A Garota de Cabelos Azuis escrita por Bruna Gonçalves


Capítulo 20
"Morte?"


Notas iniciais do capítulo

Voltei!
Pode ser que o capítulo passado ficou um pouco confuso, mas, de acordo com um livro que eu li, o pensamento de um psicopata é mais ou menos assim.
Espero que gostem desse também e que não me matem!

Aproveitem o capítulo!



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“Amigos,

Sei que, se estão lendo essa carta, quer dizer que eu já estou morta.

Não se perguntem o porquê de eu ter escolhido esse rumo. Acho que a solidão me machucou muito, e eu simplesmente não aguentava mais. Peço desculpas.

Antes de qualquer coisa, eu não acredito em “céu”, “inferno” ou “paraíso”, mas acho que os mortos se encontram em algum lugar. E quero encontrar Isaac em algum lugar.

Devem estar pensando a razão para eu ter escolhido pular do quinto andar do nosso apartamento. Penso que é porque eu quero algo rápido e direto. “Rápida e diretamente” é o que estava pensando desde que saí do velório de Isaac.

O médico que conversou comigo naquela madrugada no hospital me disse que eu passaria pelas cinco fazes do luto. Só passei por duas.

Não chorem por mim, por favor.

Sarah,obrigada por ser a minha amiga. Nunca tive uma “confidente feminina”, e só posso te agradecer por isso.

Eric, obrigada por ser um amigo para mim. Cuide bem da sua família agora, está bem?

Gustavo, obrigada por me apresentar o baseado e me fazer dar algumas risadas de vez em quando. Cuide bem de Amanda, porque ela é uma garota muito especial.

Espero que não me odeiem por ter tomado essa decisão, já que foi a única que eu consegui encontrar.

Amo vocês e os espero “do outro lado”.

Alice.”

Terminou de escrever aquela carta com as mãos trêmulas, e só então percebeu como estava cansada. Foi ao banheiro, penteou seus cabelos um pouco desbotados, e encarou suas olheiras. Desde o dia que Isaac morrera, Alice evitava dormir. Bebeu muito café, e seus olhos já transpareciam as noites que passou em claro.

Se trocou, já que estava de pijama e foi até a sacada de seu apartamento. Nenhuma proteção a impedia do que seria feito a seguir.

Respirou fundo, apoiou-se na barra de ferro e encarou a vista. Prédios, prédios e mais prédios. Nenhum pôr do sol, nenhum pássaro voando no céu, nenhum canteiro de flores para cair.

Como a vida é deprimente.

Fechou os olhos. Rápida e diretamente.

Então impulsionou-se para frente, e sentiu-se caindo, caindo, caindo, sem abrir os olhos. Era uma sensação maravilhosa, como se estivesse entorpecida. Sabia que finalmente encontraria Isaac e tudo ficaria bem.

Então, silêncio.

Não ouvia mais o som das buzinas, os gritos das pessoas ou os carros. Não sentiu nenhum tipo de baque, não estava sentindo dor ou qualquer tipo de desconforto. Queria ver aonde estava, saber se céu ou inferno realmente existiam.

Abriu os olhos e enxergou uma luz branca. Mas não como nos filmes, era uma lâmpada branca fluorescente no teto claro. Estava deitada em uma superfície macia e seu corpo era coberto por um pano fino. Podia ouvir bipes incessantes e aquele som a incomodava, já que sua cabeça doía muito.

De repente, ouviu a voz que nunca pensou que iria escutar novamente.

– Alice? Você acordou, meu bebê?

Era sua mãe. Sua mãe estava chamando seu nome.


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Notas finais do capítulo

E aí?
Esse está melhor que o outro?
A FIC TÁ ACABANDO! T_T
Espero que tenham gostado!

Beijos com Nutella!
o/



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