Dramione: Learning To Love - 2º Temporada. escrita por Clary


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

E eu reservei uma surpise bombástica para a segunda temporada: Ponto de vista Draco Malfoy. Leiam e comentem heueheue Bejitos



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Por Draco Malfoy:

– Por que ele não nos leva de uma vez? – perguntei.

– É tão óbvio, Draco. Ele desconfia, acha que há traidores. – Blás disse.

Chutei a escrivaninha.
– Adiantaria tanto as coisas! – disse, amargamente.

Blás pousou sua mão no meu ombro.
– Calma cara, desse jeito você vai ficar doido.

Olhei-o.
– Minha vontade é jogar tudo pro alto e ir atrás dela. – passei a mão pelo rosto tentando me controlar. Eu sentia falta ate do soco que ela tinha me dado.

Blás riu.
– Você gosta mesmo da Granger, hein? Mas não se esqueça de uma coisa, caro Malfoy: se você jogar tudo pro alto, você terá que catar.

– E não só eu.

Ele bateu palmas ironicamente.
– Exatamente, você sacou. Agora que estamos entendidos, o cara da pupila dilatada está me chamando e o Theo já foi. – ele se levantou com uma careta.

– Tente segurar essa sua língua grande. – falei.

– Isso eu posso garantir, agora, se você continuar nessa carranca feia sua vida não vai durar muito. – riu.

– Ok Blás, eu vou tentar, está bem? – suspirei. – E não use essa palavra comigo, eu sou um Malfoy, metade da escola tem um penhasco por mim. – falei. Só disse verdades.

Blás me encarou, o encarei de volta.
– Ui! Sua modéstia enche o pacifico, mas... Faz isso por ela. – ele disse.

Assustei-me, mas depois considerei o fato e abaixei o olhar. Eu estava pensando seriamente em responder quando olhei-o novamente e ele estava prendendo o riso.
– Ah, cara vai se ferrar! – explodi.

Ele riu e me dirigiu um olhar inquisitivo.
– Qual é? Eu nunca te vi apaixonadinho, aaaaaawwwwwwn... – ele fez uma voz esquisita.

Olhei-o como se fosse de outro planeta.
– Vai embora daqui. – disse, ameaçador.

Blás revirou os olhos.
– Ok... Ok... Sr. Estressadinho.

Quando aquela coisa feia finalmente fechou a porta, enfiei a cabeça no travesseiro me segurando para não quebrar alguma coisa.

A insônia agora é uma fiel companheira, e os pesadelos não ficam para trás. Quase sempre sonho com o dia em que minha Tia Bella torturou Hermione na minha casa, enquanto eu assistia a cena. Impotente. Inútil. Às vezes Trevor a mata e ganha a guerra... Prefiro não pensar nessa possibilidade. As feridas da ultima guerra bruxa nem cicatrizaram e tem algo pior ainda vindo. E eu me arrependo amargamente da minha participação na ultima, mas cada dia fica mais difícil concertar as coisas.

Não vai ser impossível, cara.

Ouço três batidas leves na porta e, instintivamente, viro-me para ela.
– Draco? Sou eu, Narcisa. – ouço a voz feminina abafada do outro lado.

– Entra, mãe.

Em questão de segundos, ela entra com sua bandeja.

– Draco, você vai ficar nessa cama o dia inteiro? – ela pergunta. Mães: sempre se sentindo incomodadas.

Reviro os olhos.
– Eu tenho outra opção?

Eu sempre pego ela com essa pergunta. Sorrio de canto.
– Dessa vez você não tem argumentos. – falo.

Ela abre a boca varias vezes mas não emite som algum.
– Mas filho...

– Ele me prendeu aqui mãe. – reviro os olhos novamente.

Ela suspira, está na cara que ela detesta o destino que teve. Assim como eu.
– Só espero que ela vença. – minha mãe diz sem pensar.

Olho-a. Foi tudo culpa dele. Lúcio nos levou junto quando se juntou a Voldemort, e está levando novamente se juntando a Trevor. Ele não aprende, e não espero que vá aprender. Ele também não se arrepende, então, o que posso fazer? Rezar para que ele apodreça em uma maldita cela de Azkaban seria pouco.

Mamãe deixa a bandeja encima da escrivaninha.
– Bem, querido, o que ele te respondeu?

Dou de ombros.
– Nada, ainda.

– Fiz seu pai falar com ele, e bem, você tem 24 horas. A resposta vai vir.

Arqueio uma sombrancelha.
– Ele foi útil pra isso? Não posso acreditar!

– Não deboche do seu pai. – ela diz, tentando ser severa.

Olho-a.
– Ele é um carma, mãe. Aquilo nunca foi um pai. – digo, amargamente.

Minha mãe franze os lábios e faz um sinal afirmativo com a cabeça, por fim, viro a cabeça e encaro a parede. Frustrado. Me amaldiçoo por um dia ter cogitado a possibilidade de ser como Lucio.

Quando a porta bate, finalmente vejo que ela se foi, e eu nem me despedi.

Fomos tragos para algum lugar muito frio, acho que ao norte da Inglaterra. Desde aquele dia, trancaram-nos num quarto, as janelas são protegidas com magia e a porta também. E inventaram de me trancar com Zabini e Nott, esses dois inúteis, meus amigos, mas inúteis. Não vejo muito minha mãe, ela só aparece para trazer as refeições. Isso ai, cárcere privado. Nada de nada.

Eu acho que vou enlouquecer.

Não que eu seja claustrofóbico, mas tem tanta coisa acontecendo e eu estou trancado em um quarto, há cerca de uma semana. Preciso achar o centro, sabe? O meio-termo, o ponto de equilíbrio. Esse ser e não ser, essa inconstância está me deixando mais perturbado do que já sou. Tenho que dar um jeito de sair em 24h para chegar a tempo na Londres trouxa, mesmo que eu tenha proposto a ideia ao próprio Trevor, ele ainda não me respondeu. E temo o que pode acontecer se não aparecermos na casa de Hermione amanha.

A ultima coisa que quero pensar é que ela viria atrás de mim.

Não sei o que Blás foi fazer lá, mas só sei de uma coisa: hoje à noite eu vou sair desse quarto.

Porém, quando me encaminhei para a porta, ela se abriu de uma vez. Prendi a respiração quando olhei nos olhos dele. De repente, o ar ficou escasso, o ambiente estava sombrio e de um silencio mortal.
– Malfoy, eu já me decidi. – sua voz ecoou no quarto.

Limpei a garganta, agora soando confiante.
– E qual a sua resposta? – eu perguntei, tentando ao máximo ocultar meus pensamentos, sentia ele dentro da minha mente, vasculhando tudo.

Trevor me encarou por alguns segundos e soltou um sorrisinho zombeteiro. Suas mãos se juntaram atrás de si e ele começou a caminhar pelo quarto passando direto por mim.
– Pois bem, garoto. Você quer provar a sua lealdade, e mesmo tendo desperdiçado a primeira chance, se acha no direito de pedir uma segunda. – engoli a seco – Gosto da sua ousadia, Malfoy. Mas é a ultima chance.

Quase sorri. Quase.

Minha felicidade sumiu quando ele se virou para mim novamente.
– Tenho uma condição. – ele disse e eu assenti para que continuasse – Quero ela viva.

Franzi o cenho.
– Viva? – perguntei, tentando não me desesperar. Se morta era ruim, viva é muito pior. Se ele a quer viva, será para massacrá-la ate a morte. Definitivamente era muito pior.

– Você escutou. – ele sorriu maldosamente – Estamos entendidos, até logo, Malfoy. – A porta se fechou em um ruído silencioso, como os passos dele.

Eu estava numa enrascada feia, não que eu fosse fazer o que aquele cara metido a bad boy me mandou. Eu não faria.

Mas ninguém pretendia colaborar comigo, e o meu tempo estava se esgotando. A cada segundo que se passava, sentia que Trevor estava desconfiando mais da minha lealdade.

Por algum motivo, acabei entendendo que Trevor não queria esperar, não dessa vez.


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Notas finais do capítulo

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