O QUE FOI QUE EU FIZ? Espera, o que está acontecendo?... O braço de Bel está... Se regenerando? Ah, ela tem super regeneração! Isso é verdade! Que incrível! É, mas eu não, então tenho que continuar me desviando de seus golpes. Ela continuou me atacando muito rápido. Caí de costas. Ela quase acertou minhas costas, mas desviei. Em vez disso, o machado dela acabou cortando meu cabelo. O QUE FOI QUE ELA FEZ? Agora meu cabelo não ia mais te o quadril. Estava na cintura. Senti a raiva subir por todo o meu corpo e criei sombras que começaram a golpea-la muito rápido. Acertei seu rosto e ela cuspiu sangue. Estava prestes a enforcá-lo quando Gumi interferiu.

–Já está bom. Levem as duas à enfermaria.

Todos estavam assustados. Perplexos. Só então percebi o que havia feito: Eu quase matara Bel. E-eu... Por que eu fiz isso?

–Bel... Desculpe-me...

–Tudo bem Lucy. A culpa foi minha.

–C-como você faz isso? É incrível! –Raquel estava animadamente feliz como sempre.

–E-eu não sei...

–Mandou bem gatinha – Oliver parecia impressionado.

–O-obrigada... –Estava muito cansada e acabei desmaiando.

9:00

Acordei em uma cama branca. Estavam todos lá. Bel estava deitada em uma cama ao meu lado. Sorriu quando acordei. Ela parecia estar melhor.

Quando percebeu que eu acordara, Henry suspirou, parecia aliviado:

–Oi.

–Oi... O que aconteceu?

–Bem... Depois de lutar com Bel, você desmaiou. Mas lutou muito bem. Está com fome? –Avalon também parecia feliz.

–Um pouco...

Gai e Bruninho chegaram correndo e me abraçaram. Todos se assustaram mas eu já havia sentido que eles estavam por perto:

–Lucy! Está tudo bem? O que aconteceu com seu cabelo? –Bruninho flou enquanto acariciava meu cabelo.

Oliver e Henry encararam Bruninho, que nem percebeu.

–É que eu lutei com a Bel, e ela cortou-o durante a luta.

–Hm... Que tal comermos? Você parece estar com fome – Gai me conhece muito bem.

–Sim... Então... Vamos todos juntos?

–Claro! –Depois que Raquel disse isso, todos assentiram.

Fomos ao barsinho e pedi, para variar um pouquinho, uma fatia de torta de limão. Conversamos muito e nos divertimos. Senti-me como se sempre conhecesse aquelas pessoas. Bel, Avalon, Oliver, Raquel, Henry... Eles... São muito legais mesmo...

Eu, Henry e Raquel fomos à sala de aula de ciências, porque perdêramos a aula de latim (nós três estamos no sétimo ano). Entramos na sala e sentei-me ao lado de Bel e Avalon. A aula passou bem rápida, e foi muito diferente das minhas aulas de ciências do colégio. Nós aprendemos um pouco sobre neurociência. É realmente fascinante. Depois, tivemos a aula de matemática, que foi extremamente fácil. Fizemos algumas equações. Raquel parecia ter um pouco de dificuldade, por isso ajudei-a.

12:00

Hora do almoço. Não comi porque estava sem fome. Aproveitei para ir ao meu quarto e trocar de roupa. Coloquei um vestido que parecia com o da Alice no país das maravilhas. Ele era azul, na altura dos joelhos, rodado, cheio de babados brancos por baixo, manga curta com ombro nu e alça, com uma faixa branca na cintura, amarrada com um laço nas costas. Coloquei também uma meia calça listrada, preta e branca, uma fita preta no cabelo e um sapatinho preto que parecia de boneca.

Fui à casa de Amy. Bati na porta, que se abriu. Então, Amy me recebeu com um abraço e disse-me:

–Como você está linda! Entre, fique a vontade.

–Obrigada.

–O que a trás aqui?

–É que... Eu não sei que aulas terei de tarde...

–Ah, claro. Você terá aula de manipulação de sombras. Você é a única que tem esse poder por enquanto. Sua professora será... –Ela fitou um papel que segurava – Yui. Ela estuda esse poder há anos, vai adorar conhecer alguém com ele. Eu te levarei à sala, okay?

–Okay.

No caminho, Amy me perguntou algumas coisas:

–Está gostando daqui?

–Sim. Conheci muitas pessoas legais.

–E seu guarda-roupa? Gostou? Eu que escolhi as roupas.

–Muito! Você me conhece realmente bem.

–Sabia que você gostaria. Você ficou muito fofa nessa roupa, bem como eu pensei.

–Hahahahaha obrigada.

–Chegamos. Pode entrar, e boa sorte!

–Obrigada.

Entrei em uma sala grande. Havia apenas uma mesa com algumas cadeiras. Apenas uma delas estava sendo ocupada por uma mulher que parecia ser jovem. Ela tinha longos cabelos cacheados rosa. Usava um vestido preto, sem uma das mangas, coberto de pequenas pedrinhas rosa, e seus óculos estavam na ponta do nariz. Ela tinha olhos rosa, também, e estava muito concentrada com o livro que lia.

–Olá.

–Ah, oi. Quem é você?

–Sou Lucy.

–Veio me ajudar nas pesquisas?

–Na verdade, Amy me trouxe aqui para ter aulas de manipulação de sombras...

–V-você realmente manipula sombras?

–Sim...

–Meu deus! Eu nunca conheci alguém com tal habilidade. Pode fazer uma demonstração?

–S-sim.

Criei uma sombra e a manipulei, fazendo-a pegar a jarra de água que estava em cima da mesa e enchesse um copo.

–Incrível! Vai ser uma honra ser sua professora.

–Muito obrigada.

Sentei-me em uma cadeira e começamos a conversar. Ela me contou sobre seus estudos e eu contei-lhe sobre as sombras. Ela parecia fascinada, e anotava tudo em um caderno de pesquisas.

–Bem, está dispensada por hoje. Amanhã nos encontraremos aqui no mesmo horário, combinado?

–Sim.

–Adeus.

–Até amanhã.

Saí da classe extremamente feliz. Olhei no meu relógio de bolso (sim, eu tenho um relógio de bolso) e vi que já eram 15:00. Decidi ir para casa, descansar um pouco.

Me joguei na cama e comecei a desenhar. Ouvi batidas na porta e fui ver quem era.

–Oi gatinha.

–O-oi Oliver. O que está fazendo aqui?

–É que eu tinha um tempo livre e decidi vir te ver. – Ele entrou e fechou a porta. – Como está?

–Bem. E você?

–Melhor agora. Posso fazer uma coisa?

–O-o que?

Ele se aproximou de mim lentamente e me beijou. Eu corei completamente. Ele passou uma mão pela minha cintura e com a outra, acaricio meu cabelo. Eu estou confusa. Eu realmente gosto dele? Ele parou de beijar minha boca e passou a beijar meu pescoço. Deu-me um frio na espinha. Então ele parou e beijou minha testa.

–Me desculpe. Eu estava me segurando até agora, mas não consegui mais aguentar.

–T-tudo bem.

Ele levou-me até a cama, deitou, me colocou em seu colo e encostou minha cabeça em seu ombro. Acabamos dormindo.