Ela deixou o corpo da jovem cair lentamente contra o chão cristalino. Podia sentir o formigamento em suas mãos, enquanto o gelo espalhava-se por seu sangue ate suas extremidades.

Finalmente!

Ela desceu as escadas majestosamente, sem dar-se conta do numero absurdo de degraus. Ao fim, aquela garotinha perdera o controle, ao fim deixara seu verdadeiro eu tomar o controle.

Bem então, o que devo fazer agora?

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Meanwhile in the city of Arendelle.*

– Anna, você não pode ir! – A voz meiga de Olaf ressoava em seus ouvidos, ligeiramente irritada.

– Oh, Olaf, ela é minha irmã, eu sou quem tem de falar com ela.

Anna estava impaciente. Desde o choque da descoberta dos poderes de Elsa, juntamente ao inverno difícil, todos fizeram o possível para mantê-la dentro do palácio.

Na única vez que escapara das vistas dos guardas, fora trazida de volta a Arendelle por um vendedor de gelo, após cair do cavalo e torcer seu tornozelo.

Enquanto estavam a caminho para voltar, um boneco de neve falante cruzara seu caminho, assustando a rena que puxava o treno onde estavam os dois adolescentes.

– O que foi Sven? – O animal fez alguns sons e bufou animado. – Oh meu pai, você é bizarro.

– Ahhhh! O que, digo, quem é você? – Anna perguntou mantendo distancia do homenzinho de neve.

– Eu sou Olaf e eu gosto de abraços quentinhos.

Depois disso, eles não tiveram opção senão leva-lo com eles, escutando o boneco cantar uma canção sobre verão, movendo alegres as mãozinhas de madeira.

A jovem de cabelos ligeiramente ruivos pegou sua capa e a colocou, ajeitando as duas tranças. – Eu vou ficar bem, Olaf, não se preocupe.

O boneco abriu bem seus olhos e pareceu soltar um suspiro de alivio.

– Ok, então, mas eu irei com você.

Quando ela estava prestes a discordar, um adolescente alto e de aparência rude entrou em seu quarto sem bater.

Sacudindo sem pudor os cabelos loiros, ele olhou cético para a princesa.

– E se acha que vou te deixar andar sozinha novamente pelas montanhas, esta muito enganada, eu estou indo também.

Contrariada, porem sem muitas opções, ela e seu pequeno grupo se puseram em marcha em direção às montanhas nevadas no Norte do reino.

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A noite caiu, espalhando seu negrume como um cobertor sobre os picos alvos.

Elsa, com seus cabelos negros curtos, elevados sobre os pescoço caminhava de um lado a outro, esperando.

Não muito tempo depois, soldados, uma quantidade claramente maior do que a ultima apareceu ao borde da montanha, os reforços.

Tarde demais, a jovem cantarolou movendo os dedos em um aceno fluido.

Ela abriu as portas do térreo, deixando a vista uma fonte de cristal avermelhada atrás de si.

– Boa noite cavalheiros.

Eles puxaram as armas instantaneamente.

– O que fazem em minha montanha? – Ela perguntou, á custo contendo a fúria que emergia vagarosa desde seu estomago. Tanto medo, por que eles a temiam tanto, afinal?

Eles temem o que não conhecem, minha senhora, uma voz penetrou seus pensamentos.

O primeiro deles, embora receoso de disparar contra sua rainha, estava tomando coragem.

Porem, ela não deixou que ele sequer tocasse no gatilho. Com movimentos de incrível rapidez, ela completou um assassínio após o outro, sem hesitação.

Somente depois que a neve da montanha estava manchada de vermelho semelhante a seu palácio, é que ela entrou novamente pelas portas grossas, fechando-as atrás de si.

Tanto medo, ela suspirava raivosa, tanto medo sem fundamento. Bem, pelo menos agora havia um.

Foi então que a luz bruxuleou em sua mente obscurecida.

Estava na hora de abandonar seus temores. Era tempo de que já não sentisse medo.

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