Zumbilândia escrita por Gato Cinza


Capítulo 17
Sob a luz do luar e na mira de armas


Notas iniciais do capítulo

Especial Zumbi...

Lords e Ladies eu Gato Cinza - não importa os nomes que uso sempre sou um GatoCinza - comunico que devido a um problema chamado FALTA DE CRIATIVIDADE ficarei uns dias sem atualizar esta fic... não me desejem um ataque de genialidade apenas me desejem sorte - sempre que começo um capitulo acabo matando todos os personagens - vou tentar encontrar uma solução para algumas coisas que me impedem de seguir a fic de forma compreensiva.
Pois apesar dos Gremilins roubarem minhas ideias eu não desisto desta fic de modo algum, em breve - no máximo 15 dias - vocês terão mais zumbis e mortos vivos
QUE A SORTE NOS SEJA AMIGA!

Até as notas finas e boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/495411/chapter/17

PdV- J

Finalmente Curt e Arícia resolveram se entender ou quase isso. Passaram o dia conversando sobre o passado vez ou outra Arícia se vira para mim e faz uma pergunta que posso responder com palavras curtas tem algo a mais no tom com que eles falam que companheirismo, durante o jantar de frutas para eles e um coelho que eu peguei para mim Curt perguntou:

– Você já tinha experiência com zumbis?

Arícia me olhou sorrindo.

– Jay é a único zumbi que eu já vi, nunca havia visto nenhum deles só em sonhos.

– É com eles que tem pesadelos?

O sorriso de Arícia se desmanchou e ela começou a mexer na fogueira fazendo as chamas aumentarem. Eu sei com que ela sonha ela me disse uma vez antes de conhecermos Curt, era com o casamento dela e com a família, perde-los para zumbis foi o que a fez sair da colônia para tentar buscar por uma salvação.

Curt se aproximou dela e segurou as mãos de Arícia entre as suas. Aquilo me fez lembrar de típicas cenas de novelas que eu costumava assistir quando era viva, a seguir o grande beijo á luz do luar e uma musica enjoativa... Só que não.

– Que te atormenta? – perguntou Curt num sussurro aproximando o rosto mais perto do rosto dela. Eu daria meu outro olho para ter um saco de pipocas comigo, eca pipoca não um balde de dedos e entranhas humanas seriam mais apetitosos.

Arícia baixou a cabeça olhando para a mão deles.

– Sonho que eles invadem a colônia e começam a matar todos, eu não posso fazer nada ninguém pode por que ninguém esta pronto para um ataque surpresa. Eles devoram meus pais e Art vira um deles e vem me morder, eu tento fugir, mas tropeço no meu vestido e Henry tenta me proteger, mas ele também foi contaminado depois que ele mata meu irmão ele se vira e começa a me morder.

– Isso sim é um pesadelo. Henry é seu irmão mais velho? – o tom dele é especulativo.

– Henry é meu noivo – diz Arícia separando as mãos deles e voltando a atenção para o fogo.

Curt ficou em silêncio olhando para ela com uma careta no mínimo abobalhado.

– FILHO DA MÃE

Curt exclama em voz alta se levantando dando uns passos e voltando. Arícia o olha confusa, primeira vez que vejo ela sem o típico olhar de indiferença para as explosões de fúria de Curt.

– Que foi? – pergunta Arícia se levantando.

Curt se aproxima com dois passos largos e ficam a centímetros um do outro. Quase perdi meu dedo com a mordida que dei no coelho tentando não perder a cena.

– Esse cara ai de quem você é noivo, como pode deixar você sozinha com todos perigos que tem aqui fora? Por que inferno ele não te impediu de sair da colônia?

Ele não falava ele cuspia as palavras como se elas pudessem atingir o noivo de Arícia.

– Ele seria nada mais que um idiota se tentasse me impedir – respondeu a morena calma como sempre.

Depois de uns segundos que para mim foi uma eternidade ele colocou a mão no rosto de Arícia – com delicadeza suponho – eles estavam totalmente perdidos nos próprios pensamentos. Ficaram se encarando em silêncio imóveis e próximos suficiente para impedir a passagem de uma borboleta entre eles.

– É mentira, não é? – sussurrou Curt mantendo o olhar nos olhos de Arícia – você não tem noivo disse apenas para me afastar.

– Henrique Sallim é meu noivo, estaríamos casados se eu não tivesse saído da colônia.

Ela também me disse isso, que havia saído da colônia de um nome engraçado que não me lembro agora na noite anterior ao dia do casamento, disse que amava o noivo e que pensava nele todo tempo, mas acho que seus pensamentos naquele momentos estavam mais para a boca de Curt.

– Então não irão se casar, disse que te considerariam mortos se não retornasse em um ano.

– Verdade, mas eu vou voltar antes disso e me casarei.

Curt tirou a mão do rosto dela e se afastou. Xingou varias vezes e disse que ela merecia coisa melhor que um covarde que ficava seguro atrás de um muro enquanto ela se arriscava em busca de uma cura que não existia, aquilo enfureceu Arícia ela disse que encontraria uma solução para os zumbis e que amava Henry. Não havia ninguém bom suficiente para ser digno do coração dela se não ele.

Arícia gritou aquelas palavras Curt se silenciou afastando puxando uma katana. Estamos viajando a uma semana com Curt e em nenhuma das discussões deles que não foram poucas ela perdeu a calma, desta vez ele havia tocado em um assunto que ela realmente se sentia vulnerável, os sentimentos.

Eu fique olhando Arícia que se virou de costas para mim se deitando.

– Quando ele voltar me acorde Jay, para eu ficar de guarda.

Aquilo foi sem duvida inesperado – ao menos foi por mim. Eu posso dizer o que aconteceu comigo e tudo o que aconteceu nos ao meu redor nos últimos 40 e poucos anos, mas o que se passou com os humanos, isso me é mistério. Em meu tempo digo quando eu pertencia aos vivos uma discussão como a desses dois terminaria em beijos e abraços.

...

Mais ou menos uma hora depois...

– Veja só isso aqui – desviei os olhos de Arícia para os dois homens que vinham em nossa direção.

Curt vinha com as mãos erguidas seguido pelos dois homens, um trazia a katana dele na mão e uma espingarda na outra, o outro tinha uma arma de cano longo com mira cujo nome eu não sei, mas parecia potente. A arma desse ultimo estava encostada na cabeça de Curt que me lançou um olhar como de quem pede ajuda.Arícia se levantou quando se aproximaram com o arco já na mão. Acho que ela não estava dormindo.

– Jogue isso ou seu namorado aqui morre – disse o que tinha a espingarda o mais alto dos dois

– Eu disse que tinha uma mulher por aqui eu ouvi os gritos – rio o outro ligeiramente mais baixo e de nariz torto.

– Ele não é meu namorado e se não baixar isso enfio uma flecha no meio de seu peito – Arícia falou calma como sempre com o arco preparado para atirar.

– Que merda é isso? – perguntou o alto me apontando a espingarda.

Adeus mundo.

– Mir helfen* – disse Arícia em voz alta – ela é uma companhia de viagem, abaixe sua arma se fazer algo con...

– Não pode defender aquela coisa ali e seu amiguinho aqui e nem a si mesma ao mesmo tempo baixa esse arco.

– Não faça nada contra eles.

Shakespeare se aproximou relinchando. O homem mais alto apontou a espingarda para ele.

– Quem mais esta aqui?

– Só nos três e os dois cavalos – respondeu ela.

– Carne de cavalo deve ser bom.

– Burrice – rebateu Arícia antes do homem terminar de falar

– Vão comer duas ou três partes e logo a carne apodrece, são boas montarias e temos selas seria melhor cavalgar que andar a pé.

– Quem disse que estamos á pé?

– Não ouvimos barulho de nada e dos joelhos para baixo tudo indica que caminham por um tempo significativo.

– Mulata esperta, que quer em troca dos cavalos e das selas?

Aquilo me surpreendeu o mais baixo com nariz torto era mais esperto que parecia, notou com facilidade que Arícia estava tentando fazer uma troca.

– Simplesmente vai nos deixar livres, pegarão os cavalos e sairão daqui.

– As armas também – disse o alto.

– Eles vão precisar das armas – disse o mais baixo – mas não vão precisar de você delicia – disse sorrindo para Arícia.

– Não! – disse Curt – ela fica.

– Eu vou deixe a katana dele para que se defenda, o arco e a aljava me pertence são as únicas armas que temos.

– Vai – disse o mais baixo chutando Curt.

Arícia passou por ele olhando para os homens com a aljava em uma mão e o arco no outro, totalmente indefesa. Um movimento ligeiro e Curt a segurou, ela se livrou da mão dele mais rápida que a boca do homem baixo que abriu para falar algo. Ela deixou o arco e a flecha nos pés dos homens e foi pegar as selas que estavam na arvore. Um homem mantinha a arma apontada para Curt o outro para Arícia...

– Angriff** – disse ela em voz alta e Shakespeare foi para cima do homem alto que estava mais perto dela, ao mesmo tempo que ela jogou no mais baixo o cutelo que tirou da sela acertando ele no ombro a arma dele caiu, Curt pegou a outra katana, surpreendentemente mais rápido que eu pudesse imaginar ele se aproximou e enfiou a espada no peito dele com a mesma facilidade que cortaria uma folha. Arícia acalmou Shakespeare que pisoteava outro homem.

Eu me aproximei desejando participar da luta, mas não tinha muito o que fazer o mais baixo estava morto, o outro bastante ferido Curt ergueu a katana para dar um ultimo golpe, mas Arícia segurou o braço dele pegou a espada e me entregou.

– Não deixe ele se transformar – disse em tom calmo de sempre.

Curt me olhou e puxou o cutelo do ombro do outro e colocou na minha mão me tomando a espada.

– Divirta-se – disse ele se afastando.

Eu não saboreio carne humana faz anos, mas aquilo me tentou mais que qualquer coisa, antes que eu pudesse me dizer não eu já estava o devorando, ele ainda estava vivo. Quando terminei meu “jantar” voltei para junto do casal imperfeição que estavam a poucos passos de mim e minha refeição, eu havia me esquecido que estavam ali enquanto comia.

Curt estava de costas limpando a espada, Arícia por sua vez me olhava com os olhos brilhando á luz da fogueira.

– Que gosto tem carne humana? – perguntou sem rodeios, Curt a olhou.

Essa foi a pergunta mais estranha que eu já tinha ouvido, como ia explicar á ela o gosto de carne humana, não era nada que pudesse se comparar a coisas que ela já tivesse comido, para mim era uma mistura de sabores que variava de pessoa para pessoa, aquilo era algo que eu realmente não poderia explicar.

– Mee-lhor. Quee peiiix-e

– Também não gosto de peixe, é melhor crua ou assada?

Aquilo era mais estranho ainda que perguntar o gosto que tinha, nunca assei carne humana para saber e por que loucura ela queria saber isso.

– Não seii

– Pensa em assar alguém? – perguntou Curt ríspido.

– Penso muita coisa Curt, acho melhor você dormir tivemos agitação demais para essa noite.

– Não estou com sono, durma você

E recomeçaram a discutir como sempre, acho que a carne recém-devorada me deu animo novo nem sei por que eu gritei com eles.

– CALADOSSS – me olharam como se me vissem pela primeira vez – durmamm

Arícia concordou, deu uma ultima olhada nos restos dos homens para ter certeza que estavam mortos e se deitou com as armas perto dela. Curt não se deitou ficou acordado até começar a cochilar, é aqueles dois não se resolveriam coisa nenhuma, ele ainda tem medo e raiva de minha existência, ela ainda é calma e faz as coisas sem aviso. Eu, eu tenho que ter paciência afinal acho que são o mais próximos de amigos que terei pelo menos até me deixar levar pelos meus instintos zumbi...

pelas garras do gato

Se não leu as notas inicias voltem e leiam, se não quiser não leiam...

^^


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Palavras em alemão
* me ajude
** ataque

Eai meus pedaços de diamantes negros a votação esta Aricia e Curt 1 X 1 Julia e Robert.... quem deve chegar primeiro na colônia?
vai me ajudem a decidir isso logo para saber o que fazer nos capitulos seguintes :}

Agatha e Luke não estão nessa corrida...
^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Zumbilândia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.