Medley escrita por Tay_DS


Capítulo 2
Shadow of the Day


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Adivinha quem voltou?! Sim, euzinha :33
E como prometido, hoje é sexta e tem um novo capítulo de Medley, que acabou de ser esquentado e postado ^^
Mas devo admitir que fiquei chateada porque todo mundo sumiu! Cadê vocês leitores?! DD: Podem comentar, eu prometo que não vou moder >.>
Bem, aqui está o segundo capítulo e um pouquinho mais de Cato e Clove pra vocês :33
E como eu disse antes, a fic só tem três capítulos e o último será postado na semana que vem, na sexta. Bem, vou deixar vocês com este e peço para que leiam as notas finais. Os leitores de One Shot vão amar o que eu tenho a dizer ;DD
See ya!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496660/chapter/2

II – Shadow of the Day

Clove não iria esperar acabarem as entrevistas. Já sabia o que precisava saber sobre seus adversários através dos treinos e das notas divulgadas no dia anterior. Não esperaria nem por Cato, nem por Enobaria. Apenas queria ir para o seu quarto e desejar que o dia seguinte chegasse logo para acabar com metade daquelas pessoas.

O treinamento passou bem mais rápido do que a morena teria desejado. Por decisão dela e de seu parceiro, com a aprovação de Enobaria, ela e Cato juntaram forças com o casal do Distrito Um. Sabia que podia contar com Marvel quando o sinal soasse, pois se mostrou muito habilidoso com lanças, mas a tal Glimmer não havia mostrado que valia a pena ficar no grupo. Porém, sua nota 9 não era algo a ser ignorado.

Entrou no elevador, sozinha, e desfez o penteado que sua equipe de preparação a obrigaram usar. Sentiu os cabelos longos caírem por suas costas e encarou a própria imagem refletida no vidro espelhado do compartimento. Queria logo tirar toda aquela maquiagem e aquele vestido, colocar uma roupa leve e dormir.

Sentia frio na barriga pelo início dos Jogos e não via a hora de se consagrar vencedora daquela edição. E pensou em seu parceiro de distrito. Estaria ela preparada para matá-lo quando restassem apenas os dois? Desejou por um momento que aqueles dias não tivessem se tornado os melhores em anos.

Desde a noite do trem, Cato tem conversado bastante com a morena, sempre a fazia rir. Até mesmo no treinamento, com deboches aos outros tributos e os olhares de cumplicidade que não existia desde a infância. E sabia que nada mais seria tão simples. O adeus era o jeito mais fácil.

Em seu quarto, a moça tomou um banho demorado e se vestiu com as roupas mais confortáveis da pilha que havia sido deixada para ela no dia em que chegou a Capital. Gostaria de poder adormecer rápido, mas a ansiedade não deixaria. Tampouco os sons do lado de fora do cômodo, que pela movimentação, percebeu ser Cato e Enobaria voltando das entrevistas. Apenas se enroscou mais nos lençóis.

Contudo, o sono custou a chegar. Parecia que havia se passado horas que se mexia em sua cama. E foi quando tentava encontrar uma posição que pudesse fazê-la dormir com mais facilidade, a porta se abriu. E ela fechou os olhos.

Manteve-se quieta, esperando que fosse apenas Enobaria indo verificar se ela, de fato, estava dormindo. Porém, os passos se aproximaram de sua cama.

– Não adianta fingir para mim que está dormindo – a voz de Cato soou. – Clove.

– Posso fingir sim, agora saia daqui Cato. – ela falou, com a voz abafada pelos travesseiros.

– Não sairei, agora vai um pouco mais pra lá. – ele disse, empurrando o corpo pequeno da morena, que bufou e deu espaço para o loiro se sentar. – Agora está bem melhor.

Clove se virou para olhá-lo e se sentou.

– O que está fazendo aqui Cato? Temos que acordar cedo amanhã!

– Prefiro não pensar sobre amanhã.

– E porque não?

– Não vai ser amanhã que vamos morrer minha querida Clove. – o loiro falou dando de ombros, como se fosse algo óbvio.

Ela ficou calada e assentiu. Carreiristas raramente morriam no banho de sangue. E não seria diferente com eles.

– E quando vai começar a pensar sobre o que acontecerá amanhã?

– Quando chegar o dia em que apenas nós sobraremos na Arena. – o rapaz disse mais uma vez como se fosse algo óbvio. – Até lá, tenho que lembrar apenas de que preciso matar vinte e duas pessoas.

– Ei, lembre-se de dividir comigo! – a morena disse divertida, dando uma cotovelada de leve no amigo.

– Apenas se você chegar primeiro do que eu, o que eu acho difícil.

Ela bufou e revirou os olhos. Ele riu.

O silêncio caiu em seguida sobre os dois. Era inegável dizer que o momento estava se aproximando, por mais que não quisessem, e precisariam dizer logo aquele adeus que a morena queria que nunca acontecesse.

– Cato...

Ele se virou para encará-la da melhor maneira que podia naquele quarto aonde a pouca luz vinha da janela, cujas cortinas cobriam quase que totalmente.

– Já pensou que todo esse resgate da nossa amizade é errado? – começou. – Que não importa o que aconteça, o adeus é inevitável?

Cato ficou em silêncio, pensando sobre a questão posta pela menina de seu distrito.

Sabia que não haveria hesitação quando estivesse diante dos outros tributos. Veria a vida de todos eles se esvaindo por suas mãos com a facilidade que veria o sol nascendo. Mas duvidava que pudesse fazer isso quando apenas ela sobrasse.

– Eu... – ele tentou, mas as palavras que gostaria de dizer parecia não vir.

– Eu não sei se conseguiria matá-lo. – Clove soltou, fitando para os olhos azuis dele, sem se importar com o que loiro iria dizer. – Não é apenas uma questão de força, pois lidaria com você antes de piscar, mas... – e ela desviou o olhar dele. – Mas não sei se consigo matar o meu único amigo.

O rapaz ficou surpreso. Não imaginava que aquela última frase poderia sair de alguém fria, calculista e irônica como Clove Blake. Não acreditava que aquela menina com quem brincava ainda pudesse existir em algum lugar profundo dela.

Ele a tomou nos braços com calma, e ela não ofereceu resistência. Aninhou-se ao peito dele, enquanto sentia a proteção que os braços fortes dele ofereciam enquanto ele a abraçava e acariciava os cabelos longos e escuros da moça.

– Porque você faz isso ficar mais difícil? – a morena questionou, tentando manter a voz firme, mas a tristeza parecia querer não deixá-la naquele momento.

– Você ganhará os jogos. – ele disse simplesmente. – Quando apenas nós sobrarmos, eu darei um jeito em mim, se você não conseguir.

– E porque não quer ganhar? – ela perguntou, olhando para ele.

– Porque não conseguiria viver num mundo sem aquela garotinha que brincava comigo no Distrito Dois.

Clove arregalou os olhos assustada.

– Não deveria fazer isso por mim Cato. Não tenha essa piedade comigo. Apenas me deixe e não pense em mim, pois não seria mais fácil caso eu ganhasse.

Cato sabia que ela tinha razão. Não precisaria fazer isso com ela. Teria que dizer adeus, e em seguida, ver a vida dela se esvaindo em suas mãos. Mas não queria. Aquela menina ao menos sabia o que queria fazer quando saísse da Arena.

– Não consigo dizer adeus Clove. – ele disse simplesmente. – É injusto dizer adeus quando se gosta tanto de alguém.

E antes que ela rebatesse, o loiro se aproximou. Não se importaria com as consequências daquilo, pois poderia lidar com elas depois. Ele a beijou com carinho, expondo todos os sentimentos que ele costumava isolar dentro de si. Inclusive a paixão que tinha pela menina que brincava com ele quando pequeno, e acabou trocando as bonecas de panos pelas facas de arremesso.

A morena apenas retribuiu, porém temerosa. Depois daquela noite seria impossível dizer adeus. Principalmente por saber que ele também gostava dela. Parte de si queria que isso não acontecesse, mas outra parte dizia para aproveitar daquele momento único, pois eles iriam sumir e nada sobraria quando o sinal soasse.

– Você irá vencer Clove. Você irá vencer por nós dois. – o loiro disse quando separou os lábios dos dela.

– Mas Cato...

– Não vamos pensar nisso agora, certo? Vamos apenas nos preocupar em não morrer, em sermos os últimos sobreviventes.

Ela assentiu.

Naquela noite, ela iria dar para si o luxo de esquecer os Jogos, a matança e todo o resto. Naquela noite apenas iria importar aqueles braços que traziam a sensação de proteção e segurança, de que o mundo particular deles, construído ali no quarto, não iria ruir jamais.

Cato acabou por decidir dormir ali junto a ela. Deitou-se na cama e acomodou-se nos travesseiros do quarto dela. Puxou a morena para si e ela acomodou a cabeça no peito dele. Ele a cobriu com os lençóis e passou o braço por ela, puxando-a mais para perto na intenção de fazê-la se sentir mais protegida.

E a morena se sentiu assim. Naquele movimento ritmado do peito dele de subir e descer, ela encontrou o conforto e se sentiu relaxada. O sono não tardou a chegar.

Queria congelar aquele momento, mas sabia não ser possível. Quando o sol nascesse no dia seguinte, Clove saberia que seu mundo amanheceria de forma diferente. A sombra cairia sobre seu dia e nada teria cor, tudo se resumiria apenas a tons de cinza. E quando chegasse o momento em que Cato morreria para consagrá-la vitoriosa, o sol iria se pôr e jamais iria brilhar em sua vida novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai pessoal, o que acharam? Bonitinho e meio tristinho?! É, eu sei, acontece :
Bem, pior é o próximo, que finalmente teremos o gran finale, que se passa durante os Jogos e tal... Podem trazer lencinhos, prometo que eu deixo :33
Ah sim, aos leitores de One Shot, uma novidade: semana que vem, quando eu postar o último capítulo de Medley, trarei uma novidade sobre a possível continuação o Sim, estive pensando nela, e até que veio umas ideias, e estou trabalhando nela. Até lá, se cuidem e não morram de ansiedade, ta certo?
E DEIXEM COMENTÁRIOS AQUI TAMBÉM! Não se esqueçam, ta? :33
Bye Bye Beautiful!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Medley" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.