Dramione: Learning To Love - 2º Temporada. escrita por Clary


Capítulo 22
Capitulo 22.


Notas iniciais do capítulo

Minhas queridas leitoras, esse é o ultimo. Aproveitem!



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Anos depois - Mansão Malfoy.

– MÃE, SCORPIUS DISSE QUE EU ESTOU GORDA!

– EU NÃO DISSE NADA DISSO!

– TÁ ME CHAMANDO DE SURDA SEU VIA...

– MÃE, CLARY TÁ FALANDO PALAVR...

Draco adentrou a sala a passos largos e decididos, sua expressão era tão calma que Clary e Scorpius se calaram imediatamente. Geralmente quando o pai estava calmo, ele tinha perdido a paciência. Ele olhou para os filhos. O garoto era sua cópia, o que fazia Hermione pensar: “Já não me basta ter convivido com essa doninha a minha vida toda, eu pari uma doninha mirim.” Não fossem pelos olhos âmbar da mãe, eles eram idênticos.

Ao invés de dar uma bronca, ou qualquer coisa do tipo. Draco indignou-se.
– Porque vocês sempre chamam a mãe de vocês? – perguntou, carrancudo.

Scorpius olhou de canto para o pai.
– Que linda forma de educar, pai.

Clary rolou os olhos.
– É por isso que chamamos a mamãe.

O loiro olhou para a filha. Cabelos castanho escuros, olhos cinza. Essa danada roubou meus olhos, pensou. Ah, em seus trinta e cassetada, minto, poucos, ele ainda se considerava o cara mais gostoso do mundo mágico, então porque se importar com filhos que roubam a sua beleza?

Belo raciocínio, Malfoy, você se importa com coisas muito úteis, pensou.

Clary olhou para o relógio. Era seu primeiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e ela estava tão ansiosa que mal dormira.
– Pai, falta uma hora, cadê a mamãe?

Draco empertigou-se.
– Ela aparatou para a Toca ontem, pela noite, já devia ter cheg...

De repente, a sala da Mansão Malfoy irrompeu numa pilha de malhões, corujas, e pessoas ruivas. Pessoas ruivas? Ah, eles não tem mais vestes de segunda mão, por isso não os identifiquei antes, pensou Draco.

Hermione sorriu para o marido, que a recebeu com um beijo desentupidor de vulcões mesmo, como sempre, deixando-a com o rosto em brasa.
– Senti sua falta...

Hermione o encarou.
– Foi uma noite, Draco.

– Em uma noite se faz muita coisa. – ele disse, no seu tom casual.

Hermione lhe deu um tapa no braço, exalando vergonha dos poros.
– Draco! As crianças!

O loiro deu de ombros e semicerrou os olhos na direção do Potter menor, Alvo Severo Potter trocava um abraço apertado com a sua filha do meio, Clary, e conversavam animadamente. Quem esse pirralho pensa que é pra ficar de conversinha com a minha filha? Ainda mais um Potter? A rixa acabara faz tempo, mas isso não impedia o loiro de demarcar limites a cria do colega de trabalho, Harry Potter. Assim como este, ele também tinha rixa com um bocado de gente, tipo Ronald Weasley, que fora inocentado após a guerra, pois parecia que Trevor o tinha enfeitiçado.

Draco tinha lá seus motivos para não deixar que ele pisasse na sua casa, e Hermione não contestava, mesmo tendo perdoado a praga do Cenoura. Ele não conseguia detestar nada que ela fazia.

Sentiu alguém abraçar sua perna esquerda, e ao abaixar a cabeça deparou-se com os olhinhos pidões de sua filha mais nova, Megan. Seu coração esquentou, as filhas tinham esse efeito nele, ao encará-las por mais de dois segundos, seria capaz de fazer qualquer coisa que pedissem. De menos cozinhar, não era lá o seu forte.
– Papai? Jornalistas.

A paz interior de Draco Malfoy se desfez em cinzas. Ele odiava Jornalistas, as pestes o perseguiam desde a guerra contra Trevor, atazanando sua família, inventando mentiras entre Hermione e Victor Krum, cara que ele aprendeu a odiar, e tirando a liberdade de seus filhos na questão de ter uma vida normal. Não que eles fossem ter, com guerra ou sem guerra eles eram Malfoy’s, os fodões do planeta.

Ele fechou as cortinas sem que ninguém percebesse, e o alvoroço na sala continuou. Problema um resolvido, agora, Alvo o esperava. Draco caminhou distraidamente, observando o local. Hermione conversava com Gina e Harry, Rose Weasley se isolava o mais distante possível de seu clone mirim, vulgo filho, enquanto Scorpius estava entretido com Jonnas e Gerald, os filhos de seus amigos Blás e Theo, que aliás, caminhavam em sua direção.

– O que você vai fazer quanto a isso? – Theo perguntou, sério.

– Ainda bem que eu não tenho filhas. – Zabini riu. – Ah, por favor, o garoto é uma criança. – ele dizia, achando aquilo tudo muito normal.

Draco sorriu de lado.
– E o que você fazia quando tinha doze anos, Zabini?

O moreno estufou o peito.
– Ah, eu pegava todas, elas adoravam um novinho... Mas, sabe eu era uma criança, eu gostava de Quadribol, só isso.

Theo revirou os olhos.
– Geração precoce...

A expressão de Draco endureceu.
– A minha filha não.

Zabini abraçou o amigo pelos ombros.
– Draquinho, você arruma briga por pouca coisa, deixe eles, estão conversando, olha só que bonitinh...

Draco se desvencilhou do amigo quando sua filha, sua menininha, deu um beijo na bochecha daquele pivete. Ele sorriu para Alvo, e virou-se para sua filha.
– Clar, você me dá um momento com o Alvo?

A garota estranhou, mas riu.
– Ele não é minha propriedade, você fala com ele quando quiser.

O pai respirou fundo. Aquela era a Hermione II, o nome foi pra pessoa errada. A guerra era muito menos complicada que as filhas, Merlin o perdoasse.

– Tchau Alvim, estou te trocando pela Ronnie. – ela se despediu.

O garoto sorriu de canto para ela, e depois virou-se para Draco.
– Fala, tio. – ele ergueu a mão para um high five que Draco conseguiu acompanhar habilmente. Não é que ele não gostasse do garoto, era espetacular demais para ser filho do Potter, mas Draco tinha seus motivos.

– Ei, Alvo, tenho uma missão para você. – disse, aos sussurros.

O menino ergueu a sobrancelha. Eu tô falando, isso não é filho do Testa-Decepada, pensou, qualquer um teria dito “não, valeu” e ido embora correndo. Esse era de raça, e ele fora para a Sonserina, o que já deixava o loiro menos encucado.
– Qual?

Draco olhou para os lados e sorriu para Alvo.
– Você está encarregado de espantar qualquer marmanjo indevido que der em cima da minha filha, porque eu confio em você. – ele enfatizou.

Alvo não pensou nem por dois segundos antes de concordar com a cabeça, rindo.
– Ela vai ficar brava, mas tudo bem. Vai ser legal.

Por que raios essa menina ia ficar brava? Ela mal parou de brincar de bonecas ainda!, pensava, intrigado. Então, a frase do amigo Theo lhe veio à mente: “Geração precoce...”. Não, claro que... Mês passado ele se lembrara de ter visto Hermione e Clary muito juntas, conversando muito, e empenhadas em dar as bonecas para uma organização. Mas por quê? Logo as bonecas? Até eu gostava delas!, viu-se irritado com a situação. Soltar os filhos no mundo era uma coisa impossível.

Hogwarts era impossível, ele sabia disso porque ele mesmo fazia o que lhe dava na telha naquela escola.

Ele bagunçou o cabelo do jovenzinho que lhe colocara dúvidas na cabeça.
– É isso aí, Alvo. – disse, se afastando.

Enquanto isso, do outro lado da sala Hermione tentava enfileirar as crianças e distribuir pó de flú para cada uma sem que alguém fosse pulverizado ou parasse no Alasca acidentalmente. E caso isso acontecesse, ela gritava para cada um deles que ninguém iria lá para buscá-los. Draco admirava aquela mulher por saber calar a boca de uma criança. Ele a admirava por tudo.

Por vezes, depois de anos casados, ele ainda se pegava a olhando feito um idiota, quase babando.

Ela estalou os dedos na frente do rosto dele, e seus olhos âmbar invadiram seu campo de visão. Então ela sorriu, e todos os problemas com a filhinha dele e os Jornalistas se dissiparam.
– Vamos antes que a Clary perca o trem pro primeiro ano dela. – então, ela sussurrou a ultima parte – Ou você vai ficar aí, olhando pra minha bunda?

– Tudo que é seu é meu, amor. –ele disse.

– Vocês me enojam. – Clary soltou, com uma careta, brotando de Salém entre os dois.

Scorpius e Alvo caíram na gargalhada, os únicos perto o bastante para ter prestado atenção a alguma coisa. Hermione voltou a sua função, risonha, e em pouco tempo todos estavam frente à temida pilastra das King’s Kross.

– Contemple a pilastra, Clar. – Alvo dizia, abraçando-a pelos ombros enquanto andavam e indicando-a.

– Pode ser a ultima vez que vai ver o sol. – Scorpius apareceu do outro lado.

– Vocês dois, chega, estão assustando o Jonnas e o Gerald. – ela mandou – Não tem nada demais ali. – disse, calmamente. Embora duvidasse.

Foi então que Alvo sussurrou em seu ouvido.
– Aranhas...

Clary arregalou os olhos e saiu correndo para perto da mãe, tirando Megan dali e segurando a mão da única que poderia protegê-la. Megan saiu choramingando para o colo do pai, apontando a irmã mais velha com uma careta horrenda. Jonnas e Scorpius tentavam segurar o riso e parecer corajosos ao atravessarem a maldita pilastra, foi então que Alvo tomou a mão dela, surpreendendo-a.

– Juntos? – perguntou. Clary segurou a mão dele, meio atrapalhada. – No três. – disse.

A garota começou a contar mentalmente.

Um...

Dois...

Três...

Seus pés pousaram no chão quase que imediatamente, e o barulho do aglomerado de alunos e pais irrompeu seus ouvidos. Alvo lhe sorriu timidamente, e ela sorriu de volta.

Um pouco atrás, Hermione Malfoy beliscava Draco Malfoy por ser um pai tão ciumento.

– Ai! Mione! AI! Calma, mulher! – dizia.

– Deixe o pobre do Alvo em paz!

– Quando ele deixar a minha filha...

– Ah, eu desisto de você, Malfoy! – ela jogava os braços para o alto e olhava para o céu em busca de ajuda divina. Seu marido era perfeito, uma perdição, um amor de pessoa, mas era tão possessivo que beirava a idiotice.

– Ei, Hermione... –ele chamou, com aquela voz sedutora que sempre fazia e a derretia por dentro.

Ela se virou, relutante.
– Que é?

– Você é uma Malfoy, esqueceu? – ele disse, a abraçando pela cintura enquanto andavam.

Hermione olhou ao redor. Gina e Harry empenhados em palestrar para as crianças sobre os perigos de Hogwarts e ela e Draco namorando eternamente. Mas esse não é o casamento que pedi aos céus?, dizia a si mesma. Na verdade, estava mais que satisfeita.

Ela beijou o rosto do marido gentilmente e foi até a filha, que encarava o trem com um misto de ansiedade. Então abaixou-se até a altura dela.
– Vai procurar uma cabine?

Clary lhe sorriu.
– Vou.

Então a mãe estendeu os braços para um abraço apertado, que a filha retribuiu imediatamente, na mesma intensidade.
– Tchau, mãe. – ela se jogou nos braços do pai assim que ele parou ao seu lado. Fez uma careta para Megan, mas acabou abraçando a pequena, mesmo que relutante.

Então, Hermione começou a palestrar.
– Cuidado com a Floresta, procure o Hagrid se qualquer coisa acontecer, não arrume brigas desnecessárias, cuidado com o Filch, deixe a gata dele em paz, não roube carros, fique o mais longe possível do Salgueiro Lutador, reze para que você tenha puxado seu pai para poções, não vá até a Sala Precisa antes dos seus dezesseis anos...

– Trinta. – interrompeu Draco, prontamente.

Hermione o ignorou, e com a voz embargada, olhou para a filha que crescia como um pãozinho com fermento demais.
– Seja uma boa garota, meu amor. – então, beijou a testa dela.

Clary riu.
– Seja uma boa esposa, mamãe. – então, sorriu de lado para Draco.

Surpreso, ele soltou um risinho abafado.
– O que você anda conversando com a sua filha?

– O necessário. – Hermione respondeu, ríspida.

Então Scorpius apareceu, negando os abraços da mãe, com vergonha de ser visto por algum amigo, e trocando um aperto de mãos com o pai, como se fosse tão adulto quanto ele. Draco piscou para Clary, que o encarava com aquela carinha de anjo. Então seu coração apertou quando ela e Scorpius entraram no trem.

Ele esperou, pareceu uma eternidade até que a cabine dos Malfoy, Weasley e Potter apareceu. As crianças conversavam e mal entraram no trem já estavam cobertas de guloseimas.

Draco e Hermione sorriram enquanto o trem se afastava.

Era hora de uma nova história começar.


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Notas finais do capítulo

Devo agradecer a vocês primeiramente por cada review, recomendação, cada incentivo, cada elogio. Tudo o que vocês, leitoras, fizeram por mim nessa história, prometo levar pra vida toda no meu coração e tentar retribuir de todas as maneiras em qualquer circunstancia. Vocês fizeram tanto por mim, que não saberia agradecer nunca, então pretendo continuar escrevendo sobre meus shippers por aqui e fazendo nossa vida melhor com essas ilusões heueheue Cara, eu amo vocês demais! Agora é a hora que vocês procuram "Clary's Diary" no meu profile, okay? Até a próxima historia, não vai demorar. O maior abraço do mundo em todas vocês!