¿Que nos está pasando? escrita por Duda


Capítulo 21
Eu não estou com ciúmes.


Notas iniciais do capítulo

Holaaa.
Capítulo novo pra vcs.
Boa leitura, chicas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496806/chapter/21

Agosto/2014

– Bom dia, German – Matias disse após entrar no escritório dele. German olhou-o rapidamente.

– Bom dia – Murmurou – Trouxe o relatório que eu pedi?

– Sim – Matias sentou-se e o entregou uma pasta – Você está bem? – German olhou-o e encolheu os ombros.

– Estou normal, Matias.

– Ahn... Então, por que não quer sair conosco hoje? – German arqueou uma sobrancelha.

– Onde vocês vão?

– Vamos a uma festa, numa boate – Matias sorriu e German bufou.

– Eu não tenho mais idade pra isso, Matias.

– Para de ser velho, German. Você tem que relaxar um pouco, está cada vez mais vidrado no trabalho.

– Estar vidrado no trabalho me faz bem.

– Pode até te fazer bem, mas não te faz feliz.

– Fazer o que eu gosto me faz feliz – Matias arqueou uma sobrancelha.

– Para, né German!? Você não sabe o que é ser feliz há anos – German desviou o olhar – Mas tudo bem, se você quer continuar assim, eu respeito.

– Que bom! – German olhou-o.

– Mesmo assim, vamos com a gente hoje?

– Eu vou pensar, está bem? – Matias sorriu.

– Está ótimo. Nos encontre 22h, em frente a Amerika – Matias levantou-se.

– Eu não confirmei, Matias.

– Eu sei, só que você vai acabar aparecendo – German balançou a cabeça – Voltarei pro trabalho.

– É bom – Matias caminhou até a porta – Matias – German chamou-o e o amigo virou-se.

– O quê?

– Angeles e Diego vão?

– A Angie sim, o Diego está viajando – German respirou fundo – Se você for, não será só por causa dela, não é? Porque você sabe, não vai acontecer nada, German.

– Eu sei – Murmurou – Se eu for, não será só por causa dela.

– Tudo bem.

O dia passou e German acabou indo. Quando chegou, cumprimentou Angeles, mas ambos não fizeram muita questão de ficarem perto um do outro, embora também não evitassem um ao outro. As coisas estavam... Tranquilas.

**

– Por que me beijou? – German perguntou após se desvencilhar rapidamente de Esmeralda.

Ele olhou fixamente para o lado, no momento em que uma moça loira se afastava deles. Ele não soube definir se era Angeles, mas sentiu receio de que fosse ela e de que ela tivesse visto aquilo. Por mais que eles não tivessem nada, ele não queria mais decepcioná-la.

– Porque eu quis – German encarou Esmeralda.

– Esmeralda, entenda, eu não quero nada com você e nem com ninguém.

– Vai dizer que, por causa dela, você se entregou ao celibato? – Esmeralda riu sarcasticamente – Por favor, German, que deprimente!

– Não – German disse seriamente – E não que eu te deva alguma explicação mas, por ela, eu quero ser um homem melhor, quero ser um homem que não usa uma mulher para provocar ciúmes em outra. Se eu aceitasse estar com você, seria somente para provocá-la.

– Você acha que sendo alguém melhor vai fazê-la voltar para você? Pois não vai, German. Aceite isto. Angeles te odeia – German pressionou os dentes e desviou o olhar. Pensou um pouco e olhou-a.

– Não vai fazê-la voltar para mim, mas ao menos eu poderei estar ao lado dela sem que ela ache que eu sou um cretino – Esmeralda revirou os olhos.

– Veja o que ela fez com você... Transformou em um idiota. Duvido que seja feliz assim.

– É um problema meu.

Esmeralda balançou a cabeça e retirou-se. German engoliu em seco e começou a caminhar pelo local. As pessoas andavam para lá e para cá e ele as observava atentamente. Aquelas pessoas estavam, aparentemente, felizes. Ele estava sério e só conseguia se sentir vazio diante daquelas pessoas.

– Está bem? – Matias perguntou quando ele se sentou na mesa em que estavam.

– Estou – German disse calmamente – Eu acho que já vou embora.

– Por quê?

– Eu não sei... Acho que foi um erro ter vindo. Cadê o Pablo e as mulheres?

– Estão dançando – Matias apontou e tomou um gole de cerveja. German olhou-os. Angeles dançava vivamente e segurava um copo de algo que ele não soube definir o que era.

– Por que não está com eles? – Perguntou e encarou Matias.

– Eu não tenho mais idade pra isto – Matias respondeu descontraidamente. German soltou um riso anasalado.

– Nem eu – Olhou-os novamente – Eles parecem alegres.

– Diferente de você – German olhou-o e encolheu os ombros.

– Eu estou bem, é só que... Eu não me sinto mais confortável em um lugar assim, cheio de gente e essa música alta.

– Eu te conheço, German, está assim por causa da Angie – German bufou.

– Eu acho que ela me viu beijando Esmeralda – Matias arqueou uma sobrancelha.

– Você beijou Esmeralda?

– Ela me beijou, mas eu a afastei e, na hora que o fiz, vi uma moça loira, parecida com Angeles, se afastando – German desviou o olhar – Eu não sei se me ver com outra mulher ainda importa para ela – Olhou para o amigo – Mas já aconteceu, então, tanto faz.

– Eu não sei se ela viu. Ela voltou para a mesa, pegou a bebida que estava aqui e foi dançar.

– Talvez ela não tenha visto ou talvez ela tenha visto e não tenha dado importância.

– Você queria que ela ainda se importasse? – Matias perguntou calmamente – Queria provocá-la, German? – German franziu o cenho.

– Não – Suspirou – Claro que não, Matias – Desviou o olhar – Eu não quero mais afetar a vida dela – Olhou-o – Ela me parece bem com o Diego, não quero ser um empecilho, mas é que...

– Incomoda o fato dela não se importar mais, porque isto significa que ela conseguiu seguir em frente sem você? – German respirou fundo – German, o que você queria? – Ele permaneceu quieto – O que você quer agora? – German olhou-a discretamente – Você a ama e se tem certeza de que quer estar com ela, corra atrás. Ainda dá tempo – German olhou para Matias.

– Acha que ela ainda me ama? – Matias sorriu sem mostrar os dentes.

– Acho que ela nunca vai deixar de amá-lo.

**

– Por que não a deixa em paz? – German apareceu atrás de Angeles e disse para o rapaz que a incomodava. Angeles olhou-o – Não vê que ela está bêbada?

– Eu não estou bêbada – Disse enroladamente. O rapaz riu e olhou para German.

– Tiozão, por que não vai encher o saco de outro? – Angeles olhou para o rapaz e franziu o cenho.

German respirou fundo e olhou ao redor. Depois, segurou o braço de Angeles suavemente.

– Vamos embora! – Disse no ouvido dela.

– Eu não quero ir com você – Angeles disse alto e o rapaz abriu um sorriso desdenhoso para German.

– Ela não quer ir com você – Ele segurou o outro braço de Angeles – Vamos comigo, linda? – German engoliu em seco e permaneceu sério.

– Também não quero ir com você.

– Angeles, vamos! – German disse, mais uma vez, no ouvido dela.

– Sai, German, eu não quero.

O rapaz colocou a mão no peito de German e empurrou-o.

– Sai, cara, está incomodando a garota.

German cerrou os punhos.

– Não se intrometa, moleque – O rapaz soltou um riso sarcástico.

– Sai daqui, velhaco, ela não quer você – German arqueou uma sobrancelha e ignorou o rapaz. Parou ao lado de Angeles de novo e olhou-a.

– Vamos?

– Não – Angeles já nem conseguia manter os olhos abertos.

O rapaz segurou o ombro de German, ao que este se virou rapidamente.

– Cai fora, moleque – Disse alto.

Enquanto os dois se encaravam seriamente, Angeles cambaleou um pouco para o lado e sentiu seu estômago revirar. Acabou, sem querer, colocando tudo para fora. Abaixou um pouco o tronco e vomitou nos sapatos do rapaz que a incomodava. O rapaz olhou-a enfurecidamente e tentou avançar nela.

– Sua vagabunda – Gritou.

Sem pensar duas vezes, German esmurrou a maçã esquerda de seu rosto, provocando uma briga que teve de ser separada, alguns instantes depois, por alguns seguranças que apareceram. Matias e Pablo seguraram o braço de German e o afastaram.

– Os dois... Fora daqui – Um dos seguranças gritou.

– Nós já vamos – Pablo disse para o segurança.

German puxou o braço e olhou para trás. Angeles estava encostada em uma parede próxima, junto com Jackeline e Marcela. Ele caminhou até ela e parou em sua frente.

– Ela não quer ir embora, German – Jackeline disse calmamente.

– Ela precisa ir – German pegou Angeles no colo, ao que ela o abraçou – Eu vou levá-la para o apartamento dela.

– Eu vou junto.

– Não precisa.

– German...

– Eu cuido dela.

Jackeline assentiu.

– Tudo bem.

**

German entrou no apartamento de Angeles, fechou a porta com os pés e caminhou até o banheiro do quarto dela. Sentou-a no vaso sanitário e segurou o rosto dela.

– Angeles – Ela não respondeu. Nem conseguia abrir os olhos. Estava com o corpo mole e respirava como se a qualquer momento fosse vomitar de novo. German acariciou o rosto dela e depositou um beijo em sua testa – Eu vou te colocar em baixo do chuveiro, tá? – Angeles assentiu lentamente.

German tirou a própria roupa, antes de despi-la. Tirou a camiseta de Angeles e depois a saia. Levantou-a e colocou-a dentro do boxe. Ligou o chuveiro, em uma temperatura fria, e segurou-a firme pela cintura. Posicionou-se com ela debaixo do chuveiro e, enquanto a água caía sobre os dois, Angeles abraçou-o e deitou a cabeça em seu ombro. German acariciou o cabelo dela tranquilamente.

– Eu vou ficar com você, até ter certeza de que você está bem – Sussurrou – Confia em mim, meu amor.

Após um bom tempo, Angeles ergueu a cabeça e engoliu em seco.

– Eu quero dormir – Disse com a língua enrolada.

– Tudo bem.

German desligou o chuveiro. Pegou a toalha que estava pendurada no boxe e colocou-a sobre o corpo de Angeles. Tirou-a do boxe e levou-a até o quarto. Enxugou-a carinhosamente e sentou-a na cama. Pegou uma roupa qualquer, tirou o sutiã e calcinha de Angeles, e vestiu-a cuidadosamente. Deitou-a na cama e cobriu-a. Foi ao banheiro, enxugou-se, tirou a cueca molhada e vestiu a calça jeans e a camisa que estavam secas. Só então se olhou no espelho e viu o corte em sua boca e as marcas de soco em seu rosto. Ele bufou e balançou a cabeça. Caminhou até o quarto e sentou-se na cama. Acariciou o rosto de Angeles por um bom tempo.

– Por que bebeu tanto, Angeles? – Perguntou baixo e aproximou o rosto do dela. Beijou a testa de Angeles e encostou a sua na dela – Não importa – Sussurrou – Eu estou cuidando de você e vou cuidar até o fim da minha vida. Eu prometo.

German respirou fundo e levantou-se. Caminhou até a sala e deitou-se no sofá. Ele queria deitar ao lado e abraçá-la, para que ela não se sentisse sozinha, mas ele também deveria respeitá-la, respeitar o fato de que ela tinha um namorado e de que, no lugar do namorado dela, ele não gostaria que outro homem deitasse na cama com sua mulher, mesmo que fosse somente para cuidar dela. Ele a amava e, justamente por amá-la, queria fazer as coisas direito.

**

Angeles acordou, na manhã seguinte, com os olhos pesados e o corpo cansado. Parecia que um caminhão tinha passado por cima dela. Ela se levantou preguiçosamente e caminhou até o banheiro. Olhou-se no espelho e franziu o cenho. Não se recordava da forma como tinha ido parar em casa e não conseguia lembrar o que tinha acontecido desde o momento em que vira German beijando Esmeralda. Angeles lembrou-se disto e suspirou pesadamente. “Isto não deveria me incomodar mais...”, pensou, “mas incomoda... muito”. Ela fechou os olhos e balançou a cabeça. Em seguida, olhou-se no espelho e iniciou sua higiene matinal.

Angeles prendeu o cabelo num coque, caminhou até seu quarto e trocou de roupa. Foi até a sala e deparou-se com German deitado desajeitadamente no sofá de sua sala. Ela franziu o cenho. “Como ele veio parar aqui? Será que nós transamos? Não, ele não estaria no sofá”, ela pensou e aproximou-se dele, agachou-se ao lado dele e começou a pensar sobre o que teria acontecido com ele. Passou a acariciá-lo, fazendo-o abrir os olhos lentamente.

– Bom dia – Angeles murmurou e German sorriu sem mostrar os dentes.

Ele havia esquecido da paz que sentia ao acordar e a primeira pessoa a enxergar ser Angeles.

– Você está melhor? – Ele sentou-se no sofá – Está bem? – Ela sentou-se ao lado dele.

– Estou bem – Angeles desviou o olhar – Só que eu não lembro de como vim parar aqui, a última coisa que eu lembro é... – Ela olhou para ele – Nada.

– Fala.

– Me diz o que aconteceu – German suspirou.

– Você bebeu demais, Angeles – Ele disse calmamente.

– Fiz alguma besteira? – German soltou um risinho anasalado e negou com a cabeça.

– Não – Ele sorriu – Na verdade, você vomitou no pé de um cara – Angeles respirou fundo.

– Não tem graça, German.

– Claro que tem. O cara era um babaca. Ele ficava atrás de você o tempo inteiro, mesmo que você dissesse que não queria nada com ele – Angeles assentiu pensativa – Era um idiota. Ele mereceu, Angeles – German disse sorrindo e Angeles sorriu.

– Deve ter sido engraçado a cara dele depois.

– É – German coçou a própria testa – Depois ele tentou avançar contra você. Deveria estar bêbado também.

– Hm – Angeles franziu o cenho – Você não está com o rosto todo machucado por causa disso, né!? – German soltou um riso anasalado e Angeles ficou séria – German...

– O que você queria que eu fizesse? – German respirou fundo – Olha... Eu não sei se ele ia fazer alguma coisa, mas ele estava bêbado e parecia agressivo, eu fiquei com medo e o ataquei – Angeles arqueou a sobrancelha.

– Você começou a briga? – German encolheu os ombros – German, eu não quero mais você se metendo em encrenca por minha causa – Angeles disse seriamente – Você não tem que me proteger, você não precisa – Ele desviou o olhar.

– Tudo bem – Murmurou.

– Mas... Obrigada – Angeles disse baixo e German olhou-a. Ela sorriu.

– De nada – Disse calmamente. Respirou fundo e perguntou: – Por que bebeu, Angeles? – Ela encolheu os ombros e desviou o olhar.

– Não sei, eu... Eu não estava muito a fim de ir para aquela festa ontem e aí me obrigaram e – Olhou-o – eu tive que arrumar uma forma de me distrair – German franziu o cenho suavemente.

– Bebendo? – Angeles assentiu – Conta outra. Ninguém bebe daquele jeito só por distração – Ele ficou sério, olhando-a atentamente – O que aconteceu? – Ela bufou.

– Eu não sei, German – Angeles respondeu seriamente – Eu estava apenas curtindo – E levantou-se.

– Então, – German levantou-se, olhou-a seriamente e disse baixo: – me diz qual foi a última coisa que você se lembra?

– Pra quê? – Angeles balançou a cabeça – Não tem necessidade.

– Para mim, tem. Diz, por favor – German murmurou e Angeles soltou um riso anasalado.

– Quer mesmo saber? – Angeles deu um passo para frente, com cuidado para não se aproximar tanto de German – A última coisa que eu lembro é de você quase comendo aquela... – Ela apertou os lábios para não dizer “vagabunda” e continuou: – A Esmeralda, no meio da festa.

– Eu não estava quase comendo, foi só um beijo – German disse baixo – Aliás, eu nem a beijei.

– Ahn... Tá... A boca dela se atracou com a sua por acaso? – Angeles perguntou como uma namorada ciumenta e colocou as mãos na cintura.

– Foi ela quem me beijou – German disse calmamente – Eu não queria aquele beijo.

– Se não quisesse, não teria correspondido.

– E eu não correspondi – Angeles revirou os olhos – Droga, Angeles, eu estou falando a verdade – German disse alto e respirou fundo. Desviou o olhar e balançou a cabeça – Quando eu consegui afastá-la de mim, você estava de costas, indo para algum lugar.

– E por que você não veio atrás de mim, idiota? – Angeles gritou e German franziu o cenho. Ela caiu em si, olhou para o chão e bufou – Que merda, German, esquece o que eu acabei de falar.

– Teria feito alguma diferença eu ir atrás de você? – Angeles olhou-o.

– Eu disse para esquecer o que eu disse – Ela disse seriamente.

– Quer que eu fique a vida inteira indo atrás de você?

– Não, German, eu quero que você me deixe viver em paz – Ela disse alto.

– Não é o que parece, Angeles – German disse no mesmo tom e deu um passo para frente – Toda essa cena de ciúmes...

– Eu não estou com ciúmes – Angeles gritou – O que me deixa puta é o fato de você estar justo com ela.

– Porra, eu não estou com ela – German gritou – Eu não a amo, não a quero, nem a desejo. Entenda que só tem uma mulher que eu desejo com toda a minha alma e essa mulher não é a Esmeralda – Angeles engoliu em seco. German respirou profundamente e olhou para o chão.

– É melhor pararmos por aqui – Angeles disse baixo e German encarou-a profundamente.

– Não – Ele aproximou-se dela – Eu quero que você diga olhando nos meus olhos que me ver com outra mulher ainda mexe com você. Eu quero que você diga que sentiu vontade de estar no lugar da Esmeralda ontem, que você merecia aquele beijo muito mais do que ela. Quero que diga que sente minha falta e que... Que ainda me ama.

– Me deixa em paz, German – Angeles disse agressivamente e German aproximou-se.

– Eu quero que diga a verdade.

– Eu não vou dizer nada pra você.

– Então, você vai mostrar.

German segurou a nuca e a cintura de Angeles, suavemente, ao mesmo tempo, e capturou os lábios dela de forma voraz. Angeles não resistiu, apenas segurou o colarinho da camisa dele com força. Ficou pensando sobre como não havia nada, no mundo, comparado àquele beijo. German foi acalmando o beijo, deixando-o carinhoso e suave. Ficaram um bom tempo beijando-se, até o ar se fazer necessário. Ele finalizou o beijo com um selinho e, sem abrir os olhos, encostou a testa na dela.

– Durante um tempo, a única coisa que me fazia bem era lembrar da sensação boa que esse beijo me traz – German sussurrou. Ele acariciava o rosto dela – Eu preciso de você, Angeles.

– German, para... – Angeles sussurrou, deu um passo para trás, afastando-se dele, e abaixou a cabeça. German olhou-a.

– Eu não consigo mais... – German pressionou os dentes e desviou o olhar – ir contra isto.

– Isto? – Angeles perguntou seriamente e German olhou-a – O que é “isto”? – Ele engoliu em seco e ela soltou um risinho anasalado – Você nem consegue dizer – Murmurou.

– Angeles... – German tentou argumentar.

– As coisas entre nós acabaram, German – Ele ficou mais sério do que o normal e respirou fundo – Eu te amei quando você precisou, mas você nem consegue aceitar que me ama – Angeles encolheu os ombros – Se é que me ama – German fechou os olhos.

– Você sabe que... – Ele começou baixo, parou e olhou-a – Nada – Angeles balançou a cabeça e desviou o olhar.

– É melhor mudarmos de assunto – Angeles falou calmamente e German assentiu.

– É melhor eu ir embora – Disse baixo e sentou-se no sofá, para colocar os sapatos.

– Você precisa fazer um curativo na boca. Está machucada.

– Está tudo bem – Murmurou enquanto calçava o sapato.

– German... – Angeles sentou-se ao lado dele, no sofá, e German encarou-a.

– Você é feliz, Angeles? – Ele perguntou de repente e ela surpreendeu-se com a pergunta – Seja sincera, por favor – Ele murmurou. Ela suspirou e assentiu.

– Eu sou feliz, German.

German assentiu e olhou para o chão.

– Promete que vai me dizer se não estiver feliz? – Murmurou.

– German...

– Por favor – Olhou-a.

– Tudo bem – Angeles suspirou – Eu prometo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pode ter uns errinhos porque fiquei com preguiça de revisar, rs, mas daí cês me avisem e eu edito.