Dramione: Learning To Love - 2º Temporada. escrita por Clary


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

"Toc toc!" "Quem é?" "O alguém que as leitoras estão doidas para conhecerem!"



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Por Hermione Granger.

De repente, o ar faltou em meus pulmões, e senti que poderia desabar no chão a qualquer momento.

Era ela.
– Olá, querida. – sorriu.

Esforcei-me para pronunciar uma palavra.
– Ma-mamãe? – perguntei, incrédula.

– Posso entrar? – ela franziu a testa em sinal de confusão. Ora, Hermione! A casa é dela!

Sacudi a cabeça.
– Deve. – sai da frente para ela passar.

Ah Merlin, eu não estava acreditando.

– Te procurei na Kings Kross. – ela começou.

Franzi a testa.
– Sou sempre uma das primeiras a entrar no trem.

– Eu te procurei no trem. – ela disse.

Franzi a testa.
– Eu sou monitora. – isso, provavelmente, ela não sabia.

Ela se iluminou.
– Ah! – sorriu – Finalmente!

– Na verdade, acabei substituindo Neville, ele... bem... – parei de falar, lembrando o que tinha acontecido. – Houve alguns problemas e tive que o substituir.

Ela percebeu que eu escondia algo.
– Você costumava me contar tudo.

Meus olhos brilharam.
– Você se lembra?

– Sim. Agora é tudo muito claro. – ela disse, sentando-se no sofá. – Durante todo esse tempo, eu convivia com um sentimento de perda toda vez que via alguma menina... – ela começou e me sentei. – Então, no dia em que eu e seu pai voltamos da primeira radiografia do bebe no hospital, me senti feliz, mas... Algo faltava. Foi quando olhei para a rua e vi uma garota correndo. Ela tinha o mesmo cabelo que você, a mesma estatura. Ela deixou cair um envelope, e mais tarde eu o peguei na rua. Nele estava escrito a lista de materiais de Hogwarts. Então, tudo veio à tona.

Ah Merlin, ela tinha me visto!
– E a criança? – perguntei.

Minha mãe adquiriu uma expressão desolada.
– Ah... seu irmão. Bem, eu perdi o bebe no quarto mês de gestação, e seu pai... Seu pai não esperou uma semana para cair fora.

Olhei-a, incrédula.
– Ele te deixou?

Ela assentiu amargamente.
– Quando eu mais precisava. De certa forma, foi bom, ele era a única coisa que ainda me prendia. Meses depois eu estava em Beauxbatons, pedindo emprego para Madame Maxine. – mamãe sorriu – Ela me recebeu de braços abertos, estava tão feliz em rever-me. Ah, a hospitalidade bruxa! – ela baixou os olhos – Há horas que penso, onde estava com a cabeça? Não me arrependo por você, mas eu fui uma grande idiota em pensar que ele me amava tanto quanto eu o amava.

Franzi os lábios.
– Foi exatamente o que eu pensei quando descobri.

– Ah, Hermione, eu movi céus e terra para te encontrar nessas férias! – Jane Granger estava prestes a chorar.

Olhei-a, eu estava feliz e meus olhos também estavam marejando.
– Mãe? – chamei.

– Pode falar.

– Eu te amo. – falei e a abracei, e assim que fiz isso, percebi o quanto você pode sentir falta da sua mãe. Mãe é mãe, é a prova que os ateus precisam para acreditar em Deus, a prova da divindade do ser humano. Quando você abraça ela, seus problemas se dissolvem como sal em água, e só tem o colo aconchegante ali. Mais nada.

– Eu também te amo, filha. – ela disse, me apertando mais.

Quando finalmente nos separamos, ela secou as lagrimas e tentou soar diferente.
– Então, me conte sobre a sua vida! Esqueça essa historia de guerra e vamos falar de você, está tão diferente! – ela sorriu.

– Diferente?

– Sim, mais bonita. – explicou.

Dei um meio sorriso. Eu estava há noites sem dormir, tinha plena certeza das olheiras enormes embaixo dos meus olhos e ela dizia que eu estava bonita?
– Mamãe, eu estou como sempre.

– Mas eu estou te vendo agora, me deixe ao menos te elogiar, menina! – ela exclamou, risonha.

Suspirei, alegre.
– Ok. O que você quer saber? – perguntei, sorrindo.

– Como vai esse coração? – ela sorriu de canto.

Ah, então era isso dona Jane, pensei.
– Batendo, uai. – mascarei.

Mamãe revirou os olhos.
– Quero saber dos garotos, menina! Não tente me esconder nada!

Sem perceber, corei.
– Essa sempre vai ser sua primeira pergunta? – perguntei.

Ela sorriu maldosamente.
– A que você nunca me dirá por livre e espontânea vontade, então, terei que arrancar de você.

Revirei os olhos e rimos.
– Ah... bem... Hmmm mãe, você sabe, tem um garoto, e hmmm... – comecei.

Ela estava sorrindo abertamente.
– Draco Malfoy, não é? – me interrompeu.

Arregalei os olhos e pulei para trás, minhas costas se chocaram com o estofado do sofá.
– COMO VOCÊ SOUBE?

Ela riu.
– Sabendo, oras. Tenho minhas fontes, principalmente no mundo bruxo. Alias, a comida da Sra.Weasley estava incrível. – semicerrei os olhos enquanto ela ria, bendita Gina. – Pois bem, querida, eu quero saber de você.

– Está bem, você sabe quem é Draco Malfoy... A gente se odiava, e aconteceram... Coisas.

– Culpa da Ridley. – ela riu. – Ride sempre foi uma boa cupida. E que eu saiba, esse Draco foi rápido, viu... Pra domar esse coração...

Eu estava tipo um pimentão, tomate maduro, sangue, urucum, só pra constar.
– Digamos que eu goste dele, e ele de mim, tipo... Muito. – disse.

Os olhinhos dela brilharam.
– Awn! Que bom que você encontrou um melhor que aquela cabeça de fogo! – ela exclamou.

Era ela que me via caindo de amores pelo Weasley. De repente, me ocorreu o quanto minha vida tinha dado reviravoltas.
Ah, as vodcas da vida.
– Mae, Ronald foi para as trevas.

Mamãe se assustou por um segundo e depois se recompôs.
– Que vá e que morra com eles. – ela rosnou.

Olhei-a, espantada.
Você está diferente.

– Você também, e olhe, somos duas bruxas que sabem mais do que deveriam. Eu, uma Bruxa da Luz aposentada... Sinto-me velha. Mas veja só, uma guerra para me renovar. Um cara pra destruir por que mexeu com a minha filha... Nada melhor. – ela deu de ombros.

– Está falando como se fosse... Fácil? – nesse momento, juro que a invejei.

– Não é fácil, mas nada é impossível, querida. – ela disse, casualmente.

Sorri de canto.
– Vai mesmo entrar nessa?

Ela finalmente me encarou.
– Hermione, ninguém em seu estado por mais louco que seja, mexe com a família de Jane Granger e sai dessa ileso.


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Notas finais do capítulo

Ui Jane, Ui.