Shouldn't Come Back escrita por EviGrangerChase


Capítulo 17
Realidades


Notas iniciais do capítulo

Oiii galerinhaa!! Bom, vou dedicar esse cap à MonyWeasleyGrace, que recomendou a fic ~uma linda recomendação (mas só porque eu prometi um cap Thaleo kkkkkkk) Espero que gostem, eu fiz ele com carinho hehe... E leiam as notas finais ^.^



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POV Thalia

Eu e Silena havíamos faltado aula pela manhã. Nossos pais pouco vieram para o hospital, restando a nós ficarmos esperando notícias. Silena estava dormindo em uma poltrona da sala de espera. Já fazia um bom tempo que estávamos acordadas, mas eu não estava com cara de quem ia dormir muito cedo.

Eu não recebia muitas notícias de Jason desde que deram seu diagnóstico, mas Piper acordara por alguns minutos no dia anterior. A única coisa que me disseram é que ele estava fora de risco, assim como Piper. Eu estava cansada de esperar.

Encostei-me a poltrona e fechei os olhos, mas só vinham imagens na minha cabeça. Percebi que estava com sede, mas quando abri os olhos para buscar um copo d’água, uma mão já segurava um na minha frente.

Tive um segundo sobressalto quando percebi que quem estava segurando o copo era Leo.

–Imaginei que estivesse com sede – falou com um sorriso reconfortante no rosto.

–Estou sim, obrigada – peguei o copo de sua mão e tomei tudo de uma só vez. – O que está fazendo aqui? – perguntei tentando não soar mal-educada.

–Vim ver você- falou corando e desviando o rosto. Senti meu rosto esquentar.

–Como assim? – não pude evitar perguntar. Leo não respondeu, mas insisti. – Leo, me responda, por favor.

–Não sei Thalia, mas eu precisava ver você. - agora ele me olhava intensamente nos olhos. Senti meu rosto corar ainda mais. Leo desviou o olhar, parecia decidido a não dizer mais nada, mas peguei sua mão e falei:

–Fico feliz que tenha vindo. – Leo olhou para mim com intensidade.

–Queria pode dizer mais, mas a única coisa em que penso é em você e em como eu estou completamente apaixonado por você – falou. Senti meus olhos marejarem.

–Me sinto exatamente igual – falei em resposta, corando furiosamente.

Leo se aproximou de mim e nossos lábios se tocaram. O beijo foi intenso, como se essa fosse a última vez que nos beijaríamos. Afastamos-nos, recostando nossas testas. Leo fez menção de falar algo, mas o que saiu de sua boca foi a voz da Avril Lavigne cantando Here’s to Never Growing Up.

Sentei na poltrona assustada. Eu havia escorregado enquanto dormia e meu celular estava tocando na minha bolsa. Procurei meu celular, ainda assustada com tudo e ligeiramente infeliz por Leo não estar me esperando com um copo d’água. Silena ainda dormia em sua poltrona.

Peguei o telefone e vi que meu pai estava me ligando. Milagres aconteciam de vez em quando.

–Alô – atendi com a voz grogue.

Alô, Thalia? Não, Papai Noel, pensei. Caramba, meu pai não reconhecia nem minha voz, mas seu tom parecia sério.

–Sim. Algum problema? – perguntei.

Não. Como está Jason? – Sinceramente, eu estava mais surpresa do que gostaria de admitir. Meu pai se importando com alguém além dele? Isso era novidade.

–Está fora de perigo. É a única coisa que eu sei. Por quê? – arrisquei perguntar.

Apolo quis saber notícias do irmão. – respondeu. Nada de: “Ele é meu filho, o que esperava” ou “Eu me preocupo com ele”; nem mesmo demonstrou felicidade ao saber que Jason estava fora de perigo, apenas um seco “Apolo quis saber notícias do irmão”.

Espera aí! Apolo?

–Pai, quem quis saber? – fingi-me de boba.

Apolo, seu irmão – quase esperei ele completar com “sua estúpida”, o que não me surpreenderia.

–Sim, sei quem ele é. Mas como ele sabe sobre o acidente? – perguntei. Meu pai devia estar com vontade de desligar na minha cara, mas eu não ia deixar, ainda não.

Ele chegou ontem de noite. Ele chegou algumas semanas mais cedo do que o previsto, ele perguntou sobre vocês e eu falei que você estava fazendo companhia para Jason, que tinha sofrido um acidente – meu pai estava com sua típica voz rabugenta, mas não me importei. Eu estava feliz, Apolo havia voltado.

–Fico feliz que ele tenha voltado – escutei meu pai resmungar alguma coisa ininteligível, mas ignorei – Diga para ele que se ele quiser passar por aqui eu ficarei bem feliz.

Está bem. Até mais. – e desligou.

Apesar da grosseria de meu pai, eu não conseguia para de sorrir. Apolo sempre foi uma pessoa incrível e conhecendo meu irmão como eu o conhecia, eu sabia que ele quisera vir ontem à noite, mas meu pai não havia deixado. A única coisa que faria com que ele não viesse – além do meu pai – era se ele estivesse com uma garota, porque ele era um galinha dos grandes.

Eu havia perdido completamente o sono. Resolvi dar uma caminhada, ficar longe da sala de espera e dos cheiros de medicamentos, pelo menos por alguns minutos. Antes, é claro, fui tomar água, o que não pude fazer já que cai no sono.

A sensação da brisa no meu rosto foi maravilhosa depois de tanto tempo confinada. Fechei os olhos, sentindo apenas a brisa quente que soprava do mar. Senti um perfume maravilhoso, que me lembrava de lugares quentes e aconchegantes. Abri os olhos quase esperando ver esses lugares, mas o que vi fez meu coração disparar.

Leo estava parado na minha frente. Olhando-me com um sorriso curioso. Sorri constrangida ao perceber o modo intenso que ele me olhava.

Lembrei-me de nossa última despedida, na qual eu o beijei e corri tão rápido que ele nem teve tempo de me ver ir embora.

–Boa tarde – cumprimentou-me.

–Boa tarde – cumprimentei em resposta.

–Estava indo caminhar? – perguntou. Assenti. – Quer companhia? – Não consegui dizer não, ainda mais com o sorriso fofo que ele me lançara.

Caminhamos ao redor do hospital, realmente apenas para esticar as pernas. A conversa entre nós fluiu naturalmente, o que me deixou mais tranquila, até que ele segurou minha mão timidamente. Meu coração disparou e perdi o fio do que eu estava falando.

Leo fez menção de soltar minha mão, mas dessa vez eu que segurei. Um sorriso cruzou nossos lábios. Eu queria que ele me envolvesse com seus braços quentes e fortes e me beijasse.

Ele me olhava intensamente. Seu sorriso foi se perdendo. Sua mão levantou até tocar meu rosto delicadamente. Fechei meus olhos tentando extrair o máximo daquele toque.

Abri os olhos, encontrando seus olhos castanhos mais perto do que eu imaginava.

–Queria poder dizer tudo o que sinto por você, mas sou péssimo com palavras.

E assim seus lábios encontraram minha boca. O beijo começou calmo, mas foi ficando mais intenso. Senti seus braços me envolvendo, ainda melhor do que eu imaginara, pois era real. Abracei seu pescoço e passei a mão por seus cabelos macios enquanto ele bagunçava o meu. Eu não queria nunca mais sair dali, mas fiquei sem ar e precisei me afastar. Colamos nossas testas, tentando recuperar o ar.

O sol estava começando a se pôr. Eu não queria nunca mais sair desse momento, mas eu precisava voltar. Odiava o fato de meus pais me deixarem sozinha para cuidar de meu irmão.

Despedi-me de Leo com mais um longo beijo e voltei para a triste realidade que me aguardava.

POV Artemis

Desembarquei do avião, pronta para um novo começo. Desde que eu viajara para a França minha vida virara um caos, nada que eu não estivesse acostumada. Agora eu estava de volta. Minha irmã mais velha, Atena, iria me dar lugar em sua casa até eu arranjar um lugarzinho para mim.

Eu esperava que coisas boas acontecessem, mas isso não aconteceria comigo. Para começar, ninguém veio me encontrar no aeroporto já que minha irmã ainda estava trabalhando a essa hora. Apesar das insistências de Atena, não deixei que ela contasse de minha chegada para Annabeth.

O tempo estava quente, típico de uma tarde de verão. Ainda bem que eu me preparara com roupas curtas. Eu usava um vestido simples, da cor do vinho e acessórios prateados. Meus cabelos castanho-avermelhados estavam soltos.

Enquanto guardava as malas no porta-malas do táxi, estaquei. Do outro lado da rua, passeando com uma garota, estava uma pessoa que eu não gostaria de ver nunca mais. Ele era um verdadeiro idiota, que durante todo meu tempo de escola – ensino fundamental, médio e até mesmo na faculdade que graças aos deuses eu terminara no ano anterior – me irritou.

Os cabelos louros brilhavam, refletindo a intensa luz solar. Usava óculos escuros, mas por trás deles eu sabia que encontraria olhos da cor do ouro líquido, diferente dos irmãos e do pai. Eram esses olhos que fazia com que todas as garotas o quisessem. Olhos tão lindos que...

–Moça, para onde você vai? – perguntou o taxista interrompendo meus devaneios. Entreguei a ele o endereço de minha irmã. Não era muito longe dali.

Eu estava certa sobre uma coisa. Coisas boas nunca acontecem comigo, e eu e Apolo na mesma cidade com certeza não era uma coisa boa. Nem para mim, nem para a cidade.


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Notas finais do capítulo

Bem, quem recomendar a fic vai poder escolher um cap do ship que mais gosta ou que quer ler. Espero que recomendem kkkkkk Kisses