Dramione: Learning To Love - 2º Temporada. escrita por Clary


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap do Draco



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Por Draco Malfoy:

Resolvi que iria antes do sol nascer.

Blás e Theo ficaram felizes (lê-se doidos para sair desse moquifo) ao saber que iriam também, e não hesitaram ao arrumar suas coisas. Não consegui nem dormir esta noite, a ansiedade era tamanha que meu corpo estava muito acordado para conseguir descansar. Quando estava amanhecendo, acordei aquelas duas pestes.

– Calma Draco, credo. – Theo ralhou.

– Isso é amor, Theo... – Blás disse, bocejando – Ele estava doido esses dias.

– É amor mesmo, e dai? – ri – Vocês não vão estragar meu humor, não hoje. – falei.

– Cara, ele admitiu! – Blás me olhou, incrédulo.

Limitei-me a revirar os olhos e jogar a mochila nas costas. Eu não tinha mais nada pra esconder de ninguém. Eu amava ela mesmo, e não era pouco.

Nesses últimos dias, posso dizer que se não fosse amor, não haveria planos, nem vontades, nem ciúmes, nem coração magoado. Se não fosse amor, não haveria desejo, nem o medo da solidão. Se não fosse amor não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em nela. E às vezes eu acho melhor guardar isso para mim do que sair falando.. Algumas coisas eu prefiro fingir que não vi, não ouvi, não senti. Não é que eu seja esnobe ou qualquer outra coisa. É que assim, fingindo, eu vou levando. Vou aguentando por mais tempo.

Nunca foi fácil ser um Malfoy, e nunca será.

Eu tinha o peso do nome, mas um peso conquistado da maneira errada. Não era como Potter: O menino que sobreviveu. Malfoy estava mais para O braço direito de Voldemort, e garanto, não era uma boa definição. Pelo menos, agora, tenho algo pelo qual vale a pena lutar.

Eu vou limpar o meu nome.

Quando estamos prontos, Theo vira-se para mim.
– E como vamos? – indaga.

– Pela porta da frente que não vai ser. – Blás diz.

– Sabem o que eu vi ontem? – Theo começa – Um cara aparatando do nosso corredor. – diz num tom misterioso.

Tenho um sobressalto.
– O QUE? – grito.

– Quer dizer... – Zabini começa com o olhar vago e as sombrancelhas juntas – Que eu fui obrigado a ficar trancado aqui ouvindo o Theo roncar a noite inteira e vendo o Draco quebrar as coisas, além de demorar no chuveiro, SENDO QUE EU PODIA APARATAR E SUMIR DESSE TORMENTO? – ele explodiu.

Bato no meu próprio rosto, me sentindo o mais idiota possível.
– Eu não acredito! – bufo, eu estou com uma raiva maledeta.

Theo parece ser o único calmo.
– Esperem! Claro que não se pode aparatar do quarto. Não foi atoa que eu disse corredor.

Viro-me para ele.
– Pois bem, vamos chegar a esse raio de corredor. – pego minha varinha e vou ate a porta – Alohomora. – digo o feitiço.

Segundos passam e, incrédulo, ouço as trancas da porta rangerem e enfim a porta abrir. Olho para meus amigos.
– Então... Está muito fácil. – Blásio assentiu e Theo franziu os lábios.

Então, Blás acordou de seu torpor.
– Bora cambada, aproveitar que está fácil agora por que depois vem treta. Vou rachar quente desse lugar! Sebo nas canelas! – ele disse e puxou a maçaneta.

– Mano, para de falar que nem gente da roça. – Theo pediu.

– O que o cumpade tem contra gente da roça? – Blás franziu o cenho.

Revirei os olhos.
– Nada, vamos logo.

Mal chegamos ao corredor e a terceira porta da direita se abriu. Não demorou muito para reconhecer aquela cabeleira ruiva. Sinceramente, eu tive que me segurar pra não matar ele na floresta. O Weasley está simplesmente convencido do mundo só por que virou o braço direito de Trevor. Voldemort teve “braços direitos”, e quem não foi para Azkaban, está morto. Idiota. Sabe de nada, inocente.

Ele se vira na minha direção, e assim que me percebe, o encaro de volta.
– Malfoy! Resolveu sair da toca? – ele implicou, com um sorrisinho zombeteiro.

Estalo a língua no céu na boca. Felizmente, eu estava com a resposta na ponta da língua há dias. Dei um sorriso maldoso.
– Ah, Cenoura... Quem saiu mesmo da Toca foi você, não é? Era esse o lugar onde você morava, pobretão? O que chamavam de Toca? Pois é para lá que você deveria voltar, para o casebre de onde você nunca deveria ter saído!

Minhas palavras tiveram o efeito desejado nele. Seus olhos cintilavam puro ódio e ele sacou a varinha, fiz o mesmo.

Encaramo-nos por alguns segundos, então, outra porta se abriu.
Ah! Vocês estão ai! – uma voz aguda nos chamou.

– Anh? – percebi que Blás procurava o lugar de onde tinha vindo.

– Aqui embaixo. – a voz adquiriu um tom tedioso.

Olhei para baixo e vi uma garotinha de no máximo 11 anos, seus cabelos negros estavam presos em uma trança e sua pele muito branca contrastava com suas sardas.
– O que você está fazendo aqui, menina? – o Weasley chamou sua atenção com um tom ameaçador na voz.

Ela se virou para ele, incrivelmente irritada.
– Seu idiota! Querendo arrumar baderna logo no meu corredor! Suma daqui antes que eu o chame e acabe com toda sua reputação! – definitivamente, essa garotinha era louca.

E o mais impressionante é que o Weasley grunhiu algo inteligível e girou os pés na outra direção.

Zabini assobiou.
– Eita, menininha invocada!

– Cale a boca. – ela rebateu e vi Blás encolher atrás de mim.

Como uma garota de 11 anos pode controlar um Sonserino?

Olhei-a, estupefato.
– Quem é você? – perguntei. Quem ela pensava que era?

Seus olhinhos castanhos se viraram para mim, eles eram incrivelmente parecidos com os de Hermione. Nesse momento senti que poderia confiar nela.

Olha a ironia, agora vou confiar em todo mundo que tiver olhos castanhos âmbar.
– Aria. Você deve ser Draco Malfoy. – ela assentiu.

– Exatamente. – respondi.

– Só por você não ter me chamado de “garotinha” ou “menininha” em nenhum momento, entre. – ela indicou a porta.

Theo me interrompeu assim que dei o primeiro passo.
– Por que deveríamos entrar?

– Não diga nada, eu simplesmente vou ajudar. Tia Cissa pediu educadamente, e eu só atendo pedidos assim. – ela disse, determinada.

Dei de ombros.
– Vamos logo.

Entrei seguido de meus amigos, em um quarto negro e vazio, não fosse por uma cama encostada na parede, uma escrivaninha e um espelho.

A garota se virou para Theo.
– Vocês podem aparatar daqui.

Eu queria desvendar o mistério que encontrei em Aria, mas algo me motivou a seguir em frente e deixá-la para trás. Logo, ouviu-se o “Crack!” e a voz distorcida de Blás:

– Adeus, menininha!

Esse cara era retardado.

Senti a sensação de sufocamento ao aparatar, tudo girava e senti meu corpo ser puxado, beliscado, distorcido, até meus pés pousarem na neve fofa.

– Eu não acredito! – Theo exclamou.

Olhei-o.
– Que foi?

Theo me encarou, não percebi, mas ele segurava um jornal.
– Você sabe que dia é hoje, Draco? – perguntou.

– Não faço ideia. – respondi.

Blás pegou o jornal da mão dele.
– Pois bem, é manha de natal. – ele murmurou, infeliz. Sei o que é aquilo, ele daria tudo para ter um natal normal. Como todo mundo, penso. – Feliz natal, caras. – ele fala.

Estanquei no lugar.
O que?

Ele franziu os lábios.
– Onde estamos? – Blás olhou em volta.

– Londres trouxa, provavelmente. – respondi, percebendo que estávamos em uma rua deserta, havíamos aparatado em um beco. – Em algum dos milhões de becos.

Busquei pelo papel no meu bolso.

North London – Greenwith
Três quadras após o Observatório.

– Então... Draco? – Blás chamou.

– Tenho o endereço. – mostrei-lhes o papel.

– Acho que não vai precisar. – Theo disse.

Franzi o cenho.
– Por quê?

Theo me encarou.
– Já estive na casa dos Granger em missão para Voldemort.

–---

Blás assobiou.
– Uau. A Granger é podre de rica. – disse.

Traduziu o que eu estava pensando. A mansão dos Granger, se erguia imponente diante dos três Sonserinos.

– Agora ela provou que não é pouca bosta. – Blás repetiu, ainda olhando para frente, deslumbrado.

Revirei os olhos e o cutuquei.
– Pare de falar desse jeito idiota, Blás.

Ele ergueu as mãos em sinal de rendição.
– Às vezes eu esqueço que ela é sua namorada, cara. – rimos.

Theo nos chamou.
– Ei caras, vamos brincar um pouquinho com a Granger? – ele disse com um sorrisinho malicioso e eu desconfiei imediatamente.

– Você nem é doido de fazer nada. – avisei.

Blás riu.
– Não é isso! Quando a Granger vir a minha cara naquela porta, ela vai te procurar na hora, e não vai te achar. – ele disse.

– Ah não... Que maldade Blás! – Theo riu.

Não sabia se concordava com eles, pelo simples fato de eu não estar aguentando mais ficar parado ali. Suspirei.
– Sem essa, vamos logo. –falei.

Então a porta da frente se abriu, e vi uma mulher de no máximo 35 anos, com um avental, colocando o lixo para fora. Estanquei no lugar.

Não pode ser.

Blás acompanhou meu olhar estupefato e riu.
– Eita lasquera! – exclamou.

– Aquela ali não é Jane Granger? – Theo indagou.

Afirmei sem desviar o olhar.
– Em pessoa.

Blás se virou para mim.
– Vai ter que enfrentar a mãe da Granger, hein? IHUL! Essa eu quero ver.

Antes que eu pudesse responder esse ser que eu digo ser meu amigo, Jane Granger se virou na nossa direção.

E sorriu.
– Ah! Vocês estão ai! Mione me avisou que chegariam, vamos, entrem!


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Notas finais do capítulo

OI SOGRIIIIIIIIIIIIIINHA!