– Não acredito que estou fazendo isso. – Oliver resmungou.

– Você não devia reclamar, pelo menos não tiraram seus poderes para esse treinamento idiota. – Damon rebateu.

– Eu não tenho poderes pra serem tirados. – O arqueiro disse serio.

– Espera... – Bo tinha um tom chocado. – o único entre nós que de fato é um super herói é o único que não tem poderes.

– Eu também não tenho. – Cosima interveio, depois de ver a irritação no rosto de Oliver.

– Nós todos percebemos, querida. – Regina disse sarcástica.

– Não seja má com a garota. – Damon disse passando o braço em volta do ombro de Cosima. – Pelo menos ela é bonitinha.

– Tenho certeza de que não é por isso que ela está aqui. – Oliver disse andando em direção a uma estante cheia de equipamentos. Eles estavam em um enorme sala de treinamento, com todo tipo de acessório imaginável.

– Oliver está certo, Cosima está aqui porque é um gênio. – Doctor disse se juntando a eles.

– Então, Doctor, o que espera que façamos aqui sem nossos poderes? – Regina não perdeu tempo.

– Quero que aprendam a trabalhar em equipe.

Damon sorriu. – Isso é serio?

– Você só vão sair em missão quando entenderam que são um time, que alem de cumprir com o dever de vocês tem que cuidar uns dos outros também.

– E quer que a gente aprenda a cuidar uns dos outros em uma arena de batalha? – Bo encarou a sala. Armas estavam dispostas nas paredes e ela tinha quase certeza de que chegar ao outro lado da sala ativaria todo tipo de armadilha.

– Essa é a ideia. – Doctor sorriu animado. Eles estava acostumado a lidar com todo tipo de pessoa, mas tinha que admitir que aquele grupo era um desafio a parte. Quase não consegui acreditar que o destino de tanta gente dependia deles, quase não consegui acreditar que aquele grupo que estava ali na sua frente trocando farpas era o mesmo que ele conheceu tantos anos no futuro.

– Ok, se temos que fazer isso, vamos fazer isso. – Regina tomou a liderança. – Qual o objetivo aqui.

– Simples. Jogo da bandeira. – Doctor explicou e só então todos se deram conta da bandeira azul tremulando em uma elevação no outro extremo da sala.

– Vamos nos dividir em equipes? – Oliver quis saber. – Porque estamos em numero impar, a não ser que você queira participar.

– Vocês todos são a equipe, pensei que tinha ficado claro.

– E vamos competir contra quem?

– Contra a sala.

– Todos assentiram e se posicionaram esperando a ordem de partida.

– Antes de você saírem tenho que dizer mais uma coisa. Só é considerado vitoria se a equipe inteira chegar ate a bandeira.

Doctor viu o olhar de desapontamento passar pelo rosto de cada um do grupo, mas ainda assim eles assentiram e partiram pra busca.

***

– Você é um completo idiota, Damon! – Oliver disse jogando o vampiro contra a parede. Tinha sorte por Damon estar sem poderes, caso contrario seu pescoço já estaria partido em dois. – Você sabia que a equipe inteira tinha que chegar ate lá e você a deixou pra trás.

– Ela estava presa em uma rede, achei que uma pessoa só fosse uma perca aceitável. – Damon argumentou. – Alem disso a culpa não é minha se ela foi burra o suficiente pra ativar aquela armadilha.

– Quem você está chamando de burra? – Bo se meteu no meio dos dois.

– Parem com isso! – Cosima disse quase desesperada.

Regina observava a confusão de longe, sentada no sofá como uma fiel expectadora. - Eles são um desastre. – Disse quando Doctor sentou ao lado dela.

– Vocês não são um desastre, vocês vão ser grandes.

– Como você sabe disso? E por que está fazendo isso? Por que se importa? – Regina lançou todas as perguntas que estavam na mente de todos desde que chegaram naquele lugar.

– Acho que todos nós queremos saber isso. – Oliver disse se aproximando, seguido pelos outros, aparentemente a briga tinha acabado.

– Eu sou um viajante do tempo. – Doctor anunciou e esperou que eles absorvessem aquilo. – E eu sei que vocês vão ser uma boa equipe, porque eu conheci cada um de você muito bem.

– Você nós conheceu no futuro. – Cosima concluiu.

– Sim e vocês são uma grande equipe, mais que isso, são como uma família.

– Olha, eu não entendo bem esse negocio de viagem no tempo. – Damo interveio. – Mas você deveria estar nos contando isso mesmo? Não vai meio que mudar a ordem como as coisas acontecerem ou algo assim?

– Não Damon, tudo já aconteceu exatamente como está acontecendo agora.

– Mas se já aconteceu como você pode ter nos conhecido antes la e estar nos conhecendo agora de novo. Quer dizer, nós já teríamos conhecido você e... ok, isso é definitivamente confuso.

– A linha do tempo dele é diferente da nossa. – Cosima concluiu sabiamente mais uma vez.

– A minha linha do tempo é sempre diferente. – Doctor sorriu mais pra ele mesmo. – E sim, eu conheci você primeiro no futuro, foram vocês que me mandaram ate aqui.

– Mas esses nós que mandaram você pra cá já tinha te conhecido exatamente como estamos fazendo agora.

– Exatamente, Regina.

– Faz sentido. – Bo admitiu. – Mas porque eles te mandaram aqui? Nós mesmos do futuro não podemos ter nos criado, caso contrario como teríamos existido a principio?

– Bom, isso é algo que eu não posso explicar. Mas estou aqui pra ajudar. Tem um... evento, vamos dizer, que acontece entre agora e o futuro onde conheci vocês, um evento que desencadeia uma série de outros eventos catastróficos. E dessa vez vamos tentar impedir que isso aconteça.

– Que evento é esse? – Damon deu voz a pergunta de todos.

– Eu não posso interferir a esse ponto. Cabe a vocês mudarem.

– Como vamos impedir algo que nem sabemos do que se trata? – Oliver disse apreensivo.

– Outra pergunta que eu não posso responder.

– Não me leve a mal. – Damon sentou ao lado do Doctor. – Mas nesse caso você é meio inútil.

– E essa é a beleza da historia toda. – Doctor sorriu. – Estou aqui pra mudar o futuro e não posso fazer nada. A única coisa que posso fazer é não deixar vocês se matarem por enquanto.

– Boa sorte com isso. – Regina disse levantando e indo em direção ao seu quarto.

***

– Aposto que você esta ai tentando descobri que evento é esse que temos que mudar. – Regina disse parando na porta do quarto de Cosima. Já passava da meia noite e a cientista não tinha saído da frente do computador desde depois do jantar.

– Isso está me deixando louca. Como vocês todos parece tão calmos?

– Eu não sei os outro, mas depois de tudo que me aconteceu, eu posso dizer com toda certeza que nós não podemos mudar o futuro do passado, temos que ter paciência e esperar o tempo passar.

– Mas...

– Mas nada, você deveria estar dormindo. Não ouviu o Doctor? Amanhã teremos o dia cheio.

– Eu vou tentar.

Regina se virou pra sai, mas deu meia volta. – E Cosima, eu sei que você é a mais inteligente entre nós, mas somos uma equipe agora, querendo ou não. Você não precisa fazer tudo sozinha.

– Eu sei, eu só não pareço me encaixar, como sempre.

– Por que você diz isso?

– O Doctor me descreveu pra vocês como a cientista, mas tem mais coisas que isso.

– Sempre tem. Mas você não precisa me contar nada.

– Eu quero... – Cosima não sabia se podia confiar em Regina, mas Doctor tinha dito que eles eram como uma família no futuro, isso bastou para que ela se abrisse com a rainha. – Eu sou um clone, Regina. Tem varias copias de mim pelo mundo, fomos parte de um experimento genético.

Regina andou ate ela e sentou na cama. – Por isso você não acha que é digna de... existir.

– Eu não deveria não é? Não deveria estar aqui.

– Mas você está. E você faz diferença... ou vai fazer, não sei. O caso é que, todo mundo está aqui por um motivo, então você tem um propósito, não importa como você parar no mundo.

– Por que você está sendo tão legal comigo? Pensei que estava odiando todos nós.

Regina sorriu. – Eu não tenho o costume de deixar as pessoas se aproximarem facilmente. Mas você parece legal.

Regina saiu do quarto e deu de cara com Oliver. – Você estava nos espionando?

– Só me certificando de que você não estava fazendo a garota chorar. – Oliver provocou.

– Doctor te disse que eu sou não foi?

– Sim, mas também me disse que nada é o que parece e depois do que eu ouvi você dizer pra Cosima, bom... não era o que eu esperava da Evil Queen.

– O que eu posso dizer, aparentemente estou no time dos mocinhos agora. – Regina sorriu.

– Que bom pra nós mocinhos então.