Dramione: Learning To Love - 2º Temporada. escrita por Clary


Capítulo 15
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Enfim, preparem alma de vocês. Esse gif feliz, awn



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Por Hermione Granger:

– O que houve? – ouvi uma voz vinda da porta e virei o rosto.

Aria estava lá, ao perceber meu estado sua expressão mudou para preocupação. Sério? Essa garota se preocupava com alguém que não fosse ela? Não respondi, continuei encolhida rente à parede, abraçando as pernas enquanto as lagrimas embaçavam a minha visão. Tinha um nó na minha garganta, um frio na barriga, raio de metáfora, mais parecia um tiro.

Ela baixou o tom de voz e sentou-se a minha frente.
– Eu fui a ultima pessoa com quem ele conversou. – ela disse.

Olhei-a imediatamente. Percebi que ela estava tão triste quanto eu.
– O que vocês conversaram? – baixei o tom de voz.

– Sobre mim. – ela deu de ombros, tristemente. – Desde então eu não o vi mais.

– Você se lembra do que aconteceu? – indaguei.

– Eu não estava lá.

Virei o rosto novamente. Seria inútil, ninguém sabia, e eu não acreditava em mais nada.

– Granger... – ela chamou, num fio de voz. Virei o rosto e meu coração tremulou, a garotinha mordia o lábio inferior, segurando o choro. – Me desculpa.

Franzi a testa.
– Pelo que?

Observei enquanto as lágrimas grossas desciam pelas suas bochechas rosadas.
– Por ter sido tão mal criada com você. Se você não tivesse me tirado daquela floresta provavelmente eu estaria perdida, ou pior, Gertrudes poderia ter me encontrado... – ela dizia com a voz entrecortada por conta do choro.

Aprumei o corpo.
– Gertrudes? – franzi o cenho.

Então ela me contou tudo o que havia conversado com Draco. Como se aquilo fosse um peso na consciência da pobre menina, como se a culpa fosse dela por ele ter desaparecido. Por que para ela, ele tinha apenas desaparecido.

Quando ela terminou, as peças se encaixaram perfeitamente na minha cabeça.
– Oh Aria! – exclamei, ainda chorando e a puxando para perto de mim.

A envolvi em meus braços, enquanto ela chorava compulsivamente.
– A culpa não é sua. – eu disse a ela.

Ela voltou seus olhinhos castanhos marejados para mim.
– Então é de quem? – ela choramingou – Do meu pai, não é?

Surpreendi-me com a pergunta. Sem resposta, eu permaneci a encarando.
– Vamos, Hermione, é isso que Luna sempre me esconde? – ela quase gritou. – Meu pai é um assassino, não é?! – ela se levantou, e eu levantei-me junto.

O que dizer a Aria se ela estava dizendo a mais pura verdade? Confirmar doeria mais que conviver com a mentira? Olhei para ela, e resolvi dar o que ela nunca teve e sempre quis: a verdade.

– Aria, seu pai é um assassino. – eu disse, enquanto as lágrimas desciam, tanto minhas quanto delas. – Ele matou muita gente, estamos aqui para impedir que ele continue fazendo isso.

A menina me encarava, um misto de raiva e culpa.
– Eu o odeio.

Fechei os olhos e respirei fundo. Eu não podia fazer isso, era errado. Abaixei-me até ficar na sua altura.
– Você não pode odiá-lo, o sangue dele corre nas suas veias. Você nunca deve dizer isso, repita comigo Aria, eu não concordo com os métodos dele. – eu disse.

– Eu não concordo com os métodos dele. – ela repetiu. – Mas não deixo de odiá-lo, por tudo que me fez passar. – ela disse.

Suspirei e abracei-a, ela retribuiu o abraço imediatamente.
– Com o tempo você aprende... – sussurrei.

– Eu gosto de você, Hermione. – ela disse.

– Eu também gosto de você, Aria. – sorri para ela.

– Eu gostaria que Draco estivesse aqui, ele gostaria de nos ver fazendo as pazes. Ele vai voltar, não é? – ela encontrou meus olhos, desviei o olhar.

Engoli o choro.
– Torça para que ele volte.

Ela sorriu timidamente.
– Não chore, ele deve estar voltando! Ele prometeu que nunca nos abandonaria, lembra?

Quase desabei no chão e desatei a gritar, a inocência de Aria fazia meu estomago revirar.
– Lembro. – assenti – Escute, eu vou tomar um ar, ok? Não vou longe, procure o Harry e trate de atormentá-lo muito, ok?

Ela sorriu.
– Ok!

Assim que Aria se foi, corri para fora da barraca, aquele lugar tinha o cheiro dele, era como se ele estivesse ali. Meu estomago dava voltas, eu não era claustrofóbica, mas eu estava me sentindo presa, presa a algo que nem estava mais ali. Eu queria chorar, chorar até encher o pacífico e virar deserto.

Recostei-me a uma arvore, o jornal amassado pesando na mão. Um peso que eu nunca imaginei que suportaria segurar.

Olhei para o alto e engoli a seco, numa tentativa frustrada de conter o choro. Com o pouco de coragem que me restava, olhei a manchete do jornal.

La estava ele, na foto usava o uniforme Sonserino, sem a capa, e tinha um sorriso de lado. O típico sorriso cafajeste. Seus olhos tempestade me fitavam com interesse. Ah Merlin, não, não, não...

Não podia ser verdade, até o Profeta Diário mente.

Mas nesse momento, eu não conseguia achar uma brecha para desvendar aquela mentira. Eu queria sofrer, chorar, entrar em depressão. Então me lembrei de uma coisa, uma coisa que Draco havia me dito há um bom tempo.

– Seria tão fácil se você ficasse. – eu disse – Pra quem vou contar meus pesadelos?

– Blás vai ficar no meu lugar. – ele disse, brincalhão – você pode desabafar com ele.

Fiz uma careta.
– Não.

Draco voltou a ficar sério.
– Só não quero que você se preocupe. Hermione, me prometa uma coisa...—ele correu seus dedos pelo meu braço.

– O que?

Senti que quando nossos olhos se encontraram, ele pode desvendar todos os meus segredos com seus olhos cinzas.
– Me prometa, que aconteça o que acontecer, vai fazer o impossível para derrotar Trevor. – ele pediu.

Senti algo estranho com aquele pedido, como se fosse um aviso sobre algo, ao mesmo tempo que não... Não sei. Só prometi.
– Draco... – comecei, mas ele me olhou com reprovação. – Prometo. – falei, então foi nítido o alivio dele.

Desviei o olhar da foto e sem perceber, eu já tinha relido a manchete pela trilhonésima vez, ou decorado, mesmo que não quisesse.

“O CORPO DE DRACO BLACK MALFOY, EX-COMENSAL DA MORTE PERDOADO PELOS CRIMES DE GUERRA FOI ENCONTRADO NOS ESCOMBROS DA MANSÃO ZABINI [...]”.

Agarrei-me a lembrança daquele dia no meu quarto do apartamento dos monitores, era minha única escolha. Chega, eu disse a mim mesma, isso é tortura. Eu podia chorar depois, quando voltasse para casa, de preferencia no colo da minha mãe, agora eu tinha coisas a fazer. Eu tinha que vingá-lo.

Eu tinha todas as cartas na manga, eu sabia quem Aria realmente era, eu sabia onde Trevor estava, eu apenas tinha que vencer a batalha. Por mais impossível que soasse, era necessário.

Levantei-me, tirando a neve da calça do mesmo jeito que desfiz a cara de choro, no tapa, e corri até encontrar os outros.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, se me matarem não saberão o final ehuehe