Shouldn't Come Back escrita por EviGrangerChase


Capítulo 19
Encontros e Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Heey galerinha!! Foi mal mesmo pela demora, mas estive realmente muito ocupada esse últimos dias. Quero dedicar esse cap a Calypso Valdez que recomendou a fic e agradecer pela bela recomendação. Esse cap tá meio grandinho pra compensar a demora. Não garanto que vou postar tão cedo, mas por favor não desistam da história, eu vou voltar a postar!! Quero acrescentar que esse cap vai trazer mais curiosidade do que saciá-las kkkkkkkkkkk Não esqueçam os reviews!! ;) Leiam as notas finais *.*



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*** 2 semanas depois ***

POV Leo

Eu havia chegado cedo para a aula aquela manhã. Não me pergunte por que, eu simplesmente quis sair mais cedo para aproveitar o início do dia. Eu andava feliz ultimamente, muito feliz, para falar a verdade. Não posso dizer que eu e Thalia estávamos namorando oficialmente, mas quase. Beijávamos-nos a cada final de aula e ás vezes andávamos de mãos dadas nos corredores. Estávamos nos conhecendo e posso afirmar que eu estava adorando cada segundo que passava com ela.

Eu estava sentado em um banco, ao lado do bloco onde eu tinha minhas aulas. Eu estava tão distraído, escutando o som do mar, que era possível se ouvir mesmo estando meio longe da praia e sentindo a brisa fresca que mal percebi o estacionamento lotar-se. Eu estava de olhos fechados. Foi quando senti um aroma inconfundível de canela. Calipso.

Abri os olhos e ela estava sentada ao meu lado. Surpreendi-me mais uma vez ao perceber em como ela era linda. Éramos colegas desde muito jovens e não posso negar que nunca senti nada por ela, mas ao longo do tempo esse sentimento foi enfraquecendo, achei até que havia sumido. Percebi o quanto estava enganado ao olhar para ela.

Calipso usava uma blusa branca, fechando-se no pescoço, mas que deixava seus braços nus. Usava short jeans e uma sapatilha branca, assim como a bolsa cheia de livros. Ela usava óculos escuros, mas eu sabia que por trás deles haveria um par de olhos claros, bem maquiados e sempre brilhantes. Usava alguns acessórios dourados. O cabelo castanho estava preso por uma longa trança lateral.

– Bom dia! – cumprimentou-me com um sorriso.

– Bom dia! – cumprimentei em resposta sem deixar de sorrir. Tive medo que pudesse gaguejar, mas felizmente, consegui falar sem problemas.

– Soube da novidade? - perguntou-me enquanto colocava os óculos na cabeça.

– Sobre Jason e Piper? - Pensei que ela poderia estar falando da novidade sobre Jason e Piper. Não posso dizer que as novidades foram das melhores.

Calipso negou com a cabeça, mas abriu um lindo sorriso para mim.

– Do baile.

–Que baile? – perguntei sem saber do que ela falava.

– No fim do mês haverá um Baile de Inverno, que não será bem de Inverno por ainda estamos no verão, e os garotos devem convidar as garotas para irem.

Acho que fiquei mais idiota que o normal porque simplesmente não consegui fechar minha boca, tamanha foi minha surpresa. Eu nunca tinha ido a um baile desses antes!

– Você fica muito fofo quando fica surpreso, aliás, você sempre está fofo. – disse Calipso interrompendo meus pensamentos e fazendo meu coração disparar após seu comentário. Senti minhas mãos suarem e meu rosto esquentar.

Eu nunca havia me sentido assim perto dela antes, sempre tivemos uma boa relação. Não sabia se ela havia descoberto sobre o que eu já tinha sentido por ela, mas de qualquer forma, foi antes de eu conhecer Thalia. Eu já a havia esquecido, mas por que eu ainda me sentia assim?

Senti Calipso aproximar-se. Sua mão roçou delicadamente meu rosto e sua testa se se encostou à minha. O aroma de canela era inebriante, eu não sabia como reagir. Deveria me afastar, mas meus músculos estavam paralisados, eu não sabia mais como falar ou me mexer.

Senti nossos lábios tocando-se levemente. E foi aí que meu mundo explodiu.

POV Jason

Confesso que me assustei quando acordei deitado em uma cama de hospital, cheio de tubos e faixas. Minha cabeça latejava como se houvesse um ferreiro martelando insistentemente meu cérebro. Demorei a entender o que estava acontecendo e fiquei assim por um bom par de dias. Minha memória havia se nublado e eu não lembrava nada além de pequenos flashes. Uma garota, uma praia, dois faróis, tudo girando e mais nada.

Nos primeiros dias recebi a visita de uma mesma garota. Minha irmã Thalia. Demorei a reconhecê-la, mas conforme fomos conversando comecei a ter mais facilidade em lembrar as coisas, embora algumas ainda continuassem confusas e alguns rostos desconhecidos, como a garota na praia, que eu sabia que era importante de alguma forma.

Thalia havia me contado um pouco do que acontecera e como vim parar aqui. Falou de um acidente e o carro capotando. Falou de como recebera a notícia do acidente e também sobre meu diagnóstico: traumatismo craniano e perda de memória recente. Era coisa demais para eu assimilar, mas Thalia despejava as palavras junto com as lágrimas, ou seja, sem controle.

Ela pareceu assustada quando perguntei quem era a garota. Falou-me que era minha namorada Piper, mas não conseguia, e ainda não consigo lembrar-me de nada, apenas do rosto. Agora do nome também. Cada vez que tento lembrar-me de algum momento juntos a única coisa que consigo é uma horrível dor de cabeça, o que obriga os médicos a me sedarem novamente. Eu quero lembrar, mas não consigo.

Recebi muitas visitas de meus amigos, mas não reconheci ninguém e todos saiam de meu quarto, tristes e decepcionados. As únicas pessoas as quais me lembrei vagamente, assim como Thalia, foi de meu irmão mais velho Apolo, meu pai e minha madrasta. Ninguém mais. Os outros eram apenas vestígios de memórias enevoadas. Rostos sem nomes.

Alguns dias depois Piper veio me visitar, ainda trazendo ligado ao braço um saquinho cheio de um líquido espesso e transparente; o soro. Tinha ligado ao nariz um tubo de oxigênio. O rosto era o da minha lembrança. Um pouco machucado, mas ainda assim o mesmo. Ela caminhava como se não conseguisse mover direito o tronco, imaginei que estivesse completamente enfaixada por baixo da roupa. Talvez algumas costelas quebradas. Senti-me culpado ao perceber que eu era o responsável por isso.

Ela sentou-se com dificuldade ao meu lado e acariciou delicadamente a parte superior de minha mão. Quando falou, sua voz estava fraca, como se cada respiração fosse uma facada.

– Thalia me contou que você não se lembra de mim. – uma lágrima surgiu no canto de seu olho. Algo remexeu dentro de mim.

–Eu me lembro do seu rosto, agora sei seu nome, mas não sei quem você é. Sinto muito. – falei segurando sua mão. – Queria muito lembrar, mas não consigo.

Mais culpa me invadiu no instante em que disse aquilo. Lágrimas brotaram em seus olhos. Sua respiração aumentou o ritmo e percebi que sua dor também. Não apenas a dor física, mas percebi a dor que minhas palavras infligiram àquela garota.

Ela era linda, mesmo através das lágrimas. Os cabelos castanhos caiam meio desgrenhados ao redor do rosto delicado. Os olhos pareciam mudar de cor conforme ela se movimentava.

Uma enfermeira entrou em meu quarto e a levou embora. Senti uma agonia crescente. Eu queria lembrar-me dela, mas antes que eu pudesse perceber, a enfermeira voltou e mergulhei novamente na inconsciência.

POV Ártemis

Posso dizer que me adaptei rapidamente à minha nova casa. Atena foi extremamente gentil e fez com que eu me sentisse bem. Para mim, foi mais do que um presente ver no rosto de minha sobrinha a expressão de surpresa e alegria.

Passei os primeiros dias dentro de casa, organizando minhas coisas e tentando me adaptar, mas Annie e Atena insistiram para que eu fosse caminhar com elas na praia, o que aceitei sem prensar duas vezes.

Eu estava feliz ali, já havia até arrumado um emprego, mas como todos já devem saber, algo me incomoda e se tem algo me incomodando eu fico extremamente mau-humorada.

O motivo de meu incômodo tem nome, sobrenome, cabelos loiros, olhos dourados, pele bronzeada e também namorada. Isso mesmo, Apolo!!!

Eu odiava pensar em como eu estava obcecada por ele. Nós nunca nos gostamos, quando éramos colegas, brigávamos quase todos os dias. Os dias que não brigávamos eram os dias em que um de nós faltava aula. Claro que era sempre ele que me provocava e eu que começava a briga.

Eu queria nunca mais ter de encontrá-lo, mas minha vida parece uma história daqueles livros de ficção maluca, ou no mínimo, uma daquelas fanfics escritas por uma pessoa mais louca ainda.

Eu estava na praia, deitada, mas apoiando-me em meus cotovelos. Estava tentando me bronzear já que minha pele é tão clara que chega a reluzir na luz do sol, quando o encontrei. Ele estava sozinho, caminhando na beirada do mar, apenas de calção. Senti meu rosto esquentar, mas não desviei os olhos. Não que eu não tivesse tentado.

Como se tivesse sentido meu olhar, Apolo virou-se pra mim, demorando a me reconhecer, mas quando reconheceu começou a se aproximar. Revirei os olhos, o que ele não viu, já que eu estava de óculos.

Quando se aproximou, fingi que não havia notado sua presença, o que fez com que ele se deitasse em uma posição semelhante a minha, deixando nossos olhos na mesma direção. Não virei-me para olhá-lo, o que o obrigou a puxar assunto comigo.

–Desde quando está na cidade? – perguntou.

–Cheguei há duas semanas. – falei friamente.

– Que coincidência! Eu também. – falou alegre. Apolo era meu oposto. Ele parecia ter a luz e a alegria do sol, enquanto eu carregava a frieza da lua. – Onde você está morando?

–Isso realmente interessa? – perguntei, finalmente olhando para ele.

–Claro que sim, como vou poder visitá-la se não sei onde mora?

–E se eu não quiser que você me visite? – perguntei sem me importar se o estava magoando. Apolo riu. Uma risada que fez com que eu quisesse rir com ele.

Ele movimentou-se tão rápido que quando percebi, ele estava em cima de mim, apoiando-se em seus braços, que estava ao lado de minha cabeça, para não soltar seu peso sobre mim. Ele não estava mais sorrindo. Ele havia tampado o sol com sua cabeça, o que fez com que seus cabelos loiros parecessem uma auréola. Eu nãoconseguia movimentar-me.

–Você sabe ser cruel se quiser, mas sei que no fundo não é. – Enquanto falava, Apolo roçava seu nariz em meu pescoço, fazendo com que eu tivesse dificuldade para pensar. – Eu sei que você briga comigo porque tem medo do que vai sentir se escutar seu coração.

– Não tenho medo de escutar meu coração. Não sinto nada por você além de ódio. – falei em meio a uma confusão de pensamentos e sensações. Apolo riu em meu pescoço.

–Sabe que está errada. – ao falar isso, ele encostou seus lábios aos meus, pegando-me desprevenida. Surpreendi-me ao me ver querendo o beijo, mas ele afastou-se.

Ele levantou-se, deixando-me pregada ao chão.

– Pense no que eu disse! Até mais. – e foi embora. Dando-me um selinho antes de partir.

Se eu já o odiava antes, agora odeio muito mais. Quem ele pensa que é para poder fazer isso? Agora sim ele selou um acordo de guerra.

Se for guerra que ele quer, então guerra ele terá!

POV Thalia

Sim, eu estava muito confusa em relação aos meus sentimentos, mas eu estava convicta de que estava me apaixonando por Leo. Ele era engraçado, gentil, carinhoso, sempre pronto para me apoiar. Não tenho como reclamar dessas duas últimas semanas.

No entanto, essa sensação de alegria conflitava com as notícias sobre Jason. Cada vez que eu lembrava-me de nosso primeiro encontro, tenho vontade de chorar e gritar como o mundo é injusto. Não bastasse o acidente ele tinha que perder a memória também. Além disso, tinha Piper, que agora tinha dor em dose tripla. Costelas quebradas, pulmão perfurado e um namorado que não a reconhecia mais. Só de pensar sinto uma dor em meu peito.

Eu havia retomado minhas aulas, assim como Silena. Ela não estava com tantos problemas para recuperar-se, afinal, havia arranjado um namorado, Charles. Um belo moreno, alto e musculoso. Muito simpático e gentil também, mas meio tímido. Eu já havia percebido certo clima entre os dois.

Não posso reclamar de Leo, é claro, mas posso dizer que aí há mais um conflito de sentimentos, pois depois daquele quase incidente com Nico, não posso dizer que tenho controle sobre o que sinto. Cada vez que eu o vejo ignorando-me nos corredores, um suor frio brota em minha testa. Talvez isso seja culpa ou apenas uma virose muito irritante. Infelizmente, dou maior crédito à primeira hipótese.

Quando estacionei meu carro, as primeiras pessoas que encontrei foram Silena e Charles. Silena usava roupas típicas suas. Uma blusa lilás de um ombro só, short branco e tênis também lilás. Acessório prateados, cabelos soltos, óculos escuros e maquiagem bem feita por trás deles. Charles carregava sua bolsa com livros.

Admito, meu estilo era bem diferente do de Silena. Eu estava usando regata preta, assim como meu tênis e short jeans meio rasgado. Hoje eu havia optado por trazer meus livros em uma espécie de mochila, a qual eu carregava pendurada em um ombro. Eu havia escolhido alguns acessórios simples, assim como minha maquiagem. Meu cabelo estava solto.

Trocamos algumas palavras, mas tive que despedir-me deles, eu queria encontrar Leo logo, mas acabei esbarrando em Nico, que mal olhou em meu rosto. Eu odiava tudo isso. Odiava essa confusão dentro de mim.

– Caramba, nem cumprimenta as amigas! – falou uma voz familiar atrás de mim. Não pude evitar sorrir. Annie me olhava sorridente. Parecia que havíamos trocado os papéis.

Ela parecia calma ultimamente, mais tranquila e mais segura de si. Ela e Percy haviam retomado a amizade, mas ela me garantira que apenas isso. Quando estavam juntos, era possível sentir certa tensão entre eles, talvez isso nunca fosse passar. A amizade que os dois tinham parecia ser feita do mais fino gelo, podendo quebrar a qualquer instante ou também como uma bomba prestes a explodir. Eles estavam sendo muito cautelosos em relação a isso. Era fácil ver que estavam fartos de brigar entre si.

Cumprimentei-a. Annie usava uma blusa verde simples e short preto. A sapatilha e a bolsa eram pretas também. Usava óculos escuros como a maioria, mas seus acessórios eram da cor do ouro. Os cabelos estavam presos apenas por uma presilha no topo da cabeça.

– Soube do baile que vai ter? – perguntou-me enquanto caminhávamos um pouco.

–Não. Que baile é esse? – Annie me explicou brevemente o que era, mas logo teve que encontrar uma colega, pois precisava conferir algumas respostas. Nerd. Senti-me levemente esperançosa com a ideia do baile, apesar de eu não gostar muito de coisas desse tipo. Pelo menos eu e Leo teríamos uma chance de oficializar o namoro.

Caminhei determinada a encontrar Leo. E o encontrei. Preferia não ter encontrado.

Ele tinha a testa grudada com Calipso, uma garota que eu já ouvira falar e que não gostava nem um pouco. Os lábios estavam tocando-se quando Leo abriu os olhos, parecia estar se afastando. Fiquei tentada a gritar, mas não falei nada e antes que eu pudesse virar para ir embora, Leo me viu e empurrou Calipso com força, que ainda estava de olhos fechados, pronta para beijá-lo.

– Thalia... – começou.

–NÃO! – gritei enquanto virava-me para ir embora. Eu não queria ouvir desculpas esfarrapadas, eu havia visto. Senti meus olhos arderem com as lágrimas.

– Thalia... – começou novamente e dessa vez, senti uma mão forte girando-me. Fiquei de frente para Leo, que ainda segurava meu braço. Eu queria sair correndo. As lágrimas corriam por meu rosto. – Me escute!

– NÃO QUERO ESCUTAR NADA! – gritei. – EU VI O QUE ACONTECEU. VOLTE PARA ELA!

– Não vou deixar você ir até que não me escute. – falou determinado.

– Deixe-a ir Leo, ela não vai escutar você agora, está nervosa demais – falou Calipso, que se aproximava de nós. Leo, como se fosse um cachorrinho, soltou meu braço. Lancei aos dois um olhar de ódio e virei-me para ir embora.

Corri até meu carro e tranquei-me dentro dele. Eu não tinha mais cabeça para ir à aula alguma.


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Notas finais do capítulo

Bom, quero dizer que ainda está valendo as recomendações kkkkkk e como vocês devem ter visto, haverá um baile, mas houve muita confusão de casais. Agora eu pergunto, quem leva quem ao baile? kkkk Vou fazer uma votação a partir dos reviews que me mandarem
Bjoos *.*