Em uma mente eterna sem lembranças. escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Gente..esse é o capítulo final. E claro que teremos um epílogo depois. Como eu disse, essa fic é bem curtinha e rápida. Tudo se deu em um dia ou menos ainda...



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Orihime sentia-se enjoada, nunca poderia imaginar o que acontecia naquele momento. Suas memórias foram encapsuladas bem no fundo de sua mente e elas queriam sair, não para fazer a vida da ruiva melhorar, mas porque no fundo, no fundo, aquilo era o correto a ser feito. Nada que era livre tinha motivo para ser recluso, certo? Ao menos tratando de memórias.

Sua cabeça girava e girava como em um caleidoscópio e ela não se sentia muito bem com todas aquelas sensações. Via várias imagens em sua mente, como umas fadinhas pairando ao redor enquanto ela curava Tatsuki de algo desconhecido, viu-se defendendo Ishida de uma espécie de bomba em um lugar desconhecido, viu o garoto ruivo morrer. Aquele mesmo garoto ruivo que a beijara momentos antes, morrendo por algo que ela não conseguia entender.

“Isso dói. O que está acontecendo comigo? Que sensações são essas? Que dores são essas? O que diabos está acontecendo? Por que eu não consigo me lembrar dele? Qual é o motivo que me fez esquecer tudo isso? O que são essas fadas? O que eu posso fazer?

Gritou de agonia e sentiu que suas forças falhavam em mantê-la em pé e caiu lentamente no chão onde ficou tremendo e chorando copiosamente em toda a sua confusão.

Nomes, vários nomes perambulavam, corriam e voavam dentro da mente de Orihime e ela tinha dificuldade em associar os rostos. Ela sentia que conhecia aquelas pessoas, porém ao mesmo tempo não. Os rostos não tinham nomes e os nomes não tinham rostos. Era um quebra cabeça complicado demais para se resolver.

Em todos os momentos, o garoto ruivo estava presente. Em todos os momentos. Ele estava com uns garotos da sua turma e parecia muito amigo deles e ele parecia muito amigo dela.

Até que uma cena chamou a atenção da ruiva. Era um local escuro, como um quarto, cuja iluminação era provida apenas pela luz da lua e o garoto ruivo estava deitado na cama, parecendo muito machucado e ela ouviu uma voz muito parecida com a própria dizendo o seguinte:

Kurosaki-kun, tem um monte de coisas que eu queria fazer.
Eu queria ser professora.
Queria ser uma astronauta.
Queria ser uma confeiteira também.
Queria ir a um lugar cheio de donuts e dizer “quero todos!”.
Também queria ir a uma sorveteria e pedir de tudo.
A gente podia ter 5 vidas não acha?
Assim eu poderia nascer em 5 cidades diferente.
Poderia encher a barriga com 5 coisas diferentes.
Teria 5 empregos diferentes…
E também poderia…
amar uma mesma pessoa 5 vezes.”

“Kurosaki-kun?” Percebeu que iria beijar o rapaz, o mesmo rapaz que a beijou em sua porta, que disse todas aquelas coisas das quais não conseguia se recordar, contudo sabia da sua importância e sinceridade. Tinha que saber quem ele era. O motivo pelo qual esquecê-lo fez com que toda a sua vida ficasse em espera. Tentou se levantar para ir naquela loja estranha e suas pernas vacilaram, fazendo com que ela caísse direto no chão. Decidiu ficar ali chorando tudo o que tinha para chorar e nem percebeu quando algumas fadinhas pairavam ao seu redor.

Na loja de Urahara, a confusão ainda não tinha se dissipado, muito pelo contrário.

“O que foi que você disse Ishida?”

“Que você é um idiota Kurosaki. Isso que você é. Um idiota.”

“Sim, mas dessa vez, qual é o motivo?”

“Oras, por ser um shinigami. Por ser essa criatura densa....”

“Ishida..não mexa com aquilo que você não aguenta...”

E durante o diálogo....

“Tatsuki, qual é o problema do Ishida? Ele está sem argumentos, não?” Sado perguntou calmamente

“Ele precisa se sentir brigando com o Ichigo. Essa coisa de superar os shinigamis, sabe? Mas eu não sei bem o motivo. Antes eu achava que era ciúmes da Hime, porque ela ama esse idiota e o Ishida gostava dela, mas agora que estamos bem, eu não compreendo.”

“Outra coisa que me surpreende. Vocês dois juntos.”

“Me surpreende também Sado. A mim também, mas estamos bem...ah, já sei. Tem dias que o Ishida se sente meio ameaçado pela minha força. E então quer se mostrar o Alpha da relação. Nessa parte eu tenho muita dó dele.” Tatsuki riu levemente.

“Acha que ele quer chamar a sua atenção? Porque isso não ajuda em nada a Inoue. Enquanto os dois brigam, não conseguimos chegar a uma solução e eu acredito que ela esteja sofrendo. Dê um jeito nisso, sim?” Sado raciocionou.

Suspirando, a morena levantou-se e foi em direção ao namorado e deu-lhe um beijo profundo nos lábios. Sentia o garoto tremendo sob o toque de seus dedos que estavam fazendo seu próprio caminho no pescoço do quincy, e a garota adorava essa parte. Exatamente esta parte de tremer. Era um poder que não sabia que possuía, impressionante.

“Pare de brigar Uryu. Você perde o charme assim. Deixe as brigas pra mais tarde, pode ser?”

“Cla..claro. Claro, minha dama...” Ishida desconcertou-se

“Gosto assim. Agora que os dois idiotas pararam com essa briga sem fundamento algum, chegaram a alguma conclusão do que devemos fazer ou não? Se vamos lá na Hime, se ficamos aqui com esse shinigami louco...se esperamos a mulher gato chegar porque ela realmente tem as melhores ideias?”

Antes que algum deles conseguisse responder às perguntas de Tatsuki, uma fadinha muito nervosa chegou e chutou Ichigo no rosto. “ Hey garoto morango, o que está acontecendo com a mulher?”

“Que diabos é isso e por que você me chutou e de que mulher está falando?”

E quando Tsubaki ia chuta Ichigo mais uma vez, Sado interveio. “ Ichigo, esse é um dos espíritos da Inoue.” -virando para o Shun Shun Rika - “o que está acontecendo com a Inoue?”

“Aquela mulher não para de gritar. Parece que está sentindo muita dor, só que não tem machucado nenhum. Até achamos que era pesadelo, agora ela tem vários desde que voltou daquele Hueco Mundo, que por sinal ela nem se lembra do que é, só que ela não consegue mais nos ver. Nem sentir a gente. E olha que eu chutei e muito aquela idiota.”

“Você...você fez o quê??????” Ichigo gritou.

“O que aconteceu com a mulher? Por que ela não consegue ver a gente? E por que eu acho que isso tudo é culpa sua? Por que ela não é mais quem costumava ser?”

“Porque provavelmente seja.”

“Não, não é culpa do Kurosaki. Inoue-san achou que seria melhor ela esquecer dele, mas ele não sabia que ela gostava dele, entende?”Ishida intercedeu.

“Bom, mas o que faremos?”

“Por que os jovens não vão lá? Já sabem que Inoue-san está sofrendo e não consegue ver as fadinhas queridas e amadas dela, tão fofinhas, não? Então, o pior que pode acontecer é ela ficar sozinha neste momento, não?” Urarara falou divertido.

Antes que qualquer um respondesse, Sado saiu correndo em direção à casa de Inoue sendo seguidos pelos seus amigos. Chegaram na casa dela e Ichigo nem quis saber de bater na porta, já arrebentou a mesma. Entrando desesperado, deparou-se com a ruiva em prantos e gritando desesperadamente.

“QUEM É KUROSAKI-KUN? POR QUE EU NÃO ME LEMBRO? O QUE ELE É PRA MIM?”

Ichigo não conseguia mais suportar toda aquela agonia e foi até ela, segurou-a firme e disse:

“O amor da sua vida.”

E a beijou novamente.


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