Em uma mente eterna sem lembranças. escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 4
Na loja.


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeeeeeeeeeente...demorou, eu sei! E olha que essa história é uma das mais fáceis que eu estou escrevendo, sem falar que acho ela um amorzinho. E eu tinha dito que ela teria 4 capítulos, mas terá 6. E eu vou fazer o melhor pra apressar pelo menos essa. Muito obrigada pelos comentários



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“Em minha defesa, eu nunca concordei com essa ideia da Orihime-san de apagar todo o sentimento que ela tinha por você, meu caro Kurosaki-san. Ela disse que se sentia mal em gostar de você, sabendo que você gostava da Kuchiki-san”

“COMO ASSIM SE SENTIA MAL? E VOCÊ ACHOU QUE ERA COMPLETAMENTE NORMAL VOCÊ APAGAR A MEMÓRIA DELA? SEM PENSAR NAS PORCARIAS DAS CONSEQUÊNCIAS?”

“Era completamente indolor. Era o que ela queria. A bondade e a doçura de Inoue-san não tem limites. Ela preferia perder um pedaço dela a ter a possibilidade de atrapalhar a sua felicidade. Pra justificar a minha atitude, isso realmente me convenceu e também, o amor não-correspondido é uma das maiores dores que uma alma pode sofrer. Ainda mais sendo como Inoue-san é. Aquela garota é boa demais pro bem dela.”

“Mas Urarara-san, tem como reverter esse feitiço?” Sado questionou.

“Bom, Sado-kun, eu ainda estou surpreso em ver que realmente funcionou, sabe? É que eu nunca tinha feito isso antes. Mas Orihime-san estava tão desolada que eu tinha que tentar alguma coisa, entende? Eu tinha que tentar tirar aquela tristeza profunda dos olhos dela. Mas além dela esquecer do Kurosaki-san, quais foram os outros efeitos?”

Como Ichigo estava furioso demais pra responder, Ishida respondeu calmamente que com o fato dela ter esquecido do substituto, ela esqueceu de seus poderes e consequentemente se tornou uma pessoa normal. Ela nem compreende mais as manifestações sobrenaturais que acontecem ao seu redor e não pode mais ver os shinigamis a não ser que estejam em gigais.

Suspirando resignado, Urarara foi procurar em suas anotações uma suposta solução para os problemas de uma maneira tão tranquila que Ichigo estava praticamente gritando só de olhar. O homem passou pelos livros displicentemente, como se estivesse dando um passeio sobre a estrada de tijolos amarelos e nem percebeu quando o garoto ruivo realmente começou a gritar escandalizado.

Ouvindo alguma confusão atrás dele, Urarara encontrou um livro velho e misterioso até para os seus padrões e sentou-se calmamente em uma cadeira e começou a sua leitura, ouvindo ao longe alguma briga e alguns socos desferidos aleatóriamente. Ouviu os gritos de uma mulher, que provavelmente era a amiga de Orihime que dizia que aquilo era tudo culpa da burrice de Ichigo, o que era bem verdade, mas aquela rispidez assustava o shinigami renegado.

Chegou a uma página interessante de seu livro, na qual descrevia o feitiço do esquecimento como uma falácia mal intencionada. Que nada que estava completamente cravado na memória poderia ser extraído de forma artificial, ou seja, Orihime podia ter esquecido momentaneamente, contudo, as memórias voltariam quando menos esperassem.

Julgando pelo som de seus utensílios quebrando e pelos gritos de “Orgulho Quincy”, “Bankai” e “calem a boca seus idiotas”, aparentemente os garotos estavam se divertindo muito e isso fez com que Urarara se demorasse em suas leituras e divagações.

Quando finalmente decidiu levantar o cenho para dizer as suas conclusões, o lugar parecia um cenário de guerra, mas com umas cenas estranhamente ternas ao centro. A garota morena, amiga de Orihime, estava cuidando do Ishida-san, de uma forma que não dava muita margem ao tipo de relacionamento deles. Por mais que ela parecesse meio ríspida, ela estava acariciando sua bochecha e limpando um sangue que foi resultado de seu embate com Ichigo-san.

Sado-kun por sua vez, estava acalmando Ichigo que exibia o verdadeiro semblante do ódio e da indignação. Ele estava até percebendo algumas lágrimas marotas que insistiam em rolar pela face do ruivo. Será que era arrependimento? Vontade de ficar com Orihime-san? Ah, os seres humanos eram tão fascinantes...se bem que Ichigo era muitas coisas e isso confundia muito, mas aparentemente, todos os seus seres concordavam com o fato de que ele não foi muito bem-sucedido em sua tarefa de conquistar a beldade ruiva e isso era frustrante.

Enjoou daquela contemplação infrutífera e fez algumas anotações em um papel amarelado e entregou ao Sado-kun

Nada está totalmente perdido.

Ichigo percebeu o que tinha acontecido e arrancou o papel bruscamente das mãos do amigo, só para ficar ainda mais furioso com o resultado.

“COMO NÃO ESTÁ TOTALMENTE PERDIDO? ELA ESQUECEU DE TUDO SEU MALUCO. VOCÊ FEZ ISSO. EU DEVERIA MATAR VOCÊ.”

“Acho que eu sei o que ele quer dizer Kurosaki.”

“Do que está falando Ishida?”

“A Inoue-san sempre te amou, não seria um feitiço qualquer que faria com que ela esquecesse. Pensando bem, a única maneira que eu vejo ela te esquecendo, é se o cérebro dela fosse substituído por outra pessoa e se tivesse algum resíduo de alma no corpo dela, ainda sim ela se lembraria de você. Sabemos que ela pode se lembrar, única e exclusivamente pela força dos sentimentos dela, mas agora vem a pergunta de ouro: até quando está disposto a esperar?”

“Por que esperar?” Ichigo questionou

“Porque não é hoje que ela vai se lembrar. Isso foi algo muito forte. Ela não apagou, simplesmente suprimiu tudo, então está comprimido em algum ponto da mente dela e precisa de um fator para desencadear o retorno das memórias. Até quando você está disposto a esperar?”

Ichigo não pensou muito em dizer: até o fim da minha vida aqui e até o fim da minha trajetória na Soul Society.

E em outro local, uma ruiva muito transtornada alcançava um cartão qualquer de loja, onde tinha algumas perguntas para fazer.


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