Idiot Guy escrita por Apiolho


Capítulo 12
12 - Em briga de ex namorados é melhor não meter a colher


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! *-*

Gostaria de agradecer a Small long hair, Senhorita Foxface, Masumi Mieko, Skye Miller, Anna Katharina, AkumaKun, rae, gih e hans por comentar no anterior. São muito importantes para mim, tanto dos novos quanto dos velhos.

Muito obrigada a CdMay por favoritar e Livery por acompanhar. Adorei demais quando vi, mesmo.

E onde estão meus outros leitores? Não se acanhem, serão muito bem vindos.

Espero que gostem, pois fiz para vocês.



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Capítulo doze

Em briga de ex namorados é melhor não meter a colher

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”

(O pequeno príncipe)

“Posso te ver agora?”– Vincent

Estava eu, Alisson, Patrick, James e Jane sentados na árvore. Sendo que os dois últimos estavam em lados opostos, até porque possivelmente se brigaram. Ou resolveram não ficarem mais juntos. Já eu tentava arranjar um jeito de escapar e encontrar o Mitchell.

– Esse trabalho deve ser enorme não é? Aquele de história eu terminei em um dia. – declarou.

– É, eu ainda tenho algumas coisas a fazer na biblioteca.

– E você vai me ajudar com as matérias mesmo? – quis saber.

– Com certeza. Principalmente por saber que vou ganhar um sapato. – animei-me.

Sai dali às pressas e corri em direção a um banco, local em que havia apenas uma pessoa comendo algo dentro de um prato. Estava tão concentrado que resolvi ir atrás dele e colocar a mão em sua visão, tapando-a por inteira.

– Quem é? – quis saber.

Não sou boba de responder.

– É a Tina? – perguntou de novo.

Aquilo realmente me magoou, de verdade. Enquanto esse castanha deve ter a mão calejada e áspera, a minha é toda delicada e macia. Não tem nem comparação.

– Seu idiota! Você me chama e nem se lembrou que eu vinha? – murmurei.

Simplesmente sentei ao seu lado e percebi que havia um garfo e faca perto dele, e ao perceber que a Valentina estava nos fitando eu tive uma ideia. Até para dar mais certeza do que tínhamos.

– Que tal eu dar na boca? – sussurrei ao me aproximar.

Notei que engoliu em seco antes de sequer abrir a boca.

– Por quê? – ao levantar a sobrancelha.

– Para a sua futura namorada nos ver assim. – declarei de forma confusa.

Neste instante ficou menos nervoso e deu um sorriso fraco.

– Tudo bem. – finalmente aceitou.

Espetei um pedaço de bolo e levei aos seus lábios, para depois observá-lo mastigar de maneira lenta. Seus olhos não me largavam em nenhum momento. E meu sorriso se alastrou ao ver o quanto minha vizinha estava irritada, tanto que seu rosto se encontrava vermelho.

– Está dando certo. – disse em um tom baixo.

– O-o quê? – quis saber.

– O nosso plano. – expliquei.

– É?

– Sim, e acho que não precisamos mais fingir. Está na cara que ela tem ciúmes ao nos ver juntos e eu não sou mais necessária. – declarei.

Isso um dia tinha de acabar, e tinha de ser hoje.

– Mas só vai durar dois dias o nosso relacionamento de mentira?

– Como ela me acha vadia não vai estranhar. E o nosso objetivo era atingi-la, o que eu tenho certeza que conseguimos.

– A Ellie falando isso é novidade. – gargalhou.

– Estou até com medo de perguntar o porquê. – revidei.

– Por não se importar em dar mais certeza a ela. – deu de ombros.

– Então vamos terminar? – continuei com o assunto.

– Tudo bem, porém ainda posso te ajudar com as coisas do comitê?

– Azar o seu ter aceitado, agora realmente vai ter que fazer os cartazes comigo. Provavelmente precisarei de você hoje. – comentei.

– Assim me faz parecer importante. – com o sorriso torto se formando em seu rosto.

– Isso já é demais, não acha? – revidei.

– Vou considerar isso como “o Vincent é tão gostoso, lindo, e ainda caridoso. É tão perfeito que penso estar ficando apaixonada”. E é claro que eu irei na sua casa à tarde. Pode ser às duas da tarde? – comentou.

– Estarei esperando. – finalizei.

Então sai de lá rebolando a minha bunda de maneira engraçada e parei ao ver a Valentina na minha frente. Simplesmente cheguei perto dela e encostei em seu ombro.

– Pode pegar ele agora, perdi o interesse nele. – sussurrei em seu ouvido.

– Acha que ficarei com o resto por acaso? – esbravejou.

– Não me faça achar que é mais idiota do que já é. – declarei para provoca-la.

– O que está dizendo?

– Você não é a inteligente? Então terá de descobrir sozinha.

Nem sequer olhei para trás e me escorei em uma árvore. Se agora não tinha mais o Mitchell como companheiro, ainda o veria por um tempo. E sabia, mais ainda agora, que estamos constantemente em um relacionamento a base da troca de favores.

Nós estavámos escrevendo algumas frases para colocar nas paredes da escola, sendo uma delas: “Se estiver a favor de melhorias vote em Lie para presidente do conselho. Para mais livros em biblioteca e lanches mais comestíveis também.”

Coloquei sobre o caso do estupro, em que muitas concordam quando a mulher estiver usando roupas vulgares. Eu era completamente contra, e coloquei claramente isso em um dos cartazes.

– Eu recebi algumas cartas em relação ao que eles querem que mude no colégio. – comentou.

– Então leia. – murmurei.

– Melhor ver com seus próprios olhos.

“Vagabunda, puta, vadia, atirada, rouba-namorados, fura-olho, prostituta piranha, biscate, piriguete, quenga, galinha. Palavras feias não é? Mas é tudo o que simboliza Ellie Davis. Uma garota que se finge de legal, no entanto é pior que a maioria. Por que se esconde nessa sua fachada de garota perfeita? Vamos lá querida! Percebi que está mais gordinha esses dias, será que engravidou de um dos seus inúmeros “peguetes”? Quem será o pai? Finge odiar todas as injustiças sendo que é uma hipócrita? Essa, com certeza, não me representa.”

Senti as lágrimas escorrendo dos meus olhos e passando por minha face enquanto eu me abaixava. Não queria que ele visse o quanto essas palavras me incomodaram. Percebi também braços rodearem meu corpo, para depois me acomodar em seu colo até que eu me acalmasse.

– Não acredita nisso. O importante é o que você sabe. – sussurrou.

– Por que me mostrou? – o folego se perdendo entre minha frase.

Deu um suspiro e me fitou com tensão.

– Pois você ia ler alguma hora, e preferia que fosse na sua casa. E não na escola para que todos vissem o seu estado.

– Tem razão, entretanto vou deixar isso para lá. É só uma covarde que nem o nome colocou, e por isso não merece atenção. Se o Patrick estivesse aqui provavelmente diria que é inveja. – finalizei enquanto enxugava meu rosto molhado com uma toalha.

– E acho que é isso mesmo. – tentou me consolar.

Tentei realmente não deixar mais aquilo me afetar, todavia as palavras sempre rondavam a minha cabeça. Principalmente a parte em que dizia sobre a minha forma física. E eu sabia como parar aquilo, que era parar de comer.

E foi isso que fiz, quando o lanche veio as quatro da tarde não toquei em nada, enquanto o outro comia tudo o que via pela frente. Queria sim abocanhar aquele maravilhoso rocambole, todavia não podia.

Só ouvi o meu celular apitar, para depois minha porta ser aberta e uma Alisson surpresa e irritada nos fitar. Possivelmente mais ainda por vê-lo todo folgado na cama enquanto enfiava um pedaço na boca.

– O que ele está fazendo aqui? – gritou.

– Estou a ajudando com os cartazes Ally. – devolveu ao se levantar.

– Não me chame assim. – estava desesperada.

Enquanto eu ficava ali os observando com os olhos arregalados ela dava socos no peito de maneira leve. Percebi que chorava um pouco ao segurar sua camisa com força.

– Você terminou comigo para ficar com aquela sem sal da Tina. Como pode? – continuou.

– Eu que deveria estar irritado contigo por ter me traído. – rebateu.

O que eu faço? O quê?

– Volta para mim Vince! Por favor, prometo que não faço mais. – implorou.

Percebi que ela o olhava com intensidade enquanto o outro me fitava, como se esperasse uma resposta vinda de mim. Eu em? Melhor é nem meter a colher nessa briga.

– Sinto muito, mas eu estou gostando de outra agora. – foi sincero.

Se fosse eu ia embora e nem ia querer mais falar sobre ou com ele.

– Da Valentina quatro olhos? – com o veneno na voz.

– Sim, e espero que não fale mais dela assim. – declarou.

Percebi que ia chorar a qualquer instante, todavia logo tentou de se recompor ao me ver no ambiente. Como se eu fosse a sua válvula de escape.

Lie, eu ia vir aqui para estudarmos, mas acho melhor ir embora.

– Pode ficar, o Mitchell já está de saída. Não é verdade?

Fitei-o tanto que sumiu sem nem se despedir. E ao virar meu sorriso se desmanchou completamente ao vê-la tremendo e se debulhando em lágrimas, o que me fez abraça-la o mais rápido que podia.

– E-ele não me quer mais. – choramingou.

– Parte para outra, tenho certeza que tem mais lindos que ele. – só o que eu disse.

Não tinha o que comentar, até porque sabia que parte era por sua culpa. Só que também não iam ficar juntos depois disso, pelo motivo óbvio de não se amarem completamente.

– Mas não o que eu quero. – desesperou-se.

O meu celular novamente tocou e eu percebi ser uma nova mensagem.

“Posso falar contigo? Estou na frente da sua casa.” – James.

– Amiga, tenho de ir embora? – quis saber.

– Se esperar não precisa. – finalizei.

Corri até o jardim e vi que o meu amigo e integrante do nosso grupo havia ido onde moro depois de muito tempo. O que realmente me surpreendeu e me deixou feliz também.

– Faz tempo que não vinha aqui não é? – começou.

– Sim, lembro quando corríamos pelo gramado enquanto minha mãe brigava por estarmos estragando suas flores. – disse entre gargalhadas.

– Deve ser por isso que ela desistiu de plantá-las. – devolveu.

– E o que queria comigo? – quis saber.

– Sabe que eu estava andando com a Jane esses dias?

– Sim. – em um sussurro.

– Então... eu não aceitei namorá-la e ela jogou umas coisas na minha cara. Sobre eu gostar de você e que eu irei ficar sozinho.

– Não liga, isso nem é verdade. – tentei consolá-lo.

– Só que pensando nisso acho que não conseguirei nem um par para o baile. E já que todos pensam que eu... Ah! Deixa para lá. – desanimou.

– Se começou continua.

– Já vi que não vai desistir não é?

– Você me conhece. – ri um pouco.

– Então... se não arranjarmos ninguém para ir à festa de formatura podemos ir juntos? A maioria acha que sempre tivemos algo mesmo. – propôs.

– Por que não? Adoraria ir contigo se ficarmos sem par. – declarei.

Depois disso o clima ficou constrangedor e nos despedimos. Aquilo realmente foi estranho. Não era um convite como a maioria fazia, todavia eu teria alguém de qualquer maneira. Seja James ou outra pessoa.

– O que ele quis? – perguntou minha amiga quando apareci na porta.

– Resumindo: Se ninguém ir conosco ao baile vamos nós juntos. – expliquei rapidamente.

– E eu sem ninguém. – reclamou.

– Disse que irei te arranjar alguém não? Então é isso que irei fazer.

O resto do dia foi regado a estudo, fofocas, garotos e roupas. Sendo que marcamos um dia para ir ao shopping e a compra do sapato. Confesso que foi difícil colocar algo na cabeça daquela garota, todavia no fim valeria a pena.

"Ainda tenho permissão para te ajudar com os cartazes?” – Vincent.

Respondi que sim, já que ele era do meu grupo. E em relação a Ally eu ia ver. Não queria os dois brigando toda a vez que se vissem, e para que isso não ocorra eu teria de fazer com que se encontrassem raramente. De preferência apenas na sala de aula.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?

A imagem não é minha. E desculpem-me se tiver erros de português.

Mandem-me reviews com sua opinião? Seja achando bom ou ruim. E quem quer recomendar que nem a linda da Paradise (agora sem conta) fez? Ficarei super hiper feliz também. Por favor galera. *-*

Beijos e até a próxima.



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