The woman next door escrita por belmonte


Capítulo 3
O outro lado do casamento feliz


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente o/ Eu ia postar o próximo capítulo apenas segunda, mas o espírito de páscoa me comoveu e aqui estou kkkk Tentei trazer um lado do Robin que eu acredito que exista por baixo da pose de fofinho no seriado. Espero que gostem, e eu desejo uma boa páscoa pra todos, e se não comemoram então eu desejo um feliz dia de comer chocolate =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496002/chapter/3

O dia parecia interminável para a Regina, suas costas já estavam doendo de tanto ficar sentada em uma mesma posição. Quando olhou no relógio e viu que já eram mais de 18:00hrs deu um suspiro aliviado e começou a organizar sua mesa, finalmente já era hora de ir pra casa. Passou por todos os funcionários da prefeitura sem dizer uma só palavra, andava como se fosse a dona do mundo e tinha a postura mais correta que alguém já havia visto. Fez todo o caminho de volta pra casa da mesma forma: calada. Mal via a hora de chegar, ver seus filhos e finalmente descansar.

Chegando em casa, abriu a porta vagarosamente e avistou Henry sentado no sofá da sala jogando video game, abriu um sorriso instantaneamente.

– Olá, querido - Disse enquanto tirava seu sobretudo

– Oi mãe - Henry respondeu rapidamente, sem tirar os olhos da tv

– Está tudo bem? Onde está o seu irmão?

– Acho que ele está no quarto assistindo desenho

– Ok, vou ver ele - Regina passou por trás do sofá e deu um beijo na cabeça de Henry, colocando o sobretudo ao lado do garoto - E o seu pai? Já chegou?

– Não - Respondeu friamente - Droga, droga, morra maldito - Disse gritando com a TV. Regina pensou em corrigir o filho, mas ele parecia tão concentrado que não adiantaria nada, apenas deu um sorriso de canto e foi em direção as escadas, para ver Roland. Durante o caminho Regina começou a pensar na briga que havia tido com Robin, ou melhor, no começo da briga, é como se naquele momento uma bomba tivesse sido ligada, e que em algum momento ela iria explodir, e só Deus sabe o estrago que ela faria.

– Mamãe - Roland gritou no momento em que viu Regina, e foi correndo em sua direção com os braços abertos

– Olá, querido - Regina abriu um sorriso enorme, e pegou seu filho no colo

– Eu senti sua falta hoje, mamãe, você tem estado muito ocupada - Os olhos de Regina se encheram de lágrimas, porém a mulher foi forte e se segurou. Nunca havia sido sua intenção ter ausente na vida dos filhos, porém o trabalho estava a consumindo, e isso a deixava muito triste.

– Me desculpe, a mamãe promete que vai ser mais presente - Respondeu, enquanto apertava levemente o nariz do filho

– Tudo bem - Roland fez uma pequena pausa, e então pensou em algo e seus olhos começaram a brilhar - Você quer assistir o filme comigo?

– Me desculpe querido, mas a mamãe tem que tomar banho e fazer a janta, ou você não quer comer nada hoje?

– Se for para passar mais tempo com você eu paro de comer para sempre - Os olhos da mulher novamente se encheram de lágrimas, ela poderia ser toda forte por fora, e não deixar que nada a afetasse, mas os seus filhos eram seu ponto fraco

– Eu prometo que vou assistir um filme com você depois, tudo bem?

– Tudo bem, mamãe. Mas então você poderia fazer lasanha hoje? - Roland deu um grande sorriso, suas covinhas eram a coisa mais encantadora do mundo

– Claro que sim, meu amor - Ela depositou um beijo na bochecha do garoto e o colocou no chão, e logo ele voltou para a sua cama e continuou a assistir o filme
Regina deixou seu filho com dor no coração, e foi fazer todas as suas obrigações como dona de casa.

~~~~-~~~~

A janta já estava pronta e já e os dois meninos já estavam perambulando pela cozinha, porém Robin ainda não havia nem dado sinal de vida, Regina estava começando a ficar preocupada, o marido não costumava a demorar tanto assim...só quando bebia, e quando ele fazia isso nunca terminava bem. As crianças estavam reclamando de fome, então resolveram jantar sem Hood.

Os três já haviam terminado de comer e então alguém abriu a porta, Regina suspirou forte e foi ver o que estava acontecendo. Quando viu que era Hood, voltou rapidamente e disse para os filhos subirem e irem dormir, deu um beijo rápido em cada um e voltou para o corredor que dava para a porta, e como a morena já havia suspeitado, ele estava bêbado, mas para a sua surpresa sua nova vizinha estava o carregando, com um sorriso super sem graça.

– Regina, eu posso explicar - Robin disse, cambaleando em suas palavras

– E é bom que realmente explique - Respondeu, enquanto franzia a testa

– Regina, eu acho que isso pode ser um pouco minha culpa - Disse Emma, com um sorriso estranho, como se estivesse com medo de dizer

– Como assim? Você mal chega na cidade e já vem me trazendo problemas?

– Ei, se acalme, não é assim também. Eu chamei Robin pra tomar alguma coisa no bar do Leroy, para você sabe, comemorar a minha chegada aqui, mas as coisas acabaram saindo do controle - Emma repetiu aquele sorriso estranho, Regina apenas soltou o ar pela boca, sabia que o seu marido não conseguia se controlar muito bem. Foi em direção a ele e segurou sua mão, Robin rapidamente passou seu braço por trás da mulher e se apoiou.

– Ok, Emma, eu agradeço por ter trazido Robin, mas eu realmente espero que isso nunca mais se repita - Regina olhou friamente para a loira

– Tudo bem, agora já vou indo, boa sorte e boa noite - Emma se virou e fechou a porta

Regina ficou parada por alguns instantes, Robin estava com cara de besta olhando para a parede, ficava fazendo caretas, parecia que estava com a mente em outro lugar. Então eles começaram a andar, Hood estava cambaleando, com muita dificuldade conseguiram subir as escadas. Quando chegaram em seu quarto Regina o colocou sentado na cama, foi em direção ao banheiro e ligou o chuveiro na temperatura morna e voltou para buscar o marido, pediu para que ele tirasse a roupa e o colocou de baixo do chuveiro. Deixou ele lá com a água caindo em sua cabeça por alguns minutos, as vezes ele ameaçava cair para trás e ela tinha que o segurar, e então o trouxe uma toalha e um pijama.

– Ei morena, você consegue se lembrar da última vez que tomamos banho juntos? Era muito, muito mais divertido - Robin a olhou com uma cara de safado

– Ok, isso não tem graça, se enxugue e coloque suas roupas

– Vamos lá, você não sente falta das nossas loucuras? - Robin passou a toalha por trás de Regina a trazendo para perto dele, porém de nada adiantou, ela apenas o deu um pequeno empurrão e se virou, sem responder nenhuma palavra. A morena sentia muita falta do que eles costumavam fazer, mas não queria fazer sexo com o marido naquela condição.

Robin ficou alguns instantes dentro do banheiro tentando colocar seu pijama, algumas vezes ele acabou derrubando as coisas, Regina apenas ouvia o barulho e imaginava todos os seus cremes caindo. Até que finalmente ele saiu, com o sorriso mais besta que ele já havia visto. Novamente, foi totalmente ignorado, a mulher estava totalmente séria, o olhou com cara de desprezo, pegou sua camisola, passou pelo marido e entrou no banheiro; quando Hood pensou em abrir a porta ouviu o barulho da chave trancando a trancando, soltou um pequeno suspiro e sentou na cama, esperando sua mulher sair.

Quando Regina saiu ele se levantou rapidamente, ela estava com uma camisola de renda preta, algumas partes do seu cabelo estavam levemente molhadas, assim como seus ombros, Robin deu um sorriso enorme e foi se aproximando dela, que ainda estava com um olhar terrívelmente frio.

– Nem pense em fazer isso, Robin Hood - Regina disse com uma voz firme

– Fazer o que? - Robin respondeu com um sorriso safado, pegando nos braços de sua mulher - Eu não posso mais beijar minha mulher?

– Não, nessas condições você não pode nem chegar perto de mim - Ela balançou os braços, se livrando do marido, e indo para o outro lado do quarto

– Caralho, Regina! O que é tudo isso? Faz meses que o máximo que eu vejo é essa sua camisola, eu mal posso te tocar. Sexo? Nunca, sempre tem uma dor de cabeça, ou você tem que acordar cedo no outro dia, eu tenho minhas necessidades - Robin começou a alterar seu tom de voz

– Ah, agora eu tenho que ser sua serva? - A morena deu uma risada irônica

– Não é isso que eu estou falando, porra, você é minha mulher, e eu quero sentir você nos meus braços

– E da onde está vindo toda essa necessidade? Aquela garçonetezinha do Granny's resolveu parar de dar pra voce? - Robin ficou com uma cara de espanto no momento que ouviu

– Você está louca, Regina? - Antes que Hood tivesse a chance de continuar, Regina começou a falar

– Você acha que eu sou o que? Besta? Eu vi o jeito que você olhou para ela rebolando hoje, eu não sou cega, Robin.

– Tudo bem, eu olhei mesmo, mas foi só uma olhada, e pelo que eu saiba isso ainda não é nem considerado um pecado, e eu só olhei porque aqui dentro de casa eu não tenho conseguido olhar nada, e eu não estou mais aguentando isso

– Você fala como se fosse um animal com extrema necessidade de enfiar o pênis em qualquer lugar só pra se satisfazer

– Eu não sou um animal, sou um homem, um ser humano, e tenho certeza que você também tem suas necessidades, por que nós não podemos nos satisfazer juntos?

– Robin, você está bêbado demais para termos uma conversa de adultos, por favor, se deita e descanse, amanhã nós podemos conversar melhor

– Não Regina, não tem amanhã, você anda uma pilha de stress, o único momento em que eu consigo ver seu sorriso é quando estamos junto com nossos filhos, igual hoje de manhã, você parecia estar super feliz, e agora está ai, com a cara mais amarrada que o Leroy

– Ah, então agora o problema de tudo é o meu humor? - Dessa vez foi Robin que não deixou Regina continuar a falar

– Sim, é o seu humor - Robin disse quase gritando - Eu não aguento mais essa sua bipolaridade, ninguém nessa cidade aguenta, algumas pessoas começaram a falar que você é ''mal comida'' - O homem reproduziu as aspas no ar - Sim, mal comida. Vê se pode uma coisa dessas, minha mulher sendo chamada de mal comida, todos vão começar a achar que eu sou broxa

– Oh, me desculpe senhor, jamais queria te dar essa fama tão ruim - Novamente a mulher deu uma risada irônica. Ela pretendia dizer muito mais porém ouviu o barulho de alguém batendo na porta, os dois pararam de descutir e respiraram fundo. Regina colocou uma mão na cintura e com a outra colocou todo o seu cabelo para trás e em seguida abriu a porta, era Roland, com seu macaco de pelúcia em uma das mãos e com a outra esfregando os olhos

– Querido, o que você está fazendo acordado? - Perguntou Regina, enquanto se abaixava para ficar da mesma altura que o filho

– Eu tive um pesadelo, mamãe - Roland fez um biquinho

– Ah, não se preocupe, a mamãe vai te levar de volta para a cama e espantar todos os seus pesadelos com a minha magia - O garoto deu um pequeno sorriso, então Regina o pegou no colo e saiu com ele

Quando voltou para o seu quarto Robin estava sentado na cama com as mãos na cabeça, Regina fechou a porta e foi em direção ao seu lado da cama.

– Regina, eu queria - A mulher o interrompeu

– Não, agora não, por favor, eu só quero dormir e descansar um pouco, amanhã nós conversamos mais. - Regina deitou e desligou o abajur ao seu lado,

Robin ficou mais alguns instantes sentado e então resolveu deitar também. Amanhã seria um longo dia, e os dois deveriam descansar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Digo uma coisa: Roland é o amor da minha vida ♥ Espero que tenham gostado, uma boa parte dele foi escrito enquanto eu ouvia Lady Gaga e Macklemore e dançava de olho fechado kkkk Até o próximo :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The woman next door" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.