Dark world escrita por Gumi Lee 11


Capítulo 4
Tired, sleep, headache, upset with myself, feet full of blisters and calluses, finished shoulders ...


Notas iniciais do capítulo

Oi psoas! Aqui estou eu com um novo capítulo, na data certinha! Esse ficou maior do que o normal porque eu me empolguei na hora de escrever hahahahahahah Esta é a música de hoje: https://www.youtube.com/watch?v=dNoTvg0t52c



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Ainda estava um pouco sonolenta (quem não fica assim logo depois de acordar?).

–Bom dia... Já chegamos?

–Sim.

Agora vem a parte que mais me chateia: a despedida.

–Muito obrigada por me trazer aqui. Muito obrigada mesmo.

–Não há de que! Sentirei-me muito solitário sem a senhorita.

–Ah, sua companhia também foi muito boa. Espero poder recompensá-lo por tudo.

–Pegue aqui. Este é meu número de telefone. Qualquer problema é só me ligar.

–Muito obrigada.

–Adeus senhorita!

–Adeus John!

Paguei, e segui meu caminho. Olhei o papel que está em minha mão, e me surpreendi ao ver que além do telefone, havia uma mensagem:

Lucy, não sei o motivo da sua vinda à floresta, mas espero que fique tudo bem. Vovô.

Senti-me muito feliz. Ele realmente foi o avô que eu sempre quis ter.

10:00, na floresta.

Já estava andando há muito tempo, e não via mais sinal de civilização. Senti meu estomago doer e percebi que estava com fome. Para não perder tempo, peguei um pacote de bolachas e comecei a comer. Aposto que se meus pais estivessem aqui, estariam brigando por eu estar comendo bolacha de café da manhã. Viajava em meus pensamentos quando senti uma dor insuportável em meu calcanhar. Dei um grito e logo olhei para baixo. Meu coração praticamente parou quando vi uma formiga gigante em meu pé. Ela deveria ter mais ou menos 3 centímetros, e como sou alérgica a picadas caí no chão. Droga pisei em um formigueiro! Ai meu deus! Tem MUITAS formigas aqui! Comecei a correr desesperadamente o mais rápido que consegui, mais é quase impossível correr mancando (graças à picada que levara). Não tinham mais formigas em volta de mim, então decidi sentar-me ao pé de uma árvore. Ai! Sério, isso dói mesmo! Abri a bolsa e peguei meu kit de emergência. Tomei um comprimido para alergia e um analgésico. Também limpei a picada e coloquei um curativo. Isso deve aguentar por um tempo. Levantei-me e continuei a andar, com um pouco menos de dificuldade. É horrível ter alergia a picadas...

14:00, ainda na floresta.

Não aguentando mais andar, sentei-me. Já estava andando há 4 horas. Abri a mochila e peguei uma garrafa d’água. Tomei até a metade e respirei ofegante. Minhas costas já doem por causa da mochila pesada, e meus pés já estão começando a calejar. Será que tudo isso é só o começo? Não posso desistir, como poderia? Não vou deixar que tudo isso tenha sido em vão, preciso levantar-me e seguir em frente. Sem desafios como esse, qual seria a graça da vida? Levantei-me e voltei a andar. É meio entediante andar sem rumo, mas como é calmo, é um bom jeito de pensar. Pensar na vida, em músicas, sonhos, pessoas...Ah, verdade! Tenho que falar com Sophie! Peguei meu celular e mandei uma mensagem para ela, mais percebi que estava sem sinal. Ou seja, não poderei me comunicar com ninguém, nem mesmo com minha família! Como sou estúpida! Deveria ter pensado nisso antes! É óbvio que um celular vai ficar sem sinal em meio a uma floresta! Que ruim! Coitados da minha família e da Sophie, devem estar achando que morri. A única coisa que posso fazer é continuar andando para resolver o que está pendente e voltar logo para casa...

Comecei a me sentir mal, então comecei a cantar bem baixinho a música Storm the Sorrow – Epica:

“Along the way, I find myself
To be confined within me
No place for any other's mind to interfere
To grasp the meaning of it all
To overcome my limits
And dance away from any void and empty tones

Just tell me why
Just tell me how
I can survive this time

Believe yourself and look away
From all that's right within you
Leave all your worries at the door and drift away
I’ve tried to peer into the core
But could not storm the sorrow
My hollow heart has bled me dry, left me to stray

Another time without a trace
Condemn me now
Send me to heaven
For I'm already failing

Intertwine the lines
That swim beneath the dark
Realize the pain we live in
Demonize the need we reel in, no
In my memories I'll dig deep enough to know
Centuries of dreams unending
Another me that yielded tears when someone had betrayed

No time should ever go to waste
It’s not that complicated
You’re free to live your life at ease
No more restraints

No heed for shadows on your way
That try to steal your laughter
Your light will drive them all away
Be confident

Will I refrain?
Can I repent?
Will you be there?
Erase the page
For I’m alone and ailing

Intertwine the lines
That swim beneath the dark
Realize the pain we live in
Demonize the need we reel in, no
In my memories I'll dig deep enough to know
Centuries of dreams unending
Another me that yielded tears when someone had betrayed

So, this is my life
And it can't break me down
Go, I will decide
Who can come in and heal my disease
Burn it in flames
Kill it and maim
Why can't you see that you need to be freed?

Intertwine the lines beneath the dark
Every bit of pain we're feeling
Every other solemn life, no
In the memories, you will find somehow
There used to be a dream unending
No more need to be alone

Intertwine the lines
That swim beneath the dark
Realize the pain we live in
Demonize the need we reel in, no
In my memories I'll dig deep enough to know
Centuries of dreams unending
Another me that yielded tears when someone had betrayed
Someone had betrayed”

Essa música é perfeita... Tem uma melodia... Nostálgica. Lembra-me a Amy... Ela foi a primeira pessoa que eu conheci em meus sonhos. No dia estava assustada, não conhecia nada nem ninguém. Comecei a correr e acabei a derrubando. Ela era bem mais velha que eu. Ela me estendeu a mão e perguntou se estava tudo bem comigo e eu respondi que estava um pouco, quer dizer, bem assustada. Ela perguntou se era a primeira vez que eu estava ali e respondi que sim. Apesar da diferença de idade, começamos a conversar e logo ela se tornou minha melhor amiga. Quando eu completei 10 anos ela simplesmente desapareceu. Ninguém quis me contar o motivo. Talvez pelo fato de estarmos um pouco mais velhas a diferença de idade pareceu ter aumentado e ela simplesmente se afastou... Parece que sou ótima em afastar pessoas... Meu irmão e eu também éramos muito próximos, mas quando minhas “crises” de acontecimentos estranhos começaram a ficar mais fortes, ele se afastou... Por quê? Por que afasto as pessoas?

Sentei-me, peguei meu celular e comecei a escrever nas minhas notas uma espécie de diário.

Diário, 11 de outubro, 16:21

Bem... Como posso resumir? Cansaço, sono, dor de cabeça, chateação comigo mesma, pés cheios de calos e bolhas, ombros acabados... é isso! Uma porcaria. Está tudo uma bela de uma porcaria. Ponto.

Aproveitei que estava cansada e comecei a comer uma maça e desenhar enquanto ouvia um pouco de música. Quando acabei de desenhar me dei conta de quanto o desenho era triste... Peguei alguns cobertores que havia trazido eu forrei o chão para deitar-me. Continuei ouvindo música e acabei pegando no sono.

Sonho on:

Como sempre, fui à casa do Bruninho e da Gai e depois fomos para uma praça conversar. Quando sentamos em um banquinho, Gai me perguntou:

–Como está sendo a viagem até aqui?

–Verdade! Como está sendo? –Bruninho perguntou.

–Bem... Digamos que está sendo bem cansativo. Hoje mais cedo tive que fugir de uma colônia de formigas que eram gigantescas!

–Como assim? Você não é alérgica? – Como o Bruno se lembra disso? Eu devo ter lhe contado quando tinha 8 anos!

–Sim...

Mostrei meu pé que não estava em uma situação muito legal. Mesmo com os comprimidos ainda doía e a picada estava bem inchada.

–Caramba Lucy, você não pode continuar com o pé assim! Vai acabar desmaiando no caminho! Não está doendo? –Gai parecia bem preocupada.

–Sim... Mas eu já tomei alguns remédios, vai melhorar. Não se preocupem com isso.

–Levante-se! Vamos agora mesmo à minha casa arrumar algum creme para passar aí. –Disse Bruno já me puxando. Gai me puxou pelo outro braço.

–Gente, não precisa!

–Precisa sim!-Disseram os dois em coro.

Fui praticamente arrastada até a casa do Bruninho. Chegando lá, ele pegou um pote cheio de um creme azulado e me disse para passar na picada. Passei e ele me entregou algumas ataduras e eu as enrolei em meu pé:

–Obrigada.

–Sem problemas. Pegue o creme, você pode precisar, afinal, ainda está em uma floresta, tem muitos bichos.

–Mas, quando eu acordar eu não estarei mais com o creme...

–Confie em mim.

–Okay... Hahahahhahahaha,

Continuamos conversando até que do nada... Eu acordei.

Sonho off.

Estava tudo escuro. Levei um tempo para me acostumar a falta de luz. Senti algo em minhas mãos e percebi que era o creme que Bruno havia me dado. Okay, mas como ele fez isso? Peguei meu celular e vi que já eram 2 horas da manhã. Senti uma leve brisa e logo olhei para o lado. Vi um vulto levantei-me um pouco assustada:

–Quem está aí?

Como resposta, ouvi apenas risadas vindas de trás de mim. Me virei e senti algo em meu rosto arder. Passei a mão e senti um corte, do qual saia um pouco de sangue.

–QUEM ESTÁ AÍ?

Desta vez, as risadinhas vieram seguidas se um som de arremesso. Desviei por reflexo e pude ver uma pedra caindo no chão. Mas não era uma perdinha, era uma pedra grande. Caramba. Quem será que está fazendo isso?

–Por favor, pare de me machucar! Eu não te fiz nada! Apareça, por favor.

–Quem vai me obrigar? –Quem quer que fosse tinha uma voz de criança, era assustador. Tentei convencer-me mentalmente de que não estava assustada.

–E-eu!

–Hahahahahahah acha mesmo? Você está morrendo de medo, e não tem nem como me fazer aparecer hahahahhahah. Você é patética.

–Eu não estou com medo! E não sou patética!

Desviei dessa vez de uma coisa que parecia ser um pedaço de vidro. Eu preciso vê-la para poder me defender de seus ataques. Tenho que pensar! Pensar. Pensar. Pensar... Pensar... Ah! Não dá! Não consigo me concentrar! Calma... Parei de pensar e apenas repirei fundo. Comecei a sentir algo estranho em meu corpo, como se eu estivesse embaixo d’água. Me senti leve.

Abri os olhos e vi uma garotinha na minha frente.

–O que está acontecendo? Você está me vendo? Como? Eu pensei que...

–Pensou errado! Eu disse que não sou patética! Agora, me diz, por que você está tentando me machucar!

–Hahahahahahahah você está mesmo achando que vamos sentar e conversar?

–Mas eu pensei que...

–Pensou errado! Agora, nada de falar. Como pode me ver, vamos lutar justamente.

–Okay então.

Ela atirou um monte de pedras em mim, das quais eu desviei sem muita dificuldade. Então, ela jogou muitas, MUITAS pedras mesmo. Uma delas atingiu meu braço deixando o dolorido. Cara, de onde aquela menininha tirou tanta força. Já que assim... Fiz várias pedras levitarem e as joguei com toda minha força (eu ainda não sei como faço isso). Uma das pedras acertou seu olho e pude ver que este começou a sangrar. Ela deu um grito tão alto que quase estourou meus tímpanos. Ai, que aflição! Ela começou a crescer, ficou gigantesca, com chifres e garras. Caramba, agora ferrou de vez. Ela pegou uma pedra gigantesca e jogou em mim. Em vez de desviar, eu parei a pedra no ar antes que ela me atingisse. Uou! Fiz com que a pedra voltasse com ainda mais força para ela, que caiu durinha no chão. Parece que ela morreu... Por garantia, acho melhor ir embora.

–Espere. –Disse ela com uma voz fraca, ela estava totalmente acabada e já havia voltado a ser uma garotinha.

–O que foi?

–Amy...

–O que tem a Amy?

–Ela... Foi quem me obrigou a vir aqui te enfrentar...

–Por quê?

–Eu não... Sei...

Ela morreu. Coitada... Só estava aqui pela ordem da Amy...Por quê? Por que Amy mandou uma garotinha aqui para me fazer mal..?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... Comentem o que acharam, eu fico realmente muito feliz quando vejo que comentaram XD Então... até sábado!
Kissus
Lua



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