Zumbilândia escrita por Gato Cinza


Capítulo 19
Finalmente um lugar seguro


Notas iniciais do capítulo

O Nyah voltou (pulinhos de felicidade) eu passei os últimos dias lendo um livro sobre vampiros e me esqueci das fics (nem uma linha sequer tive coragem de digitar)

Bom aqui esta um capitulo saído dos lugares mais medonhos de minha imaginação (com um toque de preguiça)
espero que gostem....



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PdV - Julia

Kiba começou a rosnar e eu já apontei minha besta que estava no meu colo para a janela, mesmo estando com o vidro erguido. Havia um homem com uma rede de pescaria indo em direção da zumbi do Robert ela dava passos para trás sem tirar os olhos opacos dele. Um movimento e ela estava debaixo da rede, gritou um palavrão que não compreendi – mas sei que foi um palavrão. Abri a porta do carro e apontei a besta para o homem.

– Uma faca a mataria mais rápido – disse eu

– Quem disse que queremos matá-la? – perguntou alguém atrás de mim – sai do carro ou estouro seus miolos – Kiba e eu saímos do carro

– Me ameaçar pelas costas? – disse o homem da rede – eu impedi que um zumbi te comesse e me ameaça pelas costas?

– Ela tem esse mal habito – me virei de lado e Robert estava parado com duas pistolas apontadas um para cada homem – quantos de vocês estão por aqui?

– Só mais um, no carro na estrada

– Baixe a arma e você solte a Bendy

O homem da rede olhou hesitante para Robert antes de libertar sua zumbi. Eles estavam em três e tinham um carro talvez...

– Vocês sabem onde tem uma colônia? – perguntei esperançosa

– Claro – disse o da rede – estão procurando por uma?

– Estou me chamo Julia este é o Kiba – disse afagando meu lobo

– Me chamo Thor esse ai é o Arcano, nossa colônia fica á horas daqui dois ou três dias para chegarmos.

– Eu vou

– Nós também – disse Robert baixando a pistola - Bendy e hambúrguer não causarão problemas nenhum a vocês.

Thor foi falar com o amigo deles que estava no carro e voltaram cerca de dez minutos depois ele se chama Fernando – ao menos ele com um nome normal, disseram que o líder da colônia se chama Zeus. Os seguimos eu e Kiba no meu carro, Robert e seus zumbis na van dele. De fato a viagem foi longa, três dias e meio de viagem até chegarmos na colônia.

Deixamos o carro em uma garagem improvisada e as armas foram nos tiradas assim que atravessamos o pátio onde eu reparei havia uma espécie de jaula. Segui ao lado de Arcano e Kiba, Robert e seus zumbis vinham logo atrás de nós, ele não é muito paciente com o modo lerdo da zumbi andar, mas não deixa de andar no mesmo ritmo que ela. Fomos levados á uma saleta onde havia umas cadeiras em torno de uma mesa e um homem de cerca de 30 anos alto e forte com uma cicatriz no rosto.

– Me chamo Zeus – ele se apresentou beijando a costa de minha mão e apertando a mão de Robert, olhou os zumbis e pediu que os colocasse junto dos outros.

– Outros? – perguntou Robert sem muita curiosidade

– Sim, temos alguns necromorfos lá fora, servem para alguns estudos. Não se preocupe rapaz não faremos mal aos seus bichinhos mortos – deu um sorriso – o lobo também, temos um canil, não creio que um cão seja mais feroz que um lobo.

Arcano e um outro que estava na sala levaram os zumbis e Kiba para fora, Fernando entrou limpando as mãos e sentou com os pés na mesa. Não pronunciou uma palavra até o fim de nossa “reunião” - que se resumiu a perguntas sobre de onde viemos e como nos conhecemos, eu respondi enquanto Robert falava uma ou outra coisa vaga demais para ser uma informação útil.

– Encontraram Thael e Marco Polo mortos há um dia daqui – falou Fernando quando as perguntas terminaram – parece que foi coisa de necromorfos

– Mortos há quanto tempo? – perguntou Zeus

– Alguns dias, mas nem sinal visível dos mortos-vivos.

– Informe os familiares e leve nossos novos moradores para uma cabana

Robert e eu fomos levados para uma casa pequena de dois cômodos feito de lona e madeira, não era uma casa de verdade, mas era uma casa, tinha uma cadeira, umas caixas de madeira e depois de uns minutos foi levado para nós um colchão com lençóis. Eu estava tão cansada que nem discuti com o fato de Robert me deixar com o colchão e dormir no chão.

PdV- Robert

Não gostei deste lugar, me parece tudo muito superficial. Estudam zumbis, como se eu fosse acreditar nisso. Por que alguém em sã consciência estudaria mortos vivos canibais?

As poucas pessoas que consegui ver quando chegamos não pareciam muito confortáveis com a presença de Bendy e hambúrguer, eles também tem uma coisa parecida com uma gaiola gigante do meio da cidadela, o que é muito estranho. Também não gostei da simpatia forçada de Zeus e seus capangas.

E eu pensando que poderia dormir com os dois olhos fechados por um dia, vou ficar aqui para ter certeza que a Julia não vai ter problema com os colonos depois vou pegar minhas companhias zumbis e desaparecer.

PdV – Bendy

Hambúrguer e eu fomos deixados em um contêiner com alguns buracos na parte de cima que deixava frestas de luz entrar na caixa de metal. Havia três zumbis dentro da caixa uma mulher alta de blusa vermelha e quase nenhum cabelo, com costelas a mostra. Um jovem quase intacto de cabelos emaranhados e olhos quem um dia devem ter sido lindamente azuis. O outro era alguém que eu já conhecia bem, um homem alto com corpo intacto e roupa de marinheiro, Zen.

– Traiidorrra – resmungou ele quando passei por uma fresta de luz.

Mais uma vez aquela besteira de ser eu uma traidora, não sou traidora apenas não quis receber ordens dele e segui-lo junto com vários mortos reanimados acéfalos com uma fome insaciável por carne humana. Me afastei de Zen e por precaução tirei a focinheira de hambúrguer, fiquei em silêncio no canto. A mulher zumbi não se moveu de onde estava apenas seguia Zen – que caminhava de um lado para o outro – com os olhos.

Não sei o que os humanos estão fazendo armazenando zumbis, mas se Zen esta aqui eles estão encrencados. Preciso avisar Robert do que esta acontecendo antes que ele se meta em problemas, ou antes, que me matem de verdade.


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