magia, levitei o colar até minhas mãos, sem que ela percebesse. Já que estava encostada em uma arvore, de costas para mim. Agarrei o colar no ar e o fitei por alguns segundos, incrédula. Era exatamente igual, se não fosse por ser o lado esquerdo do coração. Olhei para o colar, olhei para a garota sentada.

Isso estava muito estranho.

Andei até a menina, parando em sua frente.
– Esse é seu colar?

Seus olhinhos mel se iluminaram.
– Sim! Como você conseguiu? – ela encarou ele por alguns instantes, sorrindo.

– Truques. – sorri um pouco.

De repente, o sorriso da menina se desfez e ela me encarou.
– Você é bruxa. – ela disse isso com tanta intensidade na voz que me assustei. Cambaleei para trás, se essa menina fosse de família bruxa, eu estava ferrada. Só então percebi que ela tinha uma capa pendendo dos ombros, ela estava com vestes bruxas. Então continuou, os olhos castanhos tentando me desvendar. – Você é aquela garota de quem todos falam... Hermione Granger.

Engoli a seco.
– Quem é você, garota? – perguntei, rispidamente.

Ela sorriu ironicamente.
Isso não vem ao caso agora. – repetiu a minha fala enquanto nossos olhos travavam uma batalha.

Quase berrei quando percebi de onde conhecia aqueles olhos. Eram idênticos aos da minha mãe. Idênticos aos meus.


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Notas finais do capítulo

EEEEEEETAAAAAA



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