Harriet aceitou a proposta de Joffrey, afinal não havia como recusar. Ela sabia o que ele queria dizer sobre explodir a cidade. Ele nunca atentaria contra a vida de Katerina, Hana, Michael ou Rebekah, mas ainda há várias pessoas queridas para a ruiva em Frömming. Sua irmã recentemente presa e seu filho, Petrus. Harriet não podia deixar nada acontecer ao sobrinho.

– O que eu vou precisar fazer?

Depois de explicar o seu plano, Joffrey se despediu dos guardas e voltou para onde o jatinho e o piloto o esperavam.

– Bem na hora, senhor.

– Sou muito pontual - ele sorri. - Quando eu tenho um plano nada me impede de executá-lo.

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Michael ajudou Leona a recolher as roupas do quarto e escondê-las para fingir que nada havia acontecido. Mesmo estando casados, os dois preferiam manter as aparências de casamento obrigado, mas durante a noite tudo mudava. Na verdade, ela preferia, porque por Michael eles agiam como marido e mulher na frente de todos.

– Ainda não sei porque você gosta de esconder as coisas.

– Não quero ninguém agourando o meu casamento - a loira murmura, vindo até ele. - Você não acha que eu estou certa?

Seus cabelos lisos caem perfeitamente bem no seu rosto pequeno. Seus olhos azuis são levemente puxados, seus lábios são finos e seus dentes são tão francos que podem ser capazes de ofuscar uma pessoa próxima, enquanto as pequenas maçãs do rosto são rosadas por causa da pele clara e perfeita.

– Eu não me importo com as outras pessoas.

Ele a beija e ela sorri. Michael acha que finalmente pode estar apaixonado novamente, dessa vez pela garota certa.

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Erik Le Lëuken beija Fleur Hallaya com tanta vontade que seria capaz de arrancar seus lábios carnudos.

– Eu não posso acabar com o meu casamento - ele diz.

– Eu acabei com o meu.

– Porque o seu antigo noivo é filho de uma traidora. Já a minha prometida é a herdeira do país mais importante do continente. Ahnmach precisa dela.

Fleur se enraivece. Com seu cabelo loiro escuro, ondulado e curto preso ela parecia mais velha. Os olhos azuis estavam sem maquiagem e se não fosse pelos lábios carnudos e avermelhados naturalmente ele não a reconheceria.

Erik e Fleur se conheceram durante uma viagem dela e da família Hallaya até Ahnmach. Lá se tornaram amantes e sempre que podem se encontram as escondidas. Erik gostaria de manter o relacionamento até depois do casamento, mas Fleur alega que não se envolve com homens casados. É difícil acreditar com a cara de vagabunda que ela tem. É o tipo de mulher que quando vê um nobre rico já cai em cima, não se importando se será a esposa legítima ou a amante, desde que ganhe atenção, fama e joias.

– Eu não quero dividir você com aquela ruiva sem sal. Aposto que deve viver de alpiste para ser magra daquele jeito.

Fleur é encorpada. Tem bastante peito, bunda e coxas fartas. Erik gosta disso, mas também sempre achou Katerina atraente, não podia negar.

– Eu não vou causar uma guerra por sua causa, Fleur. Se você quiser me encontrar depois que eu estiver casado, tudo bem. Se não quiser, eu não estou nem ai porque eu posso pagar por outras mulheres. Não me fará falta.

Ela se sente humilhada, mas não diz nada. Decide que agora que terminou seu noivado talvez seja melhor ser a amante do que não ser nada.

– Eu posso ir morar em Ahnmach. Meu pai tem uma casa na praia lá.

– Nós não ficaremos em Ahnmach - Erik diz. - Governaremos tudo de Frömming. Posso arranjar um apartamento para você lá.

Ela dá de ombros.

– Desde que seja espaçoso e tenha uma vista bonita.

Fleur não sabia que planos seus pais tinham para ela quando a mandaram terminar um noivado que talvez desse certo, mas também não podia esperar para saber. Tinha que cuidar do seu futuro sozinha.

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Katerina não sabia o que responder a Fabrizio. Sua expressão era visível como o sol em um dia de calor. Ele estava arrasado.

– Eu queria que dessemos certo, juro, mas nós dois sabíamos que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Eu preferia que fosse mais tarde, mas...

– Eu não acredito nisso! - ele leva as mãos até a cabeça. - Você... Katerina, você não pode estar achando que eu vou concordar com isso.

– Não há o que concordar, Fabrizio. Eu sinto muito.

Ele não sabia o quanto lhe doía dizer isso. Ela já havia desfrutado cinco meses de felicidade plena, mas não podia ter tudo. Ou governava dois países ao lado de Erik ou fugia com Fabrizio para sabe-se lá onde, correndo o risco de ser pega pelos guardas que Joffrey com certeza mandaria atrás deles. A desistência de um casamento, quando se é da Corte, resulta na morte do amante e na prisão perpétua do nobre fugitivo. Ela não conseguia nem se imaginar presa e muito menos Fabrizio perdendo a cabeça em praça pública porque gostava dela o bastante para pedi-la para fugir com ele. Mas ele não havia feito isso.

Ele não me pediu para fugir com ele, ela pensou. Mike dizia que me amava e havia pedido, Fabrizio não.

Isso a fazia pensar se Fabrizio estava só fazendo charme ou se gosta dela de verdade.