Caçada escrita por Chloe Cleare


Capítulo 8
Teddy e David


Notas iniciais do capítulo

:3



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Pus meus braços na mesa, contendo-me e amarrando-me para não olhá-lo, eu não sabia direito por que aquilo me dava tanta dor de cabeça.
A ruiva mexia em seus longos cabelos descontroladamente enquanto ele a olhava com algo a mais no olhar.
A garota percebeu que eu a estava olhando e pela minha cara, já parecia há um bom tempo. Ela sorriu para mim e depois para Cameron que finja que eu nem existia.
Ela veio andando até mim, com um sorriso atrevido em sua expressão. Sentou-se na mesa á frente, enxotando um garoto magrelo que sentava ali. Virou-se para falar comigo e piscou repetidamente com seus grandes cílios postiços.
“Vim me apresentar.” - ela estendeu sua mão onde enormes unhas vermelhas me aguardavam. Eu não a cumprimentei, apenas fiz um aceno com a cabeça, ela retirou a mão dando um sorriso desajeitado. – “Meu nome é Teddy.”
“Uau... Essa vai para minha página na internet, ganhei meu dia!” - pensei tentando não gargalhar.
“Bom nome! Quem lhe deu?” - dei um sorriso falso –“ sua mãe ou a ursa maior?”
Eu juro. Quis retirar o que disse, como pude ser tão louca para provocar uma garota megera como ela? E em seus olhos agora ela era a santa e eu a megera, toda Diamond ficará sabendo.
Pelo canto de meus olhos, em baixo de meu novo óculos preto barato, olhei para Cameron rapidamente vendo-o dar risos baixos como se ouvisse nossa conversa. Ele olhava para frente, não havia ninguém ali e por deus! Como ele ouvira?
Voltei meus olhos para Teddy. Seu olhar provocador não me causavam medo e sim, uma espécie de ódio e nojo por saber que ainda existam garotas assim. Isso já estava fora de moda e acho que ela deveria saber disso. Estreito os olhos, como se ela pudesse notá-los por de baixo do óculos e faço um sinal para ela ir embora dali
Seu olhar é vibrante e ameaçador, ele recai sobre os meus.
“Você. Está. Em. Minha. lista negra!” - sua voz é dura e seus lábios se retorcem enquanto ela fala. – “E não se esqueça, seu nome também é estranho, inclusive você!” - ela põe as mãos no peito e faz cara triste como se estivesse a ponto de chorar. – “Sabe, você bem me lembra uma sereia sem sal encalhada.”
Ela gargalha e volta ao seu lugar, ainda rindo. Logo depois manda um beijo com a mão e assopra para Cameron que sorri.
“Ah querida, não se preocupe com ela. Teddy é apenas mais uma garota depressiva e coitadinha.” - uma voz fala em minha cabeça e eu a reconheço como sendo de uma mulher mais velha que eu. Causando-me arrepios por todo meu corpo. Olho para os lados e vejo se alguém falara comigo mais não havia ninguém por perto me olhando ou coisa parecida, eu estava sozinha.
“Curtindo a visão?” - um garoto ao meu lado me pergunta, eu pulo e desvio os olhos de Cameron e a ruiva megera Teddy.
Ele era bonito, olhos castanhos claros, cabelo ajeitado e com roupas não tão jogadas quanto as de Cameron mais com certeza, ele não parecia ser o tipo de pessoa artificial e formal. Um belo garoto para me apaixonar.
“Qual visão?” - perguntei com a cabeça inclinada olhando para Cameron que conversava com a ruiva.
Voltei a olhar o garoto e não pude deixar de lançar um olhar do tipo “O que um garoto como você faz aqui?” Por deus só podia ser alguma cilada. Me lembrei do primeiro dia aqui em Diamond e fiquei furiosa.
“Sou David Lee Salvatore.” - ele aponta para mim e sorri com maravilhosos dentes branco. – “e você é Luna Zane certo?”
Eu assenti e conversamos por um tempo.
Ele tinha uma energia boa que ao falar com David eu sorria feito uma boba.
Era como se ele envolvesse a todos numa luz, como um cobertor numa noite de inverno e que quando nos cobríamos ficávamos aquecidos de imediato. Era uma sensação boa, de paz.
“Pensei que você fosse aqueles garotos filhinhos de papai...” - parei trancando o ar e não pude deixar de não corar. – “você não é... é?
Ele gargalha com a cabeça para trás e sorri enquanto me responde.
“Sou o oposto disso. Vamos dizer que sou um excluído e que moro com minha tia pois meus pais morreram num acidente de carro”
Eu o olho e a única coisa que sinto é vontade de abraçá-lo mesmo parecendo loucura. Eu também não queria que ele soubesse que eu estava com pena dele, isso seria horrível para David. Então a única coisa que fiz foi murmurar um “sinto muito...”


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Notas finais do capítulo

Aceito criticas contrutivas



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