Dramione: Learning To Love - 2º Temporada. escrita por Clary


Capítulo 20
Capitulo 20.


Notas iniciais do capítulo

Eu peço encarecidamente que me perdoem por ter demorado tanto. As coisas não estão fáceis aqui, e escrever virou um desafio nessa semana. Mas, felizmente as ideias voltaram. Boa leitura! E se preparem para o final.



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Por Draco Malfoy:

Tentei normalizar o ritmo da respiração. Contei até três e respirei fundo. Theo e Blás, logo atrás de mim, fizeram o mesmo.

Escondidos num beco qualquer que dava vista para a Mansão dos Granger, é isso aí. Haviam quatro Comensais guardando a casa, varinha em punho. Minha mente trabalhava incansavelmente. Como passar por eles?

– Draco? - Blás estalou os dedos na frente do meu rosto, contive-me para não demonstrar o susto - Onde vossa alteza está?

Rolei os olhos.
– No deserto do Saara. Blás, eu estou bem na sua frente. - bufei e continuei pensando.

Theo nos observou.
– Não é hora, mas... A loirinha tá irritada.

– Vocês podiam pensar em uma forma de passar por eles? - apontei os Comensais.

Theo abanou a cabeça.
– Não podemos fazer isso sozinhos. - disse.

– Não estamos sozinhos. - Blás apontou, sua expressão se fechando.

Olhei para onde ele estava apontando. Os Comensais saíam de seus postos vindo na nossa direção. Eu os reconhecia, porém não me recordava dos nomes. Não é hora de reconhecer ninguém!, minha consciência berrou.

Como se tivéssemos nos comunicado telepaticamente, nós três começamos a correr desenfreados, mas com um rumo certo. Daríamos a volta, distrairíamos eles, e se tudo desse certo, entrar pelos fundos era mais atrativo.

Então, começaram a disparar contra nós. Desviei de três feitiços, e não quero nem saber quais eram. Continuei a correr, olhando para trás de cinco em cinco segundos, até virarmos uma esquina e Blás me puxar pelo casaco para o que reconheci ser uma porta.

Blás respirou fundo.

– Despistamos eles. - disse.

– Não por muito tempo. - Theo avisou, olhando pela fresta da porta.

Observei o local. Era apenas a recepção de um hotel barato, nada demais. Mas, felizmente, notei quando as luzes começaram a piscar.

Também vi quando duas sombras passaram rapidamente atrás de Theo. Me coloquei na defensiva, assim como os outros dois. Varinha em punho.

Um, dois, três segundos. Cinco minutos. Nada além do barulho da nossa respiração.

Blás pensava em desistir, quando todas as janelas e cortinas se fecharam num único movimento e as luzes se apagaram. Um grito agudo e feminino irrompeu nossos ouvidos, senti meu corpo estremecer. Conhecido, minha mente formulou a palavra.

Me recuperei, e antes que eu perdesse o foco, estuporei algum ponto à direita, onde tinha ouvido uma das sombras, e ouvi um baque surdo. Um corpo se chocando contra o chão.

– Eta porra! - Blás exclamou. - O que foi isso?

– Loirinha? - Theo chamou, apreensivo.

– Detesto muito essa nomenclatura, mas sim. Sou eu. Sobrevivi. - eu disse, a voz arrastada.

– Devemos dar uma festa? - eu podia visualizar Blás rolando os olhos.

Jogando baixo, hein, Trevor? Pra derrotar três jovens tem que ser no escuro?

Felizmente, Trevor aceitava desafios.

As luzes se acenderam, e olhei em volta, procurando mais alvos. Estaquei no lugar, meus olhos se adaptando à luz. Não estávamos mais na recepção.

Essa expressão nem mesmo podia ser aplicada no plural.

Era uma cela, úmida do que por acaso não era água. Grades de aço me encaravam e enquanto eu cogitava possibilidades impossíveis de escapar elas pareciam apenas rir.

– Oi?! Alguma alma viva? Socorro!

Agarrei as grades e tentei olhar do lado de fora. Como eu vim parar aqui? Onde estão Blás e Theo? As perguntas me cansavam, então as afastei. Era mais um truque. Mais uma porcaria de armadilha de Trevor.

Ele, definitivamente, queria lutar sozinho.

Fechei os olhos e desabou no banco de cimento áspero. Roguei a Merlin e a todos os magos que me dessem uma luz nesse momento. Inútil, praguejei, Você não pode perdê-la novamente.

Por ela.

Por ela.

Levantei-me.
– Ei! - gritei.

Então ouvi uma voz feminina que emanava poder.
– Durma.. - ordenava.

Por um segundo cheguei a cambalear diante o poder da voz. Mas não vinha de nenhum lugar, vinha da minha mente.

– Draco? Durma. - ordenou novamente.

E sem poder sobre meus impulsos, meu corpo pendeu para o lado. Tudo escureceu.

Olhei ao redor. Tudo era branco, iluminadamente cegante, a luz feria meu olhos. Os semicerrei para discernir o local.

Uma mulher, seus olhos eram âmbar, conhecidos, seus cabelos negros ondulavam ao seu redor assim como o vestido. A pele era alva, mas era nítida a sua idade. Emanava poder.
– Ridley. - o nome saltou da minha boca.

Ela me sorriu, mas a frase que proferiu não pareceu combinar à expressão.
– Aja rápido, Draco.

Dei um passo a diante.
– Como?

– Hermione está em perigo. Trevor controlou o tempo, atacou Hogwarts, enlouqueceu Luna Lovegood, mesmo que os alunos tenham ganho com êxito, perdas incontáveis assolaram a escola. Essa guerra só pode ser ganha por uma pessoa.


– Certo. Como saio daqui? - perguntei.

– Vou te ajudar, interferir. Será a única vez. Não falhe.

– Quando tempo passou? Já que ele está controlando o tempo. - perguntei.

– Um dia. - ela respondeu, inexpressiva.

Tentei não deixar meu desespero transparecer.
– Você.. - comecei, eu já sabia de tudo aquilo. Precisava apenas confirmar algo.

Ela me interrompeu.
– Não vou falar sobre isso, Draco. - ponderou.

Sorri ironicamente.
– Não vai conseguir esconder isso de mim. Eu já sei, Black.

Sua expressão escureceu.
– Drac..

– Ela merece saber a verdade! - eu disse, com a voz branda. - Não posso iludi-la, por favor, diga se é verdade ou não apenas.

Ridley hesitou. Seus olhos encontram os meus, e por um segundo eu vi outra pessoa. Mais nova, bem nova. Inocente, castigada pelo passado. Eu não precisava que ela confirmasse.
– Jane está te esperando no corredor que dá para o lance de escadas. - ela cortou, não conseguiria dizer. Relatar tamanho erro, pensei, podia ser demais. - Aja como se fosse impossível falhar. - sua voz era dura e cortante.

Forcei um sorriso.
– Você sabe que pode me pedir isso. - insisti.

Os ombros de Ridley caíram aos poucos, deixando transparecer seu cansaço. Seus olhos marejaram e ela estremeceu.
– Eu não queria, Draco, foi um erro tão grand... - sua voz vacilou, então ela pendurou seus olhos nos meus - Cuide dela por mim. É tudo que peço.

Assenti, e em um piscar de olhos eu estava fora da cela. Irrompi o corredor e logo eu subia as escadas...
– Draco!

Virei-me abruptamente, deparando-me com Jane, que esboçava um caloroso sorriso.
– Conseguimos dominar os Comensais! - ela dizia. - E você não está morto! Eu vou fazer uma festa de arromba quando mandar aquele idiota que mexeu com a minha filha de volta ao inferno. - ela vociferou.

Sorri para ela.
– Bom te ver, Jane. E já que tudo está bem, onde está Hermione? - perguntei, toda expectativa transbordava as palavras.

Jane estacou no lugar.
– Pensei que você soubesse, já que estava no subterrâneo da minha casa, que aquele insano tomou. - disse, sua expressão escurecendo.

Agarrei a minha varinha.
– O quê?

Minha sogra emanava ódio.
– Exatamente, meu bem. Hermione, segundo Harry, desapareceu desde que viraram um beco há poucos metros da casa.

– Como era o beco?

– O único por aqui.

Senti-me cambaleando para o lado.

O grito era o dela.


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Notas finais do capítulo

Comeeentem!