Idiot Guy escrita por Apiolho


Capítulo 11
11 - Ao que ajuda um tapa


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos e maravilhosos leitores! *-*

Quero agradecer a AkumaKun, Senhorita Foxface, Raene Melo, gih, hans, Catnip, Skye Miller, Reeh Tetsuya e Fanática por ruivas (comentou no primeiro capítulo) por mandar review no anterior. São muito importantes para mim, tanto dos novos quanto dos velhos. De verdade.

Muito obrigada a Fanática por ruivas e coala rosa por favoritar, mesmo. Adorei demais quando vi. E, nossa, quase 80 em dez capítulos. Gente, não sabe o quanto fico grata por me acompanharem e darem sua opinião.

E onde estão meus outros leitores lindos? Aos que ainda não apareceram serão muito bem vindos e que não precisam se acanhar, e aos que já comentaram antes também.

Espero que gostem, por fiz para vocês.



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Capítulo onze

Ao que ajuda um tapa

“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.”

(Clarice Lispector)

Espreguicei-me antes de me levantar e colocar a pantufa de pato. Sem falar de ter de responder algumas mensagens antes de ir ao banheiro, sendo que umas eram do Patrick e da Ally. Já o Vincent não mandou nem um “bom dia”.

Peguei o pacote com um sanduiche natural e duas acerolas e passei perto de uma árvore para colher pitangas. Tinha uma coleção, uma de cada cor. Estava doida para chegar na escola e receber a primeira nota das provas feitas.

– Muito bom Ellie Davis, tirou um 8,7. – berrou para todos ouvirem.

Caramba! Não recebi nem um “parabéns”.

E como sempre a Valentina ganhou nota maior, que foi um 9,5. A Alisson tirou um 4,9 e o Pat 5,4. O James conseguiu um sete. A do Mitchell, pelo que soube, foi 8,3.

– Se eu continuar assim não passo. – murmurou minha amiga.

– Te ajudo se quiser. – propus.

– Então pode começar a deixar umas horas livres para o nosso estudo.

– Em troca quero um sapato que eu escolher na loja. – dei uma condição.

– Fechado. – declarou.

Um aluno se virou em nossa direção com os olhos brilhando.

– Quem falou em sapato ai? Quero um também. – interferiu o gay.

– Não mesmo, ela vai ganhar porque vai me ensinar algumas matérias.

Já eu neste instante estava me segurando para não rir.

– Sua egoísta. – revidou.

Vai começar de novo?

– Quem mandou não ser inteligente?

– Pelo menos tirei mais que você. – enquanto mostrava a língua.

– Como eu gosto de ver dois burros conversando. – interrompeu o professor.

– Isso que você disse é racismo! – exclamou o Patrick.

– Além de não ser isso eu apenas falei a verdade. – debateu.

A resto da aula foi realizada por meio de discussões. E quando chegou o intervalo fui correndo até o banco que era banhado pelo sol. Isso foi porque eu necessitava de vitamina D.

– O que é essa fruta vermelha? - perguntou.

Ela ainda estava com uma faixa no braço, e já que era um dia quente usava blusa curta. Até porque não quer ser taxada como “a garota que usa um moletom em um dia que não é frio”, e também para não acharem que está louca.

– É acerola. – respondi.

– E por que está comendo isso?

– Pois vale por 10 laranjas no quesito de vitamina C. – expliquei.

– Posso pegar a outra então? – quis saber.

– Se gostar. – declarei.

Então quando mordeu o primeiro pedaço fez uma careta e largou o resto na tigela, e ao verificar o alimento olhou para a frente e ficou pensativa por um tempo.

– Alimentei-me de umas quatro laranjas pelo menos. – sussurrou.

Simplesmente dei uma risada e ouvi o celular vibrar no meu bolso.

“Podemos começar o plano hoje?” – Vincent.

Depois de simplesmente desaparecer por um tempo pensei que tinha esquecido. Só que eu não queria ter de fingir agora, principalmente porque estava morta de vontade de devorar um pouco das pitangas.

“Por quê? Ainda estou lanchando.” – Ellie.

– O que acha de eu fazer um anuncio para arranjar um namorado?

– Claro que não. Você é muito bonita e sei que é capaz de conseguir por conta própria. – neguei.

“Come no caminho. É que a Tina está por perto e nem quis falar comigo hoje, e acho que nem vai por enquanto.” – Vincent.

– Tens razão, mas por enquanto vou ficar um pouco sossegada.

– Assim que se fala. Só que eu tenho de ir na biblioteca ver o trabalho que fiz. – menti.

– Tudo bem, vou ligar para o James me acompanhar. – declarou.

– Acho que não vai dar, ele está com a Jane agora. – finalizei antes de me afastar.

Corri por entre o pátio e fiquei aliviada ao ver o Mitchell parado perto de uma arvore, parecia que estava desesperado enquanto olhava para a castanha de óculos.

– Cheguei. – cumprimentei-o depois.

– O que vamos fazer agora? – o mesmo tom baixo de sempre.

– Que tal nos abraçarmos primeiro?

Então fizemos o que pedi e ele se posicionou perto de mim e enlaçou seus braços em minha cintura, virando-me de frente para ele. Pareceu olhar de canto de olho para algo e beijou meu rosto com suavidade. Senti-me como se fosse uma boneca de porcelana. Só que logo selou meu pescoço e fez uma trilha até o meu ouvido.

– Sorria, assim não vão achar que temos algo. – sussurrou.

Nem sabia que estava tensa.

– Tudo bem. – concordei.

Pegou-me pela mão com delicadeza e selou-a, sem sequer parar de fitar algo atrás de mim. O sorriso dele aumentou em um momento e ele me puxou de encontro ao seu peito, fazendo com que eu ficasse assustada e o mirasse sem entender enquanto o via aproximar seu rosto do meu.

Será que um beijo vai acontecer agora? Aqui? No colégio? Não pode.

– Você é uma vadia! – exclamou alguém.

E antes que eu pudesse sequer ver quem era a pessoa deu um tapa no meu rosto, tão forte que deu um estralo. Tanto que encostei no local e o massageei, para depois fitar a garota que parecia raivosa nesse momento.

– Por que diz isso Valentina? – com um sorriso amarelo.

Só estou tentando fazer o meu papel, só isso. Repetia em minha mente.

– É uma fura-olho. Esqueceu que ele estava com a sua amiga há poucos dias? – perguntou.

– Está com ciúmes querida? Não é porque ele te beijou na festa que não pode ficar com outra, e ainda mais se for uma melhor que você. – declarei.

Sou uma atriz e tanto.

– Eu sabia que era uma vaca asquerosa. Não tinha prometido que ia arranjar um namorado para mim? Mas ao invés disso fica dando em cima do Vincent. – esbravejou.

– Arranja outro, porque esse é meu.

– Eu não queria fazer isso, mas agora vai ser um prazer acabar contigo ao ganhar a eleição do grêmio estudantil. Porque se eu sentia pena de você, agora só o que eu sinto é ódio. – declarou.

Depois disso foi tentar me bater de novo, todavia felizmente uns guris vieram e a expulsaram de lá. E antes de ficar para trás, com o Mitchell ao meu lado, vi a expressão ao me fitar pela última. Como se fosse me matar a qualquer instante.

– Acho que exagerou Lie. – começou.

– Você também? Não viu o tapa que ela me deu? Acho que vai ficar vermelho por muito tempo e você fica a defendendo. – revidei enquanto andava de um lado para o outro.

– Só que falando daquele jeito ela realmente vai te achar uma vagabunda. E capaz da Ally estar sabendo numa hora dessa. – argumentou.

– Como fui me esquecer disso? Estou ferrada. – mexia minhas mãos com nervosismo.

Simplesmente deu uma gargalhada fraca e me puxou pelo braço, sem se importar com os meus protestos ou lamentações. Só que quando estávamos no corredor consegui o parar.

– Não vai atrás dela? – questionei.

– Mando uma mensagem quando chegarmos a enfermaria. Agora precisamos é cuidar do seu machucado.

– Nem foi tão grave. E eu posso muito bem me cuidar sozinha. – rebati.

– Está recusando minha ajuda é? – tentando parecer brabo.

– Quem precisa agora de ti é a Tina, não eu. – o tom quase inaudível.

– Tudo bem, então estou indo. – finalizou.

Só vi-o correndo enquanto desaparecia da minha visão. E eu simplesmente fiquei sentada no banco da sala enquanto a mulher passava algo em meu rosto e colocava um band-aid. Sei que parecia que não necessitava de tanto, entretanto a minha vizinha havia me cortado com a unha ao me dar um tapa.

Não sei por qual motivo eu me senti mal por ele não ter ficado, no entanto resolvi deixar isso de lado e vasculhar o que eu tinha na sacola. Aprovetei para comer o resto das minhas pitangas enquanto esperava o sinal bater, e ao chegar na sala o Patrick me interceptou com uma expressão aterrorizante.

– O que foi?

– Nós temos de tirar o Vincent do nosso grupo. – foi direto.

– Por qual motivo?

– Eu vi ele e aquela quatro olhos conversando animadamente. E ela é da oposição! – exclamou.

– Não podemos mais fazer nada. – sussurrei.

– E quanto a Alisson? Ela não ficará nada feliz em ver ele se reunindo conosco.

– Eu irei tratar com ele sobre isso sozinha, sem a presença dela. – argumentei.

– Espero que tudo dê certo, não quero confusão para o meu lado.

– Como se você não fizesse barraco não é? – questionei ao rir.

– Mas eu posso amor. – disse ao mandar um beijo.

Sentou-se me seu lugar e o que ouvi nesse tempo de aula foi sobre o Ben, bilhetes, átomos, presidentes, ditadura e outras coisas que eu não prestei muita atenção.

“Ainda seremos namorados?” – Ellie.

Vi-o pegar o celular, ficar sério e começar a digitar antes do meu vibrar.

“Por enquanto sim, se terminarmos ela poderá desconfiar.” – Vincent.

Rolei os olhos ao saber que teria de bancar a má de novo.

“Mas não é isso que quer?” – Ellie.

Só vi a minha vizinha e colega nos fitar e levantar a mão ao sorrir.

– Essa ruiva aqui tá só mandando mensagem professor. – berrou.

– A Davis? – quis saber.

– Sim. – afirmou.

Ouvi passos perto de mim e alguém me cutucar. A sorte é que eu já tinha desligado o celular e consegui disfarçar que estava escrevendo.

– Isso é verdade? – questionou.

– Sim, mas não foi nada demais.

– Posso ver a conversa então? Se não foi algo importante.

Não deixei e o educador puxou o meu celular, e eu do outro lado tentando ficar com ele.

– Se continuar vou ler na frente de todos! – exclamou.

– Tudo bem. – sussurrei.

Deixei-o levar o meu “bebê” enquanto fazia uma cara de sofrimento por só poder pegar no final da aula. E foi por esse motivo que eu consegui me concentrar em tudo à minha volta. Nem mandar recado para o Mitchell eu tentei, até porque a castanha poderia me dedurar.

Simplesmente corri para pegar o aparelho e ver a SMS ao final da aula.

“Ela vai achar que eu sou galinha assim. Vamos fingir por mais um tempo. Não acha?” – Vincent.

Dei de ombros e aceitei, com a condição dele me defender ao tentar não deixar que ela me toque de novo e que deveria facilitar a minha preparação das coisas para a apresentação antes da eleição, ou seja, não me requisitar direto em relação a fingir ser sua namorada de mentira. Só que ao contrário do que pensei se ofereceu para ajudar, e como sabia que era muita coisa para fazer aceitei seu pedido.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Deu treta! E não sei se entederam minha proposta na fic.

E a imagem não é minha. E desculpem-me se tiver erros de português. E, também por não responder alguns comentários, mas logo irei tentar fazer o mais rápido possível.

Quanto ao título, meio que peguei do "Ao vencedor as batatas" e coloquei "Ao que ajuda um tapa". Achei que simbolizaria bem o que passou no capítulo. AUHAUHUAUAHUA

Mandem-me review com sua opinião? Seja boa ou ruim. E quem quer recomendar que nem a linda da Paradise (agora sem conta) fez? Ficarei super hiper feliz também. Por favor galera. *-*

Beijos, obrigada e até a próxima.