Shouldn't Come Back escrita por EviGrangerChase


Capítulo 18
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Heey!! Voltei... quero dedicar esse cap à Pandinhaw e agradecer pela linda recomendação ~ juro que tentei fazer o ship que pediu kkkkkkk.Estou meio triste que estou recebendo poucos reviews :( Gente, pleeease... preciso saber se estão gostando ou não da fic e mandar review não cai a mão... Espero que gostem ^.^
Bjoos *.*



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POV Annabeth

Sinceramente, eu não tinha vontade nenhuma de sair da minha cama. Eu chegara em casa tarde da noite e ainda estava terrivelmente cansada. Segunda-feira era uma porcaria. Além disso, eu quase não teria companhia hoje. Minhas melhores amigas estão no hospital. Uma está acidentada e outra está cuidando do irmão, também acidentado.

A lembrança da noite anterior me atingiu como um tapa. Percy me consolando e me trazendo para casa. Eu não tinha mais certeza que aquilo fora real ou apenas um sonho.

Levantei com dificuldade e fui direto para um banho. Escolhi uma roupa simples para ir à aula, regata roxa e short jeans. Coloquei um cardigan lilás para combinar com o tênis. Prendi meu cabelo em um coque desfiado.

Desci para tomar café e encontrei minha mãe pronta para sair.

–Bom dia filha – cumprimentou-me com um sorriso.

–Dia – falei enquanto bocejava.

–Como foi ontem com Luke? – perguntou. Com Luke foi uma droga, pensei.

–É, foi legal– respondi enquanto enfiava a cabeça na geladeira para procurar alguma coisa para comer e para desviar da pergunta.

–Só isso? – insistiu.

–Sim, foi só isso – falei soando mais ríspida do que gostaria.

–Calma aí, foi só uma pergunta.

–E o seu encontro, como foi? – minha vez. Um sorriso iluminou o rosto de minha mãe e ela pareceu ser adolescente outra vez.

–Ah, nada de mais – falou.

–Seu sorriso não diz isso. – falei com um sorriso malicioso.

–Preciso ir agora, já estou atrasada – falou pegando suas coisas e indo até a porta. –Até de noite. Beijo.

Haha que engraçadinha. Quando tenho que falar de meus encontros você tem tempo, mas quando pergunto dos seus, você está atrasada. – murmurei para mim mesma. Acho que eu estava ficando louca.

Desisti de tomar café e fui terminar de ma arrumar. Dirigi sem pressa, pois agora não precisei passar para dar carona para Piper nem para os Grace, o que me deixou triste.

Quando cheguei, fiquei sentada num banco, esperando dar o primeiro sinal, mas antes alguém veio conversar comigo.

–Oi – falou Percy enquanto chegava perto de mim. – Quer companhia? – perguntou timidamente, provavelmente esperando uma reação exagerada de minha parte. Realmente, fui pega de surpresa com a pergunta, mas assenti e ele sentou-se ao meu lado no banco.

Mesmo depois do que dissemos na noite anterior, a tensão entre nós ainda era evidente. Eu ainda tinha vontade de gritar com ele, mas agora era mais fácil sufocar essa vontade. Ficamos em silêncio por um bom tempo, até que ele resolveu puxar assunto, o que aliviou um pouco a tensão que o silêncio provocara.

–Teve notícias de Jason e Piper? – neguei com a cabeça.

–Thalia não me liga a um bom tempo. Estou ficando preocupada. Acho que vou ligar para ela mais tarde.

Mesmo sendo manhã, a brisa era fresca e agradável. O sinal soou e nos despedimos. A aula foi entediante, mas Percy me fez companhia nas horas em que eu mais senti falta das minhas amigas. Conforme o dia foi passando, foi ficando mais fácil conversar com ele.

No final da aula, nos encontramos no estacionamento e Percy me esperava escorado em seu carro. Deuses, ele era lindo.

Aproximei-me devagar. Eu não sabia bem o que falar, mas as palavras saíram de minha boca antes que eu pudesse evitar.

–Obrigado.

–Pelo quê? – perguntou confuso.

–Por me fazer companhia. – e antes que eu percebesse o que estava fazendo, encostei meus lábios em sua bochecha, o que fez com que uma correte elétrica passasse por mim. Percy sorriu e não pude evitar fazer o mesmo.

Fui até meu carro, sentindo seus olhos em minhas costas. Quando me virei para ele, gritei:

–Até amanhã Cabeça de Alga. – e entrei no meu carro sorrindo.

POV Thalia

Voltei para a sala de espera – eu estava pegando raiva daquele lugar – e percebi que alguém tinha vindo me visitar. Quando o vi, as outras pessoas sumiram. Ele levantou e abriu os braços quando me viu. Sai correndo e pulei em seus braços, exatamente como eu fazia quando era criança.

Pulei em Apolo com força, quase o derrubando, mas ele era forte. Giramos algumas vezes e me senti novamente com 7 anos. Quando me pôs de volta no chão, sorrimos ao ver o olhar de desaprovação de uma enfermeira.

–Não sabe como é bom ver você maninha – falou bagunçando meus cabelos enquanto eu tentava desviar. Apolo tinha os mesmos cabelos louros de Jason, apenas os olhos eram dourados, em vez de azul.

–É bom ver você também. – falei sem conseguir parar de sorrir. – Soube que você chegou ontem à noite.

–Sim – seu sorriso sumiu. – Eu queria ter vindo antes, desculpe, mas nosso pai não deixou.

–Tudo bem – falei sinceramente, mas não sorrindo – Eu já imaginava. Ele ligou hoje mais cedo, disse que você queria saber de Jason. – Apolo assentiu.

–Como ele está? – perguntou.

–Ainda estou sem notícias, vou desistir e ir para casa. Não consigo dormir direito e já tive que faltar aula hoje.

Apolo assentiu, concordando comigo.

–Tenho que pedir desculpa por mais uma coisa. – falou.

–Como assim?

–Um dos motivos que não vim antes foi porque sai com Drew.

–Quem? – perguntei apavorada. Ele não podia estar falando da mesma Drew que eu estava pensando, podia? Drew era a irmã mais velha de Piper e Silena. Já fazia anos que eu não a via, ela havia se formado no ensino médio apenas dois anos antes que eu e depois disso, sumido do mundo. Nem as irmãs faziam questão de saber onde ela estava.

–Eu – falou a mesma Drew que eu estava imaginando. Senti uma dor no ego ao ver como ela era bonita. Tinha longos cabelos castanhos, como as irmãs, mas os dela tinham luzes e eram ondulados nas pontas. Usava uma blusa preta tomara que caia e um short cor de rosa. Usava all star preto. Suas joias eram douradas. A maquiagem era brilhante e o batom combinava com o short. A roupa ficaria ridícula em mim, mas para ela era perfeita.

–Oi – falei com um falso sorriso. Olhei ao redor procurando Silena e a encontrei o mais distante possível da irmã, encolhida e com uma expressão de desgosto. Uma onda de solidariedade se apoderou de mim. – Apolo, posso conversar com você um pouquinho?

–Claro- falou e soprou um beijo para Drew antes de me acompanhar. Saímos do hospital.

–Você é louco ou o quê? – quase gritei as palavras.

–Calma aí! – falou como se estivesse se rendendo. – Qual é o problema?

–Você ainda pergunta? – eu estava começando a me irritar. – Drew é o problema.

–Por quê? – perguntou inocentemente. Eu tinha vontade de socá-lo. Respirei fundo e comecei novamente.

–Apolo, você sabe que essa garota não vale o esmalte que usa. Além disso, ela e Piper já brigaram inúmeras vezes porque depois que Piper falou que gostava de Jason, Drew tentava de qualquer forma ficar com ele. Você lembra não é? Ele era afim do Jas...

–Ela ainda é – Apolo me interrompeu.

–O quê? – perguntei confusa. Eu tinha falado tanta coisa que não sabia ao que ele estava se referindo.

–Ela ainda é afim do Jason – falou como se não fosse nada de mais. Demorei para perceber que estava com a boca aberta.

–Então por que está com ela? – eu ia ficar louca.

–Sei lá. – falou com indiferença.

–Você é muito idiota – falei ainda embasbacada. – Se eu não estivesse tão feliz em te ver, você já estaria roxo de tanto soco que eu teria te dado.

Imaginei que ele fosse ficar assustado, mas ele começou a rir como um pateta. Desisti de tentar argumentar com ele e voltei para buscar minhas coisas.

–Thalia, você vai embora? – Silena perguntou com um tom cansado. Assenti. – Eu também vou, não quero ficar aqui sozinha.

Olhei para ela. Silena estava ficando com olheiras, provavelmente como eu estava. Abracei-a com força, recomendado a ela que fosse para casa e descansasse bastante.

Voltei para casa com meu carro. Silena havia ido para casa também e Apolo havia ido com Drew para algum lugar qualquer.

Já era começo de noite e eu estava exausta. Subi para meu quarto sem cumprimentar ninguém. Tive vontade de me atirar na cama, mas preferi tomar um banho antes. A sensação da água quente era maravilhosa em meus músculos rijos. Vesti a primeira roupa que encontrei.

Escutei meu celular tocando, mas ele desligou antes que eu pudesse atender. Era Annabeth. Havia três ligações não atendidas dela. Resolvi retornar. Ela me atendeu no segundo toque:

Alô.

–Alô. – falei. – Precisava falar comigo?

Sim. Na verdade eu queria saber notícias dos dois. Como eles estão? – perguntou.

–Estão melhorando. Já estão fora de risco. – respondi. Escutei águem bater à porta de casa.

Essa é uma boa notícia – falou com um tom mais animado.

–Como foi aula hoje? Sentiu muito a minha falta? – perguntei brincando. Annabeth riu.

Na verdade sim, mas Percy me fez companhia. – eu quase engasguei.

–Espera aí, você disse “Percy”? – perguntei incrédula.

Disse. – percebi que ela estava sorrindo. Eu teria uma longa conversa com ela amanhã. – Por que você demorou a atender minhas ligações? – dessa vez ela estava séria.

–Desculpe, é que Apolo chegou ontem à noite e ele veio até o hospital. Fiquei conversando com ele, só vi suas ligações quando cheguei em casa.

Ah, que inferno – murmurou Annabeth.

–Por quê? – perguntei enquanto ria.

Ártemis chegou hoje de tarde. – a frase foi curta, mas o efeito foi grande. Tenho certeza que Annabeth estava feliz com a volta da tia tanto quanto eu com a do meu irmão, mas Ártemis e Apolo tinham um grande histórico de desavenças. – Tomara que não se encontrem tão cedo.

Concordei com Annabeth e me despedi. Eu estava com fome.

Desci as escadas, pensando no que ia comer, mas levei um susto quando encontrei alguém esparramado no sofá como se fosse de casa, o que quase era.

–Nico, que bom ver você! – falei, quase gritando de alegria. Corri para abraçá-lo. Nico era meu primo e praticamente havia crescido comigo.

–É bom ver você também – falou sorrindo. Ele tinha cabelos negros, como do pai e olhos escuros e intensos. Era possível se perder dentro deles.

–Qual é o motivo de tal honra? – perguntei enquanto sorria. Ele riu de minha frase.

–Tal honra é dada a partir da presença de meu nobríssimo pai em razão de negócios – falou entrando na brincadeira e fazendo uma mesura.

Sorri e fui até a cozinha buscar algo para comer. A única coisa boa de minha madrasta é que ela não se importava comigo, então eu tinha a casa praticamente toda para mim, pois meu pai estava atrás de negócios com meu tio e ela estava no seu quarto “cuidando da beleza”.

–Posso servir alguma coisa? – perguntei a Nico.

–Não, obrigado, mas sinta-se à vontade.

Ele me observou escorado na porta enquanto eu preparava um sanduíche com suco. Fiquei um pouco constrangida, ele não desviava o olhar. Arrependi-me de ter vestido um short tão curto. A blusa que mostrava um pouco da barriga também. Peguei um copo de suco para ele.

Sentei-me e fiz sinal para que ele sentasse também, pelo menos ele desviou os olhos. Comi o sanduíche apressada enquanto conversava com Nico.

Depois que terminei, pedi para que ele assistisse a um filme comigo, já que não sabíamos quanto nossos pais iam demorar. Escolhemos A Sociedade do Anel. Ainda bem que Annabeth não estava aqui, ela era louca pelo Legolas. Eu já preferia o Frodo e nós duas juntas não dava muito certo.

Nico sentou-se no sofá e me escorei em seu peito. Por algum motivo eu sentia um pouco de frio na barriga ao fazer isso, mas fui ficando mais confortável a medida que o filme foi passando.

–Você ainda gosta do Frodo? – perguntou Nico. A pergunta não fazia sentido.

–Isso não vem ao caso - falei enquanto corava. Olhei para ele e seu rosto estava mais perto do que eu imaginava.

Nico começou a passar a mão delicadamente em meu rosto, exatamente como Leo fizera mais cedo. Foi como se ele traçasse um risco de fogo em minha pele.

Eu sentia o perfume de Nico, suave e picante ao mesmo tempo. Nossos olhos eram como o céu e a noite brigando por espaço. Ele estava muito perto, nossos lábios quase se tocando. Foi quando um sentimento de culpa me invadiu e desviei meu rosto.

Antes que eu pudesse me explicar, nossos pais saíram do escritório. Não pude deixar de notar a expressão de mágoa no rosto de Nico e me deixando mais culpada ainda.


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Notas finais do capítulo

Quero dizer que ainda está valendo o que eu disse sobre as recomendações: quem recomendar pode escolher um ship (de preferência que dê para adequar na fic, por exemplo: Percabeth, Lukabeth, Thalico, Thaleo, Caleo, Jasiper, Posena, Aportemis, entre outros)
Espero que tenham gostado e mandem reviews okaay?? ;)
Bjoos *.*