Dramione: Learning To Love - 2º Temporada. escrita por Clary


Capítulo 21
Capitulo 21


Notas iniciais do capítulo

Podem me xingar, me avadar, me jogar pelas paredes afora e sambar umas pauladas em mim, mas eu prometi que ia terminar. Sempre falei isso pra vocês, e FINALMENTE O MEU GERENCIADOR VOLTOU A FUNCIONAR! Pedi a ajuda do suporte do fanfiction, e ALELUIA! Senti muita falta daqui, cara, como! E não acabou gente, ainda tenho uma supresinha pra vocês! Obrigada por todas as recomendações, comentários, tudo, e eu espero de verdade que leiam e comentem esse pré-final.



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Eu dormi, por muito tempo. Por vezes sonhava com Arya e minha mãe. Sonhei com Draco, numa sala escura, assustado. Era tudo tão desconexo. Sentia que meus neurônios fervilhavam para motivar meu corpo a erguer-se, mas algo externo me impedia. Algo poderoso. Quando acordei, eu não estava mais com meus amigos, nem em Hogwarts.

Era uma sala extensa, a sala de estar da minha casa. Mas inteiramente modificada. Meus olhos vasculharam o local, sem percebê-lo ali. Forcei meu corpo a se sentar e os pelos da minha nuca se eriçaram imediatamente.

Comensais cercavam todas as saídas.

A voz dele ribombou.
– Que bom que você acordou.

Me levantei.
– Trevor... – o nome escapou pela minha boca. Trevor tinha um sorriso vil nos lábios, e seus olhos eram de um negro tão intenso e maligno que qualquer um que o encarasse por mais de dois segundos sairia correndo. – Onde estão? O que você fez com eles? – disparei.

Ele se levantou.
– Eles estão em... Segurança. Na medida do possível. – disse, com a voz arrastada.

– Na medida do possível?

– É... Sabe, eles são um pouco difíceis de lidar. – disse, tirando a varinha do bolso.

Solto uma risada de escarnio ao desviar do feitiço dele.
– Você ainda não conheceu o “difícil de lidar”. – digo, e travamos uma batalha.

Ele investia cada vez mais rápido, seu objetivo era me cansar, e o meu era distrai-lo. Percebi isso de primeira. Meu corpo é tomado por uma onda de energia sobrenatural, e eu duelo sozinha com Trevor, desviando e investindo como um demônio. Os Comensais ao redor não se atreviam a colocar-se entre nós. Nem mesmo a Lestrange, ou os mais fiéis.

Então, toda a sala desaparece, todos eles, e mesmo que eu esteja muito centrada em derrotá-lo, vejo com o canto do olho o lugar. É como... Uma sala do trono? Wtf? Ele é tão patético que sinto vontade de vomitar. Trevor não parece querer apenas poder e o mundo magico, ele parece querer transformar Hogwarts em uma senzala e nós em seus escravos. Ah, pro inferno!

O desarmo de repente e o estuporo em seguida, quando o feitiço que ele iria lançar morre em sua boca. Ergo a varinha, a dele está longe.

– Você não vai me matar. – ele solta uma gargalhada.

Sinto o suor correr frio pela minha testa, esvazio a cabeça, tenho que fazer isso. E só por essa distração, acontece rápido demais. Sinto minhas costas se chocando contra concreto. Trevor ergue outra varinha, a minha estava longe e não tinham possibilidades de pegá-la agora. Eu estava no chão, desejando que caso ele tivesse que fazer alguma coisa, desse logo o veredicto.

Como se lesse meus pensamentos, ele gritou a maldição imperdoável que me mandaria dessa para melhor, ou pior, nunca se sabe. Pensei em Draco, será que foi morto assim? E Harry, será que dói? Dumbledore, Ridley... Parece que tudo estava em câmera lenta, então, ouvi um grito. Não foi o susto, não foi a curiosidade, mas eu abri os olhos imediatamente.

Draco... - murmurei enquanto ele corria na minha direção, os cabelos bagunçados, a roupa suja de fuligem, seu semblante desesperado, analisei cada traço dele em um segundo, como se fosse minha última visão. Ele estava ali, oh Merlin ele...

Então ele saltou à minha frente na exata hora que o feitiço me atingiria.

~

Observei enquanto Trevor caía, um ato de amor verdadeiro... Um ato de amor verdadeiro...

Draco me amava de verdade.

Agachei-me perto dele, emocionada e abalada demais.
– Draco, você... - comecei.

Ele apertou a minha mão, seus olhos tempestade me fitando como se eu fosse a única pessoa no mundo, e a última que ele veria. Eu não podia deixá-lo morrer, não podia.
– Shhhh... - ele mandou - Você sabe por que fiz isso. - ele forçou a voz - Em sete bilhões de pessoas no mundo, a mais improvável me fez ser um cara melhor. - Ele sorriu fracamente, os olhos perdendo o foco, mas não deixando de olhar para os meus para dizer a última frase - Você sabe porque o fiz. Eu te amo, Herm...

Sua cabeça tombou para o lado quando ele fechou os olhos. Gritei, desesperada.
– Draco! – o sacudi, e senti um arrepio de desespero percorrer todo meu corpo – EU TE AMO! DRACO! - abracei seu corpo, agora inerte, gelado e sem vida, e chorei, chorei como se ganhar a guerra não valesse a pena. Não, isso não podia acontecer. Não estava plan...

– Nem tudo na vida precisa de um plano, Hermione. – olhei para frente, lá estava ela, sua aura tremulando, mais vivida – Os seres humanos são movidos pela emoção.

As lágrimas embaçaram a minha visão.
– Traga-o de volta! – gritei – Eu preciso, Ridley! Eu preciso! – minha voz estava embargada e falhando.

– Esperança. – ela disse – É tudo o que se pode ter. – olhei para ela, de repente. Nossos olhos se encontraram num acordo silencioso. – Draco me fez uma promessa.

– Q-Qual?

– Ele cuidaria de Arya por mim. – as palavras soaram diferentes na boca dela. Soaram... verdadeiras. Como se não fosse um espírito, como se ela estivesse ali.

– Você... – tentei raciocinar. Então, solucei. – Você é a mãe dela.

Ela assentiu, e uma lágrima escorreu por sua bochecha.
– Não os deixe vencer, por favor. Mande-a para Beauxbatons, sua mãe saberá o que fazer, mas não a deixe mais sozinha do que já é.

Assenti, mas antes que eu pudesse dizer algo, Ridley me deu um sorriso triste. E então, desapareceu.

Lágrimas desceram com mais violência. Ela também se foi? Será todos que eu amava me abandonariam? Não tinha dor pior que essa. Ele estava vivo enquanto achei o contrário, eu não tive tempo de beijá-lo, abraçá-lo, sentir seu perfume entorpecente, de dizer que o amava. Eu não tive tempo de olhar uma ultima vez em seus olhos tempestade. Um vazio irreparável preencheu todo meu peito. Numa tentativa desesperada de fazê-lo reviver, o beijei. Seus lábios secos e gelados me lembrando o tempo todo a loucura que eu estava fazendo. Então, minutos depois, senti sua boca pressionar a minha com tanta urgência, que quase enfartei de susto. Afastei-me de repente, enquanto observava os olhos entreabertos de Draco e a respiração... Acelerada.

Primeiro o choque, a seguir os acontecimentos, depois a felicidade. Essa é a ordem correta. Mas digamos que esses sentimentos e mais um bocado unidos à reações me atingiram em cheio.

Olhei-o, maravilhada. Puxei-o pela gola da camisa e o beijei com fervor, não me importando se ele tinha acabado de ressuscitar. Na verdade, isso apenas me dava mais vontade de agarrá-lo.

– Ei! – ele se separou – Calma, Merlin... – disse, assustado.

O abracei.
– Me diga que isso tudo foi um pesadelo...

Draco segurou meu rosto entre as mãos, fazendo com que eu olhasse em seus olhos.
– Eu não sou tão fácil de matar, querida. – sorriu, ah, aquele sorriso... – E não, Mione, ainda não acabou. Onde estão os outros?

A felicidade de antes só me deu um gás extra, puxei Draco pela mão enquanto corria para a porta e ele resmungava.
– Ai, garota, eu acabei de morrer, tenha paciência! Quanto respeito!

– Cala a boca, você é homem ou não?

Draco agarrou a minha mão e saiu correndo na frente, me arrastando.
– Isso não é pergunta que se faça. – respondeu, carrancudo.

Quando ele empurrou a porta empacada com um chute, vimos o inferno que estava a sala de estar. Haviam Aurores por todos os lados, minha mãe duelava diretamente com Bellatrix Lestrange, Harry saía estuporando tudo e todos até chegar em Ronald e o derrubar, Gina se movia com destreza, Luna enganava todos com sua expressão calma e pacifica, Theo o Blás acabavam com os Comensais, era uma chuva de feitiços para todos os lados.

O primeiro a nos ver parados na porta foi Greyback, que aparatou imediatamente, fazendo com que o feitiço de Simas atingisse o Comensal atrás, que lutava contra Luna, que foi atingindo outros, e logo essa distração já tinha rendido ao Ministério mais da metade do salão detido. Mas não, Bellatrix tinha que roubar a cena.

Draco correu para ajudar Harry e eu saí em disparada para onde Bellatrix duelava com a minha mãe. Assim que a Lestrange me viu, começou a berrar meio aos feitiços.
– Sangue-ruim! Eu mesma vou te matar! – gritou com aquela voz irritante.

– Renda-se, Lestrange. – minha mãe ordenou, mandando um Estupefaça quase no meio da fuça, dela, que se protegeu.

– Nunca!

Rolei os olhos assim que estuporei um ser que teve a audácia de tentar me matar. Ele caiu, inerte, de encontro a parede mais próxima.
– Ah, então morre tentando! – resmunguei e fui para o lado da minha mãe.

Juntas, em poucos segundos, Bellatrix dava passos cambaleantes para trás, tropeçando nos próprios pés e naquele saltinho barulhento ridículo. Até que a encurralamos, e minha mãe a desarmou.

Uma luz cobriu todo o local de repente. Senti meu corpo ser içado para cima e envolvido em chamas, então, ouvi a voz da minha mãe na minha cabeça: “Você sabe o que dizer, querida.”. Um manto branco estava envolto ao meu redor, seu brilho era tão forte e intenso que queimaria os olhos de qualquer um. Senti olhares admirados, e meus cabelos ondulando em cachos castanhos ao meu redor e algo dentro de mim renasceu.

Reuni todas as minhas forças naquelas palavras.
Ante lucem tenebras repellendos, exules sine fine destinavi antiqui. AVA PYTHONISSAM!

Todos sorriram com respeito e repetiram em concordância.
AVANTE!

Então, ergui minhas mãos para o céu, e delas saíram um jato incandescente que ao se chocar contra o teto ribombou e iluminou tudo com uma luz cegante. Quando olhei para baixo e meus pés tocaram o chão, o salão irrompeu em gritos animados ante o nosso triunfo.

Sorri para Gina, descrente. Meus olhos percorreram todos ali e pararam em Harry. Não estavam todos ali, e isso me remoía por dentro. Dino, por exemplo. Então, alguém veio correndo e me abraçou.
– HERMIONE! – ouvi a voz de Arya.

Meus olhos marejaram e a embalei em meus braços. Gina e Luna pararam ao meu lado.
– O que significa essa superprodução fim de batalha? Um tipo de bênção de Afrodite?

– Não sei, mas você está linda, Mione. – Simas elogiou. Então, ele viu o Draco e gelou. – Com todo respeito!

– Isso se chama Permissão. – minha mãe apareceu – É quando uma Bruxa da Luz te dá seu posto nas fronteiras do mundo mágico, então, ela finalmente pode descansar.

Meus olhos brilharam. Ridley...

Fechei os olhos. Descanse em paz, Black.

Então alguém falou dentro da minha cabeça, quase a vi na minha frente, sorrindo: “Você não vai ouvir vozes por um bom tempo, sinta saudades de mim, Granger.”.


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Notas finais do capítulo

GENTE, COMENTA PLMDDS QUE EU QUERO HUGGAR TODAS VOCÊS NAS RESPOSTAS, GO GO GO GO